Almas Perdidas escrita por Harukko


Capítulo 6
União entre Almas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo aí, galera, dessa vez com emoções mais a flor da pele do que nunca...



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(Anteriormente)

– Vocês podem sentar ali e esperar só um segundo, o doutor já vai recebê-las – murmurou a senhora com uma calma incompreensível.

– Tá. – Sentei-me ao lado de uma jovem mulher loira com um pequeno bebê aconchegado em seus braços.

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A Carol, embora tentasse disfarçar, estava sentindo as contrações nitidamente.

– Calma, respira fundo, vai dar tudo certo, eu prometo – falei segurando a mão dela.

O meu celular tocou e eu atendi.

– Teodora, agora não é uma boa hora!

– Por quê?

– Eu estou no hospital, o bebê da Carol está quase nascendo.

Expliquei em qual hospital estava e ela resolveu aparecer para dar uma força. Liguei rapidamente para Emanuel avisei o que estava acontecendo. Passaram-se alguns minutos que pareciam horas, de repente a Carol desmaiou sem mais nem menos.

– Carol, Carol! – chamei a sacudindo de leve. – Ajude-me! – gritei a moça do balcão, mas ela não escutou.

Arrumei a Carol o melhor que pude na cadeira, levantei-me e me dirigi até o balcão.

– A minha irmã desmaiou, preciso de ajuda!

– Tudo bem, o médico já vai atendê-la, ela é a senhorita Carolina Guimarães, não é?!

– Você já me disse isso! – gritei. – O que diabos está fazendo aí atrás? Minha irmã está sofrendo, está grávida! É melhor ela ser atendida agora, ou quem vai precisar de um médico é a senhora!

– Espere um pouco, senhorita – falou ela saindo do balcão e se dirigindo para algum lugar que não vi, pois voltei para o lado da Carol.

Ela logo surgiu com três enfermeiros e uma maca. Com delicadeza, os três colocaram-na em sobre a maca.

– Carol! – Emanuel apareceu ao lado do papai, Marcos. Teodora, Tábata e Murilo também chegaram.

– Carolzinha! – disse Emanuel. – Tudo vai acabar bem, eu te amo!

Os enfermeiros levaram-na pelo corredor. Todos voltaram para a sala de espera.

– Papai, que bom que você está aqui – murmurei abraçando-o.

– Assim que o Emanuel me ligou, vim o mais rápido que pude.

– Sei que se a mamãe estivesse viva, com certeza gostaria de ver esse momento – falei.

– Lá de cima ela deve estar olhando para nós e sorrindo.

Após alguns minutos, o doutor apareceu na sala de espera e perguntou cordialmente:

– Com licença, algum parente da paciente grávida?

– Nós! – dissemos juntos e fomos rapidamente encontrar o médico.

– O nome dela é...?

– Carolina Guimarães!

– Ela tem alergia à alguma coisa?

– Não, não! – respondi inquieta. – Como ela está? Como o bebê está?

– Ela ainda não foi operada.

– O quê? – Ficamos indignados. – A bolsa já estourou a minutos, como vocês ainda a fazem esperar mais? Anda logo, seu incompetente!

O doutor entrou rapidamente e ficamos todos angustiados.

– Sinto muito filha, eu infelizmente vou ter que ir. Mas sei que tudo ficará bem, me liga, tá?!

Após meu pai sair, meus olhos se encheram de lágrimas. Eu fiquei tão nervosa, estava tremendo de aflição. Eu torcia para tudo dar bem, mas não conseguia parar de pensar no pior.

Todos estavam nervosos em um canto, eu me afastei e sentei em uma das cadeiras. Comecei a chorar, não conseguia conter o nervosismo.

– Catharina. – Murilo sentou ao meu lado, eu olhei para ele e não reagi. – Tudo vai...

– Ficar bem, eu sei, todos falam isso. Eu prometi a Carol que tudo vai ficar bem – comentei limpando as lágrimas. – E eu não vou... Quebrar uma promessa. – As lágrimas voltaram e eu não consegui me controlar.

O Murilo me abraçou carinhosamente, e eu não consegui falar mais nada. Quando o doutor apareceu, eu saltei da cadeira e corri até ele.

– Bom, é difícil para mim falar isso – ele pausou. – Eu sinto muito, ela lutou até o fim.

O quê? Não...

– O que aconteceu com ela? – perguntei com o rosto horrorizado. – O que você fez com ela? Diga!

– Eu sinto muito, ela faleceu. – ele ficou cabisbaixo sinalizando respeito – Não conseguimos salvar o bebê, ele também já não está entre nós.

Carol, Gustavo... Isso não pode estar acontecendo.

– Não, não, não! – fiquei repetindo. – Por que você não à salvou? Por quê?

Saí do hospital e corri pelas ruas, comecei a chorar descontroladamente, eu corria para qualquer lugar, não tinha destino, até tropeçar na calçada e cair no chão, fiquei lá mesmo chorando.

– Catharina! – gritou Murilo correndo até mim.

– Ela, ela me deixou. Não! Ela foi obrigada a fazer isso, por quê?! Eu à amava tanto, tanto! – falei soluçando.

– Eu sei que você à amava, ela também te amava muito! – Novamente ele me abraçou e ficou ali comigo no chão, me acolhendo de uma forma que eu jamais poderia imaginar.


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Notas finais do capítulo

Parece que as coisas ficaram piores do que o esperado... :/
Não perca o último capítulo, amanhã...



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