Enquanto Hamelin é banhada em maldição, eu tento esticar minhas asas para livrar todos dela, mas não consigo, tento proteger os pobres e indefesos sem teto, mas não funciona, a chuva passa por mim, tudo passa por mim.

As vezes, em ocasiões como esta, eu fico revoltada, pois não consigo ajudar todo o mundo.
Deus. - Falo.
Deus. - Repito.

Ele não responde. Ele nunca responde, eu sempre falo com ele, você não é o único a não ser respondido.

O céu estava negro e, logo após os Dimons aparecerem ao lado dos seus "donos" as pétalas caem do céu, mostrando de novo o céu com o seu rosto de sempre: azul com manchas brancas. A cidade fica cinzenta, uma neblina surge do sul de Hamelin, tocando cada casa e pessoa em Hamelin.

. Dimons e seus donos .

Rebekah Mikaelson: Um tipo de cobra amarela

Peter: Tigre branco filhote

Hook: Chipanzé

Wendy: Gato Norueguês da Floresta

Rudy: Panda

Klaus: Leão

Elijah: Pantera

Elsa: Urso polar

Jack Frost: Urso polar

Katherine: Pantera

Tyler: Lobo

Stefan: Coelho

Todos olham para os animais postados ao seu lado, alguns os abraçam, outros ficam amedrontados. Animais ferozes e animais fofos, Merida observa os humanos começarem a conhecer os seus respectivos Dimons, e sorri, um sorriso maléfico de lado.

– Missão cumprida - Diz Merida, ela some e só o que resta são pétalas negras que continuam caindo do céu, eram muitas.

– Um lobo... Um leão... Uma cobra... É, parece que os diabinhos se transfiguraram com base na nossa personalidade. Ironia mesmo é aquele coelho perto do Stefan, você é o que você come, não é, Stefan? - Brinca Klaus.

Stefan revira os olhos. O coelho de Stefan cresce, virando um coelho-mutante, mostrando suas presas afiadas e rugindo para Klaus e volta a sua forma normal.

Já não bastava sua alma ser um coelho. Ela tinha que virar um animal-mutante.

– Basta! - Diz Klaus com raiva. - Vamos embora Rebekah. - Ele puxa ela pelo braço, e seus Dimons os segue, a serpente sobe pela perna de Rebekah e se pendura em seu pescoço, enrolando sua calda no braço dela.

Todos ficam parados, observando o Zoológico em Hamelin. E observando Klaus puxar Rebekah pelo braço. Eles vão de carro até o fim de Hamelin onde no chão, estava enfiada uma placa que dizia: "Sie sind aus Hameln" que significa: "Você está saindo de Hamelin". O carro bate em uma espécie de barreira invisível, eles saem do carro, fecham a porta com força e tentam ultrapassar a "barreira" e acabam batendo de cabeça. Rebekah põe a mão, não sentindo nada, mas tinha algo lá, que os prendia.

Todos estavam presos. Em um zoológico livre.

Quando eu estava assistindo todo o show, a Ceify para a meu lado, olhando na mesma direção que a minha, os olhos não se cruzam, mas as palavras sim.

– O Ziel está brincando com eles. Aquele Saukerl.

. Uma tradução do dicionário alemão .

Saukerl: bastardo, canalha, desgraçado, sacana.

Ziel: Destino.

– Achei que o Ziel tivesse parado de brincar com as pessoas. - Falei.

– Ele deve estar entediado, e quer me dar mais trabalho, matando pessoas mais que o normal.

A diferença entre a Ceify e o Ziel parece não existir, mas existe. Ziel escolhe como tirar a vida das pessoas, onde e quando. Ceify tem o trabalho de recolhe-las.

Ziel, foi um anjo mandado à Terra, como a Morte e eu. Eu sou responsável por proteger a humanidade, a Ceify é responsável por recolher as vidas da humanidade. E o Ziel, é responsável pelas mortes da humanidade.

Ceify e eu fomos amigas, você já deve saber. Mas Ziel... Ziel era mal, é mais um com um vazio na veia, ele é o irmão da Ceify. Os olhos dele são azuis, cabelos negros e ondulados, seu queixo fino e cortado na vertical, sobrancelha fina e nariz fino.

...

Wendy senta no degrau de uma casa vizinha ao Plarge, ela se levanta no mesmo instante, sentiu algo perfurar seu bumbum.

– Prego? Por que caralho botam um prego na calçada de uma casa? - Disse ela. - Tanta gente por ai, e eu que sofro. Minha bunda dói, e o que aconteceu com o cú das inimigas?

– Lacrou! - Disse Katherine antes de Wendy terminar.

– Peter, tô cansadinho, me põe no braço? - Diz o tigre branco, sentando no chão, em uma posição fofa.

Peter da um pulo e abraça Hook, apontando para o tigre, dizendo:

– O BICHO FALA!!

– Eu tenho boca! - Disse o tigre. - Oi, panda! Por que ele ficou assustado?

– Acho que são loucos. - Diz o panda.

Katherine grita, Wendy grita, Peter grita, e todo mundo começa a gritar e os animais a conversarem entre si.

– Calem-se! - Diz Elsa congelando a rua Seele, fazendo um chão de gelo, o qual se pode patinar.

Todos se calam.

– Você adora fazer isso, né? - Diz Peter sério.

Elsa sorri.

Klaus volta no carro com Rebekah.

– Estamos presos. - Diz ele saindo do carro e batendo a porta, com uma expressão de raiva no rosto.

– O quê? - Diz Stefan.

– Tem uma barreira nessa droga de cidade que nos prende, estamos presos.

O grupo fica tenso.

Peter finalmente pega seu tigre no braço.

– É a maldição, porra! O que faremos? - Disse Tyler se aproximando.

– Se tem uma coisa que aprendi, é que toda maldição tem como ser quebrada, basta procurarmos. - Diz Rebekah em um tom de calma e tédio.

Klaus segura o pescoço de Peter, o arrochando.

– Você vai procurar uma brecha para esse feitiço, ou eu mato esses demônios que chamam de dimons, entendeu? - Diz ele.

– Entendi, agora me solta! - Disse Peter.

Klaus o solta e volta para o carro, indo em direção à sua mansão junto a Rebekah.

Peter observa eles saírem no carro, com uma expressão de raiva. Rudy segura na mão do Peter, Peter o olha, Rudy levanta a cabeça dele e o abraça, beija a testa dele.

– Vem, vamos aproveitar esse chão lisinho, pra tirar a tensão. - Diz ele.

Peter sorri. Eles saem do abraço, Rudy segura as mãos dele e os dois tentam escorregar no gelo. O panda e os ursos polares escorregam também, sapateando sobre o gelo com suas quatro patas sujas, depois escorregam sentados. Todos entram na ideia, e começam a patinar no gelo. Vários pares foram formados, e um baile se formou no gelo.

...

– Foi inteligente em aparecer aqui, para procurar a brecha para o feitiço. - Diz Klaus ao ver Peter e Hook parados à porta.

Eles entram, Klaus estende as mãos para a casa num gesto pedindo para eles entrarem, ele sorri.

Peter e Hook entram na enorme biblioteca de Klaus e começam a procurar um livro de magia, Klaus observa os dois da porta.

– Bitchcraft... Bitchcraft... Bitchcraft... - Ele repete enquanto procura os livros, passando os dedos sobre os livros e lendo seus títulos. - Aqui. - ele achou.

Ele põe na mesa e começa a foliar o livro.

– Por que o título é esse? - Pergunta Hook.

– Significa, bruxaria de vadia. Mas o livro é bem útil. - Peter responde.

– Procure algo como, Dimons! - Palpita Klaus.

Peter acha.

. Página do livro .

Dimons: São almas manifestadas em forma de animais que ficam a mercê da existência de seus donos. Para ativar esse feitiço precisas do seguinte: escolher uma cidade. Pétalas de rosas, uma sexta, e palavras mágicas. Mas tem um porém, apesar de ser uma maldição, existe o que quebra a maldição. Uma pessoa inesperada irá aparecer, e irá quebrar a maldição, não se sabe ao certo de onde ele veio, ou quem é, isso depende dos amaldiçoados. Ele irá criar e irá destruir, criar o bem, para destruir o mal.

– Bizarro! - Disse Hook.

– Basta esperar. - disse Peter.

– Estão liberados, vadios! - Disse Klaus

Eles saem da mansão de Klaus.

– Espera. - Disse Klaus. - Fica com o livro, vai precisar, para qualquer coisa...

Peter pega o livro, sem dizer obrigado, e sai. Apesar de Klaus ter o coração de pedra, ele era fino. Muito fino. E sabia amar. Inclusive.

– E ai, alguma coisa? - Disse Wendy sentada em uma cadeira no salão do Plarge com seu gato no colo.

– Não posso fazer nada. Alguém vai cair do céu e vai quebrar a maldição, vai quebrar o mal com o bem, ou seja lá o que for. - Disse Peter ao sentar na mesa com o grupo.

– Pai... - Disse Elsa.

Peter não escuta, ele estava ocupado de mais ouvindo seus pensamentos.

– Pai... - Ela repete.

– Sim? - Fala Peter acordando de seu sonho acordado.

– Não ta ouvindo?

– O que?

– Um barulho de moto.

Peter franze a sobrancelha e vai até a entrada do Plarge, para descobrir quem é. Todos o segue. Um homem com roupa preta, em uma moto preta, com capacete preto, para em frente deles, ele tira o capacete e mostra o seu belo rosto e seus cabelos negros. Ele sorri.