O Caminho Proibido, Amém escrita por Shynio


Capítulo 1
O Caminho Proibido, Amém




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52136/chapter/1

 

– Acho que por hoje já está bom. – falava ele enquanto ajeitava o Kimono, tendo os olhos a retornarem ao perolado suave.

 

Ela o vira treinar, inteiramente maravilhada. Embora os olhos fossem semelhantes, as habilidades daquele homem a faziam impressionar demasiadamente. Repentinamente, suspirou. Estranhou a própria reação, arqueando uma sobrancelha. Todos os pensamentos foram interrompidos pela voz dele que aproximara-se enquanto ela jazia distraída.

 

– O que está fazendo aqui, Hinata? – perguntou seco.

– E-Estava só passando, N-Neji-san...

– Tá, eu vou indo, concluí meu treinamento diário.

– T-Tudo bem, tenha um bom dia...

– Você também.

 

Ele retirava-se dali, mantendo a mesma postura de sempre. A de alguém “acima”, a de alguém pertencente da elite. Cada passo passava o sentimento de serenidade e, cada um que cedia, mais afastava-se, sumindo aos poucos da visão da Hyuuga. Tudo bem, era um dia normal, ele já havia feito o que tinha que fazer ali e ela também. Ele foi-se e ela também iria. Andava na mesma direção em que o primo havia andado, mas, para no caminho por encontrar Tenten, alegre, por sinal.

 

– Hinata, Hinata!
– Ah, olá, Tenten-chan.

– Consegui, consegui!

– Acalme-se e explique-me o que exatamente conseguiu.

– Falei com o Neji, nós vamos sair hoje!
– O que!?

– Não é maravilhoso?
– Não, não é! Como você tem coragem de chamar o meu primo pra sair?! – exclamou, mostrando raiva, o que era raro ao rosto da Hyuuga.

– Hi-Hinata-chan, achei que iria ficar feliz por mim... – disse Tenten ao descer levemente a face, desfiando o olhar, intimidada.
– Ah – engoliu seco – eu estou, é que... Não consigo imaginar minha amiga saindo como meu primo e...
– Por que, Hinata, por que?
– Eu não sei, e para de me perguntar!
– Mas eu só queria saber se...
– Eu disse pra parar de me perguntar! – a face corava-se levemente. Não de timidez, mas de fogo raivoso.

– Você está com ciúmes.

– Eu, com ciúmes? Eu pareço estar com ciúmes? Acorde, Tenten, ele é meu primo! – exclamou enquanto voltava a andar, bufando.

 

Tenten permaneceu ao local, perplexa. Em pouco tempo retornara ao normal, indo-se dali para casa, a fim de preparar-se, afinal, teria o encontro de sua vida àquela noite... Oh, destino.

 

Eram por volta de seis horas da tarde quando Hinata aproximava-se das dependências do clã Hyuuga, estava decidida a entrar na moradia, encontrar Neji e tirar esta história à limpo com o rapaz. O que ele tinha na cabeça, afinal? Por que sairia logo com a Tenten?

– Ela não é boa o suficiente pra ele – sussurrou sozinha enquanto andava depressa – nem ela e nem nenhuma outra daquelas garotas, ele tem que ficar com alguém do clã! Só assim poderia manter nossa linhagem. É, é isso.

 

Um curto silêncio fez-se em sua mente até que percebera o real significado de suas palavras. Criou toda uma situação em sua mente ao pensar que nenhuma outra seria boa para Neji a não ser uma garota do clã, sendo que a única garota do clã com a mesma faixa etária de Neji era ela mesma. Usando-se da raiva do momento para forjar em uma pequena história, uma pequena frase que resumia os pensamentos da Hyuuga: Neji é meu!... Raiva esta que condizia com o sentir da garota, mas não! Impossível, ele é primo da perolada, são da mesma família, isso seria errado. E quanto a Naruto? É, é isso. O coração da Hyuuga pertencia ao louro, não a Neji. Hinata parou repentinamente ao meio do caminho, imóvel, refletindo sobre o que pensara. Refletindo sobre a possibilidade de...

 

– Hinata-chan, olá! – falou alto enquanto aproximava-se.

– N-Naruto-kun! – falava enquanto sentia-se congelar de susto enquanto visava o louro.

– Eu quase nunca passo aqui, e quando passo te encontro, engraçado. Mas, ontem foi legal demais, fomos ao vale do fim, e o Kakashi-sensei e a Sakura-chan...

Ele continuara a falar enquanto a Hyuuga tinha uma peleja mental, tendo a imagem do primo e a do louro em mente. Não sabia o que falar, não sabia o que sentir, mas imaginava o que fazer. Iniciou nova caminhada, e, ao passar por Naruto, corria.

 

– Desculpe Naruto, depois conversamos. – disse ela enquanto continuava a correr para dentro da área Hyuuga.

 

– Tá... – respondeu ele, desanimado.

 

Sim, ela o ignorara. Naruto sentia-se confuso, pois Hinata sempre estava aos seus pés. Ele gostava da sensação de ter uma garota bonita ao seu próprio bel prazer para que ele pudesse falar e esnobar o quanto desejasse, mas dessa vez não foi assim. Ela lhe tratou como um cara normal, que não merece prioridade alguma. Algo estava errado. Seguiu-a, silente. Depois de uma perseguição nem tão extensa, viu a garota a cessar corrida em frente da casa do orgulhoso Neji. Ela batia-lhe a porta com suavidade. Naruto tratou-se de esconder-se à copa de uma grande árvore que havia na parte frontal da casa do Hyuuga. Logo a porta fora aberta, Neji saia de dentro da casa, postando-se de frente à Hinata, que unia as mãos próximas ao busto, visando o chão. Aparentava tímida... Normal.

 

– Neji-san...

– Sim, Hinata-sama?

– P-por... – suspirou e falou tudo de uma só vez – por que vai sair com a Tenten?

– ... – ele engolira seco, buscando escolher bem as palavras – Sou um homem e ando sentindo-me sozinho...

– Você, sozinho? O Hyuuga mais forte, bonito, cobiçado, amado, poderoso, bonito...
– Está repetindo adjetivos.

– Perdão, não percebi – respondeu, tendo as maçãs da face a corarem instantaneamente enquanto desviava ainda mais o olhar.

– Mas... Algum problema em eu sair com Tenten-chan?

– Claro Neji! Eu não quero você saindo com minhas amigas!
– Você é amiga de todas, Hinata. Quer que eu saia com quem, com a Hokage?

– Poderia... Poderia sair... C-Comigo...

– Ahn?! – exclamou ele, surpreso com a resposta da garota.

– Eu sei que somos primos, mas, se o problema é você se sentir sozinho, eu fico com você...

– Isso tudo é só pra eu não sair com a Tenten?
– Não, é que eu não gosto de te ver com outras garotas...
– Ciúmes?

– Não! Eu... Eu só não gosto.

– Sei... Claro que não gosta...
– É verdade, seu idiota! – exclamava a Hyuuga, aparentando apavorada, dessa vez.
Enquanto ela proferia, lágrimas escapavam-lhe ao canto dos olhos e suas mãos iam de encontro ao peito do rapaz, num ato inconsciente, esperançoso de tapeá-lo para que percebesse a sinceridade e indignação dela. Ao perceber o que tinha feito, ela cerrava as mãos, apertando-lhe o Kimono enquanto deitava a cabeça ao peito dele, avançando um passo.

 

– Você não vai naquele encontro, Neji! – dizia ela enquanto alguns soluços eram impossíveis de conter e as lágrimas umedeciam sua face e o manto do Hyuuga, levemente.

– Mas eu combinei com ela, Hinata... – dizia ele enquanto acatava-a aos braços, abraçando-a de um modo reconfortável. Um modo que só ele sabia como fazer, buscando acalmá-la.
– Não interessa! O que ela fizer, eu posso fazer melhor! Essa noite você ficará aqui comigo!

Antes que mais alguma coisa fosse dita, via-se dois louros idênticos a saltarem por sobre os primos. Aqueles que se opunham seguravam Kunais e buscavam ferir o rosto e costas de Neji. Este virava-se, mostrando os punhos que outrora estavam às mangas do Kimono, movimentando-os levemente em direção aos oponentes, que, ao receberem as injeções de Chakra, desfaziam-se em fumaça.

 

– Ah, então é assim, Hinata! – falava Naruto enquanto saltava da árvore, estando agora pouco longe do casal.

– Naruto-kun... – sussurrou enquanto via Neji a pôr-se à frente dela, provavelmente defendendo-lhe – Mas você nunca ligou pra mim! Eu sempre estive perto, sempre te admirando e esperando uma chance, coisa que você nunca me deu! Eu simplesmente cansei, eu não te quero mais, Uzumaki Naruto!

– Mantenha-se atrás de mim, Hinata-sama. – dizia Neji, já tendo os olhos lendários ativos, analisando o oponente que já era conhecido.

– Você vai pagar, Neji, ah vai... – dizia enquanto bufava raivoso.

 

Os olhos de Naruto tornavam-se avermelhados enquanto mais uma réplica sua surgia após um selo. Naruto, o verdadeiro, estendia a palma da mão direita para o clone, que iniciava movimentos circulares da mão, moldando uma esfera de Chakra aparentemente pequena, mas que, aos poucos iniciava um grande crescimento. O clone parava por um segundo, dando origem a um novo de si, que auxiliava o mestre na tarefa de segurar a técnica. O primeiro clone voltava ao molde e, quando a esfera jazia pronta, media quase o equivalente ao corpo de Naruto. O verdadeiro jazia à esquerda da esfera, e o segundo clone ao lado direito daquela ventania concentrada e giratória.

 

– Neji, Hinata, eu os odeio, morram! Oodama Rasengan! – disse enquanto avançou junto com o clone em direção do casal de primos.

 

Neji esperava enquanto Hinata desesperava-se. Ao que Naruto encontrava-se perto o suficiente, Neji avançava dois passos, passando a rodar rapidamente o corpo.

 

– Hakkeshou Kaiten... – proferiu calmo e brando enquanto a defesa perfeita do Hyuuga formava-se ao soberbo girar do corpo deste, expelindo Naruto para longe.

 

Neji recompunha sua postura enquanto voltava para frente de Hinata que, mostrando-se irritada, segurava-se aos ombros de Neji, mostrando a face ao lado do braço direito do Hyuuga, gritando em tom raivoso:

 

– Chega Naruto! Saia daqui agora, eu não quero mais te ver! – a voz fazia-se autoritária, irritada.

 

Naruto, ao ouvir as palavras de Hinata, levantava-se do chão devagar, virando-se de costas, cabisbaixo, sem nada proferir, apenas saltava novamente para a árvore e depois para a próxima, logo perdendo-se da vista dos Hyuugas.

 

– Venha Hinata-sama, entre. Vou oferecer-lhe algo para beber.

– Obrigado, Neji...

 

Ele abria a porta, dando passagem à ela.Hinata entrava à casa do primo, mantendo-se de pé ao lado da porta.

 

– Sente-se, por favor. – dizia ele enquanto apontava para o sofá perto da prima.

– Tudo bem – proferiu quase num sussurro enquanto sentava-se, buscando relaxar.

 

Ele foi até a cozinha, acatando um copo de água gelada, retornando à sala, oferecendo o que havia pegado para Hinata. A garota acatava o copo em mãos, dando um gole à água.

 

– Eu vou ao quarto trocar minhas roupas, se não importar-se... – falava enquanto ia dirigindo-se ao quarto.

 

Neji adentrara o cômodo, encostando a porta. Hinata visava o copo de água, concentrada. Pensara em diversas coisas em simultâneo, mas, a frase que reinara aos pensamentos da garota era: “Tem que ser agora”. Pousava o copo à mesa no centro da sala, indo a passos curtos e silentes até a porta do quarto do primo, entreabrindo a porta e, ao elevar os olhos para dentro do quarto, via Neji terminando de retirar o Kimono, estando apenas de cueca enquanto ia até o armário ao lado da cama, abrindo as portas centrais deste. Hinata adentrava o quarto, voltando a cerrar a porta. Neji sentia-se um tanto constrangido, mas não deixava transparecer, mantendo sua postura natural.

 

– Hinata-sama, se puder dar-me licença...

– Não, não hoje, Neji... – falava ela enquanto abria o zíper do casaco e, ao tê-lo aberto, permitia que este caísse ao chão.

Ela aproximava-se dele enquanto tocava os dedos à cintura, descendo a calça que aquecia-lhe, desfazendo-se desta – não iria mais necessitar de roupas para manter-se quente enquanto estivesse com ele.

 

Já em frente ao Hyuuga, ela levantava e retirava a blusa, mantendo-se apenas com as peças de roupa que escondiam-lhe as intimidades femininas inferiores e superiores. Um tanto trêmula, nervosa, levou as mãos à nuca dele, mantendo o corpo rente a ele, visando-lhe os olhos.

 

– Hinata-sama, nós não podemos...
– Por favor, Neji, esqueçamos regras de linhagem... Pelo menos por hoje... – ela o interrompeu.

– Como quiser, Hinata...

 

Ela cerrava os olhos. O ato foi recíproco. Ele aproximou o rosto ao dela de maneira suave, tranqüila. Os lábios tocavam-se ternamente; Neji movia os seus de um lado ao outro, massageando os lábios da prima enquanto esta, impaciente, entreabria os lábios, enfiando a língua à boca do primo, avançando contra o tempo, buscando pela língua dele e, ao encontrá-la, roçou-a ferozmente enquanto as mãos agarravam as largas costas do primo, tendo as unhas a arranharem-lhe a pele. O Hyuuga correspondia pousando as mãos às nádegas da garota, apertando-as com firmeza, puxando-as para cima, acatando a perolada ao colo, andando em direção da cama.

 

– Neji, você não acha que é meio cedo? O que nossos pais achariam...?

– Por favor, Hinata, esqueçamos as regras de linhagem... Pelo menos por hoje. – falou ele, sarcástico, deitando a garota à cama, pondo-se sobre ela.

– Tens toda a razão... Venha. És meu homem, e eu sou tua mulher.

– Amém. – sorriam simultaneamente, dando lugar à mais um beijo que continha, em sua essência, amor.

 

A noite aprofundava-se cada vez mais, e Hinata não hesitava em expressar suas emoções e prazeres ao lado do primo, gemia aguda e estridentemente e assim fora durante toda a noite... Noite que fora tristonha para Tenten, que a passara sozinha, sentada à cama... Fria.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Escrita pela madrugada, espero que compreendam as falhas. Enfim, muito obrigado de verdade por sua leitura e, deixe seu review, por favor.