Capitulo Dois- Lucius

Não sei o que eu estava pensando quando deixei aquela vampira ir embora, mas por algum motivo desconhecido eu sentia que não deveria machucar aquela vampira chamada Angeliny, mesmo assim eu não deveria ter me importado com o que eu sentia, ela era uma vampira e eu um lobisomem, eu deveria ter matado aquela sugadora de sangue quando tive a oportunidade e eu estava em vantagem, deveria ter feito isso antes que ela resolva matar algum humano, mesmo ela dizendo que não se alimentava de humanos, se bem que eu não havia sentido cheiro de sangue humano nela como eu senti nos outros vampiros que matei. O cheiro dela era de sangue animal misturado com um doce perfume de rosas, era um cheiro delicioso, mas talvez eu tenha sentido pena dela, pois ela estava com medo. Isso não importava mais, já a tinha deixado ir embora e por sorte não a veria mais e ninguém da matilha saberia.

Após deixar Angeliny ir embora, fui direto para casa que ficava em uma fazenda longe da cidade. Eu morava com meus pais Marcos e Gabrielle. Meu pai havia nascido lobisomem e eu também. Eu e meu pai éramos conhecido como os sangue puros dos lobos, os alfas da matilha. Eu sou descendente de uma longa linhagem de lobos alfas. Nós os lobisomens somos imortais como os vampiros.

Minha mãe era uma humana transformada em lobisomem. Ao contrario dos vampiros que qualquer um tem o poder de transformar qualquer um em vampiro para nós um humano só pode se tornar um lobisomem se fosse mordida por um lobisomem Alfa, meu pai como o Alfa da matilha transformou minha mãe, alem dele eu era o único que também tinha o poder transformar um humano em lobisomem, os betas ou os que foram transformados não tem a capacidade de transformar um humano em lobo. Mas eu tenho uma diferença, pois quando eu nasci minha mãe ainda era humana, todos acharam estranho, pois os lobisomens só podem engravidar outro lobisomem, nunca engravidam uma humana, mas aconteceu comigo, sou filho de uma humana com um lobisomem, eu sou o primeiro e o único híbrido lobisomem.

Só existe duas maneiras de se tornar um lobisomem, ou você nasce assim ou sendo mordido por um Alfa.

A minha regeneração é mais lenta que a dos outros lobisomens, porem eu era bem mais rápido que os outros, os lobisomens não podem tocar em prata, já eu posso e não tenho nenhum problema com isso, pois a prata não me machuca como machuca os outros de minha espécie.

A minha casa era grande e as terras que pertenciam a minha família tinham muitos quilômetros, ali naquelas terras pertencentes a minha família todos que moravam era lobisomens. Nós criamos cavalos, não sei porque, nenhum humano nunca entra na nossa fazenda, é muito difícil algum de nós andarmos a cavalos, meu pai dizia que era para não chamar atenção dos humanos, uma enorme terra sem nenhum animal para criar poderia chamar atenção se algum humano aparecesse ali.

Meu pai era o Alfa da matilha, eu era o segundo no comando. Todos os lobos que ali viviam evitavam chamar atenção e iam o mínimo possível para a cidade. A minha idade é 245 e meu rosto é de 18 anos, eu luto com vampiros desde que eu me tinha idade para segurar uma faca. Os lobos saiam em bando para outras cidades a procura de vampiros assassinos. Eu assim como todos os lobos caçávamos animais para nos alimentarmos.

Ao chegar na fazenda à primeira pessoa em que vi foi Brandon, um lobo que meu pai transformou a um pouco mais de cem anos. Fui eu quem ajudou ele a usar as habilidades que ele tinha. Brandon tinha os cabelos loiros, olhos pretos, pele queimada de sol, ele tinha 152 anos.

– Já ta um pouco tarde não acha? - Brandon perguntou se aproximando.

Brandon era um dos betas, poucos beta que eu confiava e sempre pude contar com ele na hora de uma luta, mesmo tendo sido transformado por meu pai Brandon era leal a mim.

O dia estava quase amanhecendo.

– Você já deveria ter ido descansar, isso é hora de criança estar na cama, porque não deixou os outros vigiando?

– Tava te esperando chegar, encontrou algo interessante na cidade? - Por um certo instante pensei em falar sobre eu ter deixado Angeliny escapar, mas isso nem me importava mais, eu não veria mais aquela vampira e se por acaso alguém da matilha a encontrar eles iriam fazer o que eu deveria ter feito e ninguém ficaria sabendo de minha falha.

– Não, nada de interessante por lá - Disse indo em direção a casa grande. Brandon não entrou e pelo que me parecia ele estava cansado e só estava me esperando chegar para poder ir dormir.

Meu pai e nem minha mãe estavam em casa. Marcos ficou sabendo de um massacre que os vampiros fizeram, os vampiros havia assassinado muitos humanos em apenas uma noite e a cada noite matavam mais, provavelmente eram oito vampiros, meu pai juntou um grupo e foi atrás dos vampiros. Eu preferi não ir caçar e sim ficar cuidando da fazenda e ir para a chatice da escola, meu pai desde que eu tive idade me deixou no comando de quatro lobos que sempre me seguiam e eram leais a mim. Brandon e mais três lobos machos eram leais a mim e sempre me seguiam, ficaram para cuidar e proteger a fazenda, todos os outros haviam viajado em grupos separados para caçar em cidade diferentes.

Marcos e mais 9 lobos machos e Gabrielle foram atrás dos oito vampiros em uma cidade longe. Outro grupo de cinco machos e duas fêmeas foram atrás de outro grupo de três vampiros. Mais um grupo de 2 fêmeas irmãs foram atrás de um vampiro que matou crianças.

A casa principal estava só para mim, a casa era enorme e havia muitos quartos de reserva se precisássemos deixar outros da nossa espécie ali. Talvez devesse ter ido caçar também e deixado outro grupo cuidando da fazenda. Se eu tivesse ido os quatro também teriam ido e a fazenda ficaria sozinha alem do mais não teria sido necessário tantos lobos assim.

Muitos vampiros já tentaram atacar a fazenda, pois ali permanecia a maior matilha de lobos. Todos ali eram com uma enorme família, cuidando uns dos outros, principalmente na hora de caçar.

Deixei dois lobos vigiando a fazenda enquanto fui dormir.