Meu Conto escrita por Nessa pml


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa foi a primeira fic que ousei escrever, mesmo insegura decidi posta-la por acreditar que ela me servira de estimulo para sempre buscar mais, a primeira sempre é excitante, e contem as melhores reservas do nosso empenho, espero que me deem um voto de confiança e acreditem que boa ou ruim, este é só o começo!



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Quando nos conhecemos ainda éramos crianças, eu tinha 10 e ele 11... Morávamos numa cidade no interior chamada Gramado, vivíamos na mesma rua e nem sabíamos disso, naquela cidade as ruas eram todas iguais, casas pequenas e de vários formatos, com jardins coloridos, naquele tempo os vizinhos costumavam passar os domingos em família... Nós tínhamos o costume de brincar de taco ate bem tarde, quando nossas mães nos chamavam pra ir pra casa saiamos apostando quem chegava primeiro... Conforme foi passando o tempo, as brincadeiras já não eram tão frequentes, o cabelo descabelado passou a ser penteado, a camiseta grandona deu espaço ao sutiã, e chegou o dia em que as brincadeiras foram divididas, e então meninas e meninos não se misturaram mais... Nem me dei conta do quanto o tempo tinha passado e do quanto eu tinha mudado...

Comecei a estudar no colegial, sempre me senti meio deslocada, não sei se é pelo meu “jeitão” ou se tenho cara feia mesmo, o negocio é que sempre fiquei na minha, ando como quero, como diria a canção “caminhando contra o vento, sem lenço sem documento...”.

E tudo estava pra mudar e eu nem tinha ideia, (nunca temos ideia né?)...

Era agosto e como sempre estava muito frio, levantei meio dormindo e vesti minha calça enquanto descia a escada, como sempre desengonçada! Coloquei meu cardigã marrom engoli o café e peguei meu fone de ouvido (item muito importante). Estava atrasada por já ter me acostumado a dormir ate mais tarde em razão das férias de julho, na pressa já ia esquecendo minha bolsa... Mas enfim sai.

Andando em passos largos com muita pressa, eu não estava prestando atenção a mais nada a não ser minha playlist, quando um maluco sem noção, passou de moto correndo e jogou agua de uma poça em mim... Podem imaginar como fiquei? Enlouquecida!!! Eu rangia os dentes de ódio, ao ver que o máximo que ele fez por mim foi olhar pra trás enquanto desaparecia no horizonte, mas é claro que isso não foi motivo suficiente para eu decidir voltar pra casa, ainda mais eu que não tinha muito senso de moda ou frescurinhas do tipo, então, mesmo dando pra perceber que eu estava molhada fui em frente.

Hoje quando me lembro disso penso que deve ter sido o destino que não me deixou voltar para casa, porque era obvio que a vida não tinha me dado castigos suficientes. Já da pra imaginar quem estava numa rodinha de amigos quando eu cheguei no colégio né? Sim! Obvio, era o bendito motoqueiro, eu o vi de longe, pensei em mil maneiras de agredi-lo, mas por fim passei bufando perto dele e nem fiz nada, frouxa!

E como eu já era acostumada a passar despercebido, ele nem me notou passando, quando o sinal bateu entrei pra aula de inglês, ah a tão relaxante aula de inglês... e o pavoroso garoto estava com o mesmo horário que o meu, achei inacreditável uma pessoa chegar no seu primeiro dia de aula (sim porque ele se matriculou no meio do ano) e já ter amizades assim tão rápido, mas enfim... no momento em que me levantei pra pegar meu dicionário no armário, ele me reconheceu. Hoje fico fazendo sátira desse momento, pensando em como foi pra ele me reconhecer: Eu passando estonteante perto dele, e ele me olha de cima a baixo maravilhado quando enfim enxerga minha calça molhada e suja, deve ter sido hilário.

— Oi! -cumprimentou.

—Oi! –eu respondi.

— Desculpe eu perguntar, mas... por acaso foi você que eu molhei sem querer hoje mais cedo?

—Sem querer? Sei... foi sim.

—Ah! Qual é, a culpa foi sua por andar no meio da rua.

—Claro que a culpa foi minha, eu não deveria andar na rua quando soltam a cavalaria –ironizei.

—Ui! Me morde!

—Não obrigado, minha nutricionista não gosta que eu coma porcarias. –respondi com a sobrancelha franzida.

Ele suspirou e quando a resposta estava pronta pra sair... o professor entra com um gritante “Bom dia pessoal!”

Ufa, me livrei!

Peguei meu dicionário, e depressa me sentei escondida atrás dele, fiquei escutando musica ate o fim da aula, mas nuns lapsos de olhar eu verificava se o troglodita da moto estava me encarando, e não estava... Ele se sentou com um garoto que eu já conhecia Ricardo, eu percebi que as vezes eles olhavam, cochichavam e riam baixinho... mas como já sou acostumada com isso, nem liguei.

Acabada a aula fui ao refeitório, eu como sempre me sentei lá fora na grama, nunca fui dessas de grupinhos sempre fui assim meio deslocada, mas eu também não era um bicho antissocial, eu já tinha um grupo qual eu participava sempre dos trabalhos em grupo, o que seria a nova novidade de hoje, após o intervalo viria uma maravilhosa aula de português e claro, pra variar, teríamos um trabalho perfeito para mim: Literatura.


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Notas finais do capítulo

Meu desejo era fazer dessa fic uma One-Shot mas como os capitulos passam por algumas mudanças temporais achei que ficaria meio estranho, espero que nao se importem de ler mais um pouquinho, rs!



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