Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 11
Capítulo 11 - Irreal


Notas iniciais do capítulo

Oie... Sei que demorei, mas meu note esta horrível para digitar.
Boa leitura



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— Ichigo —

— Tem certeza de que não quer ir, Ishida? — perguntei pela terceira vez.

— Tenho. — responde ríspido jogando uma carta com brutalidade sobre a mesa demostrando o quão irritado estava.

Fazia mais ou menos duas horas que eu estava na companhia de Ishida e Renji jogando cartas, como fazíamos todas as semanas. Foi nesse meio tempo que consegui arrancar de Ishida o paradeiro das moças. Estava realmente muito curioso.

No entanto, fiquei realmente irritado quando ouvi da boca do próprio que elas haviam ido curtir a tão especial “noite das mulheres” em uma badalada boate. Mas não fiquei surpreso, afinal, sempre soube o quanto Rukia e as outras eram festeiras.

Abri a boca para fazer minha quarta tentativa da noite, mas parei tentando pensar em algo. Já fazia um tempo que eu tentava convencer aqueles dois a me acompanhar até lá, mas todas minhas tentativas anteriores falharam. Então decidi jogar sujo.

— Ishida tem certeza mesmo? Você sabe que a Inoue é meio bobinha e alguém pode se aproveitar da inocência dela…. — digo “tocando na ferida” como dizem; sabia que Ishida tinha um instinto protetor exagerado em relação a Inoue. Eu só precisava usar as palavras certas.

— Calado, Kurosaki. — disse baixo de modo ameaçador.

— Eu acho que o Ichigo está certo. — disse Renji nos surpreendendo. —Vamos lá, Ishida. Jogar isso esta uma bosta. — diz recebendo um olhar irritado de Ishida. — Qual é? Enquanto elas estão lá no bem-bom a gente está aqui parecendo um bando de velhos jogando cartas!? — exclama de forma indignada.

— Isso mesmo, Renji. — Digo levantando da cadeira.

— Tudo bem. — diz por fim Ishida. — Mas vamos observar de longe. Não quero arrumar problemas com a Orihime. — continua por fim pegando as chaves que estavam sobre a mesa de centro da sala.

— Por mim tudo bem. — digo apressado.

— Não contem comigo. Eu não vou ficar dando uma de espião com vocês, estou indo é para pegar mulher. — confessa Renji sorrindo sacana.

— Você pode tentar, docinho. — debocho a fim de irritá-lo. — Quem vai querer você? —digo para provocá-lo. Sempre fomos assim. “Amigos e rivais” ao mesmo tempo, então provocações era quase um tanto banal entre nós dois.

— Pois saiba que teve uma baixinha que quis esse docinho aqui. — diz apontando para si mesmo. —E não foi uma vez só não. — sorriu de canto a fim de me irritar. Percebi naquele momento que não era somente eu que sabia jogar sujo.

Meu sangue ferveu. Eu queria matá-lo por já tê-la tocado um dia, mesmo sabendo que na época ele não sabia de meus sentimentos por ela. Eu queria matá-lo! Mas me contive quando Ishida se entrometeu em nosso meio.

— Chega, Renji. Ichigo. — diz de modo ríspido e sem paciência. — Vamos indo. — continuou, empurrando um para cada lado.

O caminho inteiro foi em completo silencio. Não estava a fim de conversar com ninguém só queria descontar minha raiva, mas aquele não era o momento certo. O clima no carro estava tenso demais.

Quando enfim chegamos a boate, fui o primeiro as sair do carro, me sentindo automaticamente aliviado. Renji e Ishida logo ficaram ao meu lado olhando a entrada lotada. Os letreiros da boate brilhavam com o nome Las Noches destacado em neon.

— Bom. Vamos entrar? — pergunta Ishida meio hesitante.

Concordei com um simples aceno de cabeça e fomos para a enorme fila.

Já fazia quase vinte minutos que estávamos ali quando vi a inconfundível cabeleira azul passar ao meu lado sorrindo de modo maldoso ao me notar. “Maldito Grimmjow”, pensei raivoso.

— Você conhece, Kurosaki? — pergunta Ishida notando os olhares nada amigáveis que eu lançava para o homem passando pela entrada vip.

— Novo vizinho da Rukia. — respondo sem encará-lo.

Entramos na maldita boate depois de quase uma hora. Ishida e Renji discutiam sobre algum assunto qualquer enquanto eu olhava para todos os cantos que minha visão permitia. Mas não consegui achar Rukia.

Segui junto de Ishida até o bar, afinal Renji já tinha se embrenhado na multidão que dançava ao som de uma música qualquer procurando alguma idiota que o quisesse.

Ficamos sentados ali bebendo, olhando para ver se víamos alguma das moças que procurávamos, mas sem sucesso algum.

— Que mundo pequeno não, Kurosaki? — pergunta uma voz desagradável ao meu lado.

— Muito pequeno, Grimmjow. — digo encarrando-o sério.

— Não digo que nosso encontro seja agradável, mas beberei com você que é meu único conhecido aqui. — diz sentando ao meu lado pedindo uma bebida ao garçom.

— Quem disse que eu quero beber com você? — pergunto levantando pronto para meter uns socos naquele cara abusado.

— Kurosaki, controle-se. — Diz Ishida me impedindo mais uma vez naquela noite. —Quer ser colocado para fora sem encontrar a Rukia-san? — pergunta me encarrando seriamente.

— Ah então a Nanica-chan está aqui. — afirma Grimmjow sorrindo malicioso para mim. — Interessante. — sibila entornando todo o liquido que estava em seu copo de uma vez. — Nos vemos por ai, Kurosaki. — diz levantando do banco sumindo no meio da multidão.

— Maldição! — exclamo socando o balcão. — Preciso achar a Rukia antes dele. — digo levantando do banco apressado.

— Ei, Ichigo! Espera. — diz Ishida vindo atrás de mim.

Continuo andando apressado ignorando-o. Naquele momento a minha prioridade era encontrar Rukia antes daquele cara.

A cada minuto que passava ficava cada vez mais desesperado. Continuei olhando em volta cada vez mais aflito. E foi quando a avistei dançado com ele. Renji. Que segurava na cintura dela de uma maneira que mostrava o quão íntimos eles ainda eram.

Senti meu sangue correr com mais força por minhas veias. Não pensei em mais nada. Apenas andei apressado em direção a eles empurrando e esbarrando em várias pessoas no caminho. Cheguei até eles e Renji me olhou espantado. Puxei Rukia com brutalidade dos braços dele sem lhe dar tempo para reagir e então o soquei com toda força que tinha, descontando toda raiva e frustração que sentia no momento.

Ele caiu com o impacto de meu soco e sem nem olhar para trás sai arrastando Rukia para a saída da boate. Ela gritava e tentava se soltar, mas apenas a ignorei e continuei seguindo para fora sem ninguém tentar me barrar.

Quando enfim estávamos fora da boate pude ouvir com clareza seus protestos, mas continuei andando até estarmos numa esquina afastada da boate. Olhei para ela.

— Rukia…. — mal pude terminar minha frase, pois a baixinha socou-me fortemente fazendo com que eu a soltasse e cambaleasse para trás.

— Ichigo, você ficou louco?! — gritou me empurrando.

— Não. Eu só…. — fui interrompido novamente.

— Cala boca. — gritou me assustando. — Você definitivamente está louco. — diz olhando-me friamente.

— Sim eu estou louco. — grito também. Minha paciência havia acabado. — Você aceita sair comigo. Aceita me dar uma chance, mas é só ir para uma balada qualquer que já vai ficando com outros. — digo deixando meu rosto na mesma altura do dela a fim de encarrar aqueles lindos olhos mais de perto.

— Eu não estava ficando com ninguém. E você não devia ter batido no Renji. — diz com uma expressão cada vez mais dura na face.

— Por que não? Esta preocupada de não poder mais transar com ele? — pergunto sem pensar recebendo um olhar ainda mais frio dela.

— Eu não vou discutir isso com você que nem é meu namorado ainda. — diz tentando se afastar, mas seguro-a pelos braços impedindo que se distancie.

— É isso que me frustra sabia? — digo notando sua confusão. — Comigo você fica com essa hesitação toda. Não quer me magoar? Não quer me ferir? — digo de modo sarcástico. — Querida, você não sabe o quão falha está sendo nisso. — digo apertando seus braços.

— Desculpa. Eu realmente…. — ela parecia abalada com minhas palavras. — Esse seu ciúmes... Essa insegurança toda me irrita. — confessa baixo me surpreendendo.

— Eu seria menos inseguro se você aceitasse ser minha namorada. — digo sem esperar resposta.

— Tudo bem então. — diz baixo.

— Você é muito cabeça du... O que? — pergunto notando o que ela havia falado, mas ainda sem entender.

— Seu idiota. — grita chegando com o rosto mais próximo ao meu. — Eu disse que tudo bem. Eu serei sua namorada. — diz baixo encarrando meus lábios. — Mas se alguma coisa der errado a culpa é toda sua. — diz fazendo bico de uma maneira adorável.

Meu coração quase explodiu naquele momento.

— Você está falando sério? — perguntei meio abobalhado.

— Cala boca. — sussurrou colando seus lábios aos meus começando com um beijo rápido e sedento fazendo com que eu sentisse o gosto do álcool em sua boca. — Você foi um garoto muito mau hoje. Aceita sua punição? — pergunto de uma maneira sedutora cortando o beijo.

Minha voz não saiu, então, somente pude concordar com a cabeça.

— Ótimo. — disse beijando-me outra vez.

Eu a correspondi intensamente sem pensar em mais nada a não ser nela. E em como aquilo tudo era um tanto quanto irreal. Mas só por aquela noite deixaria de pensar em motivos e explicações e viveria o momento com ela. Rukia. Minha pequena obsessão.


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Notas finais do capítulo

Então? o que acharam? Comentem



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