The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Gente, o número de comentários caiu, de novo :( Isso é chato, sabiam? Talvez esse seja o motivo da minha demora, certo? É legal receber comentários e saber o que vocês acham... Fantasminhas, apareçam.
Boa leitura meus amores!



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– Estou ocupada, nos falamos depois - Katniss falou para o garoto a sua frente. Ele tentou argumentar, mas ela levantou o dedo indicador para cima, indicando que a conversa havia acabado. O garoto saiu e minha amiga virou-se para mim. - Ele não larga do meu pé mesmo depois de tudo o que aconteceu!

– Desculpe, não sei quem ele é - abri meu armário e peguei o livro de química.

– Não te contei? Eu saí com Max há alguns dias e até pensei que daria futuro, mas não. O peguei agarrando a ex.

Soltei uma risada e nós caminhamos até a sala de aula. Faltavam alguns minutos para aula começar, então poderíamos ficar conversando.

– Depois do trabalho eu estava pensando em...

– Não vamos sair para comprar coisas para sua festa. Já tem tudo o que precisa Katniss!

– Você é muito chata Clove! - ela revirou os olhos, mas logo em seguida sorriu para mim. - E ai, o que está rolando com o Cato?

– Como assim?

– Você passou o final de semana todinho com ele, não me ligou ou mandou mensagem a não ser que eu tomasse a iniciativa... Não me diga que passou o fim de semana tr...

– Cale a boca! - falei alto e minhas bochechas ficaram vermelhas. - Katniss, isso é pessoal. Eu não vou ficar falando disso com você.

– Então você confirma? Olha, pode contar comigo pra tudo, amiga. Só não esqueça de usar preservativos!

– Meu Deus... - murmurei e revirei os olhos.

O professor de química logo chegou e eu queria abraça-lo e agradecer pela sua entrada.

***

A aula havia acabado e Katniss e eu estávamos caminhando calmamente até a lanchonete. Ela contava mais sobre seus curtos passeios com o garoto da escola enquanto eu chutava uma pedrinha e concordava com tudo o que ela falava. Até que meu celular tremeu na minha mão e eu vi que era uma mensagem de Cato.

Pode sair mais cedo do trabalho? Hoje a sorveteria vai fechar antes do horário e eu queria ir para casa com você. Sabe, não quero ser assediado por garotas na rua.

Soltei uma gargalhada enquanto digitava uma mensagem de volta.

– Hum, paquera novo?! - Katniss perguntou e eu a olhei, arqueando uma sobrancelha. - Ah, é mesmo. Às vezes eu esqueço que você tem namorado, é tão estranho.

– Você é estranha - falei.

Vou tentar sair mais cedo do trabalho, me espere em frente à escola. Ah, e ninguém iria assediar você. Você nem é tão bonito.

– Pare de ficar mandando mensagens para o seu namorado, Clove - Katniss disse e eu reparei que já havíamos chegado.

Entramos na lanchonete e vimos Effie detrás do balcão, com o queixo apoiado na mão. Ela acenou desanimadamente para gente e nós entramos no quartinho. FoxFace e Glimmer terminavam de se arrumar e eu comecei a fazer o mesmo.

Depois de estarmos todas arrumadas, começamos nosso trabalho. Inicialmente, atendi umas nove mesas até a hora de podermos descansarmos. O movimento na lanchonete hoje estava grande, mas quando começou a anoitecer foi diminuindo. Eu agradeci; meus pés já estavam doendo de tanto ficar sem cima daquilo que chamam de salto.

– Ei, será que eu posso sair mais cedo hoje? Cato...

– Claro que pode! - Glimmer falou antes mesmo que eu pudesse terminar a minha frase.

Sorri para ela e entrei rapidamente no quartinho, seguindo para o banheiro e trocando de roupa. Logo depois de está com a minha roupa que sai de casa, passei pelas meninas e acenei para ela. Acenei para Effie também, mas essa parecia muito desanimada para retribuir o ato e apenas deu um sorriso fraco.

Ao chegar perto da escola, pude ver Cato e outra figura com os cabelos claros. Ah, era óbvio que Amy tinha que está com ele. Andei lentamente até onde eles estavam. A rua estava meio movimentada e as luzes da escola ainda estavam acessas.

Quando fiquei mais perto deles, percebi que Amy abraçou Cato e deu um beijo em sua bochecha. Ele colocou as mãos em suas costas, como se não quisesse que ela se distanciasse. Talvez eu estivesse ficando louca. Ou não.

Limpei a garganta quando estava em uma distancia considerável deles. Cato sorriu para mim e Amy também. Ela provavelmente estava de saída, já que começou a andar em minha direção.

– Tchau Cato - ela falou, ainda sorrindo, passando por e, como uma força que ela não aparentava ter, empurrou meu ombro com o seu. Ela derrubou meu livro no chão, mas eu rapidamente me abaixei para pegá-lo. - Oh desculpe, eu não te vi, Clove.

Ela ficou na ponta dos pés e olhou para baixo, em uma tentativa de dizer que eu era baixinha. E, olha só, deu mais do que certo.

– Qual o seu problema? - eu andei um pouco em sua direção.

– Meu problema? Nenhum! Eu só não te vi. Você é tão baixinha! Como Cato te encontrou?!

Eu já estava irritada e iria dar mais um passo em direção daquela garota, mas Cato se pôs na minha frente, passando os braços por minha cintura, me abraçando.

– Hei, Clove, oi. Podemos ir agora? - ele perguntou em uma tentativa falha de me acalmar.

Seus braços me apertaram mais em seu corpo e, por cima do ombro de Cato, pude ver Amy dar um leve sorriso.

– Clove... - meu namorado sussurrou no meu ouvido.

– Por que ela é tão idiota? - sussurrei de volta, ainda olhando para Amy.

– Isso não é problema nosso.

– É sim. Quando ela está tentando roubar meu namorado, é claro que é problema nosso - Cato soltou uma risada baixa e rouca, e eu cravei minhas unhas em seu ombro esquerdo.

Pisquei e simplesmente me livrei dos braços dele ao meu redor e lhe dei as costas. Escutei Cato se desculpar com Amy, mas continuei andando. Depois de alguns segundos ele estava no meu lado.

– Clove... - ele me chamou, mas eu não o olhei e respondi, apenas abri minha bolsa e procurei minhas chaves. - Não me ignora!

Merda, eu havia esquecido as chaves de novo.

– Me dê suas chaves - estendi a mão para Cato, mas continuei andando.

– O que?

– Me dê suas chaves - repeti e ele finalmente pareceu entender e tirou rapidamente a chaves do bolso, me entregando em seguida.

Subi as pequenas escadinhas da varanda de nossa casa e logo entrei na mesma, caminhando em direção ao quarto.

– Clove, você vai... Me ignorar, claro - Cato concluiu quando viu que eu não iria parar para falar com ele. - Garota, para com isso. Nós podemos conv...

Entrei no quarto e fechei a porta em sua cara. Ele não se atreveu abri-la, até porquê eu tinha trancado. Joguei minha bolsa em cima da poltrona e segui para o banheiro, tomando um banho demorado. Ao sair do banheiro, deitei-me na cama e fiquei encarando o teto.

Eu estava rezando, pedindo a Deus com todas as minhas forças, que aquele beijo entre Amy e Cato tivesse sido apenas de amigos e que antes de eu chegar, não tivesse rolado nada de mais. Talvez fosse só o meu ciúmes, mas eu não me importava. Eu não superaria o fato de ser traída.

– Clove, eu posso entrar? - a voz de Cato saiu abafada do outro lado da porta. - Eu quero dormir.

– Você não vai dormir aqui - respondi e peguei meu celular, checando as horas.

– E onde eu vou dormir?

– No quarto de hóspedes, quem sabe? Dorme na sala, no chão, na casa do cachorro! - falei irritada e ouvi sua gargalhada.

– Vou dormir no meu quarto.

– A porta está trancada, nem adianta forçar - respondi.

– Eu sei, e também tenho a chave reserva! - ele respondeu e a porta logo se abriu.

Cato sorriu e levantou a chave. Ele usava apenas uma cueca Box preta - e isso não me incomodava, ele quase sempre dormia assim - e seus cabelos estavam molhados e assanhados. Cato caminhou lentamente até a cama.

– Sai daqui, seu cachorro! - gritei, irritada, e comecei a jogar as pequenas almofadas decoradas nele, que desviava de todas rindo.

– Calma, Clove. Nós sabemos do que você precisa - suas mãos agarraram meus pulsos a cima da minha cabeça enquanto ele estava em cima de mim.

– Nós não vamos transar. Sexo não resolve tudo - sussurrei, mas fui firme.

Cato encostou a testa na minha e me encarou. Logo depois se deitou ao meu lado.

– Não vou fazer nada que não queira - ele apagou o abajur do seu lado e eu fiz o mesmo.

– Você não é louco.

– Eu sou louco. Sou louco por você.

– Não fale isso para mim, fale isso para a sua amiguinha ou seja lá o que ela for sua - falei e senti uma pontinha de dor no fundo do meu coração.

– Está insinuando que Amy é mais que minha amiga? Eu já falei e vou repetir: eu não estou te traindo. Eu nunca te trairia Clove.

–Não sei se acredito mais em você.

– Não diga isso - ele sussurrou e pude perceber que estava muito próximo de mim. - Por favor...

– Pare. Apenas pare... Se você quer que eu confie em você, faça-o por merecer.


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Notas finais do capítulo

Então... Prometo a vocês, prometo por essa história, que a partir do próximo capítulo as coisas ficarão feias para Cato e Clove. Isso é bom, certo? Certíssimo. Por que é com essas brigas mais pesadas deles que a história anda para frente. Espero que entendam.
Amy nem é a vilã gente. Mas encarem ela como quiserem, a imaginação é de vocês!
CAPÍTULO QUE VEM TEM FESTA DA KATNISS, OBA! Se eu demorar a postar é porque pretendo fazer um capítulo grande.
Mas também é que ultimamente eu tenho tido umas ideias para uma one Clato e até comecei a escrever, mas não sei se irei postar... Sim, estou escrevendo uma one. É meio bestinha, nem pensei no final ainda...
Espero receber um número bom de comentários dessa vez. Quando digo bom, para mim uns sete/oito já estão bons. Por favor, apareçam!!!
Beijos e até mais!