Going Under escrita por Cami


Capítulo 1
Caindo e caindo e caindo...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da fic, estava em dúvida se a escrevia ou não, mas ela ficou na minha cabeça o dia inteiro até sentar em frente ao computador e começar a escrever.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520262/chapter/1

Pov. Annabeth

8 anos atrás

Mais um dia de verão, e eu e Percy vamos sair para fazer alguma coisa, decidimos ir a um bosque aqui perto de casa onde é muito legal brincar de esconde-esconde.

Chegamos, e falei pro Percy começar contando, assim que ele fechou os olhos e começou a contar saí correndo, procurando um bom lugar para me esconder, achei uma arvore grande e fiquei ali mesmo, mas então apareceu um coelho branco vestindo paletó, devia ser de alguma criança então decidi pegá-lo, mas ele começou a correr (ou pular) para longe, e comecei a segui-lo até que desapareceu atrás de uma árvore, mas percebi tarde demais que havia um buraco e acabei caindo lá dentro.

Não parecia muito fundo, mas continuei caindo e caindo e caindo...

Até que o tempo pareceu desacelerar, com isso minha queda, cheguei ao chão delicadamente, mas não sabia aonde estava, primeiramente achei que era a toca do coelho, mas depois percebi ser uma grande sala com varias portas e uma mesinha no centro.

Na mesa havia uma pequena chave e uma garrafinha com uma etiqueta escrita “Beba-me”, eu não iria seguir aquilo, vai que era veneno, decidi pegar a chave e tentar abrir as portas. Nenhuma abriu, só depois percebi uma cortina de veludo vermelha e pesada, ao empurra-la para o lado vi uma porta, muito pequena para eu conseguir passar, então comecei a achar que aquilo era apenas um sonho, então tomei o liquido da garrafa.

Assim que o fiz, comecei a sentir o mundo a minha volta ficar menor, até que alcancei um tamanho decente para passar pela portinha.

Ao entrar naquele novo lugar senti que estava no paraíso, bem estranho, mas maravilhoso. As flores alcançavam dois metros (mas não podia ter certeza, pois mudei de tamanho) e havia moscas em forma de cavalos de balanço, e então vi um sorriso em cima de uma árvore, ao chegar mais perto vi que se tratava de um gato sorridente.

-Que curioso, pensava que gatos não pudessem sorrir – disse pensando em voz alta.

-Minha querida, aqui tudo é possível – ele respondeu para mim. Dei um grito e um pulo para trás – não faça isso – ele continuou – os agentes da rainha vermelha podem te escutar.

-Quem? – perguntei confusa.

-A rainha vermelha, ela é a governanta do país das maravilhas.

-Ah, sim, me conte mais.

Após caminharmos, pelo que senti, mais de três horas, comecei a ficar assustada. As pessoas, ou seres, daquele lugar eram todas malucas, virei para Cheshire (o gato) e pedi parar ir embora.

-Vou te levar então até a Lebre e o Chapeleiro Maluco, isso e nada mais – ele respondeu de um modo filosófico.

-Mas eu não quero encontrar mais gente louca – eu disse cansada.

-Se você está aqui deve ser louca também, pois todos somos no país das Maravilhas.

-Eu não sou louca – eu disse ofendida, mas segui o gato de qualquer jeito.

Chegamos a uma grande clareira, onde havia uma mesa de jantar que poderia muito bem acomodar vinte e quatro pessoas, havia um homem com uma cartola elegante e uma lebre colocando chá em uma xicara, já estava me acostumando as maluquices do lugar.

-Essa é a...? – perguntou o Chapeleiro.

-Não tenho certeza, caminhei por todo lugar, mas ninguém tem certeza, só você teria – Cheshire respondeu.

-O que está acontecendo? – perguntei.

-Queremos ter certeza de que é Alice, sua tolinha – ele disse com a maior simplicidade.

-Meu nome é Annabeth, não Alice – respondi confusa.

-As pessoas esquecem sobre quem são quando deixam o pais das Maravilhas.

-Eu quero ir embora agora – disse decidida.

Eles me encararam como se me analisaram por um bom tempo, até que o Chapeleiro se endireitou na cadeira e começou a falar.

-Temos que leva-la a Absolem, só ela poderá dizer afinal qual é sua identidade.

-Tem razão, mas temos que tomar cuidado com o Valete, soube que ele está fazendo ronda por aqui.

-Tomaremos, vamos menina – ele disse me puxando.

-Não se atrasem para o chá – disse a Lebre atirando uma xicara em nossa direção, que por pouco não acertou a cabeça do Chapeleiro.

Caminhamos por algum tempo em silencio, até ouvirmos um som de cavalo se aproximando, meu acompanhante logo colocou uma garrafinha em minha mão e mandou beber, diminui mais ainda meu tamanho. Não chegava nem nos joelhos dele, o mesmo me puxou para cima e me colocou debaixo de sua cartola.

-Bom dia Valete, não está um dia maravilhoso hoje – ele disse.

-Está tentando me provocar? – perguntou desconfiado

-É claro que não, por que iria querer problemas com a rainha vermelha – respondeu seriamente.

-Sei, tenho mais a que fazer do que discutir com um maluco – ele disse – de qualquer forma, fique de olhos bem abertos, soube que Alice voltou a essas terras.

-Se abrir mais meus olhos eles saltaram as órbitas – disse e começou a gargalhar balançando bastante a cabeça, quase me fazendo cair.

-Muito bem, se a vir, já sabe o que fazer.

-Sim, senhor – respondeu ainda gargalhando.

Uns cinco minutos depois ele tirou a cartola e me colocou no chão me dando um pedaço de bolo.

-De apenas uma mordidinha.

Assim que o fiz cresci de volta a meu tamanho, quase, normal.

-Obrigada por me salvar – eu agradeci.

-Sem problemas, se você for mesmo a Alice, lhe devo muito mais.

Comecei a ficar curiosa para saber se era ou não essa menina, e se não fosse quem era ela.

Continuamos a conversar até chegar a, o que parecia, uma plantação de cogumelos. Sentado em um deles estava uma grande lagarta azul fumando narguilé. Aquilo não fazia o menor sentido, mas eu não queria questiona-la, mesmo sendo o que fosse, passava um ar de sabedoria.

-Quem és tu? – ele perguntou soltando fumaça em nossos rostos.

-Absolem? – perguntei curiosa.

-Não, eu sou Absolem, a pergunta é “Quem és tu”? – ele repetiu.

-Annabeth – respondi tossindo por causa da fumaça;

-Pode ser, mas todos temos dúvida de que você é ou foi Alice.

-Mas como é possível, sei muito bem quem sou – eu disse.

-Não, você não tem. Estamos esperando o retorno dela desde que a megera da Rainha Vermelha retornou ao poder.

-Não acho que eu posso ajudar – eu disse lamentando.

Ele fumou mais um pouco refletindo, e voltando a me encarar, e concluiu.

-Ainda não, mas em um futuro qualquer você poderá.

Começamos a ouvir alguma coisa longe de nós, mas se aproximando.

-O exército da megera está chegando – disse o Chapeleiro alarmado.

-Ela está pronta para ir – disse Absolem.

-Como sabe – perguntei.

-Está começando a desaparecer tolinha – ele disse e então olhei para minhas mãos, estavam mais e mais transparentes – Até mais, espero revê-la, algum dia.

-Eu também – respondi aos dois e tudo ficou escuro.

Acordei, mas meus olhos estavam muito pesados, foi bem difícil abri-los. Assim que consegui me dei de cara com um teto branco e estava ligada por vários fios a uma maquina que emitia um barulho chato. E então me dei conta que estava com uma maquina de oxigênio.

Meu pai estava em uma cadeira dormindo ao lado da minha cama, tentei chamá-lo, mas não consegui, minha garganta estava tão seca que só consegui tossir. Mas foi o bastante para ele acordar. Logo que me viu abriu um sorriso largo e pegou minha mão.

-Ah, querida, estava tão preocupada com você – ele disse carinhosamente.

Fiz sinal para dizer que estava com sede, e ele me deu um copo de água.

- O que aconteceu, pai? – perguntei confusa.

-Você tropeçou em uma raíz de árvore e bateu a cabeça. Esteve em coma por três meses – ele disse tudo de uma vez.

Olhei para ele assustada, eu sabia exatamente aonde estive, ou foi apenas um sonho maluco, de qualquer forma eu iria descobrir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Reviews? Me ajudam a continuar.
Beijos darlings, até.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Going Under" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.