Some Things Never Change escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 18
Quero caju!


Notas iniciais do capítulo

E ai gente? Gostando da fic? Estou muito feliz pelos reviews que tenho recebido, mas eles poderiam ser em maior quantia né? Toda vez que posto um cap. os acessos aumentam muito mas os reviews não... Fantasmas apareçam! Eu não vou morder não tá?
Beijos e boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521928/chapter/18

POV - Peeta

Depois do comunicado de que Katniss está grávida foi a maior bagunça, as mulheres gritavam, os homes desejavam parabéns e foi uma choradeira só – inclusive eu. Quase cinco anos de casado e ela ainda consegue me fazer o homem mais feliz do mundo. Eu amo este bebê, mesmo sem conhecê-lo, mesmo sem saber se é menino ou menina eu o amo com todas as minhas forças. Era tudo o que eu mais queria, um filho com a mulher da minha vida, e agora meus sonho está se realizando mais uma vez, ainda nem acredito que vou ser pai!

Os dias foram passando e Katniss ficava cada vez mais irritada, chorava á toa, vomitava muito e lógico, o que não pode faltar em qualquer gravidez... Os desejos. Ela já teve vontade de comer pizza de brigadeiro, miojo com queijo e cebola de madrugada, e o “apetite” dela esta cada vez maior, claro que eu to gostando dessa parte, mas ela ta ficando muito chata.

Dois meses depois...

— Amor... Peeta. – acordo com Katniss acariciando meus cabelos.

— Oi amor. – Digo ainda sonolento. – Que horas são?

— Não sei. – Ela diz fazendo biquinho.

— O que foi, tá com dor? – Pergunto preocupado.

— Não, to com desejo... – Ela diz fazendo charminho.

— Lá vem... – Digo revirando os olhos. – O que é desta vez?

— Quero caju! – Ela diz e faz um biquinho tão lindo no “ju” que dá vontade de morder.

— Caju? Onde é que eu vou arrumar caju mulher?

— Eu não sei, mas eu quero... – Ela falou manhosa e então eu beijei sua testa.

— Vou pedir pra Maria comprar de manhã, pode ser?

— Não, eu quero agora! – Peguei meu celular no criado-mudo e vejo que são 4:00 da manhã.

— Mas amor, são quatro da manhã! Não serve uma maça?

— Não Peeta, não serve uma maça! – Ela grita. – Quer que seu filho nasça com cara de caju Sr. Mellark?

— Não, não quero. – Digo rindo.

— Então vai comprar caju pra mim amor... – Ela diz manhosa.

— Tá bom... – Digo e me levanto da cama, vou até o closet, pego uma calça de moletom, um casaco e chinelos. Vou até o quarto e Katniss está sentada na cama. – Eu já venho amor. – Digo e dou beijo nela.

— Eu te amo amor... – Ela diz antes de eu sair.

— Eu também. – Digo e saio. Pego o carro e não acho nada aberto, está tudo vazio e escuro, um silêncio desgraçado e o frio nem se fala. Rodo mais um pouco e acho um hipermercado aberto. Entro e pergunto se eles têm caju, claro que não tem. Acho mais uns três hipermercados abertos, mas nenhum tem.

— Esse é último. – Digo e entro. – Por favor, vocês têm caju?

— Não temos, desculpe. – A moça diz. – Posso perguntar uma coisa?

— Claro. – Digo cansado.

— Desejo de mulher grávida? – Ela pergunta e eu assinto. – Sabia que minha mãe teve esse desejo? Meu pai foi obrigado a plantar um pé de caju no fundo de casa. – Ela ri.

— Me responde uma coisa...

— Tá.

— Onde seu pai mora? – Ela me olha espantada. – Preciso de caju se não minha mulher vai me matar. – Digo desesperado e ela ri.

— Ele mora a duas quadras daqui. Meu turno está acabando, quer que eu te leve lá? Eu tenho a chave e pego pra você. – Ela diz e eu assinto. Espero uns vinte minutos e então plantão dela acaba, ela nos leva até a casa do pai, entra e logo em seguida sai com uma sacolinha de supermercado. – Tá aqui. – Ela diz e me entrega.

— Muito obrigado mesmo. – Digo. – Quanto te devo? – Ela ri.

— Não me deve nada.

— Eu insisto.

— Já disse, não me deve nada.

— Então eu fico te devendo uma, ok? – Pego um cartão na minha carteira. – Qualquer coisa que precisar me ligue ok? – Entrego o cartão e ela sorri.

— Obrigada. – Ela diz.

— Deixa eu ir se não eu vou ser um marido morto. – Ela ri e então eu entro no carro e vou pra casa. Quando chego vou até o quarto e Katniss está dormindo. Sorrio e vou até ela. – Amor... Amor eu trouxe o caju. – Digo baixinho acariciando seus cabelos.

— Você achou amor? – Ela pergunta sorrindo.

— Achei. – Digo e dou a sacola pra ela.

— Obrigada Peeta. – Ela diz e pega um dos cajus. – Posso comer?

— Espera, deixa eu lavar. – Pego a sacolinha e desço até a cozinha, lavo os cajus e então subo novamente, ela está sentada na cama, com o cobertor nas costas deixando apenas o rosto de fora. Impossível não rir.

— Do que você ta rindo? – Ela pergunta brava.

— De nada. – Digo e me sento ao seu lado. – Toma. – coloco a vasilha na sua frente e então ela pega uma fruta e começa a comer como se não houvesse amanhã. – Tá bom? – Pergunto e ela assente com a boca cheia.

— Isso aqui tá ótimo! – Ela diz depois de engolir. – Onde foi que você achou?

— No fim do mundo. – Digo rindo.

— É sério.

— Foi meio que no fim do mundo mesmo. – Rio. – Eu fui em vários hipermercados mas nenhum tinha. Aí no último eu perguntei pra moça do caixa se tinha e ela disse que não, aí ela perguntou se era desejo de grávida e eu disse que sim. Ela falou que o pai dela tinha plantado um pé de caju no fundo da casa devido a um desejo da mãe, e então ela foi pra casa do pai e pegou os cajus.

— Só isso? – Ela pergunta desconfiada.

— É, por quê?

— Você não teve que beijar ela pra ganhar os cajus? – Faço que não com a cabeça e rio. – Porque eu faria isso. Você é tão gato. – Ela diz e volta a comer, eu apenas rio.

— Você tem cada idéia... – Digo e beijo sua testa.

— Ah, eu não sei... Vai que ela pensa como eu. – Ela diz e então termina de comer.

— Pronto? Matou a vontade?

— Claro que não. Não vê que tem mais quatro cajus na vasilha?

— Você vai comer tudo agora? – pergunto surpreso.

— É claro! Não quer que eu guarde pra semana que vem né? – Ela pergunta me fazendo rir.

Alguns dias se passaram e a Kat se formou, e como eu disse, a barriga nem aparecia direito, afinal ela estava apenas com três meses e meio. Estávamos muito ansiosos, arrumando o quarto do bebê com cores neutras por enquanto, afinal não sabíamos ainda o sexo. Depois do desejo por caju parece que eles deram uma diminuída, ela só pede coisas normais e fáceis de encontrar, e também os desejos de madrugada acabaram. Graças a Deus! Porque eu não agüentava mais sair de madrugada pra procurar coisas malucas pela cidade.

Dois meses depois...

— Mad! Não faz isso! Conta logo o sexo do bebê! – Katniss falava impaciente para a cunhada que apenas ria.

— Madge, se eu fosse você, falava logo pra ela. Antes que ela mate você. – Digo rindo. Estávamos em uma ultra, já dava pra saber o sexo do bebê, mas Madge estava se vingando de algo que a Katniss fez na casa dela e de Gale.

— Tá bom, eu vou falar! – Ela diz calmamente e em seguida fica em silêncio.

— Tá esperando o que mulher? Desembucha! – Katniss gritou me fazendo rir.

— O bebê de vocês é... – Ela faz suspense e Katniss olha brava pra ela. – Um menino! – Ela diz me fazendo chorar.

— Owntt amor, é um menino. – Katniss diz manhosa, eu sorrio e dou um beijo na testa dela. – Tomara que ele seja igual á você. – Ela diz e acaricia meu rosto.

Assim que a consulta terminou nós fomos pra casa discutindo qual seria o nome do bebê.

— Alex? – Pergunto sugestivamente.

— Não! – Ela diz e faz cara de nojo. – Que nome horrível amor!

— O que sugere? – pergunto enquanto dirijo.

— Tomas?

— Próximo. – Digo e ela faz cara de pensativa.

— Chris? – Ela pergunta me fazendo olhar pra ela.

— Eu gostei. – Sorrio.

— Então vai ser Chris! – Ela diz e leva as mãos na barriga. – Oi Chris! – Ela acaricia a mesma. – Ai! Amor ele chutou! – Ela grita e pega uma das minhas mãos e coloca no lugar onde levou o chute. – Tá sentindo? – Faço que sim com a cabeça e as lágrimas começam a escorrer. – Owntt meu bebê. – Ela diz chegando mais perto e me dá um selinho. – Você vai ser um ótimo pai sabia?

— E você uma ótima mãe! – Digo e olho pra frente.

Assim que chegamos em casa, Maria veio toda afoitada perguntando se já sabíamos o que era o bebê. Contamos e ela ficou toda feliz, dizendo que ia fazer roupinhas de tricô para Chris, com aquela cara de avó babona. Ela pode não ser avó de verdade, mas eu e a Kat a consideramos muito, então é como se fosse.

— Vovó babona! – Katniss falou fazendo-a rir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!