Logo pela manha, ouço uma pedrinha batendo na minha janela, era ele me chamando pra irmos ao colégio juntos.

–To indo. –Gritei.

Quando o encontrei lá em baixo, me recebeu com um beijinho e disse:

–Bom dia marrentinha.

–Odeio que você me chame assim, sabia? –Rosnei sorrindo.

–Eu sei, por isso te chamo assim, rs.

–Aham sei, espere ate eu colocar um apelido em você, vai saber como é bom.

(risos e mais risos)

Os dias foram passando rápido, e na mesma proporção nosso sentimento aumentava, éramos um e nada nos afastaria...Até que numa quinta-feira minha mãe me ligou no meio da aula e disse que iria viajar pra cidade vizinha (onde mora minha vó), disse que ela estava adoentada e que precisava passar uns dias com ela, se despediu com um sarcástico: -Comporte-se!

Claro que eu iria me comportar, a não ser pelo fato de eu ter agora a casa só pra mim... eu sabia o que poderia acontecer, fiquei muito nervosa e receosa de contar pra ele, mas também não poderia esconder .

–Quem era? –Perguntou sussurrando por causa da aula.

–Minha mãe.

–O que ela queria, agora no meio da aula?

–Queria se despedir. –Respondi tentando enrolar.

–Despedir por quê? Fala...

–Porque ela vai viajar pra casa da minha vó, ela esta doente.

Nesse momento ele não disse mais nada e só respondeu com um: huumm!

Eu entendi muito bem o que aquele huumm quis dizer, mas estava confusa, claro que eu queria ficar com ele, mas não importa o quanto eu o amasse eu estava com medo.

–Hoje vou dormir na sua casa. –Disse.

–Por quê? –Me fiz de boba.

–Porque eu quero ter esse momento com você, e eu sei que você também quer.

–Você tem certeza que quer isso? –Enrolei.

–Claro que quero, eu te amo Dassy, por que eu não ia querer?

Me senti segura com essa resposta então respondi: -Ok! Sete horas, vou preparar um jantar!

–Ah não eu levo comida, você cozinha mal pra caramba.

–O que? É assim que quer me seduzir? Dizendo que cozinho mal?

(risos)

–Quando a gente se casar vamos ter que arrumar uma empregada, rs.

–Jamais! –Retruquei rindo (eu sabia que cozinhava super mal).

–Ok, marcado!

–Marcado. –Respondi ainda receosa.

Fomos pra casa, ele me deixou na porta e foi buscar as coisas dele, e a comida claro, rs. Eu estava preocupada, pois nunca tinha tido uma experiência sexual antes, mas também me sentia segura, pois ele sabia disso.

Chegada as temidas sete horas, ele como sempre pontual...chamou pela campainha corri pelas escadas e abri a porta, quando o vi senti uma coisa que não sei explicar, um brilho diferente, senti um amor maduro, mais forte!

Jantamos, assistimos dois filmes, brincamos de lutinha, ate que não deu mais pra esperar... os beijos começaram a ficar com sabor quente, minhas maçãs do rosto estavam vermelhas, seus toques me arrepiavam, senti que era a hora e me entreguei...foram momentos maravilhosos, nos amamos como loucos mas com muita doçura, magico! Essa é a palavra... No outro dia acordei meio com vergonha, mas radiante dava pra perceber o brilho diferente nos meus olhos, sensação maravilhosa, eu o tive em meus braços, ele conheceu meu corpo e eu o dele, nada agora nos separaria mais. Quando ele acordou, se espreguiçou deu um sorrisão passou a mão no meu rosto e disse:-Bom dia!

–Bom dia.

Estávamos muito mais apaixonados, parecia que tínhamos uma ligação, sei lá!

Ele dormiu mais três noites na minha casa, depois disso minha mãe voltou, e de cara ela me disse: -Esta radiante filha, o que aconteceu por aqui enquanto eu estava fora?

Ela já sabia, eu tinha certeza, mas não falei nada.

–Nada mãe, o que poderia ter acontecido... Eu hein! –Sai antes que fizesse outras perguntas.

Com o passar dos dias as nossas noites juntos não era mais tão fora do comum, eu já estava acostumada a ser dele e ela a ser meu, já fazíamos programas em família, e nossas mães adoravam a ideia de estarmos juntos, e isso era bom... Estávamos muito felizes e parecia ser realmente o meu conto de fadas.