Desde a Terceira Série. escrita por Lana Banana


Capítulo 1
Único Capítulo - Shortfic


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como minha amiga é muito fã de Teen Wolf, ela pediu pra eu dedicar uma short pra ela com seu personagem preferido (que era pra ser surpresa, masss). Espero que leiam, que gostem e que recomendem para os amiguinhos (ah, e que comentem também!). Obrigada, gatos e gatas. Beijos.



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Muito bem. Até três. Um, dois, três.

Viu? Nem é tão difícil.

Conta de novo. Um, dois, três.

Agora respira. Pronto.

Agora sai dessa merda de banheiro e encara.

Uma última conferida, e... Boa. Vou sair.

Abri a porta e me deparei com ele ainda deitado ali. Sua silhueta estava esparramada em meio aos meus lençóis verde-água. Os olhos repousavam fechados, suas pálpebras tremendo num ritmo frenético e sua boca estava entreaberta, o que indicava que ele estava mergulhado no mais profundo sono.

Soltei o ar com força e chacoalhei os cabelos, encarando o inevitável.

Mais uma vez, virgem.

Coloquei uma camiseta antiga e uma calça de moletom confortável, cobri o corpo seminu dele com o cobertor e desci as escadas até o sofá, deixando a porta entreaberta.

Estava pensando nele quando adormeci.

***

- Nora, filha. Acorde. Já estamos tirando o café da mesa.

Lutei contra o sol que entrava da janela mirando diretamente meus olhos sonolentos e espreguicei-me durante alguns minutos. “Eu preciso parar de beber”, foi meu primeiro pensamento ao sentar no sofá. O segundo foi “Caralho, como as minhas costas doem”.

Arrastei-me até a mesa da varanda, onde o café da manhã estava sendo servido. Sentados à mesa retangular de madeira estavam meus pais, meu irmão mais velho, Kyle, e... Outra pessoa.

Corri para dentro antes que qualquer um deles me visse. Principalmente, antes que ele me visse. Subi correndo as escadas brancas de mármore que levavam à porta marfim de meu quarto. Entrei correndo, fechei a porta e corri até a suíte, mirando-me no espelho.

Deus, como eu parecia a Lindsay Lohan depois de ser presa.

Os cabelos curtos, ruivos, espetados com cachos para todos os lados, dando aquela sensação de que algo venenoso morava ali dentro, os olhos inchados, esbranquiçados e sujos, a boca melada e o rosto marcado pela almofada do sofá.

Tudo plenamente possível de ser concertado em alguns minutos, antes que minha mãe desse por minha falta e resolvesse subir para me buscar. Menos a maldita da marca do sofá na minha bochecha esquerda.

Arrumei o cabelo, lavei o rosto, escovei os dentes e... Esfreguei o rosto com todas as minhas forças para tentar tirar o diabo da marca de sofá. Sem sucesso, mandei tudo ao espaço e desci, brava, do jeito que estava.

“Ele é meu melhor amigo”, pensei. “Sou apaixonada por ele desde a terceira série, mas ele continua meu melhor amigo”.

Passei pela porta da varanda tão rápida e letal quanto um rastejante, sentando-me a mesa no lado mais distante possível dele. Minha mente vagando para nossos momentos constrangedores da noite passada que eu gostaria de esquecer a partir do momento que eles aconteceram. Ele conversava animadamente com meus pais, que já o recebiam como um filho. “Ele é um ótimo partido”, minha mãe dizia. É, mãe, eu acho que já percebi.

Fiz-me calada durante todo o processo de sentar à mesa, pegar um pão, parti-lo e comê-lo em pedaços pequenos depois. O mesmo se repetiu com o processo de pegar café. Até que ele quis café.

- Olhem só! Bom dia, princesa!

Dei um sorriso amarelo, lembrando de quão diferente o “princesa” dele soou na noite passada.

Cumprimentei todos à mesa e levantei para pegar suco na geladeira da cozinha (mentira).

Chegando na cozinha, eu escutei um ranger de cadeiras e, naquela hora, éramos eu e Deus tendo uma conversa séria.

Que... Não adiantou em nada, pois ele me aparece na porta da cozinha, com aquele sorriso sarcástico, olhos castanhos brincalhões e um olhar sugestivo.

- Noite divertida ontem, hein?

Querido Deus, quando eu digo que NÃO quero que ele apareça, não significa SIM. Obrigada.

- Uh, divertidíssima.

Peguei o suco da geladeira, tentando entrar dentro dela e esconder-me para sempre.

- Nora, será que se importa se eu perguntar... Como vim parar aqui? – ele riu e eu fiquei paralisada. Será? Será que ainda existia esperança? – Eu não lembro de absolutamente nada depois da festa.

- Você não se lembra? De nada? Nadinha?

Ele riu, envergonhado, encarando as mãos e brincando com os dedos longos.

- Não, na verdade.

Respirei, tão aliviada que minhas pernas fraquejaram. Ele não se lembrava. Aquela noite seria pra sempre, mais um fardo que apenas eu carregaria.

- Ah, você tava tão bêbado que eu pensei que nunca dirigiria de modo seguro até a sua casa. Então, como estava indo embora, te dei uma carona. Você chegou em casa ainda acordado, mas quando deitou na cama, apagou quase que simultaneamente. Coisa de louco.

Ele riu de forma dissimulada, e chegou mais perto de mim, dando um tapinha no meu braço.

- Essa é a minha Eleonora. Sempre a mais responsável.

Coloquei suco no copo e bebi, ainda tremendo um pouco.

- Alguém tem que ser, né?

Nós terminamos de comer e subimos para o meu quarto, onde passamos o resto do domingo fazendo o que fazíamos de costume. Ouvíamos música, assistíamos à algum filme ridículo que ele sempre escolhia no Netflix e fumávamos maconha no quintal, quando a empregada ia embora.

Estávamos sentados envoltos em uma onda de fumaça quando ele tocou a minha mão.

- Nora, posso te perguntar algo... chato?

Olhei para ele, sem conseguir ver o que se passava naquela cabeça através dos olhinhos vidrados e acenei.

- Eu te beijei ontem à noite, não beijei?

Meu coração gelou. Na verdade, tudo em mim gelou. Meus pés, minhas mãos, minha barriga. Todo o meu organismo explodindo de reações químicas que eu não conseguia evitar. Eu não conseguiria mentir para ele. Mas eu tinha. Pela nossa amizade.

- Não. Tá tão louco assim?

Ele riu daquele jeito que eu tanto amava, e percebi que ele não largara da minha mão ainda.

- Não mesmo? Por que eu juro que...

- É sério. Não beijou mesmo.

Ele continuou me encarando, com aquele meio sorriso nos lábios.

- Que merda. – ele falou, olhando através de mim.

- É... Que merda. – eu “deixei” escapar, fazendo ele arregalar os olhos castanhos.

Senti minhas bochechas corando e abaixei o olhar, olhando para meus pés imersos na água da piscina.

- Eu acho que não quero mais ser só seu amigo, Srta. Weismann.

- Você não sabe disso.

- Sei sim.

- Não sabe não.

- Você sabe que eu quero. Faz muito tempo.

- Não faz isso.

- Nós... fizemos ontem à noite, não fizemos?

- Sim.

- AH, DROGA! CARA, COMO ASSIM EU NÃO ME LEMBRO?

Caí na gargalhada e dei-lhe um tapinha na cara, deixando-o perplexo.

- Não, seu bobo. Nós não fizemos. Você me beijou, deitamos na cama, mas quando eu fui pro banheiro procurar camisinha, você apagou. Satisfeito?

Levantei para jogar o cigarro fora, mas ele foi mais rápido. Agarrou-me pela cintura e estalou-me um beijo nos lábios. Olhei para ele, incrédula.

- Eu gosto de você. – ele sussurrou junto aos meus lábios.

- Não gosta não. – sussurrei de volta e ele riu.

- Eu gosto de você há muito tempo. Mas não a mais tempo do que você gosta de mim.

Encarei seus olhos e me afastei. Então... Ele sabia? Esse tempo todo, ele sabia de tudo?

- Você não é uma boa mentirosa, Nora. Além do mais, você cora toda vez que eu te toco em certos lugares, e você sorri todas as vezes que eu te chamo de “princesa”.

- Seu grandessíssimo filho da puta! – exclamei. – Você sabia... Esse tempo todo, você sabia! E nunca fez nada? Nunca falou nada?

- Eu tinha medo de te machucar.

- Bobagem!

- Tinha, sim!

- Cala a boca!

Ele me agarrou pela cintura.

- Eu amo quando você fica brava.

- Me beija de novo, porra.

Ele me beijou com tanta força e vontade que o ar foi expelido dos meus pulmões.

Quase que instantaneamente, estávamos esbarrando nas janelas, paredes, tudo em nosso caminho até a escada, onde subimos correndo até o meu quarto, ou melhor, até a cama.

Tiramos nossas roupas, envoltos em pura paixão desenfreada, quando ele me olhou e disse:

- Eu quero fazer amor com você, Srta. Weismann.

- Então, é melhor começarmos logo, Sr. Stilinski.

Ele sorriu daquele jeito que eu tanto amava, e me beijou apaixonadamente.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar aqui embaixo! Beijãaao



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