ZIA

Ninguém em plena consciência seguiria Carter , depois de toda aquela história do menino do acampamento se afogando. Mas eu não estava sã , eram 3 da manha , e sonhos de um mago , tem uma certa tendência a acontecer.

Eu podia ver nos olhos do Carter que alguma coisa estava errada. Eu conheço meu n... han... Eu conheço Carter.

Saímos da barreiras de proteção mágicas da Casa do Brooklin , ele me entregou meu cajado e varinha , segurei os dois em uma mão, e continuei a segurar a mão do Carter , não podia desviar a atenção do feitiço dele, mas tinha que estar em sincronia com ele para poder viajar junto.

– Não vou conseguir – ele suspirou.

Carter, concentre-se – odiava ser dura com ele , mas era preciso.

Senti uma brisa , estávamos caindo na praia , era um mar azul escuro, parecia fundo , e como Carter disse havia uma cobra naja enorme do tamanho de dois ônibus, com uma casca grossa de jacaré.

Quando cheguei la , a primeira coisa que fiz Fo lançar uma parede de fogo na cobra, daquela que lancei em Dejadins.

As labaredas vermelho vivo seguiram a cobra e ela mergulhou , a parede foi atrás desceu na água e criou uma enorme nuvem de vapor. A cobra tirou a cabeça pra fora d’agua e abriu a boca expressando dor. Se cobras pudessem uivar ela uivaria.

Cai na areia , Carter se abaixou do meu lado com uma expressão preocupada.

–Va salvar o garoto – eu disse – a cobra não vai ficar longe muito tempo.

Carter correu e se jogou no mar na direção do garoto com camiseta laranja, ele segurou a Mao do garoto e o arrastou pela arreia , me levantei e fui até ele.

–Esta respirando? – perguntei.

Ele me olhou com uma cara de preocupado e respondeu:

– Não – ele começou a fazer massagem cardíaca no peito do garoto.

Me ajoelhei ao lado da cabeça dele, tampei seu nariz , estava abaixando quando Carter colocou a mão na minha frente e suspirou:

–Eu...- ele indagou – eu faço. – particularmente achei isso fofo , Carter com ciúme é tão “Ooonwt”.

Após terminar a respiração boca-a-boca , ouviu-se roncos e jorrou água salgada da boca do garoto atingindo rosto de Carter. Ele correu pra água gritando:

–Eu te salvo e você vomita na minha cara?

–Desculpa cara , mas sabe, eu estava – ele apontou pro chão – desmaiado. – ele sentou-se na arreia olhando o mar. Reino o silencio por alguns momentos. Encarei ele , com certeza ele não é egípcio.

– Qual seu nome? – perguntei.

–Percy – ele sorriu e me olhou . Consegui ver seus olhos , um verde vivo , quase mais intenso que os do monstro.

–Percy? Vem de Perceu?

–Sim , o herói grego.

– Você... han ... – não queria ser indiscreta – não é um mago? É?

– Não .- ele estava quieto, o que me deixava desconfortável.

– Como você , conseguiu chamar Carter? – Carter veio na nossa direção sem camisa. [ah, como ele é lindo]. Eles disseram em sintonia:

“Elo empático”.

– Desenhei o olho de Hórus na mão dele , e quando ele me chamou , eu escutei – explicou Carter. E me contou de quando eles se encontraram..

–E graças a você – disse a Percy – Carter apareceu as 3 da manhã de cueca no meu quarto.- ele riu .

–Você esta quieto , da ultima vez que nos encontramos você parecia minha irmã – disse Carter.

– E olha que Sadie fala muito – confirmei.

– É só que, que sou filho de Poseidon – isso que ele era ,um semideus – devia ter controle da criatura , ou pelo menos conseguir respirar na água.

– Tive que usar quase toda a minha energia pra conseguir fazer aquela parede, olha que eu e o monstro somos da mesma etnia.

– você me chamou de que? – Carter perguntou zoando.

– Estava falando da cobra – segurei a mão dele. E continuei a explicar para percy – aquilo é um leviatã , ele suga magia, é um monstro egípcio , teve uma aparição na bíblia , mas é egípcio.

– você parece Annabeth – ele desviou o olhar pro mar e fez uma cara assustada - Er... Carter – ele apontou , virei a cabeça e o monstro estava la ,mas havia uma figura humanoide musculosa em cima do monstro, aquele era... Hórus?

Carter sacou seu gancho e seu mangual do duat , e Percy pegou uma caneta, o que ele ia fazer com aquilo? Assinar a camiseta da cobra? Então ele tirou a tampa e uma espada reta de cobre brilhante apareceu na sua mão.

Carter

Aquele era Hórus? O que ele estava fazendo em cima da cobra? Ah não , se aquela cobra for dele , eu juro que eu mato. Mas não pode ser , os deuses foram exilados .

– Ah Percy, trouxe amiguinhos? – a voz definitivamente não era de Hórus – o magricela filho de Hefesto e ... – ele gaguejou – quem é esse.? – ele me encarou.

–Sou eu , Carter – falei – não me reconhece, Hórus?

– Ah para um filhote de deus que tem minha benção, você deveria saber meu nome. É Ares não Hórus.

–Não sou filhote de deus – pensei em meu pai , mas ele havia se tornado deus depois que nasci – Sou Carter Kane , olho de hórus, faraó do vigésimo primeiro nomo e guardião do gancho e do mangual do grande deus do sol, Rá.

–“Rapolo?” – ele perguntou.- brincadeira , me interessei por você moleque. Vamos conversar. – ele me puxou em um raio de 1km , quando encostei nele meu estomago virou, nos teleportamos ,ouvi a voz de Percy na minha cabeça :

“não confie nele”

Estávamos sentados numa mesa longa cheia de guloseimas e comidas irresistíveis. Só eu , e Ares.