Beyond Life escrita por Mermaid Cyan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Laços de platina...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Idade média – Século XII

Era uma época prospera no reino. Havia ótimas colheitas, o rei estava contente e nenhum inimigo avia proclamado guerra. Uma época ainda mais especial para uma família de camponeses, o casal iria receber uma criança. Muito contente o patriarca trabalhava horas para dar o melhor possível ao bebê que viria a chegar.

Em um dia nublado o camponês encontrou algo surpreendente, ao menos para ele era. Um lobo fêmea muito ferida lutando para proteger o ultimo filhote que sobrou de sua ninhada. Ele então se aproximou dela e a mesma apenas olhou-o, foi um olhar angustiado, era seu ultimo suspiro. Com esforço a fêmea empurrou o filhote para o camponês, como um pedido para ele o levar, e este entendeu a súplica desta mãe em desespero, ela sabia que morreria, mas não desejava o mesmo destino a seu filhote.

Mas que depressa o camponês pegou o filhote nos braços e afastou-se com o fraco uivo da fêmea como se desse sua benção ao filhote, e assim ela silenciou-se e morreu.

Após dois dias a filha do camponês nasceu seu nome seria Luna, ou Lua em romeno, como presente seu pai lhe deu o pequeno lobo, que ganhou o nome de Clint.

Anos se passaram, os dois cresceram juntos, nunca saindo um do lado do outro e ao contrario do que pensavam as más línguas, o fato de ele ser um lobo não o tornou hostil a ninguém. Eles se defendiam com unhas e dentes, arriscando-se um pelo outro de varias formas. Seu laço só se intensificou mais quando Luna perdeu seu pai em uma guerra, e sua mãe ter adoecido morrendo logo em seguida.

Apesar das dificuldades eles nunca passavam fome, pois o rei fazia questão de ajudá-la, ainda mais pela bravura de seus pais para com o reino.

Em um dia comum, eles estavam andando pelas proximidades do reino até encontrar um rio de águas cristalinas onde pararam para Clint tomar água. Luna ficou observando-o e este bateu as patas na água jogando um pouco nela, a mesma sorriu revidando nele. Apesar de ambos terem seus dezessete anos, ainda gostavam de brincar juntos.

Luna era dona de uma grande beleza, possuía longos cabelos castanhos, olhos azuis muito claros e pele bem clara. Corpo bem definido em um vestido vermelho feito a mão. Clint não era diferente, possuía um porte bem forte e pelos brancos e negros brilhantes com olhos azuis.

Sua beleza atraiu a atenção das pessoas erradas. Não muito longe havia dois cavaleiros inimigos que de imediato foram até ela:

- Ora, é uma bela moça. – disse o primeiro.

- Concordo. Será uma honra levar esta jovem para os outros. – O segundo respondeu.

Luna afastou-se deles e Clint se colocou a frente dela, rosnando.

- Veja, este pulguento servirá bem de casaco. – o segundo disse.

- Não se aproximem! – Luna avisou.

- E o que fará?

Assim que ele terminou a frase Clint avançou contra ele mordendo seu braço, assim o outro o atacou com a espada, ferindo-o gravemente na perna, porém ele não recuou ferindo mais gravemente o pulso do primeiro fazendo-o largar a espada. O segundo aproveitou a distração do lobo e o acertou na barriga, assim ele caiu sem forças. O cavaleiro foi até Luna que ao notar a proximidade apanhou a arma do segundo cavaleiro e a escondeu.

- O rei irá matá-los! Iram pagar por o que fizeram a meu amigo! – Luna gritou.

- E o que vai fazer? Cuspir em mim?

Ele segurou-a pelo cabelo e a lançou contra o chão uns dois metros de onde ele estava, com o impacto a ponta da espada fez um corte na perna de Luna, sem demonstrar dor ela se levantou e quando o cavaleiro se aproximou dela a mesma o acertou na barriga com a espada, afundando sua lamina mais nele, até este cair.

O primeiro ao fitar a coragem e audácia da jovem partiu para cima dela, porem com um esforço final, Clint se pós a frente do golpe o recebendo por ela e com um movimento ágil ele cravou seus afiados dentes na garganta do outro cavaleiro, o matando no mesmo instante. E assim o lobo desabou nos braços de Luna, enquanto ela desesperada chorava.

- Perdão! Não pude salvar-te... Perdão, Clint... Perdão!

Clint sentiu a lágrima dela cair em seus olhos e com um ultimo esforço ele lambeu o rosto dela, secando assim, suas lágrimas... E então... Morreu...

...

Depois de toda sua bravura, Luna, recebeu honras que usou para se tornar a primeira arqueira de todos os quatro ventos. Honrado assim a vida que lhe foi dada por seu amigo.

Mas ela não o esqueceu! Não... Todas as suas flechas, seu arco e manto, possuíam um brasão com o rosto de Clint.

...

Após anos de bravura e coragem, Luna morreu ao proteger uma fêmea de lobo e sua ninhada dos cavaleiros inimigos...

1939 cinco anos antes do dia D.

Já com as ameaças eminentes os aliados (Grã-Bretanha, Estados Unidos e União soviética) estavam recrutando e treinando soldados para a possível guerra. Vários recrutas chegavam para a triagem e vários médicos se ofereciam para ajudar. Todos lá eram muito novos para estarem lá, porém isso não os impedia de ajudar a dar o melhor possível de si.

A cada dia chegava mais recrutas e médicos, entre os recrutas um se destacou mais e se tornou soldado mais rápido. Ele se destacava por sua agilidade, bravura e coragem, assim como seu desempenho e persistência, treinando horas e horas para dar seu melhor.

Durante todo o seu tempo de treinamento ele fez amizade com uma gentil enfermeira, ambos viviam juntos e protegendo um ao outro.

- Ora, o que uma enfermeira faz aqui cuidando de rapazes? – um recruta fala com deboche.

- Bom, recruta, ela tem mais experiência que você. O jovem soldado sentava-se para receber os cuidados da enfermeira.

- Senhor Clint. – ela sorriu o atendendo.

- Senhorita Luna. – o mesmo retribuiu o sorriso.

- Duvido que uma mulher seja isso tudo. Ela é mulher. – o recruta retrucou.

- Claro, ela é mais mulher que você. Clint respondeu sorrindo.

Sem graça o recruta saiu de lá deixando os dois sozinhos, rindo do ocorrido.

...

A cada ano que se passava eles ficavam mais amigos e mais próximos do temido dia D...

Então cinco anos se passaram e Clint foi junto aos soldados para a costa da Normandia, França. Foram os piores dias que Luna teve, ela ficou apreensiva sobre o final desta terrível guerra.

Clint auxiliou as tropas pelo campo de batalha, e bravamente lutou pelo seu país. Com a luta quase ganha os nazistas tentaram um ataque frontal, como era o mais experiente, Clint se pós a frente dos demais soldados, defendendo seus companheiros.

Assim que a guerra terminou Clint soube a triste situação de sua amiga... Ela estava doente, sua doença era grave e incurável. Por este motivo ele resolveu ficar e cuidar da melhor forma possível dela, ficando ao seu lado até seu ultimo suspiro...

- Acho que... Chegou à hora... – Luna tentou manter a voz enquanto segurava a mão de Clint.

- Agüente... Você é forte... Eu sei... – Clint conteve algumas lágrimas.

- Obrigada por estar ao meu lado, nunca encontrarei um amigo como... Você. – as ultimas palavras sairiam como um sussurro. – Siga em frente e viva... Por mim... Estarei te esperando... Em minha... Nova... Casa...

Assim Luna morreu e foi devidamente enterrada e homenageada por Clint e seus soldados. Alguns anos depois, Clint se tornou um respeitável major e morreu ao proteger seu país e duas crianças órfãs.

Século XXI presente

Havia acabado de começar o recreio, todos os alunos estavam saindo com seus lanches e sua turma de amigos, no meio disso estava um garoto sozinho. Ele tinha cabelos castanhos e olhos azuis, estava sem seu lanche e um pouco abatido.

Aos poucos uma garota de cabelos castanhos claros e olhos azuis, sentava-se perto a ele e sorria, enquanto ele a olhava confuso. Nas mãos da garota estava o lanche dela, o mesmo sentiu seu estomago se apertar. Notando isso, a garota levantou-se e saiu com tal ação o garoto abaixou a cabeça, um tanto envergonhado.

Alguns minutos depois a mesma garota voltou entendendo um pano no gramado debaixo de uma arvore arrumando os lanches, enquanto isso o garoto a observava discretamente e um tanto confuso, assim que ela terminou aproximou-se dela e o mesmo se assustou com o toque dela em seu pulso e o puxando com ela para perto da arvore. Assim ambos sentavam-se e comiam o lanche, o garoto estava um pouco sem jeito pela ação dela, já saciados ele resolve perguntar:

- Porque fez isso?

- Ora, porque eu acho mais divertido comer junto a alguém.

- Mas nem me conhece...

- Não seja por isso! – ela estendeu a mão. – Sou Luna.

- É... Clint... Prazer... – o mesmo respondeu sem jeito segurando a mão dela.

- Prazer Clint!

E assim recomeçou a grande amizade que começou entre uma menina e seu mascote, porém apesar as interferências a amizade deles sobreviveu a tudo isso, e começa a novamente ser re-escrita para mais um elo forte... Novamente...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler... Não vou reembolçar tempo nem lenços de papel. u.u



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