Ele viu tudo.
Ele viu tudo.
Ele viu tudo.
ELE VIU TUDO !
Isso seria uma ótima vingança. Se eu não o amasse.
– Derek ?
– Ah ... Então é ele Ana ? É por causa dele que você está sim!
– Eu ... como você sabe Peter ...
– Ah ... então é você que quebrou a mão da Ana ? - Derek me corta.
Sinto um tranco e sou jogada pro lado.
Peter está de frente com Derek.
– Melhor que fazer a garota chorar !
– Ah é verdade ... fui eu quem dei um soco nela - Derek rebate.
– O que está acontecendo aqui ? - sussurro - O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI ?
Eles me ignoram.
– Eu poderia te quebrar agora - diz Derek.
– Ou eu poderia acabar com você - Diz Peter.
– Não você não vai Peter. Duas brigas em um dia só, você pode ser expulso - falo, o que é verdade.
Ele me encara com raiva, mas parece pensar no que eu falei.
– Tudo bem. Eu não vou perder minha vaga aqui por causa de um merdinha.
Eu vi Peter se virando de costas, pronto pra caminhar em minha direção. Mas também vi Derek ficando vermelho e fechando os punhos.
Sem pensar eu corri e pulei ne frente de Derek.
Eu não acredito que eu estou fazendo isso de novo.
Quando eu achei que teria mais alguma parte de mim quebrada, Derek parou.
Ele parou.
– Ah - ele coloca as mãos no rosto - precimos conversar.
Desvio meu olhar dele.
Estou prestes a sair correndo dali, sabe se la pra onde, mas Derek agarra meu pulso.
– Não adianta fugir. Nós precisamos conversar.
– Solta ela ! - Peter grita.
– Peter - tento soar calma, mas calma é a última coisa que estou - Ta tudo bem. Pode ir pro intervalo, eu preciso conversar com ele.
Peter me olha, depoir olha Derek, e volta a me olhar.
Bufa e sai.
Espero os passos dele ecoar longe pra explodir.
– SOLTA MEU BRAÇO !
– Ana ...
– ANA NADA! EU SÓ ... só ...
Respiro fundo.
– Porque você estava beijando ele ? E que papo é esse de que eu te fiz chorar ?
– A QUESTÃO, a questão ... É que eu não sabia que você estava aqui na minha escola. Eu acabei de chegar do hospital porque o Gui disse que Mary tem novidades. Cheguei aqui e tentei encontrar ela, mas aí ... Minha amiga disse que tinha um menino novo. Eu vi muitas pessoas em volta de alguém. Eu tentei chegar mais perto, e foi a hora que eu vi seus olhos de longe. E eu pensei que eles tinham encontrado os meus ... Mas foi um tremendo engano.
– Eu pensei que você viria correndo me abraçar igual aqueles filmes, e por pouco tempo eu peguei sorrindo feito boba, com os olhos brilhandos, evitando qualquer coisa que não fosse te olhar. Mas você só me olhou com desprezo e foi com sua novas amigas. Espero que elas amem você, porque eu desisto. E eu não beijei ele ! Depois de te ver e você nem ligar eu saí correndo chorando e vim pra cá. Eu ouvi uma voz e era Peter. Eu estava tão devastada que eu aceitei apoio dele, e então, ele me beijou.
– Eu não te vi.
– É claro que não. Quando se está com aquelas pessoas, que vê a Ana ? Eu já sofri muito por amor, e eu não serei idiota outra vez. Agora licença, preciso conversar com alguém que me ame de verdade. Meus amigos, E QUEM SABE O PETER !
– O Peter ? Ele quebrou sua mão ! - ele cuspiu as palavras.
– E você quebrou meu coração. - Minha voz sai meio tremida, devido eu estar segurando o choro.
– Você sabe que eu te amo, Ana !
– Eu não sei de mais nada.
– Você disse que desiste. Está terminando ?
– Eu acho que ''isso'' nem começou.
– Eu não vou deixar você ir assim. E você sabe disso.
– Você não sabe o quanto dói, Derek !
– Eu. - ele deu um passo na minha direção - Preciso.- Mais um passo - De. - Outro - Você.
Para a surpresa dele, e a minha também. Eu dou um sorriso.
Eu não acredito que vou dizer isso.
– Eu também preciso de você. Não da mais pra voltar a trás.
– Ei, psiu! Sabia que eu te amo ? - ele sussurra pra mim.
O que me arranca uma risada.
Ele se aproxima e me beija.
Eu esqueço de toda raiva. Por que na verdade eu amo o Derek.
EI ESPERA, eu amo o Derek.
Será cedo pra dizer ? Ou tarde demais ?
Eu não ligo.
O empurro.
Ele me olha surpreso.
Me aproximo, perto o suficiente para beijá -lo.
Ele se aproxima.
– Eu também te amo. - Desvio minha boca para seu ouvido, para ele ouvir.
Ele parece indignado e feliz. Pois arrancar um '' eu te amo '' meu não é uma tarefa muito fácil.
Ele tenta me abraçar, mas dois vários passos pra trás.
– Mas você pode voltar pros seus amigos. Eu vou falar com o Peter.
– O QUE ?
Dou uma piscadela e saio correndo.
É legal provocar as vezes.
Chego até o refeitório quase tendo ataque de riso, relembrando o que fiz.
Mordo os lábios.
Olho para trás e vejo Derek quase perto de mim.
Sujo, ha ha ha, hoje não.
Entro no meio do '' mar de gente '' desviando.
Olho para ele e faço bico. Coloco a mão no rosto finginfo chorar, e saio correndo.
Encontro Mary.
– Ana !
– Mary !
– O Derek ! Ele ...
Tento avisa-lá que já sei sobre eles estar aqui, mas ambas somos interrompidas.
Quando alguém me puxa, e perco o equilíbrio.
E entçao, me vejo nos braços de Derek, ele com o rosto bem perto do meu, como naquelas cenas de filme.
Tudo em volta parece sumir, e só consigo me concentrar em seus olhos.
Ambos sorrimos, mostrando os dentes. Bobos. Somos dois bobos.
– Somos dois bobos - anuncio.
– Eu só sou bobo por você.
Ele se abaixa e me beija.
E posso dizer que dessa vez foi com vontade.
Porque eu também queria.
Admito que há várias canções passando na minha cabeça.
Mas a que mais soa em minha cabeça, é All My Love, da Ariana Grande.
Ouço alguém gritar, e mais alguém, e várias pessoas ao mesmo tempo.
Meus colegas. Eu poderia estar com vergonha. Mas no momento só estou apaixonada mesmo.
Nos separamos, e vejo uma Mary surpresa.
– ANA SUA MALUCA, BOM, AGORA VOCÊ É MALUCA JUNTO COM O DEREK.
Derek começa a rir.
Olho para ele.
– Serio mesmo ?
Ele dá de ombros.
Sentamos na mesa com Mary.
Ela fica trocando o olhar em mim e Derek a todo momento.
– Conta tudo - ela finalmente abre o jogo.
– Conta o que ? - faço me de boba.
– Você + ele = vocês se beijando agora de pouco. NO REFEITÓRIO.
– Aquilo não foi nada - provoco.
Derek olha com uma cara, me estudando. Ha ha.
Dou lhe a língua.
– Nada mesmo. O Peter beijou a Ana agora de pouco - Derek me provoca.
Me engasgo com minha própria saliva, e Mary cuspe todo seu refrigerante em mim.
– Eca - digo.
– Eca digo eu - Mary rebate - O Derek sentiu o gosto do Peter em você.
Por um tempo tenho ânsia e faço barulho de que vou vômitar.
– Me desculpe.
– Está tudo bem ? - Derek pergunta.
– Acho que sim, preciso me limpar.
– Quer ajuda ? - ele pergunta.
– Acho melhor não - olho para minha blusa e minha calça, cheio de cuspe da Mary. Eca, que nojo.
– Eu não tenho nojo Ana - diz ele.
– É mais eu tenho.
– Eu não tenho - diz Mary.
– É óbvio, foi você que cuspiu! - rebato.
– Vem, vou te ajudar - diz ele, se levantando.
Me levanto em seguida.
Caminhamos até a área das pias, dos banheiros, e da água.
Derek na frente e eu a trás.
No caminho para a área da água, Derek esbarra em alguém. Peter.
Oi, destino ? Você está querendo uma briga hoje. Eu já me quebrei, poderia manter meu namorado seguro?
CARAMBA ! Chamei Derek de namorado. Isso é legal. Namorado, namorado, namorado.
MEU namorado. Derek.
Melhor eu parar. É estranho.
Meu namorado.
– Tantas pessoas e eu vou me esbarrar com você ! - diz Peter, ele olha pra mim - Ana precisamos conversar.
– Sem essa. Ela não vai conversar com você.
– Eu estou falando com ela e não com você ! - Peter bufa - Até depois.
Ele segue seu caminho. Nós continuamos.
– Derek nós somos namorados, mas eu realmente preciso ter uma conversa com ele ... - Derek me interrompe.
– Você. Confessou. Somos. Namorados. - ele olha pra mim e dá um sorriso maníaco.
– Err ... SOCORRO! Namoro com um psicopata !
Ele morde os lábios e estremeço.
– Socorro - grito.
Começamos a rir.
Abro a torneira e puxo minha blusa. Pego água e e coloco um pouco na minha blusa.
– Acho que precisará de mais Ana - diz Derek.
– Segura pra mim - peço - por favor.
– Ta.
Ele segura minha blusa, enquanto eu tento abrir mais a torneira com as duas mãos.
Mas para a desastrada aqui, ela abre demais e quase estoura. Vai água por todo o lado e fico encharcada.
– Ops.
Derek começa a gargalhar da bagunça.
– Agora eu fico suja e molhada!
– Eu impresto minha blusa pra você.
Derek tira a blusa de mangas cinza que ele veste e joga na minha cara.
– Cavalo - digo, cheirando a camiseta, que tem um cheiro gostoso de perfume - Isso ta fedendo - faço careta.
– E você ta suja.
Empurro - o.
Reparo que ele fica com uma regata preta sem a camiseta por cima. Wow, como ele é bonito de regata.
Mordo os lábios, cassoando um pouco dos meus pensamentos.
Coloco a camiseta.
Derek é tão fofo.
– Obrigada Derek.
– Você fica tão bonita com o cabelo assim, nem arrumado, meio bagunçado, mas apenas normal. E usando a minha camiseta. Você é bonita de qualquer jeito. Como eu não conheci você antes ?
– Game nas minhas covinhas.
– Game no meu abraço - ele responde.
Abro os braços, e fecho os olhos fazendo careta. Sou esmagada por um abraço tão bom.
– Você me esmaga.
– Idem.
– Não. Eu não te esmago.
– Sei lá, esse abraço está atrapalhando meus pensamentos.
– Idem.
Toca o sinal.
– Droga - digo.
– Idem.
– Derek eu fui despensada hoje. Tenho que ir pra diretoria falar que já sai do hospital e ir pra casa.
– Eu sei onde você mora.
– SOCORRO! UM PSICOPATA!
Ela me da de língua.
– Já arranco essa língua.
– Seria bom.
O empurro.
– Mai, óia que safado ! - digo.
Ele sorri.
– Considere esse sorriso, aquele de lado, do whatsapp - ele completa.
– Ah ... aquele sorriso safado ... de ... PSICOPATA !
– Talvez.
Arregalo os olhos.
– Tchau Derek. Tenho que ir.
Ele beija meu rosto e se despede.
– Até dpeois da aula. Me chamou de namorado, agora que eu não te deixo em paz !
– Idem.
– Mas eu não te chamei de namorada.
– ACABO ! ACABO !
– Ainda.
– Bom mesmo. Tchau Derek !
– Bye - bye.
***