Caminho para o Inferno escrita por LordeDantès


Capítulo 1
Prólogo




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O ar tinha um cheiro fétido de enxofre. Era aparentemente um lugar pequeno, com pouca iluminação. Havia uns candelabros na parede, emanando um fogo que era uma mistura de vermelho com verde e que não clareava muito, apenas criava um vulto tenebroso em torno das pessoas que estavam ali.

Eles formavam um círculo em volta de uma mesa de mármore cinza, com um crânio humano que aparentava ser bastante antigo e que tinha uma peculiaridade na parte superior, havia uma rachadura, provavelmente a pessoas morrera por causa de uma grava ferimento. Todos naquele local usavam um capuz pontudo, só um que estava fora do círculo se destacava, pois usava uma túnica roxa e tinha uma faca na mão.

As pessoas cantavam um hino em uma língua há muito esquecida, e pareciam estar em um estado hipnótico. Alguns se movimentavam, se balançando de um lado para o outro como se estivesse no meio de um oceano. Outros levantavam os braços em um tipo muito estranho de aclamação.

O homem de túnica roxa no meio levantou a mão com a faca, e sua lâmina brilhou naquela tênue luz. E instantaneamente todos pararam de cantar, foi possível ouvir o silêncio. O homem levantou sua outra mão, e a aproximou da lâmina. Em um movimento rápido ele fez um corte profundo, que fez o sangue escorrer por sua mão.

Com um movimente minucioso ele se aproximou da mesa central, colocou sua mão por cima do crânio e a apertou, e o sangue pingou em cima da rachadura do crânio. Algumas gotas vermelhas escorreram pela face do crânio, e de alguma forma arrepiante parecia chorar lágrimas vermelhas.

O homem que obviamente era o líder do ritual, se afastou, fez uma reverência para a mesa. E começou sozinho, a cantar um hino. Diferente dos que os outros haviam cantado há poucos segundos atrás.

- Accipere meum sanguinem! – o homem gritou e levantou os braços o mais alto que pode - Vos carum amatum estis Verus – ele pode sentir um arrepio atravessar o seu corpo, por um momento ele pensou se deveria realmente continuar, se isso era realmente o certo. Depois de hesitar alguns minutos, continuou - Nos pugnabit pro vobis! Perducat nos ad lucem veritatis! Invoco formosam princeps!

Uma forte luz emanou do orifício ocular, no crânio. O local tremeu, o homem ficou imóvel. A luz branca ofuscou a todos, o ambiente que algum tempo atrás era penumbroso, agora estava infestado de luz.

Essa luz era branca, mas um branco puro, um branco belo e quem a olha se sente em paz, boas lembranças vem à mente ao encarar essa luz ofuscante. Pelo menos por alguns momentos a pessoa se sente leve, livre de preocupações, é como se tudo fosse dar certo, como se não houvesse empecilhos na vida, é como se tudo fosse... Puro e belo.

Mas o orador não sentia essa paz, ele sentiu sua pele arder. Olhou para os braços e viu a pele ficar vermelha, com as veias em um tom roxo escuro se destacando profundamente na pele. Colocou as mãos na cabeça e sentiu seus cabelos caindo. Olhou para as pernas e as viu se dobrando em uma forma anormal. Ele sentiu todo o seu corpo se modificar de alguma forma. Músculos começaram a surgir onde só havia pele flácida. Sua túnica roxa se esfarelou e virou pó, mostrando sua nudez. Mas ninguém nem sequer sabia o que estava acontecendo, a luz que saia do crânio estava em torno do seu líder, mas ninguém parecia notar, todos estavam encantados com aquela luz toda, por isso ninguém fez nada, era só esperar para ver o que iria acontecer.

Após alguns minutos de terror, luz e gritos. O recinto voltou para as trevas, todos, exceto o líder do grupo, se sentiram desolados, órfão de alguma coisa, de algum sentimento que nenhum deles poderia explicar. Quando a luz se apagou, parte de suas emoções se apagaram junto e quando a visão de todos se adequavam a falta de luz. Eles puderam ver um homem nu, forte e de cabelos lisos. Um homem atraente que encantava a todos, seu rosto transparecia tranquilidade e amizade, seu corpo era forte e definido, e seu olhos eram penetrante e ao mesmo tempo calmante, todos estavam perplexos e mais uma vez flutuando em sentimentos inexplicáveis.

Aquele homem se levantou, sem se importar com a nudez. Ele era bem alto, ao contrário de todos ali. Esticou os braços, se espreguiçando, como se ele estivesse dormido por muito tempo. Levou as mãos aos cabelos, e os arrumou partindo ao meio, formando duas franjas. Abaixou a cabeça para olhar para o peito, e viu a tatuagem ainda ali, e deu sorriso. Um sorriso com dentes brancos e lábios lascivos.

Todos em volta estavam admirados com os acontecimentos dos últimos instantes. Encaram para aquele homem por mais algum tempo, até que alguém se ajoelhou, e todos imitaram.

O homem soltou uma gargalhada estridente, e chamou o primeiro que havia se ajoelhado. O homem se levantou, e para ele foi como se aquele sentimento tranquilo se esvaísse e começou a tremer, seus olhos eram de súplica; sem dúvida ele não tinha ideia do que estava fazendo, mas mesmo assim se aproximou do outro.

- Traga-me uma roupa. Um terno, por favor. Ah! E de preferência branco. – ele piscou um dos olhos, e sorriu. O homem saiu correndo para fora, em busca de um terno branco.

Com certeza isso é uma revanche, e agora tenho planos ligeiramente diferentes, pensou. Em fim ele poderia concretizar seus planos de toda uma eternidade, não cometeria os mesmo erros, não seria tolo e ingênuo, seria sim, mais ativo e sagaz... E cruel. Oh! Muito cruel! A humanidade nunca poderia prever o que estava preste a lhe atingir, algo grandioso e catastrófico estava para acontecer e ninguém, exceto esses ritualistas ali saberiam que o dado foi lançado e que a vida e a morte nunca estiveram tão em jogo como agora.

Lúcifer se irritou ao perceber que todos ali eram meros mortais, simples seres de carne, osso e uma alma, que naqueles casos, eram meramente fracas. Fechou os olhos, e novamente uma forte luz começou a clarear aquele recinto, mas dessa vez a luz era desesperadora, sufocante e mortal. Ela se tornou tão intensa que quando se apagou, todos eram apenas poeira no ar

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Em um lugar muito longe dali, Dean Winchester acordou ofegante. Tinha uma impressão de que algo estava muito errado


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Notas finais do capítulo

Essa é a minha primeira fanfic que posto, espero que gostem e não deixem de comentar para saber se estou indo pelo caminho certo!



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