— JACOB LUKERMAN SEU IDIOTA! — Dei uma risada gostosa assim que abri a porta do seu carro. — Você é louco? Se descobrirem eu estou fodida. Alias ESTAREMOS fodidos!

— Ah... Cala a boca sua chata! — Ele sorriu de lado e deixou a mostra aqueles lindos dentes branquíssimos. — Eu nem sei por que você está reclamando. EU te salvei da aula de matemática II.

— Jake... Você sabe MUITO bem que eu amo matemática II, poxa vida. — Ele me olhou com cara de entediado. Deu partida no carro e então seguimos para sua casa.

[...]

— Ei Lisa, você pode ligar pra loja de bebidas e pedir pra eles não se esquecerem de entregar as cervejas aqui em casa daqui à meia hora? — ele me olhou suplicante.

— O que eu não faço por você hein Jake? — Fui até a escrivaninha onde se encontrava o telefone. — Ei Jake, onde está o numero da distribuidora? — Gritei.

— Ah é! Está no meu quarto, naquela agendinha verzul. — Ele gritou de volta.

— Tudo bem! E NÃO É VERZUL SEU RETARDADO. É VERDE PETRONEO! Vou ter que repetir isso quantas vezes mais? — Subi para seu quarto rindo.

Ao chegar lá procurei sua agendinha na escrivaninha e não estava. Geralmente se ela não está na escrivaninha da sala, nem na escrivaninha do seu quarto, ela fica embaixo do travesseiro e... O QUE ERA AQUILO????? Eu.. eu... eu não sabia distinguir o que era aquilo. Era um microfio dental de cor vermelha e rendado na frente. Uma pequena pontinha de ciúme ou alguma coisa invadiu a minha alma naquele instante. De quem era diabos aquela calcinha? Aff! Deve ser de mais um dos rolinhos do Jake, deve ser. Alias, porque é que eu estou me importando com isso? Devolvi a calcinha pro seu devido lugar... Devido mais ou menos até porque na realidade essa calcinha não devia ter saído do corpinho da sua dona. ESSA CALCINHA NÃO DEVIA ESTAR AQUI! Peguei a agendinha ‘verzul’ e liguei para a distribuidora que prometeu pontualidade.

Passamos a manhã e à tarde quase inteira falando besteiras e resolvendo as coisas da festa, mas aquela calcinha, aquela maldita calcinha não saía da minha cabeça.

— Então Jake, me conte das suas namoradinhas. — Disse num tom irônico seguido de um meio sorriso.

— Está de sacanagem comigo? Você sabe que eu não tenho “Namoradinhas” — Ele disse rindo. E depois parou para me observar. Tentei rapidamente mudar de expressão, mas... Parece que não deu. — Pera ai. VOCÊ ESTÁ COM CIUME DE MIM? — Ele gargalhou gostoso.

— Ciúme de você? Eu? Claro que não HAHAHA

— VOCÊ ‘TÁ MORRENDO DE CIUME MELISSA! Eu sei que está. Eu te conheço. Conheço essa expressão... — Ele sorriu pra mim como quem diz “Eu sei que estou certo”. Olhei pra ele com desdém.

— Eu não estou com ciúme.

— Está sim. E eu sei por quê. Quando você foi pegar a agendinha embaixo do meu travesseiro encontrou a calcinha vermelha da Megan não foi?

— Calcinha? Que calcinha? — Tentei disfarçar, mas foi em vão.

— Não se faça de boba Melissa. Eu te conheço. Você está morrendo de ciúme dela! HAHAHAH. Você sabe que não precisa disso né? — Ele me deu um soco leve no braço seguido de um beijo na bochecha. Idiota.

A Casa do Jake era a mais ou menos meia quadra da minha. Quando terminamos de arrumar a casa dele para a festa resolvi ir embora para me embelezar para festa. Na verdade eu estava na maior preguiça de ir pra essa festa. Deitei na minha cama, fechei meus olhos e passei alguns minutos pensando em coisas aleatórias.

[...]