Equilíbrio escrita por Diane


Capítulo 4
Capitulo 4 - Eu pulo um penhasco




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Olhe, geralmente quando fico nervosa, eu começo a falar muito e rápido demais. E foi exatamente isso que aconteceu:

–- A acadêmia pegou fogo. Se eu estivesse lá teria ido pro além e estaria nesse momento tocando harpa com os anjinhos. Uma cobra gigante me atacou, bem ... não era uma sucuri ou outro tipo de cobra gigante, era gigante mesmo, do tipo de medir metros de largura e de extensão. Então encontrei a Idia no caminho, não a Idia gata. A Idia onça. Peraí... Acho que você não está entendendo nada. Deixa eu explicar: A Idia virou uma onça, não uma onçinha qualquer, uma onça imensa, acho que o dobro de tamanho de uma onça. Ei não foi tão estranho quanto parece, tá? Ahn sei, é estranho isso. Ai deuses do olimpo! To ficando louca. Pode me internar por favor ?

Minha mãe ficou me encarando em silêncio. É, se antes eu pensava que ela achava que sou louca, agora acho que ela tem certeza desse fato.

–-- Você não está louca.--- ela disse.

–-- Aham, sei. Você está me dizendo isso para me internar num hospício de surpresa, certo?

Ela me encarou.

–-- Não, tudo que você disse é verdad.

–-- Você também está louca! Ah, deuses! Isso é genético!

Minha mãe revirou os olhos e suspirou. Pela expressão dela eu tive certeza que ela estava pensando " Ó pobre criatura".

–-- Você é uma feiticeira --- Ela falou.

–-- Você está vendo Harry Potter demais.

Ei, eu sei que é falta de educação, mas imagine: Chega lá sua mãe e diz : Oi filha, você é uma feiticeira. Que tipo de vassoura você quer para o natal?

–-- Não estou vendo Harry Potter demais. É verdade. --- Ela disse isso com uma expressão tão séria que quase achei que era verdade. Quase...

Olhei céticamente para ela.

–-- Explicação por favor, a mais resumida de preferência.

Minha mãe suspirou novamente. Já mencionei que odeio quando ela fica irritadinha desse jeito.

–-- Tudo que você lê nos seus livros é verdade.

Pisquei.

–-- Especifique por favor. Percy Jackson e os olimpianos, Harry Potter --- ela me encarou quando mencionou esse---, Crônicas dos Kanes, Crônicas de Narnia...

–-- O que você está querendo dizer com isso?

–-- Deuses, monstros, semideuses, vampiros, elfos, guerreiros lendários... São reais. Todas as histórias, até as meras histórias de contos de fadas, possuem uma verdade.

Sabe aquela incômoda sensação de um frio subindo pela sua coluna, bem, eu senti ela.

" Christine, por favor!" pensei " Você não vai acreditar nisso. É impossível"

Claramente é impossível. Minha mãe devia ter tomado algo estragado que a fez passar mal, só isso. Já as alucinações poderiam ser alguma epidemia espalhada pela cidade, só isso, simplesmente isso. E o que aconteceu no karate foi um acidente terrível. Não tem ninguém me perseguindo.

Tinha algo na janela. Uma sombra escura no formato de um pássaro na árvore. A árvore era alta, um pinheiro, para falar a verdade, mas mesmo assim, daquela distância eu consegui ver os olhos do pássaro. E eles eram brancos leitosos, tão branco que dava para ver as veias oculares.

Por um momento senti vontade de me esconder debaixo da cama, mas não acho que isso iria parecer muito heroico.

–-- Você viu aquele pássaro ? --- perguntei apontando para a janela.

Minha mãe fez expressão de desdém, como se um pássaro daqueles fosse insignificante.

–-- Ah, isto ? --- Ela apontou para o corvo --- É nada. Ele não vai chegar aqui comigo perto. Mas é por isso que estou preocupada, não posso ficar com você o tempo todo.

Eu teria achado engraçado o fato de eu precisar de proteção materna, mas um corvo do mal me encarando tirou toda a minha vontade de rir.

–-- Prove o que está dizendo.

Minha mãe levantou uma sobrancelha

–-- Tudo bem. Vou te provar.

Ela estralou os dedos e o pássaro que estava na árvore se desintegrou.

–-- Ele poderia ter pisado num fio de eletricidade, tem um poste perto da árvore-- Foi a melhor explicação que encontrei.

Minha mãe suspirou.

–-- É teimosa igual á mãe.

&

Você deve estar se perguntando o que aconteceu depois disso. Acho que não contei a parte que minha mãe enfiou eu e Layla no carro e foi para não sei onde. No meio do caminho ela deu uma explicação rápida á Layla : " Você é uma feiticeira, temos que tirar você e Chris daqui, vocês estão sendo perseguidas" e depois ela pisou no acelerador.

Pobre Layla, ficou parada me encarando com aquela cara de-sua-mãe-pirou-me-tira-daqui-ou-senão-vou-surtar.

Pois é, situação complicada.

" Sua mãe está louca ? " Ela escreveu no vidro embaçado.

" Suspeito que sim" Escrevi de volta. Admito, minha letra é horrível, demorou quase meia hora para a menina " traduzir".

" Onde ela nos está levando" Layla escreveu.

"Adoraria saber"

E dizendo isso, o espaço embaçado do vidro acabou.

Durante a viagem de quinze minutos eu fiquei olhando para a cara de Layla e ela ficou olhando para a minha. Durante isso eu planejava um modo de pegar o celular do banco da frente do carro sem minha mãe ver e ligar para alguns amigos dela para pedir socorro. E é claro, não deu certo.

O carro parou na praia. Não em qualquer praia. Foi na praia em que eu tinha me refugiado depois do desastre na acadêmia. Não foi uma surpresa agradável.

Assim que eu coloquei meus pés na areia úmida, senti uma frio subir pelas minhas costas.

Acho que não mencionei, mas estou começando a odiar essa sensação.

Minha mãe continuou a caminhar na praia. Eu e Layla a seguimos, sei lá para que, mas acho que foi para evitar que ela fizesse uma besteira que naquele momento não tínhamos certeza do que era.

Irônicamente, ela começou a caminhar na direção das pedras. Bem onde eu estava.

–-- Isso está ficando irritante --- murmurei.

Acho que saiu alto demais por que a minha mãe virou para mim.

–-- O que foi ?

Grunhi :

–-- Nada...

Continuamos a subir até chegar ao topo das pedras. Já falei, mas repito, é extremamente alto. Quando digo alto não quero dizer dois ou três metros, digo, um mini penhasco.

Minha mãe foi até a ponta. Por um momento meu coração parou. Pensei que ela fosse realmente se jogar dali.

–--Mãe ! Di immortales, não faça isso!

Ela riu e me encarou.

–-- Não precisa se preocupar não estou com a miníma vontade de pular penhascos hoje.

Ela ergueu os braços para o alto, e por um momento, juro, vi as estrelas e a lua brilharem com mais intensidade. O mar ficou revolto, as ondas ergueram mais de metros. A água subiu em espiral para cima a luz da lua reluziu exatamente nela, deixando prateada. Não parecia água, parecia prata liquida.

Era difícil de olhar, parecia que queimava os olhos, mas com alguns esforços consegui identificar que o espiral estava tomando a forma de uma espada, uma bela espada por sinal. Era feita de prata, ou outro material prateado, não sei. Tinha a lâmina longa e reta com uma pedra negra entalhada num formato em que não conseguia identificar, na guarda.

Ouvi alguém gritar, provavelmente Layla, mas não me importei. Estava muito ocupada olhando a espada

Aí eu começo a perguntar como minha mãe tirou uma espada da água.

Realmente, não acredito no que os olhos vêem.

Deve ter uma explicação para isso. Sempre tem. Poderia ser alucinação coletiva, ou talvez o brilho da lua estivesse desfocando a minha visão.

" Não não tem explicação. A natureza é assim, não sobrevive o mais forte e nem o mais inteligente, sobrevive o que se adapta melhor. Essa é a sua realidade agora, se adapte a ela"

Anos atrás, quando ainda era pequena, tia Kate disse isso para mim, mas não assim desse jeito. Mas de alguma forma lembrei dessa frase subitamente.

Minha mãe fixou a arma no chão. Ouvi um estrondo imenso. As ondas caíram em choque com as pedras e um relâmpago atravessou o céu e cruzou a espada. A arma atravessou a rocha como se fosse manteiga. A pedra e a espada começaram a crepitar, uns fiapos de nevoa e eletricidade pura começaram a sair da ponta da arma e foram tomando a forma de um espiral redondo rodopiando sobre o ar.

Previ o que era antes que ela falasse.

–-- Atravessem.

Ela só pode estar de brincadeira com a minha cara.

–-- Sabe, eu não estou me sentindo tentada a pular direto para um queda de rochas e virar panqueca á lá Christine hoje, quem sabe amanhã... --- Falei sorrindo.

Minha mãe me encarou. Eu encarei o precipício e Layla encarou os pés.

Não sei mas não estou com a mínima vontade de pular á alturas hoje. Olhando pelo lado positivo --- Se é que tem esse lado ---, eu teria uma morte mais honrosa --- tipo, não sendo fatiada por passarinhos psicopatas e nem engolida por cobras gigante --- Já o lado negativo : Bem, eu viraria panqueca.

Minha mãe me encarou mais uma vez.

–-- Tá, eu vou pular --- Revirei os olhos. --- Mas se eu morrer eu vou te processar.

Ela riu.

Filha-da-Mãe.

Ok, eu sinceramente não esperava que minha mãe fosse filha da tia.

–-- Como você vai me processar.

–-- Sei lá, no mundo inferior ou no céu deve ter alguns advogados.

Aí eu pulei.

Dizendo assim parece tão simples, né.

A primeira coisa que senti foi o vento. Depois foi a sensação de vazio. Tentei não olhar para baixo, é claro --- A famosa mitologia dos desenhos animados : Quando o não está olhando fica suspenso no ar, e quando olha caí --- Não funcionou, eu caí e acabei olhando para baixo. Não me culpem provavelmente seria a única vez da minha vida em que eu veria pedras indo na minha direção na velocidade máxima.

Então, felizmente, atravessei o portal.

Quase comi pedras. Sim, é isso que você leu, Christine M. Caudermoon, quase comeu pedras.

Eu caí num amontoado de pedras. Ahn, só para mencionar, antes de quase comer pedras, eu me esfolei nas rochas. É, os gregos antigos considerariam isso como um mal presságio.

Quando me levante percebi que esta no mesmo lugar.

Debaixo de mim tinha uma enorme queda, mas não pequena como a outra, isso poderia ser considerado um penhasco. E debaixo do penhasco tinha um mar tempestuoso e vento estava mais forte ainda.

Ouvi um estrondo do lado. Layla caiu de nariz numa pedra e gritou.

–-- Ai meu nariz. Ai. Eu estou sem nariz ! Eu vou virar a Lady Voldemorte!

Claro, eu fiz meu papel de boa cidadã e esclareci para a pobre menina que ela só esfolou o nariz e não era a Lady Voldemort.

Ouvi um estralinho e minha mãe caiu em pé, impecável.

Alguém percebeu uma mínima injustiça.

–-- Bem vamos andando --- Ela apontou para frente.

Foi só assim que me virei para frente e não acreditei no que vi.

Era um desses castelos medievais, mas esse era diferente. Não tenho muitas noções sobre arquitetura medieval mas tenho certeza que naqueles castelos não tinha colunas de mármore e hieroglifos entalhados nas paredes e nem mini templos ao redor do castelo.

Parecia um Hogwarts, só que com uma arquitetura diferente. Aquilo parecia ser grego, romano, egípcio e medieval. Era estranho que uma mistura dessas pudesse ser bonita, mas essa é definitivamente bonita.

Caminhamos por cerca de dez minutos até chegar no portão. O caminho era recoberto árvores de diferentes espécies, oliveiras, carvalhos e árvores que nem sei citar o nome. Não tinha trilha nem nada, por um momento me senti perdida numa floresta. Se não fosse minha mãe eu e Layla teríamos que passar a noite no galhos de um carvalho --- Coisa que definitivamente não agradável.

Estranho... estou enxergando tão bem no escuro. Mesmo sem nenhuma luz eu conseguia ver todas as folhas das plantas detalhadamente.

–-- Por que não tem flores ? --- Layla perguntou.

Minha mãe iria sorrir mas ela disfarçou.

–-- A pessoa que fundou esse lugar não gostava de flores.

Layla ficou indignada, provavelmente não acreditava que alguém não pudesse gostar de flores . Me lembro uma vez quando eu disse que não gostava muito de flores e ela ficou uma semana em olhar para minha cara, muito dramático na minha opinião.

O portão era grande, grande a ponto de caber um ser de oito metros. Era feito de bronze, mas tinha símbolos desenhados em ouro e prata nele.

–-- Ahn, nós batemos palmas ou apertamos a campainha ? --- Perguntei para minha mãe.

Só foi eu falar e o portão abriu.

Sinceramente, isso é coisa típica de filme de terror, só espero que não apreça um cara doido com uma serra elétrica.

Não apareceu um cara doido com uma serra elétrica, mas apareceu uma loira.

Era uma moça de vinte e cinco ou vinte anos, por aí, eu acho, mas nunca se sabe, minha mãe tinha quarenta e aparentava ter vinte. O cabelo não era igual dessas loiras falsificas que se veem em qualquer lugar do Estados Unidos, era natural e bem claro, quase prateado.

–-- Lize !

Só para saberem, Lize é um apelido da minha mãe. Abreviação de Elisa.

Nunca vi aquela loira na vida, mas ela parecia estranhamente familiar e também conhecia minha mãe. Isso está cada vez mais estranho...

–-- Quem é sua filha ? --- Ela perguntou.

Minha mãe apontou para mim.

–-- Parece realmente.

Com a minha mãe ? Não provavelmente. Minha mãe era loira e de olhos cinzas, já eu sou exatamente o oposto :Pele morena clara, cabelos castanhos e olhos escuros. Semelhança zero. Talvez tivesse alguma semelhança ... os traços do rosto. Fora isso, nada.

–-- Esse lugar parece uma Hogwarts com arquitetura histórica --- Falei observando as colunas de mármore e as torres medievais.

A loira sorriu como se já esperasse essa pergunta.

–-- Hogwarts foi inspirada nesse lugar.

–-- Como ? --- Franzi as sobrancelhas --- ou melhor, o que é esse lugar e quem é você ?

&

–-- Sou Ilithya Lowe, Feiticeira Alta sacerdotisa de Nyx. E esse lugar é o campo de treinamento, antiga Narnia.

Sabe aqueles momentos em que você tem a sensação que as ligações dos neurônios viraram pó, eu estava me sentindo exatamente assim.

Narnia, eu sei o que é, já li um a série " As crônicas de Narnia". É mas isso é uma série de livros. Sinceramente é impossível criancinhas atravessarem um guarda-roupa velho e irem parar numa terra encantada.

Nyx eu também sei o que é. Um momento para a mitologia grega : Nyx, Nix ou Noite para os romanos. Deusa primordial que personifica a noite. Considerada uma das deusas mais poderosas, capaz de tirar a imortalidade de um deus. Seu nome significa domadora de deuses e homens. Temida até por Zeus, o soberano do olimpo.

Tem duas opções para isso : Ou estou doida, ou estou cercada de doidos. Provavelmente as duas opções.

–-- Agora pode me explicar como Hogwarts foi inspirada nesse lugar, aproveita e responda como você é uma sacerdotisa de uma deusa e como isso é a antiga Nárnia.

Ilithya respirou fundo. Provavelmente a coitada não foi alertada sobre a minha curiosidade excessiva ou excesso de perguntas --- defina como quiser.

–-- Os outros alunos que chegam aqui não fazem tantas perguntas.

–-- Infelizmente eu não sou igual aos outros alunos.

Minha mãe me olhou feio. Ahn... provavelmente eu estava sendo mal-educada.

–-- Uma pergunta de cada vez, certo ? Um tempo atrás, antes da terceira guerra, esse lugar tinha a aparência de um castelo medieval, agora reformaram. É um assunto complexo mas vou resumir : Existem atos tão nobre que não devem ficar apenas na nosso história, nós passamos isso para os mortais. Os escritores são um exemplo de ligação entre esse mundo e o mortal, nós os inspiramos com a nossas histórias e eles passam isso para os mortais.

Hum... interessante.

–-- E agora o fato de você servir á uma deusa ?

Ela respirou fundo de novo.

–-- Deuses existem, se você reparar em toda mitologia os deuses sempre regem os mesmos elementos, só mudam os nomes, as semelhanças são enormes. Exemplo : Bastet para os egipcios, Ártemis para os gregos e Diana para os romanos. É a mesma deusa só muda o nome e algumas coisas. Deuses existem, os seres mistícos os tem como ancestrais. Os seres místicos são ninfas, metarmorfos, feiticeiras e vampiros, os descendêntes das Lâmias e de Hades.

Na minha vida inteira eu li livros sobre mitologias, livros de ação. Realmente eu nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo, envolver realmente nisso. Enquanto você lê o livro e pensa " Legal, queria ter uma vida igual á desse personagem" você realmente nunca espera que isso vá acontecer.

Mas comigo aconteceu.

–-- Esse lugar é a antiga Narnia. É outra dimensão como já deve ter percebido, o guarda roupa de fato foi um portal para aquelas crianças igual o penhasco foi para você. Isso foi tudo do que restou de Narnia. Depois da Primeira Guerra, esse lugar foi semidestruído.

–-- Agora vamos entrar, por favor. Chris você faz suas perguntas depois, eu to morrendo de frio --- Disse Layla e de fato ela estava tremendo.

Lá dentro era maior do que parecia. O salão era enorme e tinha uma decoração de matar, literalmente. A parede era emoldurada com facas, espadas de diversos tipos, arcos, chicotes. O piso era meio escorregadio, quase me esborrachei nele.

–-- Que armas são essas ? --- Perguntei.

Ilithya estava com cara de quem quer dormir e está fazendo hora extra no trabalho, a coitada estava quase fechando os olhos. Certamente não esperava que fossem importuna-la á uma da madrugada.

–-- Foram de pessoas que fizeram grandes coisas nesse mundo. Está por exemplo --- Ela tirou uma caneta da parede --- É a famosa Contracorrente--- Ela destampou a caneta. Num pequeno estalo a caneta cresceu e virou uma espada reluzente de bronze.

Eu fiquei euforica, não nego. Quis dar pulinhos de alegria... Não, pulinhos de alegria é exagero... Não me culpe, como você se sentiria se soubesse que os personagens dos livros que você leu são reais ?

Outra coisa na parede me chamou a atenção. Eram duas adagas e duas katanas japonesas. As adagas pareciam aquele tipo de adagas que vemos em museus e que pertenceram á familias reais. Tinham um brasão, ambas; mas parecia que alguém num acesso de fúria tentou destruí-lo e que fora moldada de novo com uma pedra negra em formato de uma lua circundada de estrelas com duas espadas cruzadas sobre ela. As katanas tinham um brasão intacto, foram moldadas com ele, por um momento percebi que aquele brasão era o que estava estampado acima do portão.

Fiquei olhando por um tempo para as armas, ambas pareciam ser feitas de prata e ainda tinham resquícios de sangue.

–-- De quem é essas armas ? --- Perguntei.

O assunto pareceu interessar subitamente Ilithya.

–-- Á Diana. Irmã de Caspian X, embora receio que ela não gostaria de ser lembrada como tal. Ela nunca foi citada nos livros por que foi um caso peculiar. Lewis, o escritor das crônicas de Narnia não era um simples humano, era filho de Susana, quando ela lhe contou as historias, ela por rancor á Diana, pediu para o filho jamais escrever esse nome. Diana foi uma guerreira, renunciou o titulo de princesa quando os seres misticos começaram a se desenvolver em Narnia e a esposa de Caspian mandou mata-los para mante-los sobre controle. Foi uma grande feiticeira, Trivia, a esposa de Caspian também era uma feiticeira. Ambas morreram lutando. Mas ainda dizem que elas iriam voltar, dizem que nem a morte é capaz de aplacar um ser tão poderoso. .

De algum modo aqueles palavras ecoaram no salão.

Nem a morte é capaz de aplacar um ser tão poderoso.


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Notas finais do capítulo

Demorou mais saiu. Essa enrolação toda foi a base de : "Ai to cansada hoje, amanhã eu escrevo"

Demorou uns cinquenta dia mais saiu,