Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 33
Capítulo 33 - Seja bem-vindo, Kon!


Notas iniciais do capítulo

E ai, povo?
Voltei como prometi :3
Espero que gostem e logo logo eu volto com o capítulo do enredo original da fic.
Quero focar mais nela para termina-la logo, já que ela já esta próxima do fim.
Bom, é isso
Boa leitura



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— Rukia —

Sentia a luz do sol adentrar pelo ambiente aos poucos, eu não sabia que horas eram, mas poderia dizer que já se passavam do meio-dia.

O dia amanhecera estranhamente ensolarado para uma tarde de outono e isso me deixara feliz.

Já fazia algum tempo que havia acordado, mas ver Ichigo dormir tão serenamente abraçado a mim me fez querer que aquele momento se estendesse por mais algumas instantes.

Lembrava-me vagamente de suas palavras da noite passada e sentia-me grata por tê-lo ali. Toda aquele proximidade fazia meu coração palpitar estranhamente em meu peito, trazendo um antigo sentimento a tona e aquilo me assustava.

Não podia e não queria voltar a ter sentimentos maiores que amizade pelo ruivo, pois sabia que para Ichigo, eu nunca seria mais que a melhor amiga, quase irmã, que ele sempre protegia. Já havia superado isso e não me deixaria ludibriar novamente por nenhum homem ou sentimento bobo.

Mandando para longe todos aqueles pensamentos confusos, levantei-me sorrateiramente da cama, parando ao lado do Kurosaki, que ainda dormia tranquilamente.

Poderia deixa-lo dormir mais um pouco, mas já era tarde e eu adorava implicar com ele.

— Ichigo — sussurrei mansamente. — Bom dia, Ichigo — continuei chamando.

— Só mais cinco minutos, velho — rebateu ele virando para o outro lado.

Senti meu sangue ferver.

— Que velho o que, seu desgraçado? — exclamei puxando fortemente a coberta fina que estava enrolada no corpo do mesmo,fazendo-o cair assustado ao chão.

— Rukia, sua maldita. É assim que você me trata depois de todo o carinho que te dei noite passada?! — indagou massageando a própria bunda, que havia batido de encontro ao chão frio.

— Nem vem, a culpa é sua — acusei, jogando a coberta sobre a cama. — Você me chamo de "velho", eu pareço com o tio Isshin por acaso?! — perguntei indignada.

— Não. Você é bonita, já ele é um velho irritante, mas... — disse fazendo uma pausa para se levantar do chão. — Os dois são completamente irritantes de manhã — completo ele debochado.

— Ichigo — sibilei pegando o primeira coisa que via a minha frente. — Você está querendo morrer, é? — indaguei arremessando o travesseiro que havia pego, acertando-lhe a face.

— Nanica.... — disse ele manhoso, deixando o travessei de lado. — Você não pode me matar hoje, então relaxa — declarou sorrindo.

— Por que não posso te matar hoje? — indaguei desconfiada.

Seu sorriso se desfez dando lugar a uma careta debochada.

— Não vai me dizer que esta esquecendo de seu próprio aniversario, hein Rukia? — questionou sarcástico.

— Ah! Cala a boca — rebati, havia me esquecido momentaneamente de que dia era hoje. Logo, logo meus outros amigos e familiares começariam a ligar e eu não estava nenhum pouco em clima de festa. — Com licença, morango, mas acho que vou hibernar. Feche a porta quando sair — declarei mergulhando novamente por entre as cobertas.

O ambiente ficou em silencio e eu realmente achei que o ruivo respeitaria minhas vontades. Lindo engano.

Como se fosse uma vingança infantil, o maldito puxou a coberta da mesma maneira que eu havia feito a minutos atrás, mas em vez de deixar-me cair ao chão, ele apenas me jogou por sobre seu ombro e saiu andando pela casa.

— O que esta fazendo, seu idiota?! — indaguei risonha.

— Procurando suas roupas — declarou serio.

— Mas elas estão no quarto e pra que você quer minhas roupas?! — perguntei exasperada.

— Vou te vestir nem que seja a força e obriga-la a sair comigo para comemorar seu aniversario — disparou simplesmente.

— Ah! Ichigo, nem vem — protestei. — Hoje quero ficar em casa e hibernar. Acabei de levar um pé na bunda. Deixe-me ficar um pouco com minha amargura — completei cansada.

— Não — respondeu simplesmente. — Hoje iremos nós divertir como nos velhos tempos.

— Mas...

— Nada de "mas", já está decidido. Você me deve isso por ter manchado minha camisa com sua meleca de tanto chorar — disse debochado.

"Meleca"?! Eu não deixei meleca nenhuma na sua camisa, seu mentiroso — rebati, debatendo-me em seus braços.

— Deixou sim e agora fica quieta — mandou bravo. — Vai ir comigo por bem ou por mal? — perguntou fazendo-me estremecer, ele realmente parecia bem decidido.

— Okay — respondi incerta. — Mas agora me solta para eu me vestir sozinha — mandei ouvindo-o rir baixo antes de me por no chão.

Arrumei-me rapidamente em um vestido leve e em menos de vinte minutos já estávamos na estrada.

Almoçamos em uma simples barraca de Ramem e seguimos até o parque de diversos. O dia fora realmente agradável e eu não pensei em Ashido em momento algum. Ichigo estava sendo minha cura.

— Nanica, espera aqui — mandou ele ao estacionar o carro em uma avenida qualquer quando já voltávamos para meu apartamento.

— Aonde você vai? — perguntei curiosa.

— Para de ser enxerida e fica quietinha aqui — mandou ele me deixando emburrada.

Os minutos pareciam se arrastar e nada do ruivo maldito voltar.

— Idiota — resmunguei irritada.

— Vejo que sentiu minha falta! — gritou ele abrindo o porta-malas, assustando-me eu não o havia visto chegar.

— Aonde você estava? — perguntei desconfiada.

— Fui pegar seu presente — declarou sentando-se ao meu lado, para logo voltar a dirigir. — Não pude comprar ontem, então tive que improvisar — falou sem me olhar.

— Meu presente? — indaguei animada. — O que é?

— Só vou te entregar em seu apartamento....

Um miado manhoso cortou a fala do ruivo.

— O que foi isso? — questionei alarmada. — Ichigo, acho que tem um gato no seu carro — afirmei olhando em volta.

— Um gato? — disse ele rindo nervoso. — Só se for eu.

Outro miado e esse fora mais alto. O bicho parecia estar bem próximo.

— Ichigo.

— Droga — resmungou ele, mas logo sorriu ao ver meu prédio logo a frente. — Aguenta só mais um pouquinho, amiginho — disparou me deixando ainda mais confusa.

Sem dizer mais nada, esperei que ele estacionasse o carro em minha vaga e desci logo após o ruivo.

— Feche os olhos — mandou ele, sorrindo.

— Por quê? — perguntei.

— Apenas feche, Rukia.

Sem mais questionamentos, fiz o que Ichigo havia pedido.

— Estenda as mãos — mandou mais uma vez e eu obedeci, ouvindo-o abrir e fechar o porta-malas rapidamente.

O som de miados voltou e aquilo estava me deixando intrigada, e então, finalmente pude sentir algo fofo e macio ser posto sobre minhas mãos estendidas.

— Pode abrir os olhos, Chibi-chan — sussurrou Ichigo.

Sorrindo, eu fiz o que ele havia pedido e constatei ser verdade o que já desconfiava.

— Está ai seu presente — declarou ele.

Uma risada sem formou em minha garganta. Sempre quis ter um bichinho de estimação e ele sabia disso.

— Muito obrigada, Ichigo — agradecia abraçando o gatinho de pelagem alaranja, cor essa que lembrava os cabelos do ruivo.

— Sabia que você ia gostar — resmungou sorrindo timidamente.

— Eu amei — confessei sem deixar de abraçar o bichinho, que já havia aninhado-se em meu peito. — Precisamos dar um nome para ele — declarei pensativa.

— Bom... É... Eu meio que já dei um nome para ele — confessou Ichigo incerto.

— Qual? — indaguei surpresa, Ichigo sempre fora ruim com nomes.

— Kon — respondeu rapidamente.

— Kon?! — repeti. — Kon. Um bom nome — afirmei depois de pensar por alguns instantes. — Seja bem-vindo, Kon — sussurrei encarrando os olhos verdes do bichano.

— Sim — rebateu animado. — Seja bem-vindo, Kon! — exclamou o ruivo sorrindo. — Deixa eu levar ele? — pediu enquanto subíamos pelo elevador.

— Não. Ele é meu bebê e irei mimalo, com licença — respondi vendo-o resmungar contrariado, sem duvidas aquele havia sido meu melhor aniversario e tudo graças a Ichigo.

— Obrigada — agradeci novamente.

— Não me agradeça. Você sabe que sempre estarei aqui para você, então apenas cuide do Kon e isso já é todo o agradecimento que lhe peço — rebateu.

— Claro — falei sorrindo, entregando o gatinho a ele, que sorriu. Agora, mesmo que o Ichigo estivesse longe, eu não estaria mais sozinha. — Seja bem-vindo, Kon... — sussurrei. Só aquele ruivo mal-humorado para me fazer tão bem.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Comentem, que assim eu fico mais animada para escrever
Bjus



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