Mirror in the sky, what is love? escrita por iheartkatyp


Capítulo 1
Made Of Honor


Notas iniciais do capítulo

Queria mostrar pra vocês uma nova fic que eu venho escrevendo (e prometo que essa terá final). A história é COMPLETAMENTE diferente, tanto que Vanessinha vai estar se casando. Enfim, espero que vocês gostem porque eu quis mostrar Clara e Marina com as mesmas características da história normal, mas se conhecendo em outras circunstâncias, sem Ivan (mas com Cadu) e mesmo assim ficando juntas. Só mudo algumas perspectivas da Marina sobre o amor, mas isso vai mudar bastante ao longo da fic. Enfim, obrigada pela atenção de quem ler e pelo carinho de quem acompanhou a As long as you're there.



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Marina sempre foi uma mulher forte, determinada. Era dona de um bar na zona sul do Rio de Jeneiro e trabalhava para si mesma enquanto fotografava seus clientes. Suas fotografias sempre foram admiradas por sua simplicidade e sua essência. Provavelmente, se fosse tirado por outro fotógrafo, as fotos não teriam o mesmo efeito e caráter. Ela não acreditava no amor e era extremamente crítica quando se tratava dos relacionamentos de sua melhor amiga, Vanessa. A ruiva sempre fora "saidinha" demais aos olhos de Marina. Até que conheceu Felipe, um médico ex-alcólatra. Os dois eram absurdamente deslumbrantes juntos quando Vanessa não o estava quase obrigando a beber novamente. Felipe havia participado de vários programas de reabilitação quando os dois se conheceram, e ainda estava cumprindo sua pena de afastamento de todo e qualquer consultório por atender (e quase matar) um paciente enquanto alcoolizado.

–Preciso te contar uma coisa. -disse a ruiva, entrando no bar e sentando-se com postura no banco á frente de Marina. Ela lhe lançou um olhar desconfiado.

–O que foi? -Perguntou. Marina levantou os olhos do copo que estava secando e olhou para Vanessa, que simplesmente levantou a mão direita, mostrando a ela o anel, que parecia ser de ouro.

–Não está com ciúmes, está? -Perguntou a ruiva.

–É claro que não, Vanessinha. Só acho isso tudo uma baboseira. Sabe que não faria nada disso se estivesse em seu lugar.

–Você não pode nem ao menos fingir estar feliz por mim? -Ela fechou o rosto.

–Eu estou feliz por você. Juro. Se é isso que você quer, então estou com você com em por cento de certeza. -Ela sorriu.

–Não marque nada para o sábado. Vamos anunciar para a família do Felipe, e eu quero que você esteja lá.

–Eu estarei. -Vanessa sorriu. –Ainda não acredito que você disse sim.

–Eu não sou como as garotas que você leva para casa todo os dias, Marina. Eu não sinto essa vontade desesperada de correr e fugir de tudo. Eu estou feliz onde estou.

–A única razão pela qual todas elas vão embora bem cedo é porque eu as intimido e não as faço sentir confortáveis. -Vanessa riu.

–Ou porque perceberam o grande erro que cometeram e precisam desesperadamente de um banho. -Brincou ela, fazendo Marina rir.

–Ok, você ganhou. -Ela virou-se, continuando a secar os copos que havia acabado de lavar. O bar estava vazio, a clientela não o frequentava nas segundas-feiras. –Talvez eu só ache que você é uma estúpida por se casar tão cedo.

–Nós temos 27 anos, Marina. Não somos assim tão jovens. Você só é ridícula e tem medo de compromissos.

–Talvez eu tenha.

–De verdade, não acho saudável que você continue com essa coisa nojenta de ter uma garota diferente todas as noites na sua cama. Mas quando encontrar a garota dos seus sonhos, aquela que vai fazer você não querer nunca olhar para outra garota, você vai entender. Vai passar todos os dias querendo ir para casa e ver aquela pessoa que você mais deseja. É um sentimento ótimo, Marina.

Vanessa sempre se preocupou com o jeito ousado que Marina insistia em levar sua vida. Era amarga, como a maioria a chamaria. Suas “one-night-stands” eram frequentes. Ela levava uma garota diferente toda noite para casa, a fazia sentir no céu e, no dia seguinte, fazia com que a menina nunca mais desejasse a ver na vida. O bar que Marina era dona não era restritamente gay, mas o seu público alvo era definitivamente a diversidade. Vanessa e Felipe se conheceram lá. É engraçado. Vanessa costumava ser o brinquedo de Marina. Sim, as duas já dormiram juntas. Mas isso ficou no passado, como muitas outras, no caso de Marina. As duas sempre tiveram as mesmas perspectivas de vida, embora Marina não deixasse com que muitos a vissem do jeito que ela realmente é. Vanessa a conhecia bem, sabia de seus truques e de suas formas de dizer que nunca havia acreditado no amor, mas ela sabe que sim.
O pai de Marina é alguém que você pode considerar milionário sem pensar duas vezes. É dono de mansões maravilhosas no Rio de Janeiro, e sempre esteve disposto a ajuda-la com o que quisesse. Embora, Marina nunca houvesse lhe pedido ajuda. Ele a admirava por isso, mas nunca chegou a entender o estilo de vida da filha.

Vanessa sorriu, orgulhosa. Com a expressão pensativa no rosto de Marina, ela pensou ter, finalmente, conseguido explicar a ela o porque deveria mudar seu estilo de vida.

–Saia do meu bar agora com essas suas baboseiras bregas.

–Ok, eu desisto. Mas um dia você vai me agradecer. Não esqueça de sábado, vou precisar da minha dama de honra lá.

–E por que você iria me querer como sua dama de honra?

–Não seja ridícula. Você é minha melhor amiga, então, comporte-se ou eu avisarei a Jessica que você está na cidade.

–É cruel só de dizer o nome dela. Nem brinque com isso.

–E quem disse que eu estava brincando? -Vanessa perguntou, num tom sério, Marina lhe deu um tapa no braço, e viu a melhor amiga cair na gargalhada.

Ela sorriu ao ver Vanessa ir embora. Ela estava secretamente feliz por sua melhor amiga. É claro que sempre havia sido contra compromissos e todas essas coisas de gente estúpida, mas, qualquer coisa que a fizesse feliz, deixava Marina feliz também, por mais que isso fosse brega. Quer dizer, quem é ela para julgá-la? Vanessa podia se casar cinco vezes e talvez nunca mudar a opinião dela sobre casamento e compromisso. Nenhuma garota mudaria. Nem hoje, nem nunca.
Mas é claro, isso era o que ela pensava.


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