Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui estou eu de novo postando mais um capitulo! REcebi reviews e, apesar de serem poucos me deixaram MUITISSIMO feliz pois estavam elogiando totalmente a fic! Obrigada pelo apoio! Beijos e, claro!, deixem reviews ;]



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P.O.V. Elizabeth

 

Vou te contar uma coisa! Não tem NADA de saudável nessa casa (graças a Deus, mas deixa esse comentário na moita)! E ainda por cima é tudo etiquetado! Um bom exemplo é um Pringles que eu achei e na etiqueta tinha escrito:

 

                                               Bill

 

Outro exemplo foi uma bolacha recheada que tinha num canto bem escondido do armário que eu mal consegui identificar a letrinha miúda que dizia:

 

                                               Tom

 

Será que por aqui eles fazem as próprias compras? Bem, enquanto eu não posso ir ao supermercado fazer as minhas, eu duvido muito que eles se importem que eu pegue algumas coisas “emprestado”, por isso fui logo passando a mão naquele Pringles que já estava me olhando e peguei uma garrafinha de Smirnoff Ice que eu suspeitei que também fosse de Bill, apesar de não ter olhado a etiqueta desta vez.

 

Voltei para o meu quarto e terminei de arrumar as minhas coisas. Tudo o que eu precisava estava ao meu alcance e o quarto era simplesmente maravilhoso, totalmente o meu estilo. Fiquei lá o resto do dia, em paz, ouvindo meu MP3 e sem interrupções, pelo menos até Bill sentir falta do Pringles.

 

 

P.O.V. BILL

 

A campainha tocava, mas era como se eu não conseguisse me mexer. Quando abri um olho entendi o motivo de me sentir paralisado: Tom estava esparramado no sofá e jogado por cima de mim, enquanto eu estava encolhido na pontinha do sofá, quase caindo para fora. A campainha voltou a tocar impacientemente e eu tratei de levantar-me para atendê-la, derrubando Tom no chão.

 

- Puta que Pariu! O que foi agora? – perguntou meu irmão extremamente simpático ao levantar.

 

- Acho que Georg e Gustav chegaram – eu respondi ainda com sono. Olhei para o relógio da televisão enquanto ia atender a porta e já eram três horas da tarde.

 

- Manda eles embora! Eu quero dormir! – reclamou Tom voltando a esparramar-se no sofá.

 

- Levanta logo seu trouxa! Você já dormiu demais! – eu disse abrindo a porta e vendo Georg e Gustav mais ou menos no mesmo estado que nós.

 

- O que houve com vocês? – perguntou Gustav entrando e largando-se em uma das poltronas.

 

- Elizabeth, isso foi o que houve! – eu respondi me jogando novamente no sofá e tocando os pés de Tom para fora do meu lugar enquanto Georg sentava na poltrona que restava.

 

- Mas ela não chegaria só à noite? – perguntou Georg.

 

- Era esse o plano, mas Victor teve um imprevisto e teve que trazê-la antes, nos tirando da cama às oito da manhã para receber a Samara em nossa humilde residência – eu disse.

 

- Mas você não disse que a garota era calminha? – perguntou Gustav sem entender.

 

- Não, ele pensou que ela fosse e quando eu lhe disse que era uma má idéia ele disse que não tinha nenhum mistério em “cuidar” e uma adolescente que não se mete em confusão! O resultado dele não me ouvir foi esse: abrigamos a garota do poço, o Bill está quase arrancando a juba e a pirralha já chegou a acusar o coitado de roubar-lhe o lápis de olho! Por sinal Bill, não foi realmente você que roubou o lápis de olho da garota, né? – disse Tom olhando-me com uma sobrancelha levantada.

 

- E eu lá tenho cara de quem rouba maquiagem? Eu tenho meu próprio lápis de olho, caramba!

 

- Ela nem deve ser tão ruim assim, vocês só a conhecem a menos de 10 horas, sem falar que a maior parte do tempo vocês passaram dormindo! – disse Gustav tentando apaziguar a situação, como sempre.

 

- Não adianta discutir agora, Gustav! Você tem que primeiro conhecer a garota para depois conversarmos! – eu disse novamente.

 

Acho que pela primeira vez na minha vida eu me arrependo de não ter escutado o meu irmão. Em menos de uma hora eu já vi que a garota era um estorvo na nossa vida e o pior de tudo: eu teria que cuidar dela até sua maior idade ou Victor tirava meu couro se acontecesse algo àquela garota!

 

- Eu estou morrendo de fome! Vou buscar algo para comer! Tom, você quer bolacha? Gustav, chocolate? Georg, sorvete?

 

- Sim! – os três responderam juntos.

 

Fui até a cozinha e peguei a bolacha do Tom, o chocolate do Gustav e o sorvete do Georg. Por fim fui procurar meu Pringles que eu amo de paixão e não achei. Procurei por tudo, revirei a cozinha de cabeça pra baixo e nada. Estava começando a me desesperar, por isso voltei para a sala, entreguei os doces para os caras e fui procurar meu Pringles no quarto. Revirei aquela birosca toda e não achei, por isso voltei para a sala já desesperado:

 

- Tom, você andou comendo meu Pringles? – perguntei, ainda em pé.

 

- Eu não! Você sabe que começamos a etiquetar a comida justamente para não dar esse tipo de confusão! – respondeu Tom com a boca cheia e me olhando torto.

 

- Também não foi nenhum de vocês? – eu perguntei já entrando em parafusos para Georg e Gustav.

 

- Bill, a gente não vem aqui a mais de dois meses! Acho que é obvio que não fomos nós! – respondeu Georg, já que Gustav estava muito ocupado com o chocolate para poder responder.

 

Olhei para o quarto da Samara. A única resposta para meu Pringles desaparecer era ela! Ninguém fica sem comer nada por tanto tempo!

 

- Bill, você não está realmente pensando que... – começou Georg, mas foi interrompido por Tom:

 

- Não duvida! – respondeu meu irmão enquanto eu me encaminhava determinado para o quarto de Elizabeth.

 

- FOI VOCÊ! – eu gritei ao entrar de rompante no quarto da capeta.

 

A garota tirou os fones de ouvido e sentou-se direito na cama.

 

- O que eu fiz desta vez? – ela perguntou olhando-me serenamente.

 

- Você comeu o meu Pringles! – eu acusei.

 

- É, fui eu sim! Ou você esperava que eu morresse de fome? Eu não comi nada desde ontem de manhã! Eu precisava me alimentar!

 

- OK! E você precisava comer justamente o MEU Pringles? Não podia ser a bolacha do Tom, o sorvete do Georg ou até o chocolate do Gustav? – quando eu falei esse último, eu posso jurar que ouvi o Gustav rosnar.

 

- Não! Eu queria algo salgado, sem falar que eu AMO Pringles! – respondeu-me ela.

 

É, eu também. ¬¬

 

- Você vai levantar essa sua bunda da cama agora e vai ir ao mercado comprar um novo Pringles para mim!

 

- Eu não posso!

 

- Por quê?

 

- Porque o mercado mais próximo daqui é no centro, ou seja, mais de 15 minutos de carro! E eu não tenho a licença, muito menos um carro para dirigir!

 

Olhei para fora do quarto da Samara, em busca de ajuda, mas a única coisa que vi foi Tom e Georg jogando vídeo game e Gustav atracado no chocolate.

 

- Hey! Ninguém está a fim de ir comprar Pringles para mim? – eu perguntei, mesmo sabendo a resposta.

 

- NÃO! – eles responderam sem nem me olhar.

 

Suspirei. Sem meu Pringles em casa, nem ninguém para buscá-lo para mim, a minha única opção era ir até o mercado comprar minhas batatinhas prediletas.

 

- Eu vou no mercado. Em até uma hora eu estou de volta! Tentem não destruir a casa e não deixem Elizabeth chegar perto dos MEUS lápis de olho! – eu disse. Peguei as chaves do meu carro e saí, temendo o que encontraria ao voltar.

 

P.O.V. ELIZABETH

 

 

Graças a Deus Bill foi comprar a porcaria do Pringles! Não agüentava mais ouvir ele reclamar!

 

O pior é que eu ainda estava com “sede” e precisava pegar a merda do autógrafo para a Jane! Era melhor aproveitar que o mais chato do grupinho tinha saído. Peguei um papel e uma caneta e me fui para a sala, me jogando no sofá ao lado de Tom, que jogava vídeo game com Georg.

 

Tom me olhou de canto, desconfiado por eu enfim ter saído do meu quarto, mas nessa hora ele perdeu a concentração e, conseqüentemente, o jogo.

 

- Há! Ganhei Tom! Eu disse que teria revanche! – disse Georg super empolgado fazendo até uma dancinha da vitória para comemorar.

 

Tom bufou e se jogou no encosto do sofá, cruzando os braços emburrado por ter perdido.

 

- Eles são sempre assim? – eu perguntei para Gustav.

 

Gustav, que estava comendo seu chocolate calmamente, tomou um susto quando eu falei com ele.

 

- Hãã... São sim, mas normalmente é bem pior já que quase sempre é o Tom que ganha no Guitar Hero – respondeu-me Gustav cautelosamente. Eu quero apostar que os Kaulitz já foram falando que eu era uma endiabrada!

 

- Hey, Georg! Será que dá para você assinar essa porcaria pra mim? Minha amiga Jane pediu! – eu disse pegando-os de surpresa.

 

- É sério? – perguntou Georg também com cautela.

 

- Não! Estamos nem show de pegadinhas! Ta vendo as câmeras ali? É OBVIO que eu to falando sério, né o animal! – eu disse passando-lhe a caneta e o papel.

 

Georg e Gustav arregalaram os olhos e Georg foi logo tratando de assinar e devolvendo-me a caneta e o autógrafo.

 

- Obrigada! – eu disse dando um sorrisinho e voltando ao meu quarto para guardar o papel autografado.

 

Mas antes de entrar no quarto ainda ouvi o Tom falar:

 

- Eu disse! Um POÇO de amabilidade essa Samara!

 

É, eu ri!

 

Guardei minhas coisas e arrumei o meu quarto, fui até a cozinha, peguei outra Smirnoff Ice e voltei para a sala, onde Georg e Gustav jogavam vídeo game. Sentei-me novamente ao lado de Tom.

 

- Ei garota! Duas coisas: primeira, as Smirnoff Ice são do Bill! Você já comeu o Pringles precioso dele, por favor, não acabe com as Ices também! Em segundo, eu não estou a fim de me responsabilizar por menor de idade bebum na minha casa, por isso, vê se não se embebeda! – disse Tom apontando o indicador da Ice para mim.

 

Eu olhei bem para a cara dele e desatei a rir, ao ver a cara séria que ele fazia ao falar comigo.

 

- Ó, viu?! É nisso que dá o Bill sair por uma hora! A pirralha fica tchuca e eu tenho que aturar agora! Já pensou se a policia bate aqui? Eu vou acabar indo preso por causa dessa sem noção! – disse Tom olhando para mim indignado.

 

Acho que depois de uns três minutos eu consegui finalmente me acalmar e disse:

 

- Cara, eu vou te contar uma coisa: eu bebo Ice no café da manhã! Pra mim, isso é que nem Danoninho! O dia que eu ficar bêbada com Ice, eu vou estar namorando um travesti! Não te estressa, Tom! Eu sei cuidar de mim mesma, não preciso de babá!

 

- Eu dizia a mesma coisa para a minha irmã antes de sair, beber todas, bater o carro dela num poste e ter ligar pra ela no meio da noite da delegacia pedindo para ir me buscar e pagar minha fiança! Isso que eu já era maior de dezoito! – comentou Gustav casualmente enquanto continuava jogando Guitar Hero e perdendo feio para Georg.

 

Apesar do comentário do Gustav ter queimado totalmente o meu filme, foi impagável ver a cara de horror misturado com pavor que o Tom fez.

 

- Ai Meu Deus, Bill pelo amor do santo protetor dos dreads, por que você saiu e não levou a Samara junto? – rezou Tom caminhando da sala para a porta da frente e voltando.

 

- Hey, por que vocês me chamam de Samara? – eu perguntei já de saco cheio do apelido.

 

- Alguma vez você já assistiu ao filme “O Chamado”? Você é a cara da menina do poço, alguns anos mais velha, sem falar que tem o mesmo comportamento do tipo: “possuída pelo capeta”! – respondeu Georg ainda prestando atenção no jogo.

 

Resolvi deixar pra lá e prestar atenção no jogo. Após alguns minutos vendo aqueles dois jogar, eu já estava quase sofrendo um derrame cerebral.

 

- Caralho! Eu pensava que a Jane jogava mal, mas por amor! Vocês dois são mil vezes pior! – eu comentei ao ver a atrocidade que era o jogo deles.

 

- Aé? Então se você acha que jogamos tão mal assim, vamos ver você! Eu te desafio a ganhar de mim! – disse Georg.

 

Eu dei um sorrisinho. O cara não sabia com quem estava se metendo!

 

- Eu topo! – eu disse pegando o controle que Gustav me entregou e sentando na mesinha de centro para ficar mais perto da televisão.

 

- Preparada? – perguntou Georg, pronto para dar “start”.

 

- Sempre1 – eu respondi e começamos a jogar.

 

O que eu posso dizer? Eu podia ter vencido o Georg com os olhos vendados e sem uma mão, e ainda assim teria sido somente pouco menos humilhante do que realmente foi.

 

Georg ficou resmungando na sua poltrona sobre como as pessoas hoje em dia não vêem mais a graça da participação e só importam-se com o “vencer”, enquanto Gustav veio me parabenizar.

 

- Hey, sério, meu parabéns! Você é realmente boa nesse jogo! Nunca vi ninguém colocar Georg tão no chinelo como você fez, fora o Tom, é claro! – disse Gustav me dando um tapinha no ombro esquerdo.

 

- Isso se chama sorte! Eu quero ver se ela jogando com o Tom tem a mesma sorte que teve jogando comigo! – disse Georg da sua poltrona.

 

- Estão falando de mim? – perguntou Tom voltando a entrar na sala após verificar pela milésima vez se Bill ainda não chegara.

 

- Na verdade, estamos! Tom, você PRECISA jogar Guitar Hero com a Elizabeth! Acho que finalmente achamos uma concorrente à sua “altura”! – disse Gustav. – Você tinha que ver, ela HUMILHOU o Georg no jogo!

 

- Há! Eu nem preciso jogar! A Samara não tem chance alguma contra mim! NINGUÉM me vence em Guitar Hero! – falou Tom se achando o bom, sentando-se ao meu lado, ele tomou o controle das mãos do Georg, que apenas bufou.

 

- Está com medo de jogar contra mim e perder, Tom? – eu perguntei, provocando.

 

- NUNCA! – respondeu categoricamente. – Você está pronta? – perguntou pronto para apertar o start.

 

- Sempre! – eu respondi com um sorrisinho zombeteiro no rosto enquanto começávamos a jogar.

 


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