Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 13
Capítulo 13 - Os dois lados


Notas iniciais do capítulo

Voltei rápido, não é mesmo?
kkkkk
'Boa leitura



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— Ichigo —

Quente. Meu corpo inteiro queimava ao tê-la em meus braços, sempre foi assim. Mesmo quando ela me abraçava na mais pura inocência meu corpo queimava pedindo pelo dela, implorando por mais contato com aquela pele suave e macia. E agora como se fosse um combustível, lá estava ela abraçando-me e beijando de modo sedento e voraz. Mostrando-me o quanto eu também era desejado por ela, causando assim um intenso incêndio em meu interior. Uma grande onda de desejo se apoderava de meu ser.

Descolamos nossos lábios lentamente ainda apreciando o momento. Meu coração descompassado enlouqueceu ainda mais ao encontrar aqueles lindos olhos nublados pelo desejo. Olhos um tanto quanto misteriosos para mim; na mesma hora em que transparecia a pureza genuína, poderia encontrar maliciosa perdição. E era isso que ela era para mim. Minha perdição.

— Vamos sair daqui Ichigo. — sussurrou quase como uma ordem em meu ouvido deixando-me ainda mais eufórico e ansioso.

E sem esperar resposta alguma puxou-me pela mão até a um ponto de táxi próximo a entrada da boate. Entramos, e Rukia logo passou o endereço do prédio onde residia.

Em momento algum durante o percurso soltei sua mão. Eu não queria deixar de senti-la de alguma maneira. Trocamos poucas palavras durante o caminho todo, pois nossos olhares diziam tudo ao se cruzarem sorrindo de modo cúmplice.

E agora depois de quase meia hora, estávamos parados em frente a porta de madeira branca que continha o número 415 entalhado. Olhei de canto ansioso. A porta finalmente é aberta e me surpreendendo mais uma vez naquela noite. Ela me beija puxando-me pela gola da camisa.

— Você foi um garoto muito mau essa noite. — sussurra pela segunda vez aquela frase em meu ouvido. — Está preparado para sua punição? — pergunta empurrando-me para o sofá sentando-se em meu colo.

Eu estava adorando vê-la tão solta e sedutora, mas eu precisava dela agora, precisava senti-la, precisava saber que eu realmente estava com ela e que a mesma precisava de mim da mesma maneira que eu precisava dela. Eu a queria totalmente entregue a mim. Então com um movimento rápido segurei-a pela cintura invertendo as posições, prendendo-a entre mim e o sofá.

— O que você pensa que está fazendo, Ichigo? — pergunta com um tom irritado e a face surpresa. — Você está trapaceando?! — questiona fechando a cara.

— Shiii, pequena. — caleia com um beijo rápido. — Hoje quem dita as regras sou eu. Por isso quietinha. — sussurro em sua orelha mordendo-a logo depois, fazendo a tremer em meus braços.

Sinto-a se arrepiar diante de meus toques, soltando pequenos gemidos, incitando-me a continuar acariciando aquele pequeno corpo bem-feito. Sorrio satisfeito passando meus braços pela cintura fina carregando-a até a grande cama de casal em seu quarto. Deito-a com certa delicadeza beijando aqueles lindos lábios sedutores ajudando-a a se livrar de todas as suas roupas.

— Acho que não vou deixar você sair linda desse jeito outra vez…. — digo admirando a morena linda a minha frente. — Atrai muitos olhares cobiçosos. — sussurro mordendo de leve a pele macia do ombro já desnudo.

— Cala boca. — sussurra abrindo com violência minha camisa arrancando os botões no processo, beijando-me logo em seguida.

Os gemidos roucos preenchiam o quarto. Nossas roupas já estavam jogadas ao chão e nossos corpos unidos deixando pele contra pele. Naquele momento tudo parecia aumentar a intensidade do momento. Os toques daquelas mãos pequenas e ousadas passeando por meu corpo, os beijos calmos porém sedentos, as palavras desconexas e respiração descompassadas, tudo aquilo me proporcionava sensações nunca nem imaginadas antes. Suado e satisfeito colei meus lábios mais uma vez aos dela. Beijando-a com calma e paixão. Caindo cansado ao seu lado logo em seguida. Passo alguns segundo fitando o teto ouvindo o som da respiração acelerada da minha pequena.

Estar ao lado dela me acalmava e era dessa calmaria que eu desfrutava naquele momento após nos amarmos tão intensamente. Agora eu sim eu poderia dizer: Finalmente “minha”.

—Rukia —

Meu coração parecia que não iria se aquietar nunca. Batia ferozmente desde o momento que decidi não “deixá-lo ir”. Ouvir som de sua respiração quase regular ao meu lado de uma maneira quase instantânea me acalmava, deixava-me feliz. Claro, ele havia frustrado todo meu plano de castigá-lo, mas até que me sentia feliz com isso. Era esse Ichigo que eu admirava. O corajoso e, de certo modo, atrevido. Não o ciumento e inseguro que só me irritava.

Olhei o relógio na criado-mudo. Três e quarenta da manhã.

— Ei Ichigo. — chamei logo tendo os castanhos olhos voltados para mim. — Você vai dormir aqui? — perguntei curiosa.

— Claro. — respondeu parecendo meio irritado com minha pergunta. — Alguma objeção? — perguntou de modo sério me irritando.

— Oh nenhuma, morango azedo. — respondo sarcasticamente notando uma veia saltar em sua testa. — É só que daqui mais ou menos cindo horas temos que estar na empresa e eu não acho que pega bem você aparecer lá vestindo isso ai. — digo apontando a camisa preta sem botões jogada ao chão.

— Ahhh!!! — exclamou olhando-me surpreso. — Acho que você vai ter que acordar mais cedo para me levar em meu aparamento então. — responde sorrindo de modo sedutor roubando-me um rápido beijo.

—Nossa! Não namoramos a nem um dia e você já está me dando trabalho, hein, Kurosaki Ichigo?! — digo sarcástica.

— Não reclama não, Nanica. — diz debochado ficando sério de repente. — Quero você longe do Renji. — diz em um tanto autoritário.

— De novo isso?! — questiono indignada. — Por que tanta raiva dele? Pensei que eram amigos. — falo deitando de lado para observá-lo melhor.

— Amigos? Aquele desgraçado estava agarrado com você. Amigo da onça! — exclama irritado.

— Agarrado? Ah sim. — digo suspirando chamando a atenção dele. — Peça desculpa a ele. — digo do mesmo modo autoritário usado por ele.

— Por quê? — questiona sentando-se bruscamente na cama.

— Porque ele apenas me “agarrou” para que eu não caísse. — respondo com calma deixando-o momentaneamente sem fala. — Ele só estava me ajudando. — finalizo sorrindo debochadamente.

— Mas…. — começa tentando arrumar uma desculpa qualquer. — Ah eu não vou pedir desculpas para aquele maldito! — exclama serrando o punho.

— Ah mas vai sim. Você vai se desculpar e pronto. — digo seria o observando deitar devagar ao meu lado. — Já que você não me deixou castigá-lo da maneira prazerosa que eu queria esse será seu castigo. — digo levantando-me deixando um Ichigo perplexo para trás. Sigo para o banheiro pegando duas toalhas no caminho. — E você vem ou não vem? — pergunto parada na porta. — Não vai me dizer que não aguenta um segundo round? —pergunto com um tom de falso desapontamento na voz entrando de vez no banheiro deixando a porta aberta.

— Maldita! — grita e ouço seus passos apressados em direção ao banheiro. — Vou te mostrar quem não aguenta o que aqui. — diz ao adentrando o local prensando-me bruscamente contra a parede gelada. — Agora você vai aprender a não subestimar Kurosaki Ichigo. — sussurra próximo ao meu ouvido beijando-me no pescoço logo em seguida.

Sinto meu coração disparar automaticamente acompanhado por um frio na barriga. Todas essas reações podem, com certeza, ser explicadas pela ciência como reações e mais reações de nosso corpo, mas eu não precisava de nenhuma explicação ou teoria para saber o que se passava em meu interior. A única certeza que tive naquele banheiro era de que eu nunca o deixaria ir, porque definitivamente, Kuchiki Rukia estava sim apaixonada por Kurosaki Ichigo. E de todas as reações já estudas pelo homem, o amor e a paixão eram as duas maiores incógnitas da história desde muitos e muitos seculos atrás. Então, realmente, não preciso me preocupar com algo que nunca se pode ter sob controle.

E foi ali naquela parede fria que senti que havia esperança e que, sim, Ichigo poderia ser o homem certo para mim.


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Notas finais do capítulo

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