Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Só gostaria de agradecer MUITO pelos reviews que eu adorei, desejar um FELIZ ANO NOVO para todos vocês e, claro, esperar que gostem do novo capitulo e deixem reviews! Beijão!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52192/chapter/11

P.O.V. Elizabeth


 


20 minutos. Mais vinte minutos e eu estaria à caminho de casa. Quero dizer, isso se o Bill não me “esquecer”.


 


É, acho que eu estava ferrada, já que eu tinha quase certeza que o Bill não viria.


 


Mais cedo do que eu esperava, o sinal bateu e eu me vi livre de todo o interrogatório que eu sofri neste primeiro dia de aula. Sabia que morar com os gêmeos não faria bem para minha vida social quando todos soubessem a verdade. Não gostava de atenção desnecessária e todos saberem que eu morava com uma banda internacionalmente famosa seria o meu fim.


 


- LIZA! – berrou Hannah em meus ouvidos, quase me deixando surda.


 



HANNAH



- O que foi, desgraça? – eu respondi massageando minhas orelhas que doíam do grito da minha amiga.


 


- Eu já te chamei quatro vezes! – reclamou ela enquanto íamos para o portão principal em direção à saída.


 


- Desculpe, estava absorta em pensamentos... – comentei enquanto ajeitava meu cabelo que estava todo bagunçado.


 


Hannah olhou-me sem entender o que eu disse, o que me fez lembrar que minha amiga não era uma das pessoas mais inteligentes e cultas que eu conhecia. Tudo bem, Hannah era uma porta, mas ainda assim pelo menos ela era legal.


 


- Eu estava sonhando acordada – eu disse simplificando as coisas para minha pobre amiga.


 


- É, eu notei! – disse ela.


 


- Tudo bem, Hannah, o que você queria me dizer? – perguntei calmamente.


 


Ela olhou-me surpresa e bateu a mão na testa, lembrando que tinha algo para me falar.


 


- Eu esqueci! – falou ela dando um sorrisinho torto, como se desculpando.


 


- Não tem problema – eu disse perdendo um pouco a paciência com ela.


 


- Hey, garotas! Me esperem! – exclamou Marie correndo em nossa direção com Jane logo atrás, andando tranquilamente, como ela sempre fazia.


 



MARIE




JANE


 


- Onde está a Ashley? – perguntou Marie ao nos alcançar, se esbaforindo toda.


 



ASHLEY



- Ela teve que sair correndo, pois ainda tinha que ir a uma consulta medica – respondeu Hannah.


 


- E aí, Liza, a sua carona já chegou para podermos ir? – perguntou Jane despreocupadamente.


 


- Não sei, vamos lá fora, quem sabe Bill não está mais afastado – eu disse fazendo com que todas nós andássemos.


 


- Ai. Meu. Deus. EU NÃO ACREDITO QUE BILL KAULITZ VIRÁ TE BUSCAR NA ESCOLA! – gritou Marie super excitada com tal idéia.


 


É, eu também não acreditava que ele viria me buscar, mas o meu modo de desacreditar era BEM diferente do da Marie.


 


- Fala mais alto Marie, acho que o pessoal em Londres não ouviu! – eu disse deixando minha voz calma, mostrando indiferença às suas palavras.


 


- Desculpe, mas eu ainda não consigo acreditar que você está morando com os gêmeos Kaulitz! Isso é absolutamente demais! – disse Marie andando ao meu lado enquanto delirava imaginando os gêmeos compartilhando a mesma cama que ela.


 


- Eu imagino o quão difícil deve ser imaginar algo do tipo – eu disse tirando sarro da cara de pamonha que Marie fazia no momento.


 


- Querem fazer o favor de parar de gracinhas? O pessoal está começando a olhar e eu duvido que você, Liza, quer que todos saibam com quem você mora! – reclamou Jane acendendo um cigarro.


 


Agradeci mentalmente por ter uma melhor amiga com bom senso e procurei o carro dos gêmeos. Como eu havia imaginado, o carro deles não estava lá e isso definitivamente não me surpreendia.


 


- Bill ainda não chegou – eu comentei olhando a rua mais atentamente.


 


- Você lhe disse a hora que saía do colégio? – perguntou Jane dando uma tragada em seu cigarro.


 


- Sim. Eles têm meu horário de saída, de entrada, o mapa para o colégio, o horário das minhas aulas, TUDO! Eu ainda deixei grudado na geladeira para ele não esquecer de me buscar! – eu disse não as olhando.


 


- Então teremos que esperar – disse Jane falando o óbvio.


 


Dei uma risada sem achar a mínima graça da situação.


 


- Então acho melhor esperarmos sentadas, porque se Bill não está aqui ainda, eu duvido que ele sequer venha – eu respondi enquanto me sentava em um banco que tinha na frente da escola que acabara de ser desocupado.


 


- Vamos esperar quinze minutos, se ele não vier, você vai comigo para minha casa e depois liga para eles a buscarem lá – disse Jane depois de um tempo em silêncio, dando uma última tragada no cigarro e jogando a ponta no chão para poder pisar em cima e depois jogá-la no lixo.


 


- Bem, nós temos que ir, boa sorte! Até amanhã tchucas! – disse Marie indo embora sendo seguida por Hannah, que era sua vizinha.


 


Eu e Jane esperamos. Esperamos 10, 15, 30 minutos. Eu estava totalmente furiosa e desapontada, sabendo que ele realmente não viria e tinha me deixado na mão. Infelizmente Jane só resolveu assumir que ele realmente não viria quando começou a trovejar e vimos que um temporal se formava.


 


- Acho melhor irmos para minha casa, Michael está lá e podemos curtir um pouco, sem falar que de lá você pode ligar seguramente para eles sem a porcaria do sinal de sem serviço encher o saco – disse Jane levantando do banco e andando em direção ao seu carro.


 


[Carro Jane: http://www.carbodydesign.com/archive/2006/01/10-chevrolet-camaro-concept/1978%20Chevrolet%20Camaro%20lg.jpg]



Suspirei frustrada e sem discutir entrei no carro enquanto minha amiga dava a partida. Bill pagaria caro por ter me deixado esperando na escola e essa divida seria cobrada logo.


 


P.O.V. Bill


 


Acordei com a linha do meu quarto tocando. Estava muito sonolento ainda e quase não acertei onde ficava o telefone.


 


- Alô? – falei totalmente grogue.


 


- Eu estou na Jane, vem me buscar antes que a chuva comece muito forte. O endereço dela está na mesinha do telefone na sala da frente – disse Samara e logo desligou, sem falar absolutamente mais nada.


 


Do que ela estava falando? Estava chovendo? Por que ela estava me pedindo para buscá-la...


 


PUTA QUE PARIU! EU TINHA QUE BUSCAR ELIZABETH NA ESCOLA.


 


Olhei para o relógio desesperado e vi que já passara quase uma hora do horário de saída da garota.


 


Era hoje que eu morria.


 


Levantei correndo e coloquei uma calça jeans qualquer, uma blusa que eu nem sabia qual era e vesti um casaco preto, meu favorito, porém velho pra caralho.


 


Pus logo um tênis, sem muito tempo para escolher uma bota e corri para pegar as chaves do carro, embarcando neste e voando para buscá-la na tal amiga.


 


P.O.V. Elizabeth


 


- O que ele disse? – perguntou Jane sentada no sofá com Michael, esperando eu terminar de falar com Bill para poder perguntar algo.


 


- Alô – eu respondi e sentei no puff que tinha junto ao sofá.


 


- Ele não disse nada? – perguntou Michael incrédulo.


 


- Sim, ele disse alô – eu respondi com bastante indiferença.


 


Nada mais me foi perguntado até quinze minutos depois eu ouvir uma buzina na frente da casa da Jane.


 


- Acho que ele chegou – disse Jane cautelosamente enquanto levantava e levava-me à porta.


 


A essa altura estava chovendo torrencialmente e ela teve que me acompanhar até a porta do carro para eu não me molhar.


 


[Carro gêmeos: http://carplace.virgula.uol.com.br/wp-content/uploads/2007/09/bmw-concept-x6-lateral.jpg]



- Prometa-me que não cometerá nenhuma loucura enquanto estiverem no carro! Está chovendo e o risco de um acidente acontecer é muito maior. Espere até chegar em casa se quer meter o cacete no cara – disse Jane antes que eu abrisse a porta do carona.


 


Apenas a olhei sem expressão ao abrir a porta e entrar no carro, o que a fez voltar para a comodidade de sua casa balançando a cabeça, sabendo que eu não poderia ser parada quando resolvia ficar irada com alguém.


 


E nesse momento eu estava irada com Bill.


 


P.O.V. Bill


 


Ao ver as duas saindo de dentro da casa da tal amiga, quase tive um colapso nervoso. Pensava que a aparência da Samara me assustava, mas a tal amiga parecia ser bem pior. Ela acompanhou Elizabeth até a porta do carro para esta não se molhar e as duas conversaram um pouco. Eu definitivamente não queria saber o que elas falavam, mas juro que quase fiz xixi nas calças de tão assustadora que estava a expressão da Samara.


 


Oh, não, ela não parecia nenhum demônio nem nada do tipo. Era exatamente isso que me assustava. Pela primeira vez na vida, eu vi Elizabeth sem expressão alguma. Ela não estava com aquela careta que ela faz quando fica zangada, ou indignada ou algo do tipo. Sua expressão não demonstrava emoção nenhuma.


 


A tensão dentro do carro era palpável. Eu sabia que seria melhor não falar nada e me concentrar na estrada, mas tê-la ao meu lado sem os acessos de raiva ou as crises de risos, era incrivelmente horrível.


 


- Lizzie... – comecei vendo qual seria sua reação.


 


Ela simplesmente permaneceu calada e olhando para frente, sem desviar os olhos da estrada nenhum segundo.


 


Pigarreei enquanto tentava achar palavras para dizer algo.


 


- Olha... – tentei continuar, mas ela cortou-me friamente.


 


- Conversamos em casa – ela disse sem tom nenhum na voz.


 


Aquilo me fez tremer dos pés à cabeça. A última vez que tinha ouvido aquela mesma frase fora a mais de oito anos atrás, quando eu aprontava algo realmente ruim em publico e minha mãe simplesmente me fitava e mexia os lábios dizendo esta mesma frase que Elizabeth dissera.


 


Porém a Samara não era minha mãe e eu definitivamente não tinha o que temer vindo daquela garota que nem idade suficiente tinha para poder me intimidar daquela maneira.


 


- Escuta garota, eu não tinha a real intenção de te deixar esperando. Eu dormi além da conta e não pensei em pôr um despertador para tocar pois eu sempre sou o primeiro a acordar...


 


- Cala a boca, Bill. Presta atenção na estrada, mais tarde a gente conversa – ela me cortou, falando de forma contida.


 


Neste momento, eu sabia que a garota estava se contendo para não explodir no carro e acabar ocorrendo um acidente, mas infelizmente eu tive que abrir minha boca grande.


 


- Quem você pensa que é para me mandar calar a boca, Samara?! Olha aqui pirralha...


 


- CALA A BOCA, PORRA! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR NADA! EU AVISEI UM MILHÃO DE VEZES PARA NÃO SE ESQUECEREM DE ME BUSCAR, EU DEIXEI RECADO NA GELADEIRA E EU CHEGUEI A REZAR PARA QUE NÃO FOSSE ESQUECIDA! EU JURO QUE NO INICIO EU TINHA PENSADO REALMENTE QUE O IRRESPONSAVEL ERA O TOM, MAS PELO MENOS ELE SE IMPORTA E EU POSSO MANIPULÁ-LO PARA QUE NÃO ESQUEÇA, MAS VOCÊ, BILL... ESSE FOI O CÚMULO! EU ENTENDO QUE VOCÊ ME ODEIE E PENSE QUE EU SOU UMA PRAGA NA SUA VIDA, MAS VOCÊS SÃO MEUS RESPONSÁVEIS, O QUE SIGNIFICA QUE TEM RESPONSABILIDADES, COMO ME BUSCAR E ME LEVAR NA ESCOLA, NÃO DEIXAR EU ME METER EM CUNFUSÃO E ME AUTORIZAR OU NÃO A FAZER O QUE EU PEÇO! VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO, POR MAIS QUE ME DETESTE, DE ME DEIXAR À PRÓPRIA SORTE SABENDO QUE EU NÃO TINHA IDEIA DE COMO VOLTAR PARA CASA! – ela gritou totalmente descontrolada.


 


É, eu realmente não sabia o que fazer.


 


P.O.V. Elizabeth


 


Eu me descontrolei. Tinha tomado como meta não mover um músculo até chegar em casa assim como Jane tinha me pedido mais eu não fui capaz de atingir meu objetivo.


 


- Olha Samara, eu dormi, ta legal?! Eu não consegui dormir à noite e só peguei no sono quando o sol começou a raiar, o que me deixou muito cansado e me fez dormir até tarde! EU NÃO TIVE CULPA DESSA VEZ E EU SEI QUE SOU SEU RESPONSAVEL, SEM FALAR QUE SEI O QUE ISSO QUER DIZER! – ele gritou também esbravejando, o que desencadeou um comportamento totalmente desregulado de ambas as partes.


 


- POIS PARECE! EU FIQUEI TE ESPERANDO IGUAL UM POSTE DURANTE MEIA HORA! EU TENHO QUE DAR GRAÇAS A DEUS QUE JANE ESTAVA LÁ COMIGO, POIS TERIA SIDO CONSTRANGEDOR AO EXTREMO SER ESQUECIDA NA ESCOLA NO PRIMEIRO DIA DE AULA!


 


- EU NÃO TENHO CULPA SE EU FUI O ESCOLHIDO PARA TE BUSCAR! EU NÃO TENHO CULPA DO QUE ACONTECE POR ACASO E VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME CULPAR!


 


- SIM, BILL, EU TENHO O DIREITO POIS EU DEIXEI EXTREMAMENTE CLARO QUE ERA PARA VOCÊS NÃO ME ESQUECEREM! NÃO IMPORTA O QUE ACONTECESSE!


 


Nesta hora, senti o carro deslizando meio sem controle pela estrada e quando vi, já tínhamos batido de encontro a uma árvore. A chuva caia torrencialmente e o celular de ambos pegava por causa do temporal.


 


- Parabéns, agora além de não ter me pego na escola, você bateu o carro que me levava para casa! Eu diria que você é um gênio Bill! Essa chuva provavelmente só vai parar amanhã e é a recém quatro horas da tarde! Estamos sem celular e eu tenho aula amanhã! PERFEITO! – eu reclamava enquanto desatava o cinto e me preparava para abrir a porta.


 


- Onde você pensa que vai? – ele perguntou ao ver que eu tinha a intenção de sair de dentro do carro.


 


- Aparentemente o motorista é inútil demais para saber o que aconteceu no carro, mas eu quero ver se o estrago é realmente tão grande e se não temos condições nenhuma de continuar o percurso para casa, nem que seja a pé – eu respondi.


 


- Até parece que você vai saber diagnosticar um carro – ele falou zombeteiro.


 


Ri sarcasticamente.


 


- Fiz curso de mecânica ano passado na escola, precisava participar de uma aula extra curricular para passar de ano – eu respondi enquanto fechava a porta do carona e me molhava dos pés à cabeça para poder ver o estado do carro.


 


Depois de muito olhar e tentar de todas as formas arranjar um jeito para fazê-lo voltar a andar, eu desisti, coisa que eu já devia ter feito assim que concluí que o motor sido destruído.


 


Voltei para dentro do carro ensopada e morrendo de frio, a roupa colada no corpo e logo informei ao meu caro motorista a situação em que estávamos.


 


- O motor deu perda total – lhe informei dando de ombros enquanto ele gemia de maneira totalmente frustrada.


 


Ficamos calados um bom tempo, até que eu tive uma idéia.


 


- Estamos mais perto da nossa casa ou da casa da Jane? – perguntei.


 


- Sem duvidas da casa da Jane, estamos à cinco minutos de carro da casa dela – respondeu Bill fitando-me como se estivesse esperando uma solução para nossos problemas.


 


- Então vamos para a casa da Jane – eu disse tranquilamente.


 


Bill olhou-me como se eu fosse algum tipo de retardada.


 


- O carro estragou – ele falou o óbvio, pensando que eu não tinha entendido.


 


Detalhe para o fato que fui eu que cheguei àquela conclusão.


 


- Sim, eu sei! Estou falando que vamos para a casa dela a pé – eu respondi já abrindo a porta do carro e saindo para fora, deixando meu material da escola no carro e não levando o celular.


 


- Você não pode estar falando sério! – disse Bill incrédulo, porem também saindo para fora do carro e me seguindo, molhando toda sua roupa que permanecera seca até aquele momento.


 


- É claro que eu estou! Chegaremos lá em quinze minutos à pé! Muito melhor do que ficar no carro até a chuva parar sabe-se lá quando sozinha com você! – eu gritei para que ele pudesse me ouvir, já que o barulho da chuva que caía era forte.


 


- Podemos morrer eletrocutados por um trovão! – gritou Bill para mim.


 


- Não se preocupe! Vaso ruim não quebra com tanta facilidade e não será o risco de um raio cair na cabeça que irá fazer com que você morra!


 


Fomos discutindo o caminho todo até a casa de Jane, já estava ficando ofegante e tinha a sensação de que pegaria uma pneumonia. Chegando a porta, bati à campainha, esperando que ela atendesse e me passasse o sermão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!