POV Narradora

Os amigos olham assustados para Mellanie, ela não era mais a mesma.

– Ótimo caçadora, agora, recolha a sua lâmina.

– Lady Ártemis... O que está acontecendo? – Mellanie estava claramente confusa.

– Nada minha jovem caçadora. Você apenas deu início a sua nova fase. Você viverá com a bênção da Lua agora. Me dê a sua lâmina Omega.

A menina respira fundo e leva as mãos até a mochila, olhando paro o filho de Apolo que estava sentado, chorando. A mesma pega a lâmina e entrega para a deusa, ajoelhando-se.

– Lady Ártemis, aqui está a minha lâmina, o que acontece agora? Digo, agora que a senhora tem a minha lâmina. – A deusa sorri e tira o arco das costas e entrega o mesmo para a menina.

– Você está oficialmente dentro da caçada, agora tem o seu arco, use-o com sabedoria.

– Eu irei Lady Ártemis, eu irei.

*****

Passando-se os dias, Dianna e Matthew se aproximavam cada vez mais. O menino havia decidido que iria pedi-la em namoro.

– Di? – Ele para o beijo que estava tendo com a menina puxa o rosto da mesma para perto, sorrindo.

– Sim? – A menina o olha com uma expressão confusa, ele não era de parar beijos.

– Posso te perguntar uma coisa? – Ele diz, se aproximando da menina. – Essa sua carinha confusa é tão fofa. – Ele sorri.

– Não fiz nenhuma cara confusa. Mas sim, pode me perguntar. – Ela morde o lábio inferior, mania adquirida quando ficava nervosa.

– É... Di... Você quer namorar comigo? – O menino fica vermelho e logo faz uma expressão confusa ao ver lágrimas se formarem nos olhos dela.

– Matth, eu, eu não posso aceitar. Me perdoa, mas eu não posso. – Ela se levanta da cama do menino, chorando. A mesma começa a correr para fora do quarto, fechando a porta e descendo as escadas correndo.

– Di! Espera! – Ele sai do quarto a tempo de ver a menina caindo. – Meus deuses! – Ele desce as escadas e vê sangue saindo da cabeça da menina, sujando o cabelo loiro de um vermelho quase preto. (N/A: Avá?) – Dianna Grayson! Por que você fez isso? – O menino a pega no colo e a deita no sofá, ligando para a emergência logo depois. - Alô? É da emergência? Minha amiga caiu da escada, e a cabeça dela está sangrando. Estarão aqui em cinco minutos? Okay, vou ficar esperando e tentando estancar o sangue. Por favor, venham rápido. – Cinco minutos depois, a ambulância chega a residência e leva a menina, mas não permite que ele entre, apenas membros da família poderiam acompanhá-la. - Vão cuidar dela? – Ele pergunta, claramente desesperado.

– Vamos fazer o possível para deixá-la viva. Descanse, ela não receberá visitas por um bom tempo. Tentaremos entrar em contato com alguém da família. Tenho que ir, garoto. Sua amiga precisa de mim. – O enfermeiro sai correndo, esbarrando em Melody, que havia chegado em casa.

– O que aconteceu, Matth? – A menina pergunta, ela estava muito confusa com tudo aquilo.

– Acho que perdi o amor da minha vida, e a culpa foi toda minha. – Ele sobe as escadas e se tranca em seu quarto, lugar onde ficaria até o resto do dia, rezando para todos os deuses que ela acordasse.

*****

Dianna acorda, só se lembrava de seu nome e de sua irmã mais velha. Onde estaria? E, quem era aquele menino que dormia ao lado de sua cama?

– Perdoe-me, mas, onde estou? Quem é você? Onde está a Beatrice? – Ela fala baixo, mas vê o menino se mexendo e abrindo os olhos.

– Di? Você realmente acordou? Senti a sua falta. – O menino se levanta e “corre” até ela e a beija. Mas a mesma o afasta logo depois, indignada.

– Quem é você? Por que me beijou? Ficou louco?

– Di, sou eu, Matthew. Não se lembra? Irmão da Mel, o menino que gosta de você.

– Não, não me lembro de você. Deveria? Quem é Mel? E onde está a minha irmã? Aliás, onde estou? – Ela é interrompida por uma enfermeira, que entra no quarto, sendo seguida por uma menina um tanto familiar, parecia com sua irmã.

– Anna? Você está tão diferente, baixinha. – Beatrice diz com um meio sorriso, Dianna sorri e olha para a irmã. Queria abraçá-la.

– Tris! Onde está o papai? Por que estou em um hospital? – Ela viu uma expressão de tristeza no rosto da irmã e lembrou o motivo da tristeza, o pai havia morrido, sua madrasta o matou.

– Anna, você não se lembra de nada? Papai morreu, Olivia o matou. Você está no hospital porque caiu de uma escada e bateu a cabeça. Se lembrar de alguma coisa, qualquer coisa que seja, me avise. – Ela assente com a cabeça, mas não contaria nada a irmã. A menina olha para o garoto que a beijara e sorri, havia se lembrado dele.

*****

– Se sente melhor, Di? – Matthew pergunta para a menina, a empurrando numa cadeira de rodas para a saída do hospital. Ele a levaria para o apartamento de Beatrice, mas a mesma ficaria fora da cidade por um tempo, então deixou a irmã sobre os cuidados dele. Grande responsabilidade.

– Sim, bem melhor, estou começando a lembrar de algumas coisas. Nada importante. – Ela mente, sorrindo ao ver o menino a pegar no colo e colocá-la dentro da sua caminhonete simples.

– Do que lembrou?

A menina morde o lábio inferior e responde.

– De você, me lembrei de você.

*****

POV Beatrice

Minha irmã. Aquela menina doce e inocente. Ela não merecia cair daquela maldita escada, por causa daquele menino maravilhoso. Se eu gosto dele? Sim, eu passei muito tempo com ele enquanto minha irmã estava em coma. Esses últimos três meses foram maravilhosos, mas também foram péssimos, pela preocupação que eu tinha com a minha irmã, aliás, ela já passou por muitas coisas ruins. Ainda tenho pesadelos com tais coisas.

*Flashback On*

– Vamos, Tris! Papai ficará furioso se chegarmos tarde em casa. Quanto tempo passamos naquela biblioteca? Cinco horas? Se apresse, não quero ficar de castigo. - Ela tinha apenas sete anos, muito nova para receber a notícia.

– Anna, não tenha pressa, papai pode esperar. Aposto que ele e Olivia não vão se importar se chegarmos um pouco tarde. Você só tem sete anos, não ficará de castigo por ir até a biblioteca, precisa aprender. Certo? - Sorrio e a pego no colo, estávamos chegando em casa.

– Mas Tris, ele ficará bravo! Além do... - Ela foi interrompida por um som de ambulâncias, elas estavam em frente da nossa casa.

– Anna, não se assuste, não deve ser nada. Algo com os vizinhos, talvez. - Vi um policial vindo em nossa direção, ele parecia um tanto nervoso.

– Você é filha de Jeff Grayson? Precisamos conversar. - E foi assim que recebi a pior notícia da minha vida, minha madrasta havia matado o meu pai. Como minha irmã ficaria? Tão pequena, tão frágil.

*Flashback Off*

Essa lembrança me persegue até hoje, Anna nunca mais foi a mesma. Ela tinha e ainda tem medo de se apegar a pessoas. Não queria deixá-la, mas foi preciso. Sei que deveria estar feliz com a melhora dela, mas, não dá. Ela tem o amor de Matthew, eu não.