I'm Lost Again escrita por Julia


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos leitores! Então, eu fiquei esses três dias sem postar por motivos de: eu estava prestes a viajar de volta, ai foi aquela correria pra se despedir de toda a família, de ir aos lugares que ainda não tinha ido e de arrumar as malas, maaaasss, eu cheguei em casa! o/ E vai ficar até mais fácil postar por aqui porque minha Wifi ajuda hahahaha
Mas sem mais enrolações, boa leitura. Espero que gostem do capítulo :)
Beijos, Ju :)



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Eu não sabia para onde eu estava indo, acho que não tive cabeça para escolher um lugar, então eu simplesmente deixei meus pés me guiarem.

Eu acabei parando quando eu cheguei no cofre da minha família. Já era noite. Eu entrei e desci até o verdadeiro túmulo do meu pai, que ficava em um quartinho todo pintado de azul, que era a cor favorita dele, com o desenho de várias borboletas pretas no teto. O corpo dele ainda estava perfeitamente conservado, graças ao feitiço de conservação que eu havia feito. Ele estava deitado em um caixão de vidro.

Eu me sentei no pé da mesa que sustentava o caixão e a saudade do meu pai, do único que realmente me amou em todas as horas, passou a me consumir.

–Então papai, eu acho que a sua borboletinha está passando por mais um daqueles momentos difíceis... –Eu abracei os meus joelhos para poder ao menos ter a sensação de abraça-lo. Eu não conseguia parar de chorar.- Mas eu não vou voltar a ser má daquele jeito não é? Eu não posso! Mas o senhor sabe que meu coração é inconstante... Eu tenho tanto medo. Se eu ao menos ainda tivesse o senhor aqui comigo, para eu poder segurar forte a sua mão e ter a sensação de que tudo ia ficar bem enquanto o senhor passava a mão pelo meu cabelo... Se eu pudesse ao menos dizer, eu te amo mais uma vez.

Eu não me arrependia de ter feito o que eu fiz, pois graças a isso que eu consegui Henry, mas tinha momentos que só o meu pai me entenderia, momentos em que eu queria ter um jeito de trazê-lo de volta.

Eu me levantei e tirei a tampa de vidro do caixão. Me debrucei em seus braços e o abracei com força.

–Pai! –Eu gritava- Você ainda pode me ouvir? Eu te amo! –os gritos se intensificavam- e eu sinto muito a sua falta. Me desculpa por tudo, por tudo de mal que eu fiz pro senhor... –eu chorava em seu peito e disse em um sussurro- Você é o meu herói.

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Eu não sei em que momento eu peguei no sono, mas sei que eu acordei batendo os dentes de tão frio que estava e com uma dor enorme no pescoço causada pela posição ruim na qual eu dormi. Eu me estiquei um pouco ainda sentada no chão e tive uma surpresa ao olhar para o lado.

Bem ali no chão, o carrossel que meu pai havia me dado quando eu era bem pequena estava repousado. Eu esfreguei os olhos para ter certeza de que não estava ficando louca, e quando os abri novamente ele ainda estava lá. Levantei, segurei o objeto, dei corda nele e pude ouvir aquela bela melodia soar pelo pequeno quarto.

“Borboletinha, toda vez que puder rodar esse carrossel e ouvir essa suave melodia quero que se lembre de mim e que tenha a certeza que onde quer que eu esteja, eu estarei te amando, olhando e torcendo por você. Eu vou te amar pra sempre Regina.”

Lembro-me de ter ouvido ele dizer isso assim que eu abri a caixa do presente. Ele me ouvira noite passada e ele ainda me amava. Eu não sei como isso aconteceu, mas eu tinha certeza de que meu pai estava comigo e isso me fez começar a chorar novamente. Mesmo depois de tudo e de todo esse tempo, eu ainda era a borboletinha dele e ele ainda era o meu amado pai.

Olhei no relógio, 5:12 da manhã. O frio já me dominava, era hora de ir pra casa. Dei um último abraço e um beijo em meu pai e segui junto com o meu pequeno carrossel pelas ruas congeladas.

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Ding dong”.

Eu apertei a campainha e a ouvi soar por toda a casa. Eu estava congelando e os segundos que eu fiquei esperando alguém abrir a porta (por não ter levado a chave) pareceram horas.

Pude ouvir o barulhinho da chave girando e por mais incrível que pareça eu quase explodi de felicidade quando vi o rosto de Marian se enfiar pela abertura da porta.

–Com licença. –Eu pedi seca para que ela saísse da minha frente, e ela o fez.

Eu abri um pouco mais a porte e me adentrei. Eu pude perceber que estavam todos (digo, os próximos) sentados na sala, até mesmo Snow, com Neal ainda dormindo em seus braços. Suas feições pareciam preocupadas e assim como eu, eles pareciam não ter passado bem a noite. Todos me encaravam, mas eu fingi que não percebi.

–Bom dia. –Eu disse baixo, sem olhar para nenhum dos que estavam ali e segui em direção à escada. Eu precisava urgentemente do meu quarto.

–Como é? –Eu pude ouvir a voz de Emma Swan atrás de mim, enquanto eu subia o terceiro degrau.- Nós passamos a noite toda procurando por você e agora chega assim, sem ao menos dizer onde estava e o que aconteceu?

Ela parecia preocupada, e eu de certo modo entendia a sua preocupação, mas eu não estava a fim de bancar a boazinha e educada agora. A última coisa de que eu precisava eram perguntas.

Eu desci os degraus que havia subido ficando junto a ela no pé da escada.

–Eu não me lembro de ter pedido que me procurassem e eu não devo satisfação a nenhum de vocês. –Eu fiz uma pausa.- Com licença Senhorita Swan.

Eu me virei e então terminei de subir as escadas chegando enfim ao meu quarto. Tomei um curto banho e vesti um pijama quente. Deitei em minha cama e me enrolei em uma coberta ainda segurando o carrossel contra o peito.

Eu consigui ouvir uma batida na porta e logo em seguida ela se abre e o rosto de Snow aparece. Ela me lança um olhar como se perguntasse se podia entrar e eu sorri fraco como um sinal para que entrasse. Ela entrou e sentou-se ao meu lado na cama.

–Quase todos queriam vir, mas eu achei melhor vir sozinha dessa vez. –Ela disse me olhando, mas eu permaneci em silêncio e quando percebeu que eu não falaria nada por enquanto, ela continuou. –Me contaram o que houve com Elsa... Regina, você foi muito forte. Eu sei que não é fácil fugir de uma tentadora opção de fuga, ainda mais quando jogam coisas difíceis em sua cara... Mas se serve de consolo, todos nós te amamos. –Ela diz e eu começo a chorar novamente.

–Eu também amo vocês. Eu sei que nem sempre eu demonstro, às vezes eu sou grossa, não gosto de ser sentimental e deixar isso bem explicito, mas... –Eu me interrompo.- Acho que isso se deve ao fato de eu não ser muito acostumada a senti-lo e muito menos a recebe-lo.

–Eu estou muito orgulhosa de você, e eu tenho certeza que ele também. –Ela diz tocando o carrossel com o a ponta do dedo indicador.

–Você ainda lembra?! –Eu havia contado a história do carrossel quando ela era pequena, logo depois que a salvei daquele cavalo.- Eu achei que tivesse o perdido quando fui para o palácio, mas ontem a noite, enquanto eu falava com meu pai, ele reapareceu.

Ela sorriu e me surpreendeu com um abraço, mas não foi um simples abraço, foi um abraço de coração, um abraço que parecia vir do fundo da alma. Eu a retribui com toda a intensidade. Ela foi um consolo pra mim naquele momento.

–Você é uma pessoa incrível. –Eu disse em um sussurro.

–Quem me ensinou a ser assim foi a moça que uma vez me salvou de um cavalo. –Eu sorri e não podia ver a expressão dela, mas sabia que ela estava sorrindo também.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? No próximo capítulo vem ótimas novidades, maaass #NoSpoilers então nem adianta vir com perguntas hahahahahahaha
Beijos e obrigada por lerem.