Meu Conto escrita por Nessa pml


Capítulo 9
Capitulo 9 Recomeço




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Iniciei minha faculdade já tinha ate perdido uns dias de aula, mas consegui me atualizar... eu seria uma medica, uma brilhante medica.(isso é o que minha mãe pensava, rs)

Conquistei novos amigos, novas experiências, menos um novo amor. Ah! Isso eu não queria de jeito nenhum. Cinco anos se passaram como se fossem cinco dias, eu não tinha voltado a minha cidade nem nos recessos de fim de ano, minha mãe é quem vinha ate mim. Nos primeiros anos ela me mandava noticias do João Pedro, mas depois foi deixando isso de lado, afinal eu já nem lembrava dele, era como se tivesse sido um pesadelo antigo e já esquecido.

Me formei! Eu agora era uma medica e apaixonada pelo que fazia, na verdade sempre quis ser medica... Então chegou a hora de voltar pra casa, arrumei minha mala que agora estava bem cheia, joguei no meu carro e segui minha viagem como se ainda fosse aquela garota, cheia de sonhos não vividos...

Quando cheguei em casa minha mãe me deu uma calorosa recepção e claro, não podia faltar meu bolo de chocolate...huuummm! Que falta tinha me feito! Me instalei no meu antigo quarto e quando abri a cortina e vi a arvore, foi inevitável não lembrar da cena de João Pedro caindo dela. Mas essas marcas já se cicatrizaram.

Minha mãe me chamou gritando pra ir comer o bolo que ainda estava quentinho, fui e no meio das conversas entre nós, surgiu o nome dele...

–Dassy, eu tenho uma coisa pra te contar.

–O que mãe? Pode falar.

–João Pedro esteve aqui esses dias atrás de você.

–O que ele disse? –Perguntei disfarçando o interesse.

–Disse que esta tentando te encontrar ha muito tempo, mas sempre sem sucesso então sabia que só eu poderia dizer onde você estava.

–Mãe você não contou pra ele né?!

–Bom, na verdade não. Eu disse que você não queria ser encontrada, e que já tinha refeito sua vida, disse pra ele seguir com a dele e esquecer-se de você.

–Ah! ta, e como ele esta? Tipo ele se formou?

–Sim, ele se formou em engenharia e esta visivelmente bem.

–Ah! sim, ok. –Dei um breve sorriso quando lembrei que ele dizia sonhar ser engenheiro para desenhar nossa casa.

–Mãe vou dar uma volta!

–Ta certa minha filha, vai ver o que mudou. –Ironizou.

Sai, andei por muitos lugares e percebi que tudo estava exatamente igual, a praça ate as flores, tudo do mesmo jeito, vi uma garota passando acho que ia pro colégio... me vi nela, foi bem estranho, continuei andando ate que parei na frente do colégio, lá onde tudo começou... deu saudade, suspirei e me virei, nesse momento esbarrei em alguém e quando vejo é ele João Pedro, ele me seguiu.

–Oi, Dassy! –Perguntou sem graça.

–Oi, João! –Respondi nervosa.

–Como você me achou aqui? -Continuei.

–Eu estava te observando de longe, e te segui.

–Ah! Agora você deu pra seguir as pessoas? O que foi? Ficou louco?

–Eu tava com saudade, Dassy.

–Não desconversa João, porque você me seguiu ate aqui?

–Eu to te procurando há muito tempo, eu precisava te ver.

–Me procurando pra que? Foi você que sumiu primeiro, não parece ser tão urgente assim né? –Desabafei.

–E o nosso filho, como esta?

–Nosso filho? Que filho? Eu não tenho nenhum filho nosso!

–Como não tem? O que você fez?

–João Pedro eu não tive nenhum filho seu, eu não estava gravida, e quando fui te contar você já tinha fugido, mas quer saber? Ainda bem que esse filho nunca existiu por que, seria muito frustrante ter de criar ele sozinha por o pai ser um covarde!

–Hadassa eu tinha 18 anos, eu era inconsequente, sempre te amei, mas aquilo me pegou de surpresa, na hora eu senti muita raiva e desespero, eu sonhava em casar com você quando a gente tivesse se formado na faculdade, Hadassa eu tinha planos pra nós e aquilo foi um baque pra mim, eu voltei pra casa no meio do primeiro semestre na esperança de te encontrar mas você já tinha ido embora... quase enlouqueci a sua procura, eu queria te pedir perdão, me perdoa por favor?

(...)

–Hadassa me perdoa? Eu juro que me arrependi muito de ter te deixado na mão...

–Eu te perdoo João, mas não vou ser hipócrita e dizer que poderemos retomar nossa amizade, porque só de pensar que se eu realmente tivesse gravida, poderia hoje estar com um filho sem pai... Isso não consigo esquecer!

–Amizade? Como assim? Eu quero você de volta pra mim... E eu já te disse que no meio do primeiro semestre eu voltei pra te procurar, por isso você não estaria com um filho sem pai.

–João, imagina o que seria pra mim ter de enfrentar todos, principalmente a família e contar sozinha que estava gravida? Já imaginou o que eu iria passar?

–Dassy por favor! Me perdoa, eu estava errado no desespero eu aprendi que meu lugar é do seu lado, por favor eu preciso de você... Eu ainda te amo!

–Volta pra mim, por favor!

–João não da, eu sinto muito... mas eu já te esqueci –Respondi enquanto saia.

Voltei pra casa, e furiosa comigo mesma por estar balançada de novo eu chorei.


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