Meu Conto escrita por Nessa pml


Capítulo 2
Capitulo 2 A peça.




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Teríamos que realizar uma peça de teatro, e como as escolas não tem muita personalidade e sempre variam muito o tema seria: Romeu e Julieta de Shakespeare, obviamente meu papel será? Quem pensou Julieta, com certeza ainda não me conhece, rs. Meu papel foi a ama de Julieta, quase sem falas e quase sem aparecer, e mesmo assim pensei que fosse enfartar... Todos prontos com seus devidos papeis, todos preparados e super empolgados, e eu claro! Marcamos para depois da aula os temidos ensaios.

Acabado o primeiro dia, fiz como de costume, joguei a bolsa só num lado das costas, coloquei meus fones de ouvido e segui até minha casa que ainda ficava no mesmo lugar da infância, já próximo de casa senti o cheirinho de bolo de chocolate, que eu amo!

Cheguei e já dei o meu grito: - Mae cheguei!

Subi as escadas e joguei minha bolsa na cama, tirei meu all star e troquei de roupa, claro né!

Quando desci, percebi que minha mãe tinha visitas, nem dei bola, nunca dou. Mas claro, minha mãe não poderia deixar de me envergonhar, me chamando de mal educada, então revirei os olhos e fui cumprimentar a visita, quando a vi eu quis me lembrar quem era, mas fiquei no vácuo, mas pra isso sempre posso contar com minha mãe, que logicamente tirou minha duvida... -Ela é a Inês, que morava aqui na rua, a mãe do... -Nesse instante entrei em transe, como pude não reconhecê-lo? É ele, o franzino virou um homem... então despertei e antes que minha mãe completasse eu disse: -João Pedro! -Ah! -Minha mãe exclamou! -Eu sabia que você se lembrava dele, claro né vocês não desgrudavam.

Nesse momento eu sai, estava numa sensação esquisita, ao mesmo tempo me deu um friozinho bom na barriga em saber que meu antigo e melhor amigo tinha voltado, mas também senti uma raiva em saber que ele era o maluco da moto.

Minha mãe e a Inês riam na cozinha, contentes em lembrar das boas historias que vivemos, sem saber que hoje quase nos atacamos, rs.

Subi e tomei um banho, quando percebi que a visita já tinha saído fui em busca de comer meu pedaço de bolo, mais que depressa claro, pois tinha ensaio da peça.

Quando cheguei no salão do colégio, ele estava lá, senti um enorme impulso em ir contar quem eu era, porque obviamente ele também não se lembrava de mim...pensei e fui.

–Oi! –perguntei.

–Oi! –respondeu sem animo e mexendo no script.

–Então, você não se lembra de mim?

–Claro que sim! Você é a doida que não come porcaria né?!

Pensei profundamente antes de dizer: - Eu sou a Hadassa, e antes de você me achar uma doida, nós éramos melhores amigos. Ta lembrado?

Ele então me olhou firmemente, suspirou e não respondeu, voltando a mexer no script.

– Sou eu a Dassy, (meu apelido, que não sou muito apaixonada) não lembra mesmo? –tornei a insistir.

–Claro que eu me lembro de você, só não tenho interesse em falar contigo, deu pra entender? Agora me da licença que tenho que decorar o texto. (ele saiu com o papel de Páris, um parente do príncipe).

Naquele momento eu quis morrer, senti uma enorme raiva por ele ter me ignorado mesmo eu tendo dito quem eu era, afinal pensei que eu tivesse sido importante pra ele. Senti também um arrependimento infinito por ter ido ao encontro dele: Como eu pude ser tão boba? –Pensei.

–Ok! –respondi e sai.

Ele nem se deu ao trabalho de me responder, o que me deixou ainda mais furiosa.

Ensaiamos quase a tarde toda, e como meu papel não se encontrava com o dele, nem olhares nós trocamos. Peguei minhas coisas e fui pra casa, meio chateada e revoltada porque por mais que eu tentasse aquela cena não saia da minha cabeça.

Os dias seguintes foram normais, se é que posso chamar minha vida de normal... Sempre após as aulas tínhamos os ensaios e nunca mais trocamos palavra alguma, às vezes eu percebia que ele zombava de mim pelas costas com seu inseparável amigo Ricardo, mas eu fingia não ver, era melhor assim.


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