O Acidente escrita por Lia Giobursampoas


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Acidente:


Notas iniciais do capítulo

Gente ! criei essa história no meio do tédio das férias! Os nomes são baseados nos meus amigos ! esse é o primeiro e único capítulo. É a primeira fanfic que eu posto , (sou amiga de "Hanna Marin" linda ♥ e peguei a conta dela empresta) então não está muito boa... Espero que gostem ! Hahahahahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/521439/chapter/1

Na madrugada do dia 28/04/2014, Bruno dirigia sem destino, sem rumo. A chuva castigando o para-brisa, o relógio brilhando à pouca luz: 2:48. Naquele dia ele havia completado um ano de namoro com Theo; mas eles não tiveram uma noite que pode ser chamada de “romântica”.

De repente a visão de Bruno embaça e ele começa a se lembrar do que acontecera.

Eles estavam jantando para comemorar o aniversário de namoro. Estavam muito felizes, pois havia sido um ano de muitas dificuldades; haviam enfrentado em vários momentos casos de preconceito, racismo e discriminação, porém isso não afetara a relação dos dois, apenas a fortalecera. A aceitação dos pais de ambos foi muito batalhada, porém, naquele mesmo dia, mais cedo, estavam todos reunidos, felizes.

Bruno fora buscar o vinho, porém, em vez da garrafa e da taça, voltara com uma faca na mão. Ele havia sentido um calafrio no corpo e, de repente, não era mais ele quem controlava seu corpo.

Suas lembranças do que aconteceu em seguida eram turvas; copos quebrando, um grito... E depois “despertara” com a faca no pescoço de Theo.

Seus olhos estavam secos, como se não piscasse há muito tempo. Seus músculos todos rígidos. Apavorado, Bruno largara a faca no chão, olhara para sua mão cheia de sangue. Assim que a lâmina da faca saiu do contato com a pele de Theo, ele se dissolveu em pó, como se nunca estivesse tido lá.

***

Um estrondo o tirou de suas lembranças. Bruno não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, só sabia que o carro não deveria estar girando no ar, ele não deveria estar de ponta cabeça e definitivamente seu pé não deveria estar ao contrário.

Tudo parecia girar; a última coisa que viu foi o relógio; levemente rachado: 3:00. Depois disso, tudo ficou preto. As sirenes parar de tocar. O único som era o do seu próprio coração, a não ser por uma voz malévola bem baixa, lá no fundo - que lhe parecia extremamente familiar – dizendo: você não morreu... Você ainda me servirá... Eu... Tudo se silenciou.

***

Quando Bruno acordou deitado no meio da estrada. Não havia mais nada; seu carro havia sumido, assim como a polícia e a ambulância.

Ele levantou; não havia nenhum arranhão em seu corpo, ele parecia perfeitamente bem. Bruno andou por algum tempo até achar uma casinha abandonada. Resolveu entrar, para passar a noite. Ela lhe parecia extremamente familiar, mas ele não sabia dizer por quê.

***

Talvez devesse ligar para sua mãe... Ele tinha mãe? E pai? Irmãos talvez... Essas não eram informações que ele devia lembrar? Qual era se nome? Quantos anos tinha? Ele não havia perdido apenas os arranhões e machucados, mas a memória também.

Eu salvei sua vida. Agora você terá de me servir. A Voz que havia falado com ele retornara. Era uma voz masculina, e continuava extremamente familiar para Bruno. Ele não conseguia associá-la a uma coisa ruim, parecia errado ela estar fazendo ameaças.

Bruno perdeu a noção do tempo que ficou naquela casa. A Voz voltava de tempos em tempos fazendo ameaças, mostrando-lhe flash’s de sua vida, cenas que pareciam ser sua família... Às vezes ela vinha em seus sonhos, às vezes de repente no meio do dia...

Aos poucos Bruno foi recuperando a memória... Sua mãe, Ciça, seu pai, Pietro, o acidente... Mas ele sentia que ainda faltava algo, alguém importante.

Um dia ele estava vasculhando umas caixas, quando achou um calendário. Um calendário de 2020. “oh meu Deus, quanto tempo fiquei apagado?”

Atônito, Bruno o larga e apaga no chão.

Em seus sonhos, a Voz apareceu e lhe mostrou uma cena. Ele era pequeno, devia ter uns cinco anos. Ele estava no carro com seu tio, Marcelo. Então, um brilho surge nos olhos do pequeno Bruno acompanhado de um sorriso; ele sai correndo e entra na casa. A casa. Bruno a reconhece: é a casa que ele está se abrigando. A lembrança acaba com o sorriso de seu tio.

Se lembrou agora, Bruninho? É a casa que você ia sempre com seu tio. Ela está acabada agora, não é? É isso que eu faço: destruo sonhos”.

***

Depois daquele sonho, Bruno passou a enxergar sua “cabana” de uma forma diferente: como no cômodo em que dormia, em vez da bagunça completa, enxergava seu quarto todo colorido e cheio de brinquedos... Ou a cozinha que costumava ser sempre tão limpa e equipada... Agora era só um monte de tralha com um fogão no meio.

Mais dias se passaram. Bruno estava cozinhando quando uma lembrança lhe veio à mente: um rosto; cabelo loiro, olhos azuis... Theo. Definitivamente ele conhecia alguém chamado Theo.

Parabéns, você lembrou do seu namorado! “Namorado? Eu sou... Gay?” pensa Bruno.

Então um flashback começa. Bruno e Theo estavam em um jantar. Bruno sai para buscar o vinho, porém volta com uma faca. Bruno se lembra daquela cena; porém, agora a estava vendo como se fosse outra pessoa, que estivesse lá, observando tudo...

Foi então que ele se viu virando e se assustou. Não era ele ali, naquela lembrança. Quer dizer, era, só que com olhos completamente amarelos e a pele levemente azulada. De repente, ele volta a ser o mesmo Bruno de sempre, larga a faca e a lembrança acaba.

***

Ele acorda em um hospital conectado a um eletrocardiograma e a aparelhos para respirar. Olha para o lado, e a primeira coisa que vê é o calendário: 2014. Só então parece perceber a lâmina gelada em seu pescoço. Olha para cima e vê Theo, com aqueles olhos amarelos e a pele azulada, prestes a matá-lo. Bruno pisca e quando abre os olhos Theo volta a ser quem ele realmente é. Ele deixa uma lágrima rolar ao ver que ele acordou.

-Theo eu... – Bruno se força a falar – desculpe, eu não sei o que aconteceu, eu nem sei de onde aquela faca surgiu... – Theo faz uma cara de dúvida e diz:

-Que faca, não tem nenhuma... – Uma batida na porta os interrompe. A mãe de Bruno entra no quarto e fica emocionada ao ver que ele acordou. Bruno torna a olhar para Theo, porém ele sumiu. E então ele lembra. A Voz... Era de Theo.

-Mãe! Como eu vim parar aqui? Há quanto tempo eu estou... Assim? – Bruno faz grande força para falar cada palavra.

-Ah, querido... Estou tão feliz que você acordou... Depois daquele acidente te trouxeram direto para cá. Demoraram uma semana para descobrirem um contato seu e me ligarem. Ah... Eu fiquei tão preocupada, meu filho... Você ficou em coma por três meses!

Bruno estranha a história. Como assim ele havia ido direto para lá? E o tempo que ele havia passado na casa abandonada... Mas ele resolveu deixar para lá e perguntar do que realmente interessava:

-Mãe, eu sei que você nunca aprovou nosso relacionamento... Mas você estava certa! Você não pode confiar no Theo, mãe, ele esteve aqui hoje e... – Ela o interrompe. Ela pega sua mão e, com a expressão de pavor, pena e dúvida ao mesmo tempo, diz:

-Querido... Theo morreu há três anos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem! Hahahahaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Acidente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.