Casa dos Potter, sete e trinta da tarde, 24 de dezembro.

     -Pai, por que as garotas demoram tanto?

     -Não sei Al.

     -Mas vale a demora.

     Harry, Alvo e Tiago estavam na sala esperando, há muito tempo, Gina, Lilian e Julia.

     -Sabe a sua ideia de comprar essa televisão foi a melhor pai! –Disse Tiago enquanto mudava de canal.

     -Os trouxas tem boas invenções.

     -Eu também acho! –Disse Gina.

     Desviando suas atenções da TV os meninos viram Gina e Lily que estavam descendo as escadas, uma mais linda que a outra.

     Lily estava usando um vestido dourado curto com uma sandália de salto baixo também dourada, uma linda tiara na cabeça finalizava o look. Por outro lado, Gina estava bem diferente, com um vestido vermelho comprido vermelho que combinavam perfeitamente com seus cabelos.

     -Vocês estão lindas! –Disse Harry.

     -Obrigada papai! –Disse Lily. –Você também esta lindo!

     -Concordo plenamente com você. –Disse Gina, dando um beijinho em Harry.

     -Cadê a Julia?

     -Bem aqui Al. –Disse ela do alto da escada.

     “Uau! Nossa! Como ela esta linda! Parece um anjo!” Pensamentos de Alvo Severo.

     Julia estava realmente maravilhosa. Naquela noite, o cabelo que sempre ficava liso, estava preso em grandes cachos, o rosto com uma suave maquiagem que ficava perfeita junto com o belíssimo vestido verde escuro curto e a sandália prateada de salto alto.

     Ela parou em frente a Alvo e falou sorrindo, com uma voz doce:

     -Alvo...

     -Sim.

     -Fecha a boca que você esta babando, querido.

     Todos da sala riram enquanto Al acordava do estado de transe. Julia sorriu e deu um selinho em Alvo.

     -Vamos então? –Perguntou Tiago.

     -Tudo bem.

     E os seis se dirigiram à lareira e foram para a Toca.

     ***

     Uma musica animada e muita conversa era a única coisa que se ouvia na Toca quando os Potter e Julia chegaram.

     -Feliz quase natal! –Gritou Lily assim que chegou, anunciando a chegada deles.

     Todos pararam e foram falar com a família recém chegada. A maior parte da família tinha vindo, só quem tinha ficado de fora da noite de natal eram Carlinhos, que só viria para a Toca no dia de natal e Dominique, filha do meio de Gui, que preferiu ficar em Beauxbatons. Resumindo, a casa estava realmente lotada.

     Depois de algum tempo, Al e Ju conseguiram sair despercebidos do mar de gente que vinha falar com eles, os dois encontraram Rosa com Hugo, Louis, Fred e Roxanne, Molly, Lucy e Lily, todos conversando.

     -Feliz natal! –Disseram os dois.

     A maioria dos presentes não conhecia Julia então, além de feliz natal todos pararam para conhecer Julia.

     -E todos vocês estudam em Hogwarts? –Perguntou Julia.

     -De nós doze, a única que não estuda/estudou em Hogwarts foi a Domi. Ela quis ir para Beauxbatons. –Disse Fred.

     -E nós nunca nos vimos?

     -Provavelmente já, mas nós não gostamos de nos misturar com sonserinos.

     -Tão engraçadinha Roxy. –Disse Alvo

     -É um dom!

     -Somos tão bons quantos os grifinorios, até melhores. –Defendeu Julia.

     -Cuidado com o que diz somos 19 contra dois, tirando Rosa e Hugo. –Comentou Louis.

     -Espere Scorpius chegar e somos três. –Disse Alvo.

     -Falando nele, onde será que ele esta?

     -Calma Rosa, seu namorado já vai chegar.

     Assim que Hugo terminou o som da campainha foi ouvido. O sorriso de Rosa triplicou de tamanho e a ruiva correu para atender a porta. Por outro lado Ronald parou instantaneamente de conversar com Gui, e ficou prestando atenção à filha.

     Rosa abriu a porta e já estava pulando em cima do convidado, quando percebeu que não era o seu namorado.

     -Sabe Rosinha, a maioria das pessoas acha a minha presença bem agradável. –Disse Teddy Lupin, ao ver o sorriso da quase-prima desaparecer.

     -É que eu estava esperando outra pessoa. Mas eu adoro a sua presença. Feliz Natal.

     Teddy entrou e todos foram falar com ele.

     Rosa saiu da casa e ficou sentada e um banquinho que estava perto da porta. “Por que será que ele não chega. Ele me disse que com certeza iria vir!”

     -Por que esta tão triste?

     A ruiva sorriu e pulou em cima do garoto.

     -Tive um pequeno problema de família, mas isso não vem ao caso. Eu estava morrendo de saudades.

     -Eu também. Você esta lindo.

     -Você está mais.

     Ela se afastou um pouco de Scorpius, o seu loirinho estava sorrindo para ela, aquele sorriso que ela tanto sentiu falta, aqueles olhos cinzas como tempestades, brilhando para ela.

     Rosa não conseguiu (nem quis) se conter. Quando percebeu já estava beijando ternamente o namorado. Naquele momento percebeu que nunca mais iria conseguir ficar sem ele.

     -Que bonito! Tudo bem, esqueça os amigos, eles não estavam sentindo sua falta mesmo! –Disse Julia risonha, fazendo Corp e Rosa se separarem violentamente.

     -Não teve graça sabia? –Respondeu Corp, mas Julia e Alvo já estavam as gargalhadas.

     Assim que Ju parou de rir, correu para abraçar o amigo com força, que retribuiu o abraço, e logo foi abraçar o melhor amigo.

     -Não querendo estragar a alegria de vocês. –Disse Lily. –Mas já estragando. Tem um tio meu que não gostou muito do sumiço repentino da filha e me mandou aqui atrás dela, ele diz que quer falar com vocês todos.

     Alvo e Julia entraram na casa. Rosa e Corp ficaram pra trás.

     -Aqui, pega. –Rosa entregou a corrente em forma de serpente para Scorpius.

     -Obrigado.

     -Por quê?

     -Eu não suportaria ter que passar o natal sozinho em casa.

     -E eu não suportaria passar o natal sem você... Está preparado? Meu pai vai querer te matar.

     -Eu enfrento qualquer um por você. Vamos.

     Rosa entrou na frente puxando o namorado pelo meio das pessoas, que viravam para ver o que iria acontecer.

     Rony estava parado ao lado de Hermione, muito vermelho, o que significava que seria difícil convencê-lo de que Corp era um bom namorado.

     -Pai, esse é o meu namorado Scorpius Malfoy.

     -Boa noite senhor Weasley. –Disse Corp apertando a mão do sogro.

     Rony ficou alguns instantes analisando o garoto, depois passou seu olhar dele para a filha, e de volta para ele, e de volta para a filha. Então falou:

     -Não aprovo o namoro de vocês dois... Mas se você gosta tanto dela a ponto de deixar seu perfeito banquete de natal Malfoy para vir aqui ficar em uma casa cheia de Weasleys só por ela. Acho que posso permitir que vocês sejam namorados. –Terminou olhando profundamente dento dentro dos olhos do loiro.

     -Faço qualquer coisa por ela, Sr Weasley. –Disse Scorpius sustentando o olhar.

     “Parece que correu tudo bem. Agora preciso tirar meu namorado daqui antes que meu pai coloque fogo nele.”

     -Ok... Agora que se conheceram, vamos, estou com fome... –E Rosa saiu puxando seu namorado para a cozinha.