Um mês depois

Scarlet se encontrava exausta encarando a a praia particular de Victor que mais parecia um pedaço do Polo Norte. Após aceitar a maluquice de Victor Sky foi submetida a um processo longo, cheio de aparelhos e tecnologias que Scarlet nunca havia ouvido falar. No ínicio uma dor de cabeça enorme se apoderou de Sky junto com o frio. O frio que deixava a garota desesperada e delirando mesmo com muitos calor perto. Victor explicou que tinha sido um efeito colateral de alguma coisa que duraria apenas dois dias. E após aqueles dias Scarlet estava melhor e poderosa. Victor não conseguiu controlar a fórmula até onde queria, mas, ficou satisfeito com o poder de gelo. Seria interessante ela e o tocha humana em uma batalha que se fosse por Victor aconteceria logo. E por isso fez Sky treinar para não ter que ver seus planos por água a baixo. No final do mês Scarlet estava pronta para o plano que introduziria ela na vida dos heróis.

– Está pronta? - Victor apareceu na praia encontrando Sky sentada em cima de um tronco congelado.

– Estou mais que pronta. - Scarlet levantou confiante apesar de cansada. Ela tinha aprendido muito naquele tempo e sentia que seria capaz de qualquer coisa agora.

– ótimo, pois, está tudo pronto para amanhã. O táxi vai pegar você as 9:00a.m e vou causar um pequeno acidente na ponte que liga NY a Brocklin.

– Victor. - Sky olhou séria para ele. - Tem certeza que é só um micro acidente, sem vitimas?

– Não confia em mim? - Victor sorriu e Scarlet somente o encarou. Ela não confiava e por isso que estava receiosa com o local do acidente. No momento que soube dos planos de Victor sabia que ele faria qualquer coisa para acabar com o quarteto. Sky estava com medo que algo de ruim acontecesse após descobrir mais a fundo os planos, porém, não podia mais desistir por sua avó. O que fez ela se xingar mentalmente. Porque tinha que ter sido tão impulsiva?

– Vou me arrumar. - Respondeu a Victor e foi em direção casa.

XxxXx

– Esse trânsito de NY. - O motorista do táxi falou humorado. Sky por sua vez se encontrava tensa. Eles não podiam chegar atrasados na ponte.

– Não tem como cortar caminho? - Perguntou agoniada. - Minha irmã está tendo filho e sou a única da família. - Mentiu cinicamente. O motorista pareceu considerar, mas, respirou fundo.

– Desculpe, mas, não tenho como cortar caminho. - Falou lamentando. Scarlet assentiu.

– Eu acho que nunca vou me acostumar com o trânsito da cidade. - Sky falou mais para sí do que para o motorista que sorriu.

– Filha, moro a 40 anos aqui e ainda não me acostumei, imagine você jovem. - Scarlet sorriu se sentindo menos tensa. - Bem, acho que posso dar um jeitinho de chegarmos no Brocklin.- O senhor falou simpático após ver o sorriso de Sky no espelho.

– Obrigada! - Sorriu. - Qual seu nome?

– José. - O táxista falou entrando em uma rua e acelerando o carro. Em questão de minutos eles estavam na boca da ponte. Sky encarou o relógio e constatou que faltava dois minutos para estar no local marcado. - Calma filha. Acho que o bebê vai estar lá ainda quando chegar.- O senhor falou e Scarlet assentiu, então tudo tremeu e pessoas começaram a gritar e correr.

– Oque?! - Scarlet saiu do carro nervosa. Victor prometeu nada de mais. A ponte tremeu de novo.

– São bombas! - José gritou correndo. - Vem menina! - Chamou Sky que ao ivéns de acompanhar o motorista correu mais para frente e viu vários dos fios de sustentação arrebentando com a explosão. A ponte começou a tremer novamente, dando impressão que iria cai a qualquer momento até que outra explosão rachou meio da ponte. As pessoas gritavam e Sky estava nervosa. Não sabia o que fazer apesar de tantos treinamentos, mas, foi quando a última bomba explodiu que ela se viu na necessidade de ajudar. Uma garotinha e sua mãe corria e foram derrubadas quando assim que a ponte se partiu. A menina gritava desesperada segurando a ponte enquanto sua mãe chorava ao lado.

– Mary! - Um arrepio subiu a coluna de Sky. - Segure filha! - Chorava desesperada tentando alcançar a garotinha. Scarlet correu até elas enquanto desviava das pessoas na esperança de ajudar a mãe e a filha porém foi interrompida por uma ponte se inclinando, fazendo com que os carros começassem a descer rapidamente empurrandos as pessoas.

– Não! - Sky gritou e esticou o braços na direção dos cabos que estavam arrebentando com o peso, fazendo assim a ponte tombar. Gelo saiu da mão de Sky congelando os cabos que ainda não haviam arrebentado, estabelecendo por algum tempo. As pessoas gritaram mais ainda desesperada quando um caminhão começou a escorregar na direção da mulher e da garota que continuava pendurada. Scarlet pensou em correr, mas, não chegaria a tempo, então alguma coisa segurou o caminhão acompanhado de um urro. Sky ouviu mais um grito de diversão e quando olhou para trás tocha humana estava voando em sua direção, porém, não ajudou muito quando o calor dele derreteu o gelo que sustentava os cabos da ponte, fazendo com que ela tornasse a tombar derrubando as pessoas.

– Deixe com a gente! - Senhor Fántastico gritou quando Sky corria tentando pegar as pessoas que despencavam – Congele! - Finalmente o plano estava dando certo. Susan apareceu ajudando as pessoas e Scarlet começou a congelar a ponte de novo recebendo um olhar curioso de Jhonny que estava em sua forma normal. Sky mirou todos os cabos e a base de sustentação da ponte, transformando o local em uma grande ponte de gelo.

– Jhonny! - A mulher ínvisivel chamou o irmão e mandou ele soldar o outro lado da ponte. Scarlet parou de congelar ofegante e procurou a garotinha que estava pendurada agora pouco. A mesma já se encontrava com sua mãe em um canto recebendo atendimento. Chão estava coberto de serragem para evitar o escorregamento dos carros. Várias equipes de reportagem rodeiavam o local.

– Como se chama?!

– Como conseguiu fazer aquilo?!

– Você é uma nova integrante do Quarteto?! - Os repórtes perguntavam animados com a nova sensação dos jornais.

– Com licença. - Senhor fántastico parou ao lado de Sky. - Não sabemos muito dela, mas, garantimos dizer qualquer coisa assim que descobrirmos. -

– Ela faz parte do Quarteto? - Um homem perguntou.

– Não, não não. - Jhonny apareceu tomando a frente das câmeras. Ele não gostava de perder as atenções dele. - Ela nunca foi e nem será! - Sorriu abrindo os braços. - Vocês viram o que eu fiz?

– Jhonny. - Susan chamou a atenção irmão de cara feia e o coisa apareceu ao lado dela sorrindo. Sky ainda estava quieta um pouco confusa com aquilo. Ela já havia combinado tudo, porém, não imaginava que as coisas tomaria aquela proporção. Victor cada vez mais deixava ela com medo.

– Ok. Você está bem? - Sue perguntou encarando Sky.

– Só..confusa. - Começou seu teatro, mas, no fundo se sentia assim.

*****

O carro parou em frente ao edificio que situavas se a sede do Quarteto. Haviam muitos repórteres e fotorgrafos. Scarlet saiu do carro e acompanhou os quatros supr heróis, que seguiram em silêncio até entrarem no prédio.

– Ok, de onde você surgiu? - Jhonny perguntou.

– Eu estava em um táxi indo para Brocklin. - Sky falou entrando no elevador com Richard, Susan e Jhonny.

– Você teve contato com algum material radioativo que possa alterar seus DNA? - Richard encarou a garota.

– Não! - Sky riu. - E nunca estive perto de nada disso, mas, se levar em consideração bebidas alcoólicas. - Deu de ombros. Susan encarou o marido e Jhonny sorriu.

– Sabe que estou começando a gostar de você gatinha. - Sky apenas virou os olhos.

– Jhonny por favor. - Susan falou quando entraram no andar. Scarlet ficou abismada com o tamanho do local e a máquina no centro. Haviam muitos equipamentos onde deveria ter uma sala de estar.

– Wow! - Sibilou . - Acho em toda minha vida nunca vi tanta tecnologia estranha juntas. - Sky não sabia muita coisa de tecnologia além de mexer em motores de carro. Essa sim era sua paixão.

– Será que pode nos acompanhar? - Susan chamou Sky que seguiu a mulher até o segundo andar.

– è impossivel! - Richard exclamou. - Como você conseguiu liberar gelo pelo corpo se nunca teve contato com matérias radioativa como nós.

– Eu não sei. - Scarlet encarou o cientista que tinha uma prancheta na mão. - Só aconteceu..

– Quando foi a primeira vez?

– Acho que a duas semanas. - Scarlet lembrou do questionário que decorou com Victor.

– E você descobriu como?

– Eu estava no banho quando a água começou a congelar. - Encarou Susan e Richard apreensiva.

– Tipo, você congelou ? - Jhonny apareceu de braços cruzados.

– Acho que sim, mas, não senti nada.

– Nunca congelou seu namorado? - Jhonny perguntou divertido. Richard virou os olhos e prosseguiu assim que Scarlet respondeu “ Não” a pergunta do irmão de sua esposa.

– Você aceitaria fazer exames para..

– Chega gente! - Susan interrompeu. - Ela acabou de fazer um grande esforço para segurar aquela ponde, precisa de descanso. Depois conversamos mais. - Susan falou chamando Sky que seguiu ela aliviada. Por mais que tivesse decorado as perguntas estava nervosa de dizer algo errado.

– Obrigada. - Murmurou para Susan quando entraram em um corredor.

– Nada, acho que eu que deveria pedir desculpas pelos dois.. - Sorriu. - A vezes eles são tão..

– Criança? - Scarlet levantou uma sobrancelha.

Exatamente. - Assentiu. - Bem, tome banho e descanse. Vou trazer alguma roupa para você.

– Obrigada - Sky falou agradecida. - Ah, meu nome é Scarlet O'brien, mas, me chame e Sky.

– Susan Storm Recherdee, me chame de Sue. - A loira falou antes de sair do quarto. Sky se jogou na cama exausta por ter gasto tanta energia na ponte e logo apagou com a sensação de dever cumprido, porém, com pensamentos perturbados pelo plano de Victor. Afinal, e se ela não tivesse conseguido controlar a ponte ou o Quarteto não chegasse a tempo? O que aconteceria com as pessoas? O que aconteceria com Mary?