Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 30
Capítulo 30 - Melhor Saída


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
Hoje lhes venho trazer mais um capítulo de Small Obsession.
Sabia nesse mesmo dia a 7 meses atrás eu começava essa Fanfic, ela foi a minha 1° e tenho uma enorme carinho por ela, e só tenho agradecimentos a vcs que esta lendo e acompanhando a fic.
Obrigada a todos
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521986/chapter/30

— Rukia —

"Rukia-chan! Rukia-chan! O que eu devo vestir?! Vai ser um evento muito formal?!" — a loira choramingava ao telefone fazendo indagações desnecessária a mim naquele momento.

Sentia-me cansada de tudo aquilo.

Eu estava estressa, com dor de cabeça e com vontade de mandar tudo a merda, mas mesmo assim tentava manter meu tom mais normal perante minha irritante amiga modelo.

"Vá com qualquer roupa, Matsumoto" — disparei massageando meu pescoço tenso. —"Apenas esteja no meu apartamento as oito. Não quero me atrasar" — completei ouvindo-a resmungar qualquer coisa sobre meu jeito frio e pratico de a tratar. — "Tenho que desligar agora"— avisei tirando o celular do viva-voz, colocando-o rente a minha orelha.

Já passava das cinco da tarde, meu expediente já havia acabado e o que eu mais queria agora era tomar um bom banho para relaxar, e assim ir ao lançamento do precioso livro de meu querido vizinho.

"Certo. Estou ansiosa para conhecer o Grimmjow-san pessoalmente. Ele deve ser mais gostoso do que mostram nas revistas" — cantarolou ele alegremente, fazendo-me revirar os olhos, entediada.

"Okay. Okay. Beijos e até mais tarde" — Falei desligando o celular após ouvir sua despedida.

O dia não havia sido nada legal até ali.

Enfrentei reuniões e mais reuniões para no fim sair frustrada e com mais vários projetos para terminar.

Ser arquiteta principal da renomada construtora Kuchiki não era nada fácil.

Cansada, apenas levante pegando minhas coisas.

Sem Ichigo ali, eu sempre tinha que usar meu carro, o que era um tédio.

Eu odiava dirigir por aquelas ruas e avenidas congestionadas.

— Já vai, Rukia-chan? — Sinto meu corpo todo paralisar perante aquela irritante e desdenhosa voz.

— Kouga — sibilo friamente, vendo o sorriso presunçoso de meu primo se largar em sua bela face.

Ele não devia estar mais ali!

— Ah! Achei que ainda me chamasse de Kouga-nee — falou fingindo falso desapontamento.

— O que ainda faz aqui? Pensei que só tivesse vindo para receber os relatórios para o vovô — falei ignorando suas provocações.

— Pensou certo, mas resolvi dar uma olhadinha na minha linda priminha. Você está mais linda do que me lembrava — disse ele se aproximando lentamente de mim.

— Que pena, pois já estou de saída. Mande lembranças ao vovô — disparei recuando, para logo dar-lhe as costas.

— Kurosaki Ichigo, né?! Mais uma para a lista? — indagou serio.

— Isso não é da sua conta — respondia ouvindo seus passos atrás de mim.

— O vovô não vai gostar de saber que tem uma neta tão leviana quanto você — sussurrou ele me alcançando.

O corredor estava praticamente vazio e eu só tentava andar mais rápido do minhas pernas aguentavam.

Kouga sempre me deixava nervosa com seus olhares maliciosos e seu tom desdenhoso.

Eu sabia o que ele queria no fim.

— Diga, é só para mim que você não libera?

O som de minha mão de encontro a seu rosto ecoou por todo o corredor.

Meu sangue fervia e eu já não podia mais me controlar.

Kuchiki Kouga sempre despertava o pior de mim.

— Você é nojento! — exclamei furiosa, fugindo dali.

Sentia-me a pior pessoa do mundo.

Eu havia errado muito, mas isso era algo normal.

Pessoas eram constantemente, por que eu tinha que ser diferente?

Meu passado me condenava, pois sim, eu havia dormido com vários homens, mas quem poderia me condenar?

Ninguém!

Mas por que ouvir as palavras hostis de Kouga me abalaram?

Eu sabia que Ichigo não era só mais um para a lista, mas sera que ele sabia disso? Sera que não era esse o motivo de sua insegurança?

No fim eu era culpa de tudo!

Angustiada, dirigi apressada em direção a meu apartamento.

Não poderia fazer nada por enquanto, pois o ruivo nem mesmo atendia o maldito celular.

~~~~

Boa noite, nanica. Espero que não tenha se esquecido de seu compromisso de hoje a noite. Vou ficar lhe esperando.

Grimmjow J.

Aquela já era a quinta mensagem que o azulado me enviava só naquele dia. Nunca devia ter caído na besteira de passar meu numero a ele.

Sabia que o Jaegerjaquez não queria meu numero pessoal apenas para fazer perguntas de como cuidar de Panteira, sua nova gatinha fofa, que ainda o odiava.

Ambos viviam em uma relação de amor e ódio, o que me deixa mais apaixonada pela fofura da felina de pelagem negra.

Respondi a mensagem apressada.

Já se passavam das oito horas e nada de Matsumoto aparecer. Aquilo esta me deixando mais impaciente e mais estressada do que já estava.

O encontro com Kouga ainda se repetia em minha mente, atordoando-me.

Disquei o numero da modelo pela enésima vez e novamente o ligação caia na caixa-postal.

Aquela desgraçada estava testando minha paciência.

Peguei minha bolsa ao ouvir os insistentes batidas a minha porta.

— Rukia-chan, me desculpe pelo atraso. É que...

— Tudo bem, Matsumoto. Apenas vamos, porque hoje eu quero beber — declarei, interrompendo-a.

— Certo — respondeu ela com seu sorriso perfeito em face.

O caminho foi feito o mais prevê possível, com a loira tagarelando o tempo todo.

Matsumoto sempre fora amais extrovertida de nos e era isso o que eu gostava nela, pois mesmo estressa, ela conseguia me fazer rir de alguma bobagem que ela aprontava.

O que não eram poucas.

— Preparada para conhecer seu ídolo? — perguntei um pouco bem humorada.

Olhar a faxada da melhor livraria de Karakura me animava.

— Sim! — respondeu ela com vigor.

Sem demora, deixamos o veiculo, para logo caminharmos pelo elegante tapete,que dava para o hall luxuoso.

Tudo ali era bem refinada e luxuoso, o que me deixa extremamente surpresa.

Grimmjow era realmente famoso.

Matsumoto parecia deslumbrada com tudo o que via a seu redor e ela estava magnifica em seu vestido justo de um vermelho vivo, que destacava suas belas curvas.

Perto dela eu era apenas um patinho feio sem peitos, mas mesmo assim sentia-me confortável em meu delicado vestido preto.

— Rukia-chan — saudou o escritor ao me ver entrar no grandioso salão oval, onde vários exemplares de seu livro eram expostos.

— Boa noite, Grimmjow-san — respondi sendo alvo de quase todos os olhares do ambiente. Aquilo sim me deixava desconfortavel.

— Pra que tanta formalidade, nanica? — sussurrou ela ao beijar a minha mão delicadamente.

— Estamos em um evento formal, Grimmjow-san. Devemos seguir as regras da casa — falei baixo sorrindo para o homem a minha frente.

— Ah entendo — disse voltando seus olhos para a loira paralisada ao meu lado. — Quem é a bela moça? — questionou ele com seu tão irritante sorriso sacana, o que pareceu deixar a modelo derretida.

— Essa é Matsumoto Rangiku, uma grande amiga — apresentei formalmente.

— Muito prazer, Rangiku-san. Parece-me que Rukia-chan dispõem de belas amigas — disparou ainda sorrindo.

— Obrigada, Grimmjow-san — agradeceu ela corando.

Matsumoto estava corada feito um pimentão, assim como Inoue havia ficado perante o desgraçado de olhos azuis.

Aquilo era cômico!

— Venham. Irei leva-las para o bar, lá é bem mais interessante do que aqui — declarou ele.

— Pensei que te encontraria autografando livros e mais livros, mas pensei errado — disse caminhando ao seu lado.

— Isso é amanhã, esse evento de hoje é só uma comemoração minha para poucos prestigiados com a minha amizade — falou lançando um bela piscadela em minha direção.

— Ah sim — balbucie sentando-me rente ao balção, onde vários barmens trabalhavam fazendo drinques e mais drinques.

— Podem pedirem o que quiserem. Hoje tudo é por minha conta — declarou afastando-se.

Pedi uma bebida para mim e para Matsumoto que parecia mais avoada que a Inoue.

— Marsumoto — chamei movendo o copo em frente ao rosto dela varias vezes.

— Ele é perfeito — pronunciou-se ela finalmente. — Sinto a necessidade de fazer sexo selvagem com ele até desmaiar — completou ela arrancando o drinque de minha mão.

— Se controle, mulher, ele esta voltando — avisei vendo-o se aproximar com dois belos homens junto de si, e quando digo belos, quero dizer belos mesmo.

Ah como sentia falta de meu ruivo.

Precisava falar com ele e acabar com toda aquela carência angustiante que sentia.

— Rukia-chan, Rangiku-san, lhes apresento meus colegas de trabalho. Ulquiorra Schiffer e Ichimaru Gin — apresentou da mesma maneira que eu havia feito para lhe apresentar a loira ao meu lado.

— Muito prazer, senhores — falei vendo Matsumoto sorrir encantada com a beleza exótica do albino, que lhe sorria da mesma maneira.

Parece que Grimmjow já havia sido esquecido pela modelo.

— Prazer — respondeu o moreno serio, encostando-se ao balcão. Ele não parecia a fim de conversa.

— O prazer é todo nosso por conhecer mulheres tão encantadoras quanto vocês — falou o chamado Ichimaru Gin, sentando-se ao lado de Matsumoto, para logo iniciar uma conversa animada com a mesma.

— Parece que fomos deixados de lado — declarou o escritor sentando-se ao meu lado, vendo-me pedir o segundo copo de um drinque qualquer. — Ei! Vai com calma na bebedeira — alertou ele.

— Não — disse simplesmente. — Preciso beber hoje. Não trabalho amanhã e a Matsumoto que esta dirigindo — completei vendo-o pedir algo também.

— Mesmo assim — começou. — Você não devia exagerar — avisou com os lábios colados na borda do copo de vidro transparente.

Dando de ombros apenas o ignorei pedindo bebida após bebida.

Fazia tempo que não bebia tanto.

Queria apenas esquecer as palavras de Kouga que me incomodavam e também a saudades do ruivo, que parecia não lembrar mais de minha existência.

Já faziam dias e ele nem ao menos me mandara uma simples mensagem.

Eu queria deixar de lado todos aqueles sentimentos frustrantes e mergulhar de cabeça na bebedeira, igual fazia na época da faculdade.

Queria me sentir livre novamente e já sentia a bebida subir ao cérebro.

Eu relamente já estava bêbada e anestesiada de tudo e todos.

— Eu acho que sua amiga esta caindo na lábia de Ichimaru — sussurrou meu vizinho sexy mais perto de mim do que era necessário, apontando para onde Matsumoto e Gin estavam.

— Não tenha tanta certeza. Eu acho que ele caiu nos encantos dela — resmunguei bebendo mais um gole do liquido azul que estava em minha taça.

— Serio? Você deve imaginar o que ele quer dela, não é mesmo? — questionou descrente.

— Sim, eu sei e posso lhe assegurar de que ela quer o mesmo — falei já meio alterada pela bebida.

— Então, parece que você perdeu sua carona — afirmou ele sorrindo.

— Droga — resmunguei olhando a hora em meu celular.

Já se passavam das duas da manhã. Pegar um táxi seria complicado naquele horário.

— Se quiser eu te levo, afinal moramos no mesmo prédio — ofereceu tentando-me.

— Ah não. Não precisa. Pode curtir sua festa até o fim — respondi pegando minha bolsa.

— Não. Eu insisto — disparou bebendo todo o restante de sua bebida em um gole. — Ulquiorra, eu já vou indo. Agradeça a todos por mim — avisou ao moreno que ainda bebia calado no mesmo lugar que sentara mais cedo.

— Certo — resmungou sem nem olhar em nossa direção.

Em silencio deixamos o bar, passando pelo salão onde ainda tinha varias pessoas conversando e lendo o mais novo livro de Grimmjow, que caminhava serio.

Ele parecia pensativo de mais.

Sem muito obstáculos, chegamos no estacionamento onde o carro preto do escritor brilhava imponente, ofuscando qualquer um dos veículos ao seu redor.

Ser um escritor famoso parecia dar muito dinheiro realmente.

Com certo cavalheirismo, ele abriu a porta do passageiro para mim, que logo coloquei o cinto, afundando no banco macio.

Senti todo o efeito da bebedeira tomar conta de meu corpo apagando aos poucos com a imagem de Ichigo sorrindo.

Eu queria sonhar com ele e foi com isso em mente que adormecia ouvindo uma musica baixa, que saia pelos auto-falantes do carro aconchegante de Grimmjow Jaegerjaquez.

~~~~

Eu sonhei.

Sonhei com um passado distante, ou não tão distante assim, onde Ichigo estava ali por mim. Sorrindo ou com a cara amarrada, mas estava.

Eu sentia sua falta.

Podia sentir um movimento constante, como se algo ou alguém me carrega-se em seus braços fortes.

Ichigo! Como eu queria que fosse ele.

Meus olhos estavam pesados e se negavam-se a se abrir para matar a minha duvida.

Quem me carregava?

O movimento havia cessado.

Podia ouvir resmungos ao longe, mas quem era?

Com um baque, uma porta parecia ter sido aberta, fazendo assim o movimento recomeçar desregular.

Os braços me deixaram, depositando-me sobre algo macio.

Uma cama? Ou um sofá?

Não. Isso não importava.

Quem era? Eu precisava saber.

Será que Ichigo havia vindo me ver?

Um peso pairava sobre mim, mas quem?

Quem era?

Meus olhos teimavam. Eles não queriam abrir. Eu estava cansada de mais, mas ainda sim eu lutei.

Meu corpo se arrepiou abaixo do forte, que ainda pairava sobre mim.

Alguém pressionava seus lábios macios contra os meus, mas quem?

Quem era?

Com força, uma força que eu nunca havia usado antes, eu os abri.

Meus olhos estavam abertos.

Abertos de encontro a intensos azuis, cheios de desejos e sentimentos que eu não conseguia decifrar.

Sim. Sem duvidas aqueles olhos eram de vizinho.

Não era Ichigo que estava ali, mas sim Grimmjow.

Fora Grimmjow que beijara-me sem consentimento, mas ainda assim a culpa já me corroía.

Definitivamente, eu estava perdida e com uma ressaca das bravas, mas eu deveria saber que beber nunca era a melhor saída para nada e minha irresponsabilidade só piorava as coisas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Comentem, PF
Bjus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Small obsession" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.