Terça-feira, dez horas da noite, Salão Comunal da Sonserina.
-Já falei Al, não tem mais ninguém fora das casas. Se alguma coisa acontecer só pode ser aqui.
-Tudo bem. Desisto. –Al respondeu a Julia. Os dois estavam olhando aquele mapa fazia bastante tempo e ninguém parecia suspeito.
Os dois foram sentar perto de Scorpius, Trevis (capitão do time da Sonserina) e Lizze (3º ano, batedora do time da Sonserina) que conversavam animadamente.
Estava tudo bem até Alvo ouvir uma voz estranha. Ela falava baixo, não parecia a voz de nenhum sonserino, era como um chiado. Alvo sabia que não era boa coisa.
-Estão ouvindo?
-O que? –Perguntou Lizze.
-Uma voz...
-Al, não tem ninguém falando, estão todos estudando. Escuta, ta silencio. –Era verdade, ninguém estava falando, havia poucas pessoas ali estavam todas fazendo seus deveres em silencio
-Merd*! –Alvo gritou assim que viu o que estava ‘falando’ com ele.
Uma cobra muito grande começou a se arrastar em direção ao grupo, e todos da sala ficaram paralisados, ninguém se mexia, apesar de prestarem muita atenção na cobra.
Alvo mandou a cobra se afastar, mas a cobra não queria obedecer, ela chegava cada vez mais perto e Julia havia acabado de desmaiar nos pufes. Mesmo com Alvo ali ela não parava, iria atacar a qualquer minuto, e iria atacar Scorpius.
“Droga, um feitiço... um feitiço... Eu não sei nenhum! Eu não posso ficar aqui parado, não, eu tenho que pará-la, mesmo com todos olhando, não posso deixar meu amigo” O pensamento que durou quase dois segundos foi o suficiente para fazer Alvo Severo agir.
Ele apontou o dedo para a cobra e ela começou a levitar, e de repente a cobra começou a se contorcer de dor, a cobra xingava o garoto de todas as maneiras que ela podia. Até que ela se calou, o silencio voltou a reinar no Salão Comunal da Sonserina.
Alvo olhou ao redor todos ainda estavam paralisados.
-Algum de vocês sonserinos com medo de cobra podem fazer o favor de me ajudar com a Julia? –Ao som da voz de Alvo a maioria ‘acordou’. Trevis ajudou o amigo a acordar Julia.
-Cobra! Eu morro de medo de cobra! E ela ia atacar o Corp! –Foram as primeiras palavras da garota, assim que acordou.
Depois de Ju falar o nome do amigo, Alvo viu que ele era um dos que ainda estava parado e foi falar com ele. Sentou ao lado dele, porém mesmo assim Scorpius não se mexeu.
-Corp, você ta bem?
-A cobra... a cobra...
-Calma amigo, eu a matei.
-E tem alguém querendo nos matar, Alvo, aquela é uma cascavel, primeiro elas vivem no Brasil, muito longe daqui. Segundo elas são super venenosas. Terceiro, por que não me contou que é ofidioglota?
-Sonserino, faz magia sem varinha e ofidioglota, isso não me traz lembranças boas.
-Desculpe. –Disse Scorpius se lembrando de Voldemort.
-Tudo bem, afinal eu sou filho de Harry Potter. Agora vamos acordar o resto dos nossos colegas estatuas.
***
Quarta-feira, quatro e trinta da tarde, Sala da diretora.
-Tem certeza de que devemos falar com ela? –Perguntou Julia.
-Tem alguém querendo matar nosso melhor amigo, é claro que devemos contar pra ela.
...
-Mas vocês têm certeza absoluta disso? –Perguntou a diretora McGonagall.
-Foi como nós dissemos, primeiro me envenenaram, só que na verdade estavam tentando envenenar o Scorpius, e agora uma cobra gigante brasileira nos ataca no meio da Sala Comunal as dez horas da noite. Só pode ser um sonserino querendo matar nosso amigo, só não sabemos o porquê.