A Batalha de Panteões escrita por Julius Brenig


Capítulo 3
E que os jogos comecem


Notas iniciais do capítulo

Olá mortais! Ansiosos pelo capitulo? Então vão ler cambada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520936/chapter/3

No dia seguinte eu acordei relativamente cedo. Olhei para os lados e me senti perdido. Só depois eu me lembrei. Tornado. Mythos. Deuses. Levantei da cama e olhei num espelho redondo que havia ali. Eu estava com minhas roupas amarrotadas e um pouco sujas. Comecei a imaginar a roupa ideal para vestir: um calça jeans, uma camisa preta coberta por um Blazer branco e um tênis vermelho. Isso era o que eu queria vestir. E quando olhei novamente para o espelho, eu vestia exatamente essas roupas. Eu poderia me acostumar à isso.

Sai do quarto e entrei numa espécie de cozinha. Lá encontrei os deuses tomando café da manhã, sob uma mesa de mármore, sentados em seus respectivos tronos. Tronos portáteis devia ser a nova moda entre os deuses. Todos eles me fizeram um comprimento silencioso com a cabeça, menos Júpiter, mas dele eu não esperava nada.

– Sente-se conosco. – falou Zeus. Neste momento uma cadeira simples feita de ouro surgiu. Sentei-me. Pude ver que os deuses comiam um espécie de cereal matinal, que tinha um cor azul gelo. E para acompanhar, bebiam um bebida cor mel, e sempre que a bebida diminuía nos copos divinos, ela tratava de se reencher no copo.

– O que vocês tão comendo? – perguntei.

– Ambrósia e néctar. – respondeu Odin.

– Eu achei que isso era comida dos deuses gregos e romanos.

– Originalmente sim, mas já que isso tem o gosto que você quiser, nem o melhor vinho consegue superar o sabor do néctar e nem o melhor assado, o gosto da ambrósia.

– E como eu faço pra comer? – Já estava morrendo de fome.

Não foi preciso esperar muito para que uma tigela e um copo se materializasse em cima da mesa, já contendo os alimentos. Resolvi experimentar ambrósia. Odin dissera que essa podia ter o gosto que você quisesse. Não me concentrei muito no sabor que teria e quando provei, ela estava com gosto de macarrão instantâneo sabor galinha caipira. Acho que isso deve-se ao meu alto consumo deste produto. Morar sozinho não é fácil quando não se tem dotes culinários. Ao beber o néctar, ele estava com gosto de suco de salada de frutas. Estava muito bom por sinal.

Enquanto comíamos, resolvi bater um papo com os deuses.

– Então Zeus, já que você e Júpiter não são o mesmo, quer dizer que aconteceram as mesmas coisa com vocês?

– Não, Théo. Algumas coisas aconteceram comigo e outras com ele. Só que ao achar que éramos o mesmo, começaram a associar os fatos a nós dois. Exemplo: Hercules não é meu filho e sim de Júpiter, só que, fui eu que fiz meu pai vomitar meus irmãos – quando ele disse isso acabei dispensando meu café da manhã. – Isso também vale para outros deuses. Hefesto não foi jogado do Olimpo por ser feio, isso aconteceu com Vulcano. E foi a mim que eles dedicaram as Olimpíadas, uma das coisas que ainda vivem na civilização moderna.

Se fosse em um desenho animado, teriam começado a girar engrenagens em minha cabeça, pois eu já havia pensado na maneira perfeita de como decidir o dilema dos deuses.

– É isso! – os deuses me olharam espantados. – O melhor jeito de decidir quem é o deus do quê, é fazendo um disputa, cada um na sua zona de poder, como nas olimpíadas.

– Sim, é uma boa ideia.

Porém a voz que pronunciou estas palavras não era de ninguém que estava na mesa, e sim de uma mulher que acabara de chegar. A mulher tinha longos cabelos castanhos. Seu rosto era delicado, seu olhar analisador. Usava um vestido branco que cobriam seus pés, uma tiara de coruja sob os cabelos que desciam amarrados em uma trança. Seus olhos eram negros.

– Atena, minha filha, que bom que está aqui. – disse Zeus.

– Já que sou a deusa da sabedoria, assim que Théo teve essa ideia, não resisti em aparecer, por aqui.

– Estou honrado. – eu falei. – Agora temos que saber como organizar e realizar estes jogos.

– Acho que posso ajudar.

Atena beijou a palma da mão e depois sobrou, não pude deixar de ficar um pouco constrangido. Seu sopro gerou uma pequena coruja dourada, que voou até minha testa e entrou em minha mente. Foi como se aquela corujinha fosse um pen drive com todas as informações sobre os deuses. Eu me tornei um especialista em mitologia. Meu cérebro recebeu tanta informação, que pareceu que explodiria, mas só me deu um pequena dor de cabeça. Percebi que eu estava raciocinado mais rápido que o normal, era incrível! Cada pensamento que surgia em minha mente era analisado e pensado e repensado de uma maneira surpreendente. Por fim decidi como fazer a decisão.

– Reúnam os deuses lá fora, daqui a pouco irei até lá e anunciarei minha decisão.

Os deuses sumiram, deixando para trás suas tigelas. Eu sai e dei de cara com uma multidão de seres divinos que poderiam me dizimar com um piscar de olhos, mas mesmo assim, eu me sentia confiante.

– Escutem! Haverá um torneio. As disputas serão realizadas pelos deuses correspondentes. Alguns deuses lutaram mais de uma vez, pois tem múltiplas esferas de controle. Esta batalha será realizada somente pelo Panteão principal, os deuses menores, podem seguir seus domínios em paz.

Eu pude ouvir o murmurar dos deuses, até que todos dos deuses aplaudiram apoiando a ideia. O deus Vulcano, chegou mancando e se posicionou ao meu lado, e que com sua voz rouca e abafada disse:

– Um evento como esse não pode ser ignorado! E para que os humanos aceitem o nosso novo panteão, eles terão que assistir as lutas. Por isso, eu e meus ajudantes faremos toda uma rede de transmissão de Tevê e todos os humanos assistirão. E já que nosso amigo aqui é repórter, não terá problemas com as câmeras.

Televisionar tudo me pareceu uma tentativa meio que extrema, mas talvez os deuses só quisessem atenção, É muito ruim ser ignorado. Hefesto não ficou de fora e disse:

– E esse torneio merece um local apropriado, eu e meus servos construiremos um coliseu!

Os deuses deliravam, todos estavam ansiosos por tudo.

– Este torneio – falei – Será conhecido como a Batalha de Panteões. E que comecem os preparativos.

Logo começaram as obras. Vulcano chamou seus ajudantes, os Telquines. Estes eram seres que tinha corpo de serpente, tórax e braços de humano e cabeça de um Boston Terrier. Por mais que essa fosse uma combinação estranha, estes eram muito bons com ferramentas. Eles construíam câmeras mágicas, criavam cabos para conectar os aparelhos. Estavam montando um estúdio de tevê completo para transmitira batalha. Já Hefesto, convocou um grupo de ciclopes: monstros fortes e musculosos que tinham dois metros de altura e possuíam um olho só. O que lhes faltava em olho, sobrava em habilidade de construção. Rapidamente eles construíam um coliseu, que era maior que uns quatro Maracanãs juntos.

Tudo estava pronto. Provavelmente no dia seguinte, as batalhas começariam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? A sequencia das lutas e seus vencedores, serão aleatórios. vou usar um programa de sorteio para isso. Mesmo assim, vamos fazer um jogo. No capitulo antes de cada batalha eu anunciarei as lutas e vcs dão seus palpites. Quem será o mais abençoado pela deusa da sorte? No próximo capitulo eu anunciarei a luta!