Amor y Nada Más escrita por Verônica Souza


Capítulo 8
Capítulo 8




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– O que ele está dizendo, Paulina? - Carlos Daniel perguntou nervoso. - Está louco, não é?

– Diga a ele, Paulina. - Omar provocou.

Paulina apenas chorava, não dizia nada. Não sabia o que dizer, e o seu maior medo tinha se tornado real.

– Paulina! - Carlos Daniel ergueu a voz, e então ela olhou para ele. - Isso é verdade?

– Carlos Daniel... Eu...

– Diga logo, Paulina! Ou vai continuar mentindo para ele?

– Paulina... Eu não posso acreditar enquanto você não me disser se é verdade. Ele é realmente seu marido?

– Eu... Eu posso explicar, Carlos Daniel.

Carlos Daniel fechou os olhos e respirou fundo. Virou-se de costas colocando as mãos em seu bolso. A tensão era tão grande que ele não suportaria olhar para ela por muito tempo. Parecia inacreditável que a mulher que ele achava tão gentil e bondosa era na verdade uma mentirosa.

– Carlos Daniel...

– Não se aproxime de mim. - Ele disse ainda de costas. - Saia daqui enquanto ainda não perceberam. Saia daqui e nunca mais volte a ver minha família novamente.

– Mas eu preciso explicar.

– Eu não quero suas explicações! - Sua voz falhava e a vontade de chorar tomava conta dele. - Não quero saber de mais nada! Você mentiu para mim, mentiu para minha família! Saia daqui, Paulina, e nunca mais volte.

Paulina chorava mas sabia que se tentasse se explicar naquele momento, de nada adiantaria, e tudo poderia piorar. A única coisa que restou foi sair correndo daquela casa, sem dar explicações para ninguém. Omar a seguiu, e então Carlos Daniel saiu da sala, com raiva.

– Carlos Daniel, o que aconteceu? - Rodrigo perguntou parando o irmão antes que ele subisse as escadas. Estephanie e Willian chegaram logo depois acompanhados de Vovó Piedade, ninguém entendia nada o que estava acontecendo.

– Porque Paulina saiu correndo? - Vovó perguntou.

– O casamento está cancelado. - Ele disse com a voz tremula.

– O que? Mas como assim? - Patrícia perguntou.

– Como assim cancelado, Carlos Daniel? - Rodrigo perguntou confuso.

– Paulina tem outro. Ela é casada. Ela mentiu para todos nós.

Ninguém conseguia acreditar naquilo. Todos olharam abismados para Carlos Daniel, e antes que questionassem mais, Carlos Daniel subiu as escadas às pressas.

– Precisamos contar para ele toda a verdade. - Inês disse à Adeline.

– Não cabe a nós fazermos isso. Paulina irá fazer o que tem de fazer.

– Mas o que foi que aconteceu ali? Os convidados estão sem saber... - Lalinha se aproximou das duas.

– Uma grande injustiça, foi isso que aconteceu. - Adeline disse triste.



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POV CD

“Não posso acreditar que isso esteja acontecendo. Como ela foi capaz de me enganar por tanto tempo? Eu a amei... Não... Eu a amo. Eu a amo! Como ela pôde ser capaz de mentir para mim? Casada. Ela é casada. O tempo inteiro fui enganado, e só Deus sabe porque. Mas pra que ela mentiu para mim? Para roubar todo o dinheiro da minha família, talvez? Apenas por diversão? Não sei... E não pretendo saber. Não quero mais Paulina nem na minha vida, e nem na minha casa. Não quero ela se aproximando dos meus filhos, não quero ela em minha família novamente. Meu Deus! Por que isso tem que acontecer? Eu estava tão feliz. Eu confiei tanto nela. E agora, o que vou fazer? O que vou fazer com todo esse sentimento dentro de mim? Eu não posso continuar amando uma mentirosa. Não posso.”

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Paulina entrou no táxi em silêncio. Não havia dito uma palavra se quer, e nem queria fazer isso. Por que depois de tudo ela ainda aceitou voltar com ele? Porque sem o amor e o carinho de todos daquela família, ela não tinha mais nada a perder. Sua vida voltou a ser infeliz e incompleta novamente, e nada que ela tentasse ou pudesse fazer resolveria. O homem que ela amava estava odiando ela naquele momento, e nunca mais queria voltar a vê-la.

– Agora me diz, pra que tudo isso? - Omar perguntou. - Por que fugir de mim? Por que ficar escondida por mais de um ano? O que você ganhou com isso? Agora está aí, amargurada, triste... - Ele se aproximou. Paulina se mexeu incomodada com o toque dele. - Eu sei que fiz errado, e não sabe o quanto chorei quando acordei pela manhã e vi a cama vazia e o guarda roupas revirado. Te procurei em todos os lugares, mas só agora te encontrei.

– Como você me encontrou? - Perguntou friamente.

– Isso não vem ao caso agora. Estamos juntos de novo, e é isso que importa.

– Não, Omar! Não estamos juntos de novo. Amanhã pela manhã buscarei minhas coisas na casa dos Bracho e vou viver minha vida.

– E com quem vai viver sua vida? Está sozinha! Aquela gente não te quer de volta!

– Não me importa se estou sozinha. A última coisa que farei é voltar a ficar com você.

– Mas eu sou o seu marido!

– Para de dizer isso! Você não é o meu marido! Não somos casados!

– Mas é como se fossemos!

– Não! Isso faz muito tempo, e eu já me livrei de você. Eu não te amo, Omar, eu amo outra pessoa! E mesmo que ele não queira ficar comigo, você não me terá de volta, nunca mais!

Ela desceu do táxi e fechou o seu casaco por causa do frio.

– E para onde você vai? - Omar gritou enquanto ela se afastava. - Você não tem nada, Paulina! Você está sozinha!

Ela não respondeu. Continuou andando sem rumo.

– Hey, algum problema? - O taxista perguntou.

– Você ainda será minha de novo, Paulina... Nem que eu tenha que forçá-la a isso.

Não importava se fosse passar frio ou se fosse passar a noite na rua. Ela só não queria ficar ao lado daquele homem asqueroso. Não parava de pensar em como a família Bracho estaria naquele momento. Vovó deveria estar decepcionada com ela, igual aos outros. Mas o que mais lhe doía era pensar em Carlos Daniel e nas crianças. Como as crianças reagiriam a falta dela? O que Carlos Daniel diria à eles? Será que ele a odiava tanto a ponto de nunca mais querer vê-la mesmo? Talvez sim. Ela não tinha mais vontade de explicar tudo o que aconteceu. Ele não lhe deu tempo para explicar, mas Paulina não o culpava. Com certeza foi um choque receber a notícia daquela maneira.

Paulina sentou-se na escadaria da igreja e chorou. Chorou como não chorava a muito tempo. Chorou colocando todo o seu sofrimento e angústia para fora do corpo.

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No dia seguinte, a casa dos Bracho não era a mesma. Estava silenciosa, sem vida e sem felicidade. Ninguém se atreveu a tocar no nome de Paulina durante o café, principalmente por Carlos Daniel estar de cara fechada e sem dizer mais do que duas palavras. Vovó Piedade sabia que aquela história estava muito mal contada, mas sabia também que deveria esperar a poeira abaixar para tocar naquele assunto.

– Onde está a Paulina? - Lizete perguntou. Todos continuaram em silêncio, sem saber o que falar.

– Ela saiu ontem e não voltou mais, papai. Onde ela está? - Carlinhos perguntou.

– Ela não vai mais voltar.

– O que? Por que?

– Porque não. E não vamos mais tocar nesse assunto. - Respondeu friamente.

– Com licença... - Lalinha apareceu na sala. - Paulina está aqui. Veio buscar suas coisas.

Carlos Daniel se levantou imediatamente, indo até a sala. Todos foram atrás dele, sem saber o que ele faria com a raiva tomando conta de seu corpo. Paulina estava com a mesma roupa da noite anterior, e parecia um pouco pálida.

– O que está fazendo aqui? - Carlos Daniel perguntou com raiva. - Eu disse para não voltar mais aqui.

– Vim buscar minhas coisas. - Respondeu no mesmo tom que ele.

– Ótimo. Pegue-as e saia daqui.

– Paulina! - Lizete e Carlinhos correram até ela, mas Carlos Daniel os segurou.

– Não quero que chegue perto dos meus filhos.

– Carlos Daniel, o que é isso?! - Vovó apareceu. - Não a trate desse jeito.

– Ela é uma mentirosa, Vovó! Não posso permitir que fique em minha casa e muito menos perto dos meus filhos.

– Pois essa casa também é minha!

– A Senhora vai permitir que uma mentirosa fique em nossa casa?

– Tenho certeza que Paulina tem uma explicação para tudo isso, não é mesmo?

– Tenho sim, Vovó Piedade, mas não acho que é necessária nesse momento. Carlos Daniel não me permitiu explicar ontem, e tenho certeza que não irá querer me ouvir hoje.

– Tem toda a razão. Não estou interessado em saber mais nada de você.

– Ótimo! Não preciso que me escute. - Ela olhou para vovó e para Estephanie. - Eu só quero me desculpar por todo o mal entendido que causei a vocês.

– Mas Paulina...

– Não, Vovó Piedade. Meu lugar não é aqui, e nunca foi.

– Eu devia imaginar que você era bondosa demais. - Estephanie disse cruzando os braços.

– Sinto muito, Estephanie, mas tudo o que fiz por vocês foi sincero. Gosto muito de todos vocês, e não pretendia magoá-los.

– Poupe-me das suas falsas desculpas. - Carlos Daniel disse. - Pegue suas coisas e saia da nossa casa. Já nos causou sofrimento demais.

– Sinto muito que pense assim, Carlos Daniel. - Ela suspirou segurando as lágrimas e tentando parecer forte. Tirou o anel de noivado de seu dedo e o entregou para Carlos Daniel. - Creio que não preciso mais disso. - Dizendo isso, subiu as escadas, deixando todos cheios de perguntas.

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POV Paulina

“Eu sabia que isso poderia acontecer, mas não imaginava que ia doer tanto. Vovó Piedade, Adeline e Lalinha eram as únicas que acreditavam que tudo era um mal entendido, mas eu não me explicaria naquele momento. Carlos Daniel estava dominado pela mágoa e pelo rancor, e só Deus sabe se um dia ele chegaria a me perdoar e ao menos tentar me entender. Peguei minhas coisas e logo depois fui embora. Me despedi apenas dos que continuavam ao meu lado. Não tive coragem de me despedir das crianças, até porque eu não conseguiria explicar o porque da minha saída repentina da casa. Vovó Piedade insistiu em me dar algum dinheiro para que eu pudesse alugar um quarto de hotel até conseguir achar outro emprego, e em troca eu a visitaria todas as tardes quando as crianças não estivessem, e principalmente quando Carlos Daniel ainda estivesse na fábrica. Meu Deus! Será que isso um dia vai passar? Essa dor que estou sentindo... Será que eu nunca serei realmente feliz?”

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– Vovó, isso não tem o menor cabimento! - Carlos Daniel andava de um lado para o outro. - Não podemos fazer isso!

– Não só podem como vão fazer! - Vovó suspirou. - Não se esqueçam que apesar de velha, eu ainda sou a dona da fábrica e a dona dessa casa. Por respeito a você, Carlos Daniel, eu não pedi para que Paulina continuasse na casa, até porque você precisa de um tempo para colocar as coisas no lugar e se acalmar. Quem sabe assim você procure saber realmente o que aconteceu?

– Não existe explicação para o que ela fez. - Carlos Daniel disse bravo. - E eu não estou interessado em saber. Já disse que aqui nessa casa, sai ela ou eu saio.

– Está bem, isso eu já entendi! - Respondeu impaciente. - Mas não pense que isso irá durar por muito tempo. Paulina largou tudo o que tinha na outra cidade...

– ...inclusive o marido... - Leda resmungou no outro canto da sala.

– Sinceramente, não sei porque ainda está aqui, Leda.

– Eu também sou da família, vovó. Também estou passando pela dor que vocês estão passando e principalmente Carlos Daniel. - Ela o olhou passando a mão em seu ombro descaradamente.

– Independente de quem ela deixou... - Vovó a fuzilou com os olhos. - … ela não tem um lugar para ir. Por sorte aceitou o dinheiro que eu lhe dei para que alugasse um quarto em um hotel.

– Essa conversa não tem nenhum sentido para mim! - Disse Carlos Daniel. - Não vou continuar presenciando o mal que essa mulher causou e ainda está causando em nossa família! Vovó, a Senhora pode estar cega para enxergar o mal que a Paulina é, mas eu não. Agora com licença, preciso ir para a fábrica. - Batendo os pés, ele se retirou da sala. Leda o seguiu, para o alívio de vovó.

Vovó Piedade respirou fundo e então olhou para Rodrigo, que permanecia em silêncio todo o tempo.

– Você é diferente do seu irmão, não é? Sempre foi... Sei que apesar de não dizer uma palavra, você no fundo acredita que ela é inocente. Assim como eu.

– Não sei de mais nada, vovó. - Ele se levantou indo em sua direção. - Eu realmente quero acreditar que Paulina tem seus motivos para esconder tudo isso, mas não posso evitar de concordar com meu irmão. Foi um perigo para toda a nossa família e principalmente para as crianças. Eu sabia que Carlos Daniel estava se precipitando com esse casamento e com toda essa relação com ela. Afinal, ele não sabia praticamente nada do seu passado, e olha só o que aconteceu. Mas sei que ele fez isso por amor, e apesar de estar amargurado e irritado, ele, com certeza, ainda a ama.

– Então, você concorda que ela tem que continuar trabalhando na fábrica, não é? - Ela sorriu.

– Bem... Ela precisa de um emprego não é? Já que não poderá mais trabalhar com as crianças, ao menos na fábrica ela poderá se sustentar.

– E você vai me ajudar?

– Não sei... Não sei se Carlos Daniel vai querer ouvir o que ela tem a dizer, e sinceramente não sei se ela ainda tem vontade de contar, depois de tudo o que ele disse.

– Paulina é uma boa pessoa, ela entenderá que tudo foi um momento de raiva.

– Eu espero que tudo se resolva. Bem... Vou para a fábrica também. - Ele beijou sua avó no rosto e depois beijou Patrícia. - Vejo vocês mais tarde.

Apenas as mulheres ocuparam a sala. Todas ficaram em silêncio, apesar de cada uma saber exatamente o que queriam dizer naquele momento.

– Onde está seu marido, Estephanie? - Vovó perguntou.

Estephanie não respondeu, como sempre. Vovó não costumava fazer aquele tipo de pergunta, até porque ela sabia que ele nunca estava em casa, e sabe-se la onde estava.

– Está querendo me atingir, vovó? - Estephanie cruzou os braços.

– Eu? Claro que não...

– Então por que está perguntando onde Willi está?

– Eu só estou estranhando que ele está sempre conseguindo dinheiro mas nunca mencionou um trabalho...

– Já disse que ele faz alguns bicos por aí.

– Que tipo de bicos?

– Francamente, vovó Piedade, acho que meu irmão tem razão. Essa mulher além de estragar nossas vidas fez uma lavagem cerebral na senhora.

– Tem certeza que ela acabou com sua vida? - Vovó riu sarcasticamente. - Minha querida, olhe-se no espelho. Se isso é ter uma vida destruída...

Estephanie inevitavelmente virou-se para o espelho. Olhou para seus cabelos loiros caídos delicadamente nos ombros. Seu rosto branco com bochechas suavemente rosadas, e uma leve sombra nos olhos destacava a cor verde dos mesmos. Nem em seus maiores sonhos Estephanie imaginava que pudesse ficar tão bonita, e tudo isso, graças à Paulina.

– Eu... Eu vou para os meus aposentos. Com licença. - Ela virou-se, deixando apenas Patrícia e Adeline fazendo companhia para vovó Piedade.

– Está tão calada, Patrícia.

– Eu prefiro não me meter nesses assuntos, vovó.

– Mas você também é da família.

– Sim, mas... Bom... A senhora sabe que pensamos do mesmo modo. Creio que Paulina tem uma ótima explicação para tudo o que aconteceu. Não acredito que ela seja tudo o que Carlos Daniel diz.

– Por sorte, alguém que pensa como eu! - Exclamou animada. - Vê só, Adeline? Nós sabemos enxergar a bondade nas pessoas certas.

– Sim, dona Piedade - Adeline sorriu forçadamente.

– Está estranha, Adeline. Desde o acontecimento...

– É apenas impressão...

– Não... Você está mais calada... Tem algo que queira me contar?

Adeline fez um momento de pausa, mas logo depois sorriu.

– Não senhora... Nada.

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– Isso é um absurdo, Rodrigo! - Carlos Daniel andava de um lado para o outro. - Não posso permitir que aquela... aquela...

– Carlos Daniel!

– Que aquela mulher permaneça na fábrica!

– Temos que admitir que apesar de tudo ela nos ajuda bastante por aqui. Meu irmão... - Ele se aproximou e segurou nos ombros tensos de Carlos Daniel. - Você está cego pelo ódio.

– E como queria que eu estivesse, Rodrigo?

– Eu entendo que está passando por uma situação difícil, mas tente fazer isso pela vovó. Ela acredita que Paulina tem uma ótima explicação para isso e...

– Até você, Rodrigo? - Ele saiu andando pela sala, nervoso. - Até você quer que eu acredite que ela tenha algo a mais para me contar?

– Você poderia ao menos dar uma chance a ela. Se não quiser dizer nada, não diga, apenas escute.

– E como irei acreditar nela? Como saberei que ela não mentirá apenas para roubar o dinheiro da nossa família?

– Porque ela nunca aceitou nada que viesse diretamente de você, além do seu amor. Inclusive ela devolveu o anel de noivado.

Carlos Daniel ficou em silêncio.

– Não estou defendendo ela, e não estou querendo ficar contra você. Mas você precisa pensar, irmão! Precisa pensar que se Paulina tivesse planejando te dar um golpe, ela não teria se dado tão bem com seus filhos, não teria feito todas aquelas coisas boas para nossa família, e principalmente não teria se apaixonado por você.

– Não temos como saber se o amor dela era verdadeiro.

– Mas é claro que tem! Uma mulher que não te ama não aceitaria ficar longe de você e de todos nós, depois de tudo pelo que passou. Ela teria imediatamente tentando reverter a situação para que continuasse na casa, e para que continuasse com você. Mas a única coisa que ela fez foi aceitar ir embora.

– Está me confundindo, Rodrigo! - Colocou as mãos em sua cabeça e fechou os olhos.

– Me desculpe, estou apenas tentando fazer com que você pare um pouco para pensar, e deixe um pouco todo esse ódio de lado.

– Isso é impossível! Não sei se um dia deixarei de sentir toda essa dor que estou sentindo. Laura me deixou de repente, inesperadamente. Mas Paulina fez muito pior. Me diz, Rodrigo... Como eu posso não me machucar sendo que fui traído pela mulher que eu amo?

Rodrigo ficou em silencio, apenas encarando Carlos Daniel. Depois que percebeu que disse “A mulher que eu amo”, ele suspirou e sentou-se pesadamente em sua cadeira. Pegou o anel de noivado que estava em seu bolso e parecia que todo aquele ódio que ele estava sentindo até pouco tempo estava desaparecendo.

– Talvez seja esse o problema... Meu Deus! Eu ainda a amo. Com todas as minhas forças.


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