Dragon escrita por Anna Lovegood


Capítulo 4
Capítulo 4# Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Hey povão o/ Aqui estamos com mais um cap para vocês!



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P.o.V. Lyra:

Lyra prendeu a respiração, e ficou imóvel. Do lugar em que estava não podia ver muita coisa, mas pôde perceber que se tratava de um garoto de uns 13 anos. Ela não sabia se ele a estava observando, mas achava que sim. Lentamente a garota se virou e encarou o outro.

O menino tinha a sua altura, tinha a pele levemente morena, cabelos castanhos muito claros e olhos negros. Vestia uma blusa marrom com um casaco preto, e uma calça bege. O garoto também calçava botas de cano alto, e carregava uma adaga presa ao cinto. Ele a observava com um misto de curiosidade e raiva.

–Quem é você? O que faz aqui? Como encontrou este lugar?-Perguntou ele desconfiado. Lyra deu um passo para trás. Não sabia se devia dizer a verdade para o estranho. Ela olhou para os lados e para os galhos secos que havia recolhido. Estava cansada, mas achava que poderia correr com a lenha se fosse necessário. O problema era para onde correr. Ela não sabia de onde viera, nem por onde ir para voltar para o lugar onde seu irmão a esperava.

–Eu perguntei, -Disse o menino interrompendo seus pensamentos -o seu nome. O quê quer? E como chegou aqui?

Lyra abriu a boca mas não disse nada e tornou a fecha-la. Ainda não decidira se falaria ou não a verdade. Analisou o estranho e por fim respondeu:

–Lyra Hartman. Não sei como cheguei aqui, e pretendo voltar para ca... Para o lugar onde estou acampando. -Respondeu a garota com sinceridade. O outro a avaliou e ela pôde notar que ele parecia discutir mentalmente com algo ou alguém. Por fim, ele se aproximou e assentiu como se tivesse decidido acreditar nela. Então seus olhos pousaram em algo no pescoço da garota. Lyra seguiu seu olhar e viu o quê havia chamado a sua atenção. O colar de Sally Hartman.

–Onde conseguiu isso?-Ele perguntou em um sussurro. A menina respirou fundo com a lembrança, e respondeu com uma voz um tanto trêmula:

–Era da minha mãe.

O garoto ergueu os olhos admirado.

–Sua... Mãe? Onde ela está?

A garota sentiu os olhos arderem, e desviou o olhar. Não queria lembrar, não podia, tinha que ser forte...

–Ela morreu. -Respondeu simplesmente. O menino olhou para ela com pena. Então Lyra decidiu dizer tudo. Por algum motivo, confiava no estranho, e achava que devia contar a verdade para ele, apesar de não achar isso instantes atrás.

–Meus pais morreram em um incêndio anteontem. Eu e meu irmão conseguimos escapar a tempo, mas a casa foi destruída e pouca coisa pôde ser salva. Por hora estamos nos abrigando próximo aos destroços, mas não sabemos ainda o quê fazer. -Soltou. Então abaixou os olhos e cobriu o rosto com as mãos. Como era estúpida! Por quê contara tudo assim para um garoto o qual nem sabia o nome? Agora ele poderia usar isso contra os gêmeos! O garoto se aproximou ainda mais. Parecia querer ajudar, mas sem saber o quê fazer.

–Você não sabe, não é? -Ele perguntou após alguns segundos. -O quê é este colar?

Lyra o olhou inexpressiva. O menino parecia ser louco. Era um colar, de sua mãe. É claro que ela sabia disso. O outro a encarou e falou lentamente:

–Este é um dos Amuletos do Dragão. Cada uma tem uma utilidade diferente. São muito raros, só se sabe de existência de sete em todo o mundo. -Fez uma pequena pausa e prosseguiu -Se este colar era da sua mãe, então só ha duas explicações: ou ela é uma dragayna ou ela conseguiu com algum dragayne. No caso da primeira opção... -O menino fez outra pausa, e seus olhos negros fitaram os dela -Então você também é uma dragayna.

P.o.V.Matt:

Matt acordou com fome. O jovem olhou para o céu, e analisou a posição do sol. Pelo pouco que sabia, podia dizer que eram aproximadamente 8:30. Olhou para os lados a procura da irmã. Franziu a testa. Pelo horário, Lyra já teria voltado da floresta, caso tivesse ido ao acordar. Conhecendo a garota, ele poderia dizer que ela tinha acordado pouco depois do nascer do sol, por tanto já deveria ter voltado.

O garoto se levantou e pegou um pão para comer. Havia decidido tomar um café da manhã rápido e ir procurar a gêmea. Depois de terminar de comer, pôs-se a caminhar em direção à floresta. Estava preocupado com o que poderia ter acontecido à irmã, e pensando nisso, apertou o passo.

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Dentro de cinco minutos Matt já adentrava a floresta, com a respiração pesada e um tanto suado. Ele havia decidido correr, mas agora se arrependia disso. Estava começando a ficar cansado, e se fosse procurar Lyra era melhor que estivesse descansado para que pudesse andar por mais tempo sem se fatigar.

O menino parou por alguns instantes pensando aonde ir primeiro. Resolveu ir para o riozinho onde eles tomavam banho e lavavam as roupas e objetos utilizados. Ao chegar lá, viu que estava vazio. Ele já ia voltando quando notou um pedaço de pano azul preso aos galhos de um pequeno arbusto. Era da mesma cor de um dos vestidos de Lyra.

Matt pegou o achado e observou. Se realmente fosse um pedaço do vestido de sua irmã, então ela devia ter passado por aquele arbusto. E se ela tivesse passado por aquele arbusto, teria ido para o meio da floresta.

E ele iria até lá procura-la.

Passou pelo arbusto e seguiu em direção ao centro da floresta. Caminhou por alguns minutos, e começou a ouvir vozes. Parecia duas pessoas conversando: uma garota e um garoto. O menino apertou o passo, andando em direção ao som, na expectativa de encontrar a irmã. Logo ele reconheceu a voz feminina como a de Lyra, o que o fez andar ainda mais rápido.

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P.o.V. Lyra:

O jovem com quem conversava se chamava Thommas. Ele a havia explicado que os dragaynes eram pessoas que descendiam de algum dragão, ou que possuíam alguma ligação com eles. A maioria era descendente de dragões, ou seja, que tinham antepassados que haviam se unido a dragões. Estas pessoas poderiam ter algum tipo de poder ou simplesmente se dar bem com estes seres. Poucas pessoas tinham realmente alguma ligação com um dragão, ou seja, que conseguiram unir-se aos dragões de alguma forma: unir as mentes ou poder trocar energias e poderes.

Tom era um dragayne descendente de um dragão, e tinha alguns poderes como ler mentes (involuntariamente) e enxergar no escuro. Ele também tinha a pele resistente e não se queimava facilmente.

–Então você acha que a minha mãe era uma dragayna? -Perguntou Lyra. Ela já estava mais calma, e estava começando a gostar de Thommas. Ele parecia um garoto legal, e apesar do jeito grosseiro com o qual a tratara no início, não era mal-educado ou grosso.

–Sim. Neste caso, você também deve ser uma, assim como o seu irmão. -Respondeu ele alegremente. Então ele parou de olhar para ela e focou em algum lugar mais além. A menina se virou e tomou um susto ao se deparar com Matt com uma cara ao mesmo tempo alegre e curiosa.

–Lyra! -Exclamou ele correndo ao encontro da irmã. -Eu fiquei preocupado com a sua demora!

Ele olhou para o outro garoto com curiosidade, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a menina interviu:

–Matt, este é Tom, um garoto que conheci à pouco. Ele disse que era um dragayne, e que como nossa mãe possuía esse colar ela provavelmente também era uma dragayne, e por tanto, também somos. -Disparou ela animadamente. Ao perceber a confusão do irmão ela falou mais lentamente:

–Dragaynes são pessoas que descendem ou tem alguma ligação com dragões.

Dentro de alguns minutos Lyra explicou tudo ao irmão, e depois de algumas correções de Thommas, o outro sugeriu que voltassem para o acampamento. Tom disse que seria melhor que eles fossem com ele para a vila onde morava, onde teriam ao menos abrigo melhor que uma cozinha semi-destruída, mas Lyra falou que mesmo que fossem, eles ainda tinham os poucos pertences que sobravam e não iriam abandonar tudo de uma hora para outra. Por fim, decidiu-se que iriam esperar até o dia seguinte para escolher.


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Notas finais do capítulo

E enton? Gostaram? Detestaram? Não leram? Mandem nos reviws!
P.S.: Tirei a ideia das ligação com os dragões de Eragon ;)



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