CADIMUS: Mutação escrita por Sombrio1


Capítulo 17
Gabriela - Willian


Notas iniciais do capítulo

Caracas, quanto tempo sem postar hein? Mas hoje, pra alegria de todos eu consegui postar. UFA!!! Vamos as noticias principais da semana.
1= Primeiramente venho agradecer a recomendação lindissima do Eudes, tu não sabe como eu pulei de alegria quando vi hehehehe, Muito obrigado.
2= Sim, eu demorei para postar, e eu espero que vocês me perdoem, demorei para postar por varios motivos, os mais famosos são as provas do enem, vestibulares, provas da escola, e eu ainda to sem pc, por isso tenho que escrever pelo celular.
3= Esse capitulo, e bem grandinho... kkkkk
Então vamos lá, boa leitura beibes...



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Pano molhado deveria resolver todos os problemas de limpeza. Desde gotas de vinho no chão a manchas de ketchup na roupa, mas fora isso deveria resolver principalmente problemas com larvas e insetos.

Eu estava sentada em uma caixa de madeira, em minhas mãos um pano molhado com água e detergente, e a minha frente estava Erick.

O meu Erick.

A pessoa mais bela do mundo em qual meu mundo se refletia, o grande amor da minha vida.

Passei o pano pela pele do braço dele, onde milhares larvas brancas se moviam freneticamente buscando carne do corpo dele. As larvas, caiam lentamente a cada passada de pano, mas sempre voltavam, era como se elas estivessem saindo dentro do corpo do meu amor.

Olhei para o rosto do Erick. Ele parecia muito mais velho. Seus cabelos ainda continuavam pretos, mas seus olhos pareciam como vidros e nunca se fechavam e sua pele estava branca como pó e fria como gelo. Eu acho que ele estava ficando doente.

Provavelmente, no futuro eu teria que roubar novamente o hospital para pegar medicamentos para cuidar do meu amor.

Embora eu não gostasse, roubar era preciso. O hospital não me cederia os medicamentos, assim como não cedeu o corpo dele. Um frio percorreu minha espinha e minhas pernas ficaram bambas só de lembrar de como fora trabalhoso entrar no necrotério, sedar os guardas, roubar o corpo e trazê-lo até o armazém sem que ninguém visse.

Aquele dia, a noite ficou a meu favor me escondendo de tudo e de todos. Até o sol para ver um grande amor.

Coloquei o pano no chão, decidida a voltar mais tarde com um inseticida para as larvas. Coloquei a mão na maça do rosto de Erick. Eu podia sentir os ossos do rosto dele embaixo da pequena camada de pele. Ele cheirava mal, mas eu não me importava. Eu o amava. Ele me amava.

Beijei o nos lábios profundamente, minha língua buscou a dele mas nada encontrou. Nada além de água.

Levantei-me, juntei minhas coisas e foi para fora do armazém, deixando Erick sozinho com as larvas e com algumas moscas.

–------------------***--------------------

O sol havia acabado de sair quando cheguei ao hospital, mas as pessoas da recepção já trabalhavam animadoramente. O hospital Cadimus era campeão em questões de organização. E quando digo campeão quero dizer o melhor. Não havia aquela correria diária em nosso hospital, não havia crianças chorando, e ele sempre estava limpo e esbelto em suas paredes, em seus cômodos brancos, e não se encontrava nenhuma poeira nos moveis.

Cadimus era o hospital dos sonhos de qualquer médico. Por isso só os melhores estavam ali.

Passei pela recepção e fui diretamente para o elevador. Apertei o botão e esperei impaciente a chegada dele. Quando ele se abriu, uma pessoa sorriu para mim.

– Gabriela, bom dia - Ele disse com aquele sorriso estranhamente branco.

– Bom dia presidente Willian - Respondo sinceramente a ele.

– Só Will, por favor. - Ele pega na minha mão e a beija lentamente. - Não se esqueça de hoje a noite, estou louco para jantar com você. - Apenas encarei quieta enquanto lembrava vagamente que hoje iríamos jantar.

– Claro. – Respondo, enquanto mentalmente buscava se teria que fazer alguma coisa mais tarde. Eu não queria ter que jantar com ele, não sei porque, mas algo no presidente Willian me dava arrepios.

– Vou mandar meu motorista buscar você as 19:30.

– Tudo bem. – Minha mente pragueja quando percebo que não tenho nada planejado para mais tarde.Tomara que algo aconteça, não quero jantar com ele. Oro silenciosamente a algum deus.

– Então, Até a noite. – Ele sorri e vai embora antes que eu possa dizer alguma coisa.

Entro no elevador e aperto o botão do andar do meu quarto. Preciso trocar de roupa e tomar um banho antes da minha rotina começar. O elevador sobe lentamente enquanto uma musica de fundo e tocada, quando se abre, se abre devagar, revelando duas pessoas. Uma mulher com cabelos curtos, pretos e separados que caiam pelas maças do rosto coreano em forma de coração, e um homem corpulento, de olhos marrons e pele clara.

Abri meu sorriso grande e falso para eles.

– Bom dia Jade. - Eu disse no automático para uma das integrantes da elite da Cadimus.

– Não temos tempo para "bom dia”, deixe-me passar. - Sai da frente dela, antes que ela me empurrasse. - Anda Daniel, o tempo corre. - O grandalhão se moveu até ela rapidamente e o elevador se fechou. Fiquei observando as portas de ferro do elevador. Jade era a mais educada da elite. O que houve com ela hoje?.

Passos ecoaram ao longe pelo corredor assustadoramente branco da Cadimus. Era um rapaz moreno, ele se aproximou rapidamente do elevador e bateu no botão.

– Droga! - Ele praticamente gritou, mas ficou ali, suas mãos tremendo e sua nuca suando.

– Houve algum problema? - Perguntei.

– Acharam mais um corpo morto.

Minha mente automaticamente voou para o corpo de Jhoanna encostado na parede, a boca aberta e as tripas para fora, com a mensagem pintada com sangue na parede. "CADIMUS, EU SEI O QUE VOCÊ É."

– Como assim? - Perguntei, a porta do elevador se abriu.

– Vem comigo que você vai ver. - Ele simplesmente disse e entramos juntos no elevador.

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O corredor estava lotado de pessoas quando chegamos, todas em frente a mesma porta e com o mesmo olhar de assustados. Empurrei as pessoas para que me deixassem ver o que estava acontecendo. Mas quando vi, desejei ter seguido meu caminho para o quarto e seguido minha rotina diaria.

Um homem negro estava deitado em uma cama, a pele do peito fora arrancada e jogada ao chão que estava com tanto sangue seco quanto a um abatedouro de vacas, os dentes dele foram arrancados e colados na parede formando uma única e objetiva palavra juntamente com o que me pareceu ser sangue. Vingança.

A imagem me deu náuseas e tontura. Me apoiei em algum medico para não cair, tive sorte dele ser educado.

Pessoas corriam a todo momento tentando acalmar as pessoas que estavam chorando, provavelmente as que conheciam o corpo e as que eram próximas a ele. Senti pena delas. Eu já havia me sentido assim, duas vezes, uma vez com Jhoanna, outra quando descobri que o coração do meu amado não batia mais.

A multidão de repente se abriu, e pelo meio dela dois homens passaram, com passos rápidos e firmes.

– Outro assassinato? - Um moreno que estava com o rosto serio e impotente perguntou enquanto seus olhos analisavam a mensagem na parede.

– Sim, acho que você não sabe de nada como sempre. Não e Rixon? - Jade retrucou enquanto saia do quarto em que o homem estava.

– Por acaso eu deveria saber Jade?

– Você sabe o que eu acho disso. - Ela disse para ele, levantando a voz tão alto que o andar de baixo inteiro a poderia a ouvir sem esforço.

– Eu não mataria ninguém em minha vida. - Ele tentou argumentar, mas em vão.

– Você é frio Rixon, se vesse lucro em matar alguém mataria sem pensar duas vezes.

– E qual lucro eu teria?

– O medo e capaz de cegar as pessoas a tal ponto que somos capazes de nos fecharmos completamente e nos escondermos. Esse e teu lucro. O medo. Quanto mais as pessoas sentirem medo elas irão sair daqui, e isso só vai te deixar mais perto do trono. Eu sei que é isso que você busca a anos.

– Sua dedução e incrível, talvez seja pelo motivo de você ter o tramado tanto e pensado dia após dia nele. - Rixon disse calmamente. Se as palavras de Jade foram para o abala-lo, não haviam feito nenhum efeito.

– O que você quer dizer com isso? - Ela perguntou perplexa.

– Todos sabemos que você quer a liderança da elite, não duvido que você tenha feito isso para conseguir. - A boca dela se abriu em um "o" perfeito. - Você é tão inocente quanto eu Jade.

Fitei Rixon por um momento. Seria possível que ele fosse tão ruim a ponto de matar as pessoas? Ele realmente queria o trono, ou era apenas uma armação de Jade para que ele deixasse a presidência da elite? Quem era o inocente ali? Quem era o culpado?.

Mark saiu do lado de Rixon e entrou no quarto. Pequenas lagrimas saíram dos olhos dele quando ele percebeu de quem era o corpo.

– Esse era o Miguel? - Ele perguntou, a voz chorosa e os olhos tão cheios que começavam a transbordar lagrimas para fora. Os murmúrios dos médicos e funcionários da Cadimus cessaram instantaneamente. Todos ali sabiam que Miguel era como o irmão mais velho de Mark, e todos sabiam como um se importava com o outro. - Esse era Miguel? - Ele repetiu, dessa vez gritando. A voz tomando lugar em toda a extensão do andar.

– Mark é... – Daniel tentou dizer alguma coisa, mas não terminou sua frase.

O choro se tornou um berro, e as lagrimas viraram cachoeiras transparentes que escorriam sem parar pelo rosto, pelas bochechas e pelo queixo até caírem e se espalharem pelo chão.

– Por favor volta! - Mark colocou as mãos no peito do cadáver que estava amarrado com cordas em cima da cama, sem se importar com o sangue que havia no peito devido aos dentes arrancados a força, e ao pedaço de pele do peito que foi arrancado. – Volta!

Ele clamava altamente, com gritos, gemidos e soluços.

Senti meu coração se queimar lentamente. Ele o amava como um irmão deveria o outro. Fechei meus olhos e me surpreendi quando lagrimas quentes desceram dos meus olhos e caíram no chão, espalhando o luto dentro de mim. Profundamente e silenciosamente.

–-------------------***--------------------

Eu não sabia ao certo se queria ir para o encontro com Will. Estava abatida demais para aquilo. Após ter ficado horas em luto por Miguel e chorado por Mark meu corpo estava cansado demais para um encontro. Mas quando me lembrei de quem eu iria encontrar, tirei forças das profundezas de meu ser e me arrumei para ir encontrar com Will. Um estranho que era meu patrão.

O lugar aonde ele havia marcado o encontro era um grande restaurante de comida italiana. As 7:30 o motorista particular dele parou no estacionamento particular do hospital Cadimus, meu celular tocou e uma voz suave, porem grossa e firme disse que me aguardava, e eu rapidamente desci de elevador até o estacionamento, e fui em direção ao carro preto de vidro fumê. Quando adentrei, a primeira coisa que percebi e que ele não estava lá.

– Senhorita Gabriela, o Senhor Willian a espera. - O motorista disse assim que entrei no carro.

– Tudo bem. - Eu disse.

Saímos lentamente do estacionamento do hospital, eu não consegui conter a curiosidade e olhei para o hospital quando saiamos, ele estava estranhamente assustador. Luzes brancas iluminavam o símbolo que ficava em frente ao nome da Cadimus, uma grande ampulheta sendo esmagada por cobras, meu pulso formigou a ver o símbolo.

Olhei meu pulso, o mesmo símbolo que brilhava na fachada do hospital, pulsava nele em meio a minha pele pálida. Eu me lembrava nitidamente do dia em que tatuara aquilo. Eu estava assustada e com medo e ao mesmo tempo feliz. Tatuar aquilo seria motivo de alegria para mim, assim como submissão completa ao hospital. "Tudo pelas vidas" eu disse aquele dia, recitando o famoso lema da Cadimus.

O carro andou por mais algumas ruas e parou em frente de um restaurante, a luz amarelada combinava perfeitamente com os tons de vermelho da fachada. O motorista saiu do carro e abriu a porta para mim. Eu o agradeci com um sorriso e subi os degraus que estava com um tapete preto para dentro do restaurante.

– Boa noite! - Uma mulher vestida de vermelho dos pés a cabeça me cumprimentou assim que atravessei a porta.

– Boa noite, eu estou acompanhada. - Disse, meus olhos percorriam o salão lotado de mesas, cadeiras e pessoas que comiam alegremente sua refeição noturna.

– Claro, de quem? - Ela puxou uma prancheta que continha vários nomes.

– Willian.

– Sobrenome por favor. - Ela me pegou, só agora que eu percebi que eu não sabia o sobrenome dele. Nunca havia perguntado.

– Bem, eu não... – Procurei um jeito de dar uma desculpa qualquer, mas não precisei usar nenhuma.

– Ela está comigo - Willian apareceu atrás dela, usava um terno preto e esboçava um grande sorriso branco.

– Ah, senhor Cadimus, mil perdões, eu não sabia... - Ela tentou se explicar, tremendo por dentro, eu pude perceber. Ele deveria ter muito poder para conseguir fazer isso. Um poder excessivo ao do hospital Cadimus.

– Não se preocupe Alexia. - Ele sorriu com bondade para ela e me estendeu a mão. Me puxando para longe das portas de entrada, pensei em olhar para Alexia, mas a voz dele sussurrou em meu ouvido. - Está linda essa noite Gabriela.

– Obrigada! - Eu agradeci enquanto sentia minhas bochechas corarem.

Ele apenas sorriu, coisa muito comum nele. Eu não o vi muitas vezes, mas em todas as poucas vezes em que o vi ele estava sorrindo. A mão dele me puxou delicadamente para dentro do restaurante. O interior era lindo, varias pessoas comiam e conversavam e um grande palco no final, estava uma banda, tocando uma musica calma. Não pude deixar de me lembrar das historias de princesas que eu lia quando era mais nova, o grande salão enfeitado com apenas uma única mesa, só que ao contrario dos contos de fada, aqui eram varias e não apenas uma. Quando chegamos a uma mesa vazia, ele me soltou e puxou a cadeira para que eu me assentasse. Eu não pude deixar de admira-lo quando ele se ficou a minha frente, em silencio apenas com o sorriso no rosto. Ele me lembrava um pouco o Erick. E claro com mais idade. Willian aparentava ter 40 anos de idade, os cabelos pretos começando a aparecer fios de prata, a pele branca marcada por leves rugas de expressão. De tanto sorrir, pensei. E fiquei me perguntando se Erick também teria essas rugas no futuro, pois em todas as vezes que eu o observara em segredo quando estudávamos em Yale ele estava sorrindo, seja com seus amigos, seja sozinho na sua aula de historia. A matéria preferida dele. A carreira que ele decidiu seguir, arqueólogo. É incrível como conseguimos saber das coisas quando as observamos e as estudamos. Eu observei ele, eu estudei ele, eu o amo, mais do que a mim mesma até.

– Sei que você deve achar meio estranho jantarmos bem no dia em que houve um assassinato no hospital. Mas é que eu realmente queria a conhecer melhor. - Willian disse quebrando a conversa silenciosa de nossos sorrisos.

– Eu ainda não entendo o motivo de querer isso Willian.

– Só Will, por favor. - Ele disse enquanto levantava sua mão sinalizando "pare" - Tem muitos motivos para eu querer te encontrar.

– Serio? E quais são esses motivos?

– Primeiro, eu amo a comida daqui, achei que você gostaria de experimentar. E segundo, você é a prodígio de Yale, seria uma honra para mim conversar com você. Mas se for problema para você, pode sair pela porta, e eu prometo não perturbá-la mais. - Ele disse enquanto seus dedos brincavam com um pequeno fio solto do pano vermelho da mesa.

Pensei seriamente na proposta dele, por um momento eu quase aceitei, mas me lembrei das últimas palavras dele "Mas se for problema para você, pode sair pela porta, e eu prometo não perturbá-la mais." Eu não entendi bem o que ele queria dizer com isso, ele podia muito bem estar pensando em me despedir.

– Ok. Eu fico. - Disse.

– Tem certeza? - Os olhos dele sorriam juntamente com a boca. Um conjunto perfeito, em um corpo imperfeito. - Não quero te forçar a nada.

E claro que não quer. Pensei.

– Não está me forçando, eu quero ficar. – Não gostava de mentir. Mas as vezes mentir e enganar era questão de necessidade.

– Ótimo!, já que vai ficar, por que não me fala um pouco mais sobre você, como disse antes estou realmente interessado em a conhecer melhor. – Ele colocou as mãos uma sobre a outra e novamente sorriu para mim. – Me fale um pouco sobre a sua vida.

– Não tem coisas muito interessantes na minha vida...

– Eu não me importo, realmente quero saber. – Ele me interrompeu, cortando minha frase e me deixando como uma tonta.

– Tudo bem. Bem, eu nunca fiz isso, não sei por onde começar.

– Que tal desde o começo.

– Tá. Me chamo Gabriela, tenho 19 anos, me formei em medicina em Yale quando tinha 16, passei por vários hospitais antes de trabalhar na Cadimus, aonde pretendo ficar até o fim da minha carreira trabalhista.

– Já namorou?

– Como é? – Ele perguntou sem fazer rodeios, o que me fez ficar assustada e ao mesmo tempo envergonhada.

– Namorou, ou pelo menos gostou de alguém.

– Nunca namorei. – Menti, eu namorava. Erick, meu amor eternal e imortal.

– Uma garota tão bela como você, nunca namorou? - Seus olhos se fixaram nos meus, como se ele quisesse ver o que estava lá dentro. – Eu não consigo acreditar.

Senti os pelos do meu braço se arrepiarem e minha pele pegar fogo, desde as bochechas até atrás das orelhas. Eu devia estar muito vermelha, pois ele desviou o olhar de mim, para um casal que estava sentado a umas 4 mesas de distancia.

– Então, porque não me fala sobre você.

– Me chamei Willian Sanders em tempos passados, ao contrario do que muitos acham, eu não me formei em medicina, pra falar a verdade nem me formei. Eu lembro como se fosse ontem, quando aquele homem atravessou a loja de conveniência aonde eu trabalhava, trocou poucas palavras comigo, e perguntou para mim se eu queria dirigir o hospital, eu achei que ele estava louco no inicio, acho que foi devido a cara de nojo que marcava o rosto dele. No final eu topei e passei de Willian Sanders a Willian Cadimus. – Eu simplesmente olhei para ele e concordei, mas por dentro de mim outra coisa acontecia. Uma guerra de perguntas sem respostas concretas. Will não se formou em medicina? Ele dirigi o hospital mais falado do mundo sem instrução nenhuma? Como aquilo era possível. Mas de todas as perguntas que bombardeavam a minha mente, as que mais me assustavam eram Por que ele trocou de sobrenome? E a pior. Quem era aquele cara?

Uau! Foi simples assim?

– É, pelo visto foi. Sabe, as vezes eu acho que tudo na vida e questão de sorte, e não de querer e fazer. – Sorte ou armação? Eis a questão.

– Porque mudou de sobrenome? – Perguntei, a curiosidade falava mais alto dentro de mim.

– Questões do hospital, não sei se devo confiar em você para contar.

– O senhor confiou em mim par dizer que nunca foi medico. Acho que deveria confiar para me contar o resto.

– Eu até posso contar, mas tudo tem um preço senhorita Gabriela. – Preço?

– Entendo, só por curiosidade, qual seria esse preço? – Ele olhou para mim, seus olhos me analisando profundamente e maliciosamente.

– Digamos que você ficara me devendo uma. Você topa? – Eu não tava gostando muito daquela proposta, mas eu precisava saber um pouco mais.

– Topo.

– A verdade e que todos os donos do hospital tiveram o sobrenome Cadimus no nome, isso devido a esposa do primeiro dono querer isso, logo continuamos com a tradição, por isso muitas pessoas chama o hospital como “Negocio de família”.

– Uma fraude. O hospital mais famoso do mundo não passa de uma fraude. – Meus pensamentos saíram mais alto do que eu imaginava, pensei que Willian me falaria alguma coisa, mas ele não disse, apenas concordou com a cabeça.

– As vezes tudo não passa de uma simples fraude... – Ele nunca terminou aquela frase. O telefone dele tocou. Ele estendeu a mão para mim enquanto falava com alguém. Eu não prestei atenção ao que ele falava, estava atordoada demais para escutar. Fraude, a Cadimus não passava de uma Fraude, mas o que eles estavam escondendo? Será que Willian sabia de alguma coisa? Ou não, ele não sabia de nada, apenas governava o hospital como quisesse. – Gabriela, sobre o que te contei aqui, quero que não conte pra ninguém do hospital. Tudo bem? – Eu nem havia percebido que ele havia desligado o celular, e muito menos visto quando ele o colocou na mesa.

– Tudo bem, eu prometo.

– Ótimo! Aproveitando que estamos falando sobre o hospital, você terá uma nova colega de trabalho a partir de amanhã. Eu conheci ela quando estava no Havaí, moça bonita, moça muito formosa.

– Qual o nome dela? – Perguntei enquanto tentava voltar mentalmente a mim mesma.

– Ninna, eu estava chapado quando chamei ela para trabalhar no hospital, aliás nem sei porque fiz isso. Mas como eu costumo dizer, promessa e divida. – Ele então piscou para mim, simbolizando que eu devia um favor a ele.

O restante da noite passou em um piscar de olhos, comemos muitos pratos chiques e deliciosos, mas embora eu estivesse sorrindo e conversando normalmente com Willian sobre nossos planos e contando sobre alguns fatos de nosso passado, minha mente se focava em apenas uma coisa. Uma grande fraude, serve pra encobrir alguma coisa, mas o que será? Será que é por isso que estamos enfrentando um assassino no hospital? Cadimus, Cadimus, o que você anda escondendo dos funcionários?


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Notas finais do capítulo

Teorias... Teorias... Teorias...
Então, quem será o assasino?
O que a Cadimus esconde além dos mutantes?
Qual será o favor de Will?
Muitas perguntas ficaram no ar com esse capitulo, e eu realmente pretendo as respondelas, se tiverem duvidas referente a algum personagem ou algo do tipo, podem me mandar Mp, eu não me importo, amo vocês, e fantasminhas, por favor apareçam pelo menos pra dar um "oi"...
Até o proximo capitulo com meu personagem preferido. Rixon



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