A Filha Original escrita por Zia Jackson


Capítulo 37
Uvas amassadas.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi.
Prometi ação , mas percebi que não sou boa nisso.
Dei o meu melhor, então me perdoem.



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Eu quase não acreditei. De todos os deuses, Dioniso e Zeus eram os que menos tinham motivos para me ajudar.

E agora lá estava o homem pançudo, vestindo camisa com estampa de leopardo, lutando com um cajado decorado com uvas (parece loucura, mas resisti à vontade de comê-las).

– Qual é, gigantes de porcaria. Não são páreo para o deus do vinho?

Um dos gigantes, o de pele azul, lança uma lança (ok, essa frase ficou esquisita) na cabeça do deus. Mas esse evapora, deixando em seu lugar uma uva.

– Não podem me deter, gigantes idiotas. – Ele gritava

Até agora, estava tudo certo. Mas os filhos de Gaia não são TÃO burros! Uma hora ou outra, irão se cansar.

O gigante de pele preta como piche corre até mim. Com um toque, transformo minha pulseira de cobra em uma espada de ferro estígio.

Ele , do nada, saca um arco e uma aljava de flechas. Praguejo em grego antigo e faço o mais óbvio. Corro.

Pelo canto dos olhos, vejo Elijah golpeando o pé do gigante de pele azul. Do outro lado, Petros tenta conter o de pele marrom com uma lança elétrica. Nem sinal de Dioniso.

– Isso é o melhor que me traz ,Gaia? – grito para o vento

O gigante urra, lançando um jato horrível de bafo.

– Eu consigo, só basta focar. – Murmuro

Corro em direção ao gigante, que tenta me acertar flechas. Enfio a espada no pé do monstro, que grita e fica ainda mais furioso. Ele transforma seu arco e flechas em uma espada de bronze celestial.

– Covarde! – Grito

Ele se joga no chão. Eu teria morrido amassada se Elijah não tivesse jogado sua espada na cabeça do gigante. Enquanto o monstro perseguia o filho de Poseidon, eu subi em uma árvore e esperei o gigante preto parar embaixo dela. Quando o fez, lancei-me sobre sua cabeça, enfiando a espada no que penso ser o crânio da criatura. Para minha surpresa, Dioniso aparece golpeando a criatura nos pés, utilizando um cálice de bronze celestial.

Continuo golpeando a cabeça da criatura por muitos minutos, quase caindo sempre que o gigante balançava a cabeça para tentar se livrar de mim. Não sei a que ponto está a batalha de meus amigos com seus gigantes, mas o meu parece impossível de matar.

Para minha surpresa, Dioniso se materializa ao meu lado.

– Hora de matar um gigante, Kate de rina. – O deus fala

–Meu nome é Katherine.

– Tanto faz.

Ele segura a minha espada junto comigo. Levantamo-nos e, juntos, enfiamos a espada na cabeça do monstro, que desaba em pó dourado. Infelizmente, a queda de cinco metros não foi nada legal.

– Ai – Solto

Teria quebrado vários ossos se o cara do vinho não tivesse providenciado uvas frescas para servir de colchão. Uma mistura de Pó de monstro e caldo de uva me banhava dos pés a cabeça.

– Nunca mais comerei uvas . – Comento

– Sobra mais para mim. – Dioniso fala

Bufo e corro para ajudar Elijah. A situação dele está bem pior do que a minha.

O gigante de pele azul ( que eu acabo de apelidar de Smurfão) está com uma faca apontada para a garganta do garoto, mais um centímetro e basta para o filho dos mares ter sua garganta cortada. Por pensamento, transformo minha espada em várias facas de ferro estígio, assim que o ato é concluído, lanço a primeira bem na cabeça do ser.

– UHhhhhh- Ele urra

Elijah sai correndo do lugar, por pouco não cortando a garganta por conta própria. Ele desembainha a espada e corta os joelhos do ser.

Eu lanço mais facas na cabeça do Smurfão , que jorra terra .

Quando as facas s esgotam, ele solta um som que , penso eu, seja uma risada.

– Parece que os filhos originais são um bando de fracot...

Antes de ele terminar a frase, uma flecha atravessa sua cabeça, seguida de um raio fulminante. Vejo Elijah, armado com o arco e Petros lançado raios do outro lado da rua.

– Acho que o fracote era ele. – Petros grita

Onde antes havia o gigante, agora há uma enorme pilha de Pó.

Até agora, tudo foi razoavelmente fácil. Deixei-me levar por um segundo de alegria e esperança. Foi o suficiente para ser agarrada pelo último ser de Gaia.

– Sou o destinado ao filho do senhor dos céus, Não morrerei facilmente.

Ele me joga ao chão, e dessa vez não existem uvas para aliviar a queda.

Eu teria gritado, mas a dor era enorme, como se uma locomotiva de tratores tivesse passando por cima de mim. Parei de mexer as pernas e os braços, a única coisa que consigo fazer é respirar (e olhe que já é doloroso.). Minha visão fica turva e minha audição soa como se estivesse embaixo d’`agua. Ao longe, ouço algo que parecer ser Elijah, mas estou com dor demais para verificar. Então, é como se as luzes tivessem sido apagadas, e tudo o que me lembro é de desejar o fim daquilo tudo.

– Katherine, graças aos deuses! – Elijah berra

Abro os olhos, estranhando a claridade que invade minhas íris.

Sinto a boca seca.

– Claro, esqueci a água. – o garoto diz – Aqui está.

Ele pega um copo com líquido cristalino, acompanhado de um canudo. Mexo os braços e bebo todo o conteúdo. Aos poucos , me lembro do que ocorreu.

– Por que consigo me mover? – Pergunto

– Ambrósia e Néctar.

– O que aconteceu? Onde estamos?

Minha cabeça parece rodar.

– Primeiramente, você está na enfermaria do Acampamento Meio Sangue. – O garoto faz uma pausa. – Segundamente, você derrotou aquele gigante.

Franzo a testa

– Quando você fechou os olhos, uma névoa preta te envolveu. Milhares de Esqueletos surgiram da terra e uma fenda enorme se abriu no chão. Então, o gigante caiu, dando tempo para que Petros enfiasse uma espada em seu olho. Kat, você precisava ter visto o que fez. Eu já sabia dos poderes dos filhos de Hades, mas aquilo foi MUITO diferente. Como se você absorvesse o poder do próprio Hades. Deixou-me assustado.

Ok, agora eu era uma aberração completa.

– Eu deveria estar morta. – Falo

– E quase esteve. Depois de invocar aquilo, você começou a tossir e a se contorcer como se estivesse sofrendo um exorcismo. Eu literalmente podia ver o que estava atrás de você, já que estava translúcida. Dioniso chamou um táxi e pediu que nos trouxessem até aqui. Quando chegamos, fomos recebidos por vários semideuses. Um dos filhos de Apolo, Will, foi quem te curou.

Pensar que eu estive quase morta era estranho.

– Vamos sair daqui. – Falo, tentando me levantar

– Nada disso- Elijah me repreende – A senhorita tem que descansar por vários dias.

– Eu quero tomar banho.

– Acabou de tomar.

Olho para minhas roupas. Percebendo que uso uma blusa do acampamento e shorts jeans. Ao longe, vejo a Atena Paternos reluzindo no Sol.

– Ah, quase me esqueci de que alguém quer ver você.

Um garoto magro, com cabelos escuros e uma camiseta de caveira acena para mim na porta da enfermaria.

– Nico- Falo

Ele corre até mim e me abraça. Isso foi MUITO estranho.

– E a coisa do Não me toque? – Pergunto

– Eu esqueci aquilo.

O garoto me aperta ainda mais no abraço. Acho estranho, somos irmãos separados por milênios de diferença, e mesmo assim ele parece feliz.

– A parte da profecia de “Irmãos salvarão “ já ocorreu? – Pergunto

– Sobre aquele seu poder maluco, minha irmã falecida, Bianca , deu um empurrãozinho. Foi o que nosso pai disse.

– Quando você o viu?

– Ontem, quando ele veio ver como você estava.

Tento não parecer surpresa.

Na mesma noite, Elijah, Petros e eu nos reunimos em volta da fogueira. Os romanos já voltaram para o acampamento Júpiter ( Achei uma pena, queria ter dito tchau para Hazel). Um filho de Apolo cantava uma canção sobre felicidade e superação. Ao longe, vi Percy e Annabeth rindo de algo (eu torcia por aqueles dois).

Depois de muito tempo, o aconchego do acampamento despertou em mim algo esquecido. O sentimento de se estar em família.

E eu gostava daquilo.


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Notas finais do capítulo

Como eu já disse antes, a fic está quase acabando, mais uns 3 caps e tudo se encerra.
É isso.
Bjs da tia.



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