Ironias escrita por black rose


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

E aê, galerinha!!!! Segunda oneshot do dia!!!! ^---^ !!! Agora vou lá postar a terceira!!! ( Incertezas ) !!! E se não leram a primeira, "Give me love", leiam!!



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“Ironia. Uma palavrinha nojenta com um significado cretino, que algum filho da puta inventou única e exclusivamente para ferrar com a minha vida!” – era o que pensava Izaya enquanto atravessava a cidade a pé no meio do que parecia ser o início de um dilúvio de tanto que chovia.

A ironia? Ele nunca acreditou muito em previsões do tempo, afinal, eram apenas previsões; também não era de assistir noticiários pela tv, preferia acompanhar as notícias pela internet que era um meio bem mais rápido, mas naquele dia estava tão inquieto e buscando desesperadamente qualquer coisa que o distraísse de certos pensamentos que acabou por ligar a tv e justamente o que estava passando era a previsão do tempo, que dizia que o dia seria totalmente ensolarado, sem qualquer risco de chuva. Tsk! Ignorou a lógica e o fato de estarem em plena época de chuvas e saiu tranquilamente sob o céu azul sem nenhuma nuvem... Apenas para ser pego de surpresa por uma chuva torrencial vinda do nada, exatamente na metade do caminho entre o seu apartamento e o seu local de destino. E o fato de aquele dia ser justamente o aniversário da cidade, único dia do ano em que nenhum estabelecimento comercial ficava aberto à tarde por que todos iam assistir ao desfile na rua principal, que era bem longe de onde estava agora, era uma puta ironia.

Ironia também era o fato de estar entrando justamente naquele prédio de segunda categoria que não tinha nem elevador, apenas uma semana depois de ter dito com todas as letras que não voltaria mais ali.

Ironia era estar inseguro e nervoso, passando por cima do próprio orgulho ao ir até ali por conta de um mero sentimento. Um sentimento humano. Justo ele, que sempre achou estar acima desse tipo de coisa.

Ironia era ter aquele sentimento humano justamente por ele, que definitivamente não era humano – pelo menos não como os outros – e com quem já havia trocado inúmeras ofensas, ameaças e juras de ódio eterno.

Irônico também era o fato dele, sempre tão dissimulado e seguro de seus atos, ter hesitado por um instante antes de apertar a campainha e durante os breves segundos de espera, ter tido o impulso covarde de dar as costas e simplesmente ir embora. Mas não foi.

Irônico também era ter ficado sem palavras quando a porta foi aberta e se viu encarado pelos intensos olhos dele, que pareciam queimá-lo até a alma.

– E-Eu... – mordeu fortemente o lábio inferior, se amaldiçoando em pensamentos por ter gaguejado. Respirou fundo e começou de novo – Eu... também te amo.

Ironicamente, não se sentiu mal, vulnerável ou fraco por ter dito aquilo. Na verdade, se sentiu mais leve por admitir em voz alta algo que já sabia há muito tempo, mas se negava a admitir até para si mesmo.

Ironicamente, ele, o informante sem escrúpulos, sorrisos cínicos e palavras sarcásticas, corou quando a mão grande e calejada tocou seu rosto em uma carícia suave antes de os lábios quentes e macios juntarem-se aos seus.

E sem dúvidas, a maior de todas as ironias, era se dar conta de que tudo o que ele precisava era ser amado.

E ironicamente – ou não – ele era.


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Notas finais do capítulo

Comentários, ok!? ò.ó E depois vão lá ler a terceira oneshot!!! >.o !!!!