I'm Lost Again escrita por Julia


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olha, olha, olha... Quem é vivo sempre aparece!
Então meus amores, eu sei que eu andei bem sumida, mas a minha justificativa é a falta de tempo e de criatividade também. Eu acho que escrevi esse capítulo 17 umas mil vezes e nunca parecia bom pra mim e o tempo era curto demais então eu acabei me afastando.
Agora eu entrei de férias e as coisas deram uma acalmada e eu consegui ter 5% de criatividade para voltar a escrever. Esse capítulo não é o melhor que temos até aqui, mas, tenham paciência comigo, eu estou meio enferrujada.
OQ shippers que estão querendo me matar e matar o Robin junto... As coisas ficarão bem, eu acho.
Eu tenho alguns comentários que não respondi, mas vou responder a todos eles por mais que esteja um pouquinho atrasada... Antes tarde do que nunca!
Então é isso gente, eu estou de volta e aqui segue mais um capítulo de "I'm Lost Again". Eu espero que não tenham desistido de mim, ou da fic hahahahaha.
P.s:. Quem aqui já ta morrendo de saudade de ouat? Ai como eu odeio hiatus :(
P.s:.² Eu não abandonei nenhuma fic das que eu estou lendo! Mas eu fiquei afastada do site no geral então acabei me atrasando. Mas amanhã vou tentar ler o que perdi.



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Depois de todas aquelas revelações de Rumple eu preferi ficar sozinha por um tempo na tentativa de pensar um pouco e esfriar a minha cabeça. Eu fui pra floresta que foi onde eu fiquei até o sono me fazer uma visita e eu resolver que era uma boa hora para ir pra casa e parar de pensar um pouco em Elsa, ou Elise, ou seja lá como ela se chamasse.

Eu abri a porta com cuidado, apesar de que o frio que fazia minhas mãos tremerem não me ajudava a girar a chave. Eu entrei na ponta dos pés na tentativa de não fazer barulho e nem acordar ninguém aquela hora da madrugada, o que teve fracasso quando eu sem querer esbarrei em um abajur que se espatifou no chão, mas pelo o que me pareceu, a silenciosa casa ainda permanecia dormindo.

Eu fui até a cozinha devagar, estava morrendo de fome. Puxei do forno um pedaço de pão e busquei o requeijão.

–Caraca, você me assustou! – A voz vinha de trás de mim.

Eu me virei rapidamente buscando encontrar o dono de tal voz e me deparei com Marian, em pé, com os olhos avermelhados do choro, olheiras visíveis e uma faca na mão. Eu tive que me segurar para não soltar um daqueles gritos e jogar algum tipo de mágica poderosa, quem tinha me assustado era ela.

–Você também! –Eu disse ofegante. – E por favor, deixe essa faca no lugar.

–Ah! Me desculpe – ela colocou em cima da mesa.- É que eu pensei que poderia ser Elsa, queria estar preparada dessa vez.

Eu me virei, achei o requeijão e passei no pão. Eu achei que ela fosse embora, mas ela puxou uma cadeira e sentou-se comigo a mesa.

–Sabe, eu estou assustada...

Eu acho que ela queria alguma palavra de conforto, mas como eu permaneci calada, ela continuou.

–Eu não imagino o que possa estar acontecendo com meu filho agora e a nossa vida, digo, a minha e de Robin, não costumava ser tão agitada assim... Acho que começou a mudar quando você apareceu.

Eu imediatamente entendi que aquela conversa não seria tão inofensiva quanto eu pensava e tive a certeza de que era um bom momento para me retirar.

–Eu acho que nós duas já deveríamos estar na cama. – eu disse me levantando e colocando o prato sujo na pia. –Boa noite Marian.

Eu caminhei lentamente até a escada na esperança de que ela também fosse para o seu quarto e me deixasse em paz.

–Você não se sente culpada? – eu parei. – Quer dizer, você tirou tantas vidas como a minha, de pessoas inocentes, que tinham famílias e pessoas que as amavam. As pessoas e as famílias não mereciam isso e você matou gente mesmo assim, e tudo por uma vingança boba... Ai, acho que se fosse eu não conseguiria viver em paz.

Eu me virei para ela e passei a encarar do mesmo modo no qual ela estava fazendo comigo.

–Então que bom que não estamos em papéis invertidos, pois como você mesmo disse, com certeza não aguentaria a pressão.

Não era a minha melhor resposta, eu tinha mais coisas pra dizer, tinha mais o que argumentar a meu favor, mas eu já estava cansada demais para discutir com alguém, ainda mais com Marian, que eu tinha a certeza de que se eu ousasse tocar seria julgada pelo resto da vida.

–Você sabe que eu vou tirar a sua paz. –Ela disse mais uma vez testando minha paciência.

– Preocupe-se mais com seu filho do que com a minha paz. Acho que para você ele deveria ser mais importante. – Dei um suspiro. – E eu não sei o que você está tentando com essas provocações, mas eu não vou entrar na sua.

Eu me virei e segui para o meu quarto disposta a seguir meu caminho mesmo que ela voltasse a falar alguma coisa, mas felizmente, ela ficou quieta. Eu me apressei em por um pijama e cair na cama, mais do que nunca, eu merecia um pouco de sono.

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Por volta das oito eu levantei e fui direto pra floresta, no mesmo lugar onde eu havia passado algum tempo na noite passada. Não que o clima estivesse bom, ou que a floresta me soasse convidativa naquela hora, mas era o único lugar onde eu tinha a certeza de que poderia ficar sozinha.

Eu não me considerava boa de desenho, mas digamos que eu tinha alguma manha e foi isso que eu resolvi fazer para me acalmar. Eu estava sentada em um tronco e desenhava um pássaro que costumava gostar de admirar quando era pequena. Eu não conhecia a sua espécie, mas costumava ter vários deles no Outono na casa que eu morava quando era criança. Eram os primeiros a cantar pela manhã e os últimos a noite. Suas penas eram amareladas no peito e escuras atrás. Eu gostava deles, as vezes, no sótão escuro e sozinho o cantar deles servia de companhia, mas fazia muito tempo desde a última vez que havia visto um.

–Sabia que o nome dessa espécie é Robin? – A voz de Robin soou atrás de mim, suave desta vez, diferentemente do que eu ouvira no dia anterior.

Tinha que ser não é mesmo?” Eu perguntei pra mim mesma antes de fechar rapidamente o caderninho.

–Não. –Eu disse seca.- Mas obrigada pela informação, já fazia tempo que eu queria saber.

Ele estava suado, com o seu arco nas mãos e flechas nas costas. Provavelmente estava treinando antes de me encontrar. Eu tentei não reparar muito nele, eu não queria conversar eu estava magoada e sim, eu tinha direito de estar.

Ele sentou no tronco também, passou a mão pelo rosto suado e limpou a mão molhada na camisa. Coçou a nuca, ele estava desconfortável com a situação, mas com certeza, não mais do que eu.

Eu não sabia exatamente o que o fato dele estar ali, sentado ao meu lado no meio da floresta significava. Eu não sabia se era pra eu ter medo, porque há poucas horas ele estava grunhindo de raiva comigo, ou se era meio que uma tentativa de paz. Mas pouco tempo depois ele se levantou e sumiu na floresta, como se recobrasse a consciência e percebesse que o melhor a fazer era se afastar de mim. Ele não disse nada antes de sair, só foi.


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Notas finais do capítulo

Existem realmente um pássaro chamado Robin (claro que não é o nome cientifico mas ta valendo) e eu encontrei ele por acaso e achei que seria interessante por um pouco sobre isso na fic.
Capítulo que vem tem mais novidade e provavelmente será mais animado do que esse.
Obrigada por terem lido.
Beijos, até o próximo.