Ludwig van Beethoven, tocava no rádio do carro - que estava a caminho de minha nova escola-, maman e papa são grandes adoradores de música clássica, inclusive maman e eu tocamos piano, ela é bem melhor já que toca a anos, já eu parei de tocar aos dez anos, quando vendemos nosso piano.

Papa estaciona o carro em frente a minha nova escola, a qual eu já conhecia, pois fiz uma visita a própria há dois dias. Pego minha mochila me despeço de meus pais e vou a caminho da entrada, por sorte a secretaria fica bem na entrada, primeira porta a direita. Vou até lá e sou recebida pela própria diretora, que é uma mulher muito educada e gentil, ela me passa meus horários e me leva até a minha sala onde a professora estava chegando ao mesmo instante que eu, espero ela me apresentar para a turma e então entro na sala, morrendo de vergonha. Acredito que ser aluna nova é umas das piores coisas para pessoas tímidas como eu.

Entro na sala meio acanhada e fico a frente de todos, “espero não estar vermelha de timidez”, meu único pensamento no momento.

– Bom, a senhorita pode se apresentar. –a professora se dirige a mim sorridente.

– M-Meu nome é Lola Petit. –começo falando e me repreendendo mentalmente por ter gaguejado. –Nasci em Paris e vim para os E.U.A por causa do trabalho dos meus pais. Bem... É isso, muito prazer. –finalizo dando um pequeno sorriso.

– Senhorita Petit, pode se sentar naquele lugar em frente ao nosso colega de branco. Creio que seja o único lugar disponível nesta sala. –a gentil professora diz a mim, olho para o lugar onde devo me sentar e só consigo focar naqueles lindos olhos azuis.

Vou atrapalhadamente até meu lugar, xingando-me mentalmente por ser tão desastrada. Ajeito rapidamente as minhas coisas em cima da mesa, e então a professora começa a falar. Ela passará um trabalho em duplas onde devemos cuidar de um ovo fecundado, aos poucos as duplas vão se formando e quando ela diz meu nome e o de tal de James me indica rapidamente com a cabeça que a minha dupla é o lindo menino de olhos azuis. Rio levemente e então viro-me para trás.

– Ahn, espero que façamos um bom trabalho. –desejo timidamente e dando um mínimo sorriso.

– Espera... A-Anna?! –ele diz me olhando como se tivesse visto um fantasma, estava mais pálido do que já era.

– Ahn, não. É a Lola. –digo confusa, e então ele relaxa aos poucos. –Está tudo bem?

Ele pigarreia e então responde.

– Sim, ta tudo bem. –ele responde um pouco atordoado ainda.

– Então quando podemos começar a fazer o trabalho? Ah, pode ser na minha casa se não tiver problema pra você. –digo um pouco animada, pois vai que nos tornemos amigos, afinal vou ficar aqui por alguns anos antes de poder voltar à França e preciso de amigos, não quero me tornar uma menina solitária.

– Ok, na sua casa então hoje, às 15h. –ele diz e se levanta no mesmo momento em que o sinal bate.

– Espera você nem sabe onde eu moro. –digo, mas ele já havia saído da sala.

Pego minhas coisas calmamente e vou em direção a sala onde terei aula história. Caminho calmamente enquanto procuro a sala, na minha escola na França havia alguns dias onde tínhamos aula de história no museu Louvre, era a minha aula favorita. Chego à sala e bato na porta antes de entrar ao perceber que estou um pouco atrasada, pois os corredores já estavam vazios.

– Com licença. –digo entrando timidamente na sala.

– Olá, sou Sr. Berry, seu professor de história. –o senhor gordinho de cabelos brancos e óculos quadrados se apresenta.

– Sou Lola Petit, me mudei da França para cá por conta do trabalho de meus pais. –digo sorrindo um pouco.

– Ok, pessoal. –ele diz aumentando a voz para que todos prestassem atenção nele, ele se vira para frente assim como eu, e então meus olhos encontram aquele azul já conhecido. James King estava em mais uma aula comigo. –Essa é Lola Petit, veio diretamente da França, sejam gentis com ela. Pode se sentar em algum lugar, Lola. –ele diz a ultima parte apenas para mim.

Penso seriamente em sentar-me perto de James, já que havia uma mesa vazia a sua frente, mas então me sento na segunda mesa da mesma fila, que fica ao lado da janela.

(*)

Assim que a aula de história acaba, James logo passa por mim e então puxo sua mão. Ele me olha como se eu fosse um alienígena ou sei lá o que e então olha para a minha mão ainda na sua, o que eu logo desfaço.

– Ahn, você não sabe onde eu moro, então anotei pra você, aqui. –digo envergonhada e entregando o papel onde continha o meu novo endereço.

– Valeu. –ele diz saindo.

“Ok, Lola, não pira e não fica nervosa”, digo a mim mesma mentalmente, não é a primeira vez que eu vejo um menino lindo assim, mas é a primeira vez que eu converso com um o que é loucura, afinal eu não deveria ter vergonha de falar com alguém, e ele é apenas um menino de olhos azuis, cabelos pretos bagunçados, jeito de bad boy, e muito charmoso, mas nada demais, apenas clichê. Garanto que tem várias meninas atrás dele.

Termino de guardar minhas coisas e vou para a próxima aula.

(*)

– Então, como foi o seu primeiro dia querida? –maman pergunta assim que entro no carro.

– Legal, não fiz amigos ainda, mas logo farei, e ganhei um trabalho que é em duplas, que a professora sorteou, e a minha dupla irá lá em casa hoje a tarde. E nós deveremos ser pais desse bichinho aqui. –digo mostrando o ovo que eu havia pegado no final da aula com a professora.

– Oh, isso é legal. E o que vocês devem fazer? –diz prestando atenção na estrada.

– Ele está fecundado, então teremos de ser seus pais até ele chocar. –digo rindo um pouco.

– Isso é interessante. E como é a sua dupla? –ele pergunta e eu fico nervosa, não pela pergunta, mas por lembrar-me dele.

– Ele é lindo, quieto e parece ser um menino bem legal. –respondo.

– Hmm, lindo? –ela pergunta rindo, minha mão sempre foi uma das minhas melhores amigas, foi para ela quem eu contei sobre a minha primeira paixão do primário, foi pra ela que eu contei sobre meu primeiro beijo e é pra ela que até hoje eu conto sobre minhas paixões.

– Maman, ele é um Chace Crawford moreno. –digo rindo e ela logo me acompanha na risada.

– Então dele deve ser um gato. –ela diz rindo e eu também rio.

– É, mas mudando de assunto o papai está em casa? –pergunto.

– Não, ele foi trabalhar hoje, primeiro dia de trabalho. –ela diz e chegamos em casa.

Saio do carro, e faço a mesma rotina que eu fazia na França, coloco minha mochila em cima da cama troco e roupa e desço para o almoço, depois ajudo maman com a louça e subo para fazer meus deveres, mas em algum momento caio no sono.