Doce Inverno escrita por Luana Araújo


Capítulo 1
Doce Inverno


Notas iniciais do capítulo

Mais um romance Yaoi, com casal do Exo.
Dedicado a minha maninha linda, Brbara Emanuelle ♥
HunHan.



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Aquela viagem era um incomodo, e Sehun não se conformava em ter de deixar a sua cidade e seus amigos e ir para um lugar que nevava 365 dias no ano. De todas as coisas que ele menos gostava, estava no topo viajar, e ficava ainda pior pelo frio. Mas ele tinha que ir, tinha que deixar sua família feliz, pois eles sim amavam ir para aquele lugar no fim do mundo.

“Sehun venha! Já estamos indo.”

A gentil mãe de Sehun o chamou. Ele encheu a boca de ar e fez bico. Passou pelo espelho e ajeitou seu cabelo colorido, com as cores do arco-íris, pegou sua mochila, que estava especialmente “estufada” de tantos gibis, cds, e livros que levava.

Eles viajariam por dez horas, incluindo o voo, e depois teriam que pegar uma longa e tortuosa estrada até chegar ao destino, à velha casa da família, onde seus avós moravam.

“Você cresceu meu pequeno Sehun.”

Sua doce avó o acariciava o rosto.

“Mas que cabelo é esse?”

Seu avô o abraçou com força.

Eles eram as pessoas mais adoráveis do mundo, mas podiam morar em um lugar muito melhor que aquele.

Sehun não era um garoto orgulhoso, ele era doce e gentil, gostava de ter as pessoas que amava sempre por perto, nunca abandonava um amigo e era um bom humano, em vários aspectos. Mas havia algo naquele lugar que sempre o incomodava, principalmente depois de uma noite assustadora que passou perdido na floresta ao lado da casa dos avós. Ele ainda era criança, por volta de 10 anos atrás, ele estava tão entediado que resolveu se aventurar pela redondeza, mas algo ou alguém o assustou e ele saiu correndo floresta dentro, ficando perdido por horas, com medo, muito medo. Mas daquele dia ele tem uma boa lembrança, curta de fato, e quase uma fumaça em sua mente, de um garoto de olhos atentos e cabelos acobreados que o encontra na mata, com a ajuda do pai que era guarda. Sehun não sabia o nome do garoto, e mal pode ver seu rosto, pois estava muito assustado, mas ele gostaria muito de reencontrar seu herói.

Voltando para sua atual realidade, Sehun se deitou na cama macia e cheirosa do quarto que fora feito especialmente para ele. Ainda havia alguns brinquedos lá, e pôsteres de cantores que ele não gostava mais.

Alguns minutos depois ele estava debruçado sob a janela olhando para o céu, ouvindo sua playlist dos melhores grupos da Coreia, pensando em como aquelas férias seriam longas e o que poderia fazer para se distrair em uma cidade tão pequena.

Três dias se passaram desde sua chegada, e Sehun mal colocava os pés para fora de casa, naquela manhã de sábado ele decidiu que seria diferente. Agasalhou-se o máximo possível e calçou suas botas, comeu uma maça e saiu sem que ninguém o notasse.

Ele ainda se lembrava dos seus lugares favoritos, os menos piores, ele costumava dizer. Com poucos minutos ele chegou ao lago congelado, que por um milagre, não estava congelado, e uma grama verde que começava a tomar vida.

“Conheço um lago dez vezes melhor que esse.”

Um garoto surgiu por de trás de Sehun.

“Deve ser turista, sou Luhan.”

O garoto de olhos marcantes ofereceu a mão, e Sehun apertou por educação.

“Você costuma se apresentar para todos os turistas?”

Sehun zombou.

“Só para aqueles que me interessam. “

Luhan piscou e se sentou ao lado de Sehun, que sentia o rosto corar, era a primeira vez que estava sendo flertado por um garoto, apesar de sua opção sexual já ser bem definida. Desde seus 9 anos, Sehun sabia que gostava mais de meninos do que de meninas.

“Já me apresentei, agora é sua vez.”

Luhan o cobrou.

“Não me apresento para estranhos.”

“Então você não faz amigos?”

Sehun revirou os olhos e riu.

“Tudo bem, você venceu. Me chamo Sehun.”

Luhan sorriu de lado.

“Belo nome.”

De cara Sehun já percebera que tipo de cara era Luhan, aqueles que se acham os bambambãs e conseguem “pegar” quem quiserem, mas Sehun não daria esse gosto, apesar de ter que confessar, o garoto de lábios modelados era muito bonito.

“Obrigado.”

Sehun disse se levantando.

“Ah! Qual é turista? Não vai embora agora, vai?”

“Você pode tentar com outro turista, eu tenho planos de curtir minha solidão. Valeu.”

Sehun continuou a andar, mas Luhan o seguiu.

“Você é muito arredio, eu te prometo que se tentar me conhecer um pouco mais não vai se arrepender.”

Sehun parou no meio do caminho e encarou o garoto que estava quase suplicante, ele não pode negar. E não se arrependeu.

Durante todo o mês Sehun e Luhan se encontraram e construíram uma boa amizade, Luhan era um viciado por videogames, e Sehun aprendeu alguns truques de futebol. Eles deram boas risadas, e até choraram juntos, quando Luhan contou sobre a perda de sua família, e Sehun da perda de sua irmã.

Mas os dois teriam que se despedir em breve. Sehun não podia acreditar no quanto estava apegado a Luhan, e não queria se despedir dele, não queria ficar longe dele. E no fundo sabia que queria muito mais de Luhan.

“Você não pode ir embora.”

Luhan disse cabisbaixo.

“Eu não queria ir, mas minha vida está lá.”

Sehun disse com pesar.

“Eu queria ser sua vida.”

Luhan disse, ainda de cabeça baixa, mas agora segurava firme a mão de Sehun.

“Por favor, não torne as coisas mais difíceis... Eu... Nós não podíamos estar tão envolvidos, nós já sabíamos que esse dia chegaria.”

Sehun sentia o coração apertar a cada palavra dura que dizia, pois ele só queria se entregar nos braços de Luhan.

“Eu sonho com você desde quando eu era um garoto.”

Luhan disse, fazendo Sehun se perder dentro de si.

“Fui eu quem te encontrou na floresta, dez anos atrás, e desde aquele dia eu não consigo tirar você dos meus sonhos. Fiquei esperando por você, e me perguntando porque você parecia um anjo pra mim.”

Luhan continuou. E pronto Sehun estava decidido a nunca mais se separar daquele garoto. Ele deixaria tudo por ele, porque ele sonhou com esse momento a vida toda, enquanto Sehun mal se lembrava do seu rosto.

Sehun abraçou Luhan e secou as lágrimas do rosto do garoto, enquanto se esforçava para não chorar também, e com toda paixão que o momento pedia Sehun beijou os lábios molhados e salgados de Luhan. Luhan o abraçou com força, apertando sua cintura contra a de Sehun, segurando a nunca do rapaz, que estava entregue em seus braços.

O amor deles era doce, e aquecia o inverno. Se você tem dúvidas de que Sehun ficaria ou não com Luhan, pode extermina-las, pois o jovem rapaz se mudou para a cidade uma semana depois, seus avós o receberam com alegria, e sua família aceitou sua escolha, pois sabiam o quanto o garoto estava feliz e realizado.

A cidade que antes o causava repulsa era agora seu paraíso, com a pessoa que o amou desde o primeiro momento em que se viram, e conseguiu realizar seu sonho de reencontra-lo.

Sehun e Luhan, viveram um doce inverno e um futuro de sol.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!



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