P.O.V Alvo Severo Potter.

Sexta feira, 17 de dezembro; ultimo dia antes das férias de natal.
Depois de conseguir fugir de todas as pessoas que vinham falar comigo e meus colegas desde que acordei hoje de manhã, me encontrei sozinho em uma parte distante do castelo. Estava decidindo como faria pra falar com Julia.
Tinha que pedir desculpas primeiro, se não ela nunca o faria e, além disso, estava me matando ficar tanto tempo sem ela.
Passei o dia todo sozinho, pensando, me preparando; e fugindo das pessoas que insistiam em me perguntar como eu havia ficado petrificado, mesmo já sabendo que a resposta era: eu não tenho a menor ideia!
Na hora do jantar sentei de propósito ao lado de Julia. Tomei coragem e disse:
-Precisamos conversar.
-Eu sei disso.
Fiquei surpreso, achei que ela iria me ignorar de novo, como estava fazendo a mais de um mês. Nós dois passamos o jantar quietos, comemos o mais devagar possível para ficarmos pra traz e podermos sair o mais despercebidos possível.
Obviamente não deu certo, mas Corp percebeu o que eu queria e foi embora, levando consigo metade da Sonserina para as masmorras.
Me levantei e fui embora antes de Julia, sabia de um lugar onde poderíamos ficar sozinhos, ela me seguiu um pouco depois, sempre me observando com aqueles grandes e lindos olhos castanhos.
Depois de um tempo caminhando parei em frente a tapeçaria com trasgos dançando balé. Pensei três vezes em um lugar em que eu pudesse ficar sozinho com a Julia para conversarmos. Uma porta de madeira surgiu em nossa frente e vi pelo canto do olho Ju ficar impressionada. Abri a porta para ela entrar, respirei fundo entrei também e fechei a porta. Era agora.
-Julia...
-Me desculpe.
-O que?! –Me virei e a vi de costas pra mim, agradeci por isso, tinha certeza que ela iria rir da minha cara.
-Eu sei que isso não faz o meu tipo, mas eu precisava dizer isso. Acusar sua família não foi legal, depois de tudo o que eles fizeram pelo mundo...
-Tudo bem, eu não deveria ter gritado com você, muito grosso da minha parte, desculpe.
-Tudo bem. –Julia disse e se virou pra mim com um sorriso fraco nos lindos lábios. –Quer saber um segredo?
Eu sorri pra ela também, isso foi um ‘sim’.
-Estava sentindo falta de você e desse seu sorriso bobo.
Ela chegou bem perto de mim e me deu um abraço, eu estava sentindo falta daquilo, seu cabelo tinha um cheiro doce açucarado que me fazia ficar nas nuvens. Ela me soltou devagar, segurou o meu rosto e disse:
-Nunca mais me faça ficar tanto tempo longe de você.
E nós nos beijamos. Já tínhamos feito isso antes, mas dessa vez foi especial, tinha algo a mais que fez aquele momento ficar ainda melhor. Senti a sala ao meu redor se modificar, mas eu nem reparei estava mais interessado na morena à minha frente.
Depois de um tempo nos beijando eu me afastei para poder fazer uma coisa que já deveria ter feito há muito tempo.
-Julia, -Apesar do nervosismo estar me matando eu continuei. –você quer namorar comigo?
-Achei que não fosse perguntar. –Disse ela sorrindo. –É claro que sim Alvo, sabe, estou esperando esse momento a muito tempo...
-Saiba que eu também!
-Bom, com isso concluímos que temos algo em comum!
Nós dois rimos e depois ficamos nos beijando, por um tempo incontável.

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