O Lago do Cisne escrita por Virgo


Capítulo 6
Phoenix, O Soldado Imortal


Notas iniciais do capítulo

Desculpe gente, houve um pequeno problema e eu nunca mais agendo data!
Divirtam-se =D



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Phoenix tinha uma origem humilde. Era filho de serviçais do Santuário, sua mãe faleceu de doença, deixando-o sozinho com sua irmã e seu pai, o mesmo também veio a morrer poucos anos depois em um assalto, restando apenas ele e sua irmã. Sendo o mais velho e sabendo que um dia o pouco dinheiro deixado por seus pais se esgotaria, na primeira oportunidade que viu, Phoenix abandonou sua amada casa e se aventurou no exercito ateniense.

Não demorou muito para se adaptar, sabia que naquele mundo só os fortes sobreviviam, sentiu isso na pela em muitos momentos da sua vida. Se tornou um soldado, como o planejado, a guerra era sua vida, seu sustento, não só o seu, como o de sua irmã, que ficou em casa, em uma pequena vila perto do Santuário.

Passou anos no exercito, chegando ao cargo de General e no ápice de sua carreira militar recebeu uma maldição com a faceta de bênção. Em uma batalha muito importante, em que as cidades-estado de Atenas e Esparta estavam em jogo, Phoenix colocou tudo a perder para salvar a vida de fiéis e bravos soldados, que ao serem resgatados, fizeram uma diferença hercúlea na batalha. Phoenix liderou seus guerreiros na vitória, mesmo que a poucos instantes os tivesse liderando na derrota. Ares, deus da guerra, observava tudo e decidiu dar um presente ao guerreiro.

Phoenix se tornou imortal, um homem que jamais teria a morte como inimiga, não importava a forma com que julgavam tê-lo matado, ele sempre voltava são e cheio de ódio. Nada o atingia, nada o matava, nem mesmo nas horas em que ele mais desejou a morte, ela veio buscá-lo. O que um dia foi considerado uma bênção, se tornou uma maldição aos olhos do jovem general, chegou a se perguntar se era alguma espécie de castigo por algo que fez. Nem morrer gloriosamente ao lado de seus subordinados e amigos lhe era permitido.

O General Phoenix se tornou famoso por nunca morrer, não importava o quão grave eram suas feridas ou o quão perto a morte estava, ele se curava e prosseguia no campo de batalha, geralmente com chamas o envolvendo. Tais relatos chamaram a atenção daqueles que residiam no Santuário, que partiram a sua procura.

Meses se passaram até que Phoenix voltasse a Atenas e, consequentemente, voltasse ao Santuário. Uma amazona de cabelos castanhos, estranhamente esverdeados, foi designada para mostrar-lhe o local, sentiu que a conhecia, só não lembrava quando e onde. Foi apresentado a cada um dos Aspirantes e Cavaleiros, acabou descobrindo que, com o treinamento certo, ele seria o próximo Cavaleiro de Leão, pois seu antecessor havia falecido meses atrás em um anoitecer. A Amazona ditou regras, normas, costumes e lembretes, por fim calou-se e virou-se de frente para ele.

¬ Muito bem, Ikki. - Phoenix não acreditou por um momento. - Seu treinamento começa amanhã cedo com Leander, o filho do falecido Cavaleiro de Leão.

¬ Andrômeda!? - se a Amazona não usasse máscara, o homem a sua frente veria seu sorriso.

¬ É bom lhe ver bem, meu irmão. - a Amazona o abraçou sem pudor e foi retribuída.

¬ Você cresceu, se tornou uma mulher. - disse com uma alegria muito mal contida. - Mal lhe reconheci e com essa máscara então. - a Amazona riu e se afastou.

¬ Continua protetor e amoroso em demasia.

¬ Sou seu irmão! - ditou o óbvio. - Tenho que ser protetor e amoroso!

Ela riu. Os dois passaram o dia juntos, faziam tanto tempo que não se viam, só quando voltaram para casa é que a Amazona se deu o luxo de retirar a máscara. Não tirou no Santuário por respeito, mas ele Phoenix era seu irmão, tirar a máscara na frente do rapaz não mataria ninguém, só seu irmão, que ficou preocupado em quão bela sua irmã ficou, devia ser cortejada a todo instante e isso não o agradava. Sua irmã era tudo para ele, não gostava de dividi-la com ninguém, a moça não gostava muito do comportamento do irmão, mas era impossível não amar o jeito protetor e rabugento de Phoenix.

¬ E então? - perguntou a mesa onde jantava com a irmã. - Como se tornou uma Amazona? O que tem acontecido desde que fui embora? Alguém lhe cortejou? - a última parte saio meio ácida.

¬ Bem... - engoliu o alimento antes de responder. - Eu não queria ficar dependendo de você, então comecei a trabalhar como serva no Santuário e devo dizer que me meti em muitas brigas, brigas que me deram experiência, não gostava do modo como os “Aspirantes” tratavam os servos. - Phoenix estreitou o olhar. - Não me olhe assim! - exigiu a menor. - Eu sei me cuidar. Enfim, em uma dessas brigas, eu não recuei, mesmo o Aspirante fazendo uso da cosmo-energia, eu não me intimidei, continue a enfrentá-lo e o Cavaleiro de Virgem, que assistia o pequeno teatro, viu potencial em mim, então decidiu me treinar como sua sucessora.

A moça contou tudo sobre seu treinamento e convivência com o Cavaleiro de Virgem, contou que enquanto a Armadura de Virgem ainda tivesse dono, ele seria uma das muitas Amazonas sem armadura.

¬ Como assim? - questionou o mais velho. - Não são 88 Cavaleiros?

¬ Você conhece a história. - ela o fuzilou. - Foram 88 homens que juraram proteger Atena, ela os ensinou a controlar o cosmo, as armaduras foram surgir mais tarde e mesmo assim ainda falta armaduras para todos. A tradição dos 88 Cavaleiros seguiu e as armaduras foram surgindo conforme as constelações se formavam.

¬ Não me venha passar sermão. - cortou a discussão. - Estou conversando, não brigando. - a moça pareceu brava. - Mas não respondeu minhas outras perguntas. - e ele tentou arrumar.

¬ Respondendo-lhe, sim, muitos já me cortejaram, mas eu sempre respondi que só aceitaria qualquer tipo de afeição quando você voltasse, que assim você veria quem era bom o bastante para mim. - viu seu irmão sorri

¬ Essa é a minha garotinha. - ela riu. - Mas me diga, o que aconteceu em minha ausência?

¬ Nada de importância. - respondeu dando de ombros. - Só fomos proibidos de chegar perto daquele lago que fica atrás do Santuário, algumas histórias fizeram o lugar ser abandonado.

¬ Que histórias? - questionou verdadeiramente interessado.

¬ Nunca prestei muita atenção nelas, mas parece que envolve algum tipo de monstro e uma maldição. - disse coçando a nuca. - Não sei ao certo... Mas! - sorriu brincalhona e infantil. - E tu?

¬ O que você já sabe. - respondeu desinteressado. - Me tornei general e fui amaldiçoado por um deus. E não diga o contrario! - falou sério. - De início foi bom, mas agora só vejo desgraça. Agora vamos terminar de comer e vamos dormir, afinal tenho treino amanhã, certo?

A Amazona confirmou e obedeceu o irmão, mas logo o ambiente voltou a ser preenchido pelas vozes alegres dos irmãos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^.^
O próximo cap é o derradeiro encontro :3

Bjs. L



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