O Padrasto escrita por Lúúaah Tekileira Benson


Capítulo 48
Capítulo 48




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Cristina se afasta dando-lhe vários selinho seguidos. E olha em volta sem ver a filha.

Cristina: E Acsa? (Olha para o galpão em chamas). Foi você? UAL. (Sorri).

Frederico: (Sorri de canto). Tive uma pequena ajuda. Mais bem pequena! (Lembrando de Acsa). Ela esta no carro. Daqui a pouco ela sai, está cansada e precisa de cuidados médicos.

Cristina: E você também. (Toca na ferida dele).

Frederico: Ai. Foi aquele desgraçado. (Suspira).

Acsa sai do carro se escorando no mesmo, olhando para todos. Incluindo os policiais que chamavam pela ambulância, pra combater o fogo. Cristina vai até ela, e a abraça, tentou recuar, mais se sentia tão segura ali, era o melhor do mundo.

Acsa: Mamãe! (Com voz de choro).

Cristina: Está coberta de sangue! (A olhando). Como? Você está bem?

Acsa: Claro. Se dei conta do recado, (Olha para Frederico). Tá, você me ajudou, (Ele cruza os braços a reprovando com o olhar). Ok, nós mandamos a ver! E... Não força Frederico. (Indo até os atendentes... A caminho desmaia).

Frederico e Cristina correm até ela, junto aos paramédicos. A colocam na maca, a pondo na ambulância junto com Frederico, e Cristina para acompanha-los. Ia acariciando a face da filha o caminho todo.

Naquelas terras ficaram Maria e Estevão, junto ao Det. César, que necessitava falar com eles, enquanto sua parceira já se encontrava indo a caminho do hospital.

Maria se afasta um pouco de todos, por se sentir agoniada ali. E começa a caminhar, e ao lado do galpão de longe ela vê uma janela quebrada, a do terceiro andar, a mesma tinha uma mancha de sangue. Maria fica pensando no sofrimento de alguém sendo queimado vivo, um arrepio lhe percorre ao corpo. Logo mais se dá conta do quanto afastada estava de todos ali, e decide voltar rápido para junto dos demais.

Maria: A alguma possibilidade dele ter fugido?

César: Sim à, mais ainda tenho que tomar o depoimento do Frederico e Acsa. E sabermos se tem corpos ai, e quantos.

Estevão: Entendemos, espero que ele esteja morto.

César: Acho que a cadeia lhe cairia melhor, assim pagaria pelo que fez ao senhor.

Maria: (Suspira). Eu acho que não temos nada a fazer aqui.

César: Um dos senhores poderia identificar Bruno?

Maria: Eu não posso. Desculpa.

Estevão: Poderia ser amanhã pela manhã, hoje o dia foi muito exaustivo a esta família. Todos necessitamos descansar, até mesmo você detetive.

César: (Sorri). Det. Victoria e eu vamos pegar uns dias de férias, depois do caso todo solucionado.

Maria: Ótima ideia. Que tal fazer o mesmo amor?

César: Eu os recomendo. (Dá uns tampinhas no ombro de Estevão, e se retirá).

Estevão: Tudo depende da forma que as coisas forem amor. Estou preparado para contar a verdade a nossos filhos, eu quero contar hoje toda a verdade.

Maria: Tem certeza? Não quer esperar por Frederico, Cristina e Acsa?

Estevão: Não. Até mesmo porque, isso só diz direito a você, a nossos filhos e a mim.

Maria: Irá revelar a Ângelo que é nosso filho adotivo?

Estevão: Para começar uma vida nova é necessário estarmos sem mentiras entre nós. Merecemos um vínculo de verdades entre nós, nada mais baseado em mentiras, entende? (Acaricia os cabelos dela). A menos que não queria contar.

Maria: Se você se sente preparado, aqui estou eu.

Estevão: Obrigado. (A abraça forte). Te amo!

Maria: Te amo mais. (Nervosa).

[...]

Mansão San Román.*

Estevão e Maria já haviam contado detalhes do que ocorrerá naquela noite, os deixando boquiabertos.

Nesse momento a sala de estar, estava apenas Maria e Estevão juntamente aos seus filhos, que estavam sentados a frente deles. Maria e Estevão nervosos, enquanto o restante permanecia curiosos.

Roberta: Gente fala por favor! Estou ficando irritada já. O que tem a nos contar?

Maria: Calma filha, o que temos a dizer é difícil. Será algo que mudará nossas vidas, principalmente a de vocês.

Estevão: (Suspira, e olha para o quadro). Eu não sei se contei toda minha história a vocês. Antes de ir preso eu era casado, (olha para Maria). Junto com minha esposa, ou melhor com nossa família éramos muito felizes. Mas como sabem, Bruno cometeu um crime, me incriminando. Deixei para trás minha esposa com nossos dois filhos biológicos, e um adotivo, o qual sempre tivemos amor por igual. Não sabia que quando tinha sido preso, ela estava grávida. Se passaram quinze anos. Voltei ao meu pais de origem, me casei com a minha ex-esposa novamente. Fui negado pelos meus filhos, (com os olhos marejados). Mais nunca desisti de vocês. E nunca irei, até o fim por vocês.

Heitor: E o..o homem do quadro?! Quem é esse?

Maria: Um estranho! (Sussurra).

Estrela: (Vai até o pai e o abraça). Eu já sabia! (Sorrindo).

Heitor: Porque nos esconderam isso? (Revoltado).

Roberta: (se levanta caminhando de um lado para o outro). Como você pode. (Aponta o dedo para a mãe). Você mentiu nos enganou. (Gritando). E depois dele voltar. (Apontando para o pai), não nos contou a verdade. Porque? Porque? Vocês foram mesquinhos e hipócritas. (Chorando).

Estrela: (Surpresa com a reação da irmã). Ro, nossos pais não deixaram de ser quem são.

Roberta: Cala a boca. Você só o aceitou e aceitou a mentira dela, porque eles aceitaram seu filho, Estevão até escondeu.

Maria: Roberta se acalme por favor, isso não lhe fará bem. (Preocupada).

Roberta: Acha que ocultar a verdade me fez bem? (Grita).

Estevão: Pequena, o que sua mãe fez para o seu bem. Acha que faria bem a vocês ou a mim, me verem naquele estado? Preso. Acha que aquele é lugar para uma criança, ir ver o pai? Pois lhe digo que não é. E se fiquei omitindo a verdade, foi pelo simples fato, de querer mostrar aos meus filhos minha inocência. Não queria que tivessem vergonha de mim, isso doeria tanto em mim, que vocês não podem imaginar.

Heitor: Eu já sabia que era meu pai, porque não terminou por me contar tudo? Eu merecia saber isso papai.

Roberta: Todos sabiam, menos eu? (Aponta para si).

Maria: Estrela não sei como soube, mais Heitor soube em meio a uma discussão minha e de Estevão. Mais não conseguimos contar toda a verdade. (Suspira). Por isso ele foi embora de casa.

Estrela:(olha para Ângelo). Você não dirá nada?

Ângelo: Dizer o quê? Nem sangue do sangue de vocês, eu sou. (Suspira). Eu vou para o meu quarto.

Maria: Não, Ângelo filho temos que conversar. As coisas não são como vocês pensam, tentem se acalmar por favor. E nos ouçam.

Ângelo: Estou calmo, Sra. Maria. (Com ironia).

Estevão: Me deixa surpresa sua reação Ângelo, a sua e a de Roberta. Sempre comentei com a mãe de vocês que sentia medo da reação dos irmãos de vocês, mais você me surpreenderam. Justo vocês aos quais me aceitaram, aqui na casa, na vida de vocês, e ao lado da mãe de vocês.

Ângelo: A história mudou, Estevão. Eles já sabiam a verdade, nós não. (Diz com desprezo).

Roberta: (Abraça Ângelo, que corresponde ao abraço). Ângelo é filho de quem? Sem mentiras.

Maria: Alba! (Chorando). Eu não sei quem é seu pai, ela nunca quis me contar.

Estevão: Nunca fizemos diferença alguma entre vocês. Nós amamos muito vocês. Talvez quando forem pais, entendam nossas mentiras, nossos sacrifícios, nosso amor.

Roberta: Nunca! (Grita). Nunca irei mentir, para um filho meu. Vocês jogaram baixo, conosco.

Estrela: Está tudo esclarecido, porque não vamos viver em paz? A mais de 15 anos, meu pai esteve preso injustamente. Nos poupou de uma vergonha, tentando nos defender. Pois sua vida em risco, por nós. Estamos aqui gente. (Se virá para o pai). Me perdoe, por tudo o que lhe fiz, lhe falei. E obrigada, por ter estado não apenas ao meu lado mais ao lado de todos. Você continua sendo meu herói, papai. (O abraça).

Estevão se emociona de ouvir estas tão aguardadas palavras, da boca de um de seus filhos.

Heitor: (Vai até eles e os abraça). Fomos muito infantis, desculpa. (Vai até a mãe e a abraça). Perdão mais uma vez, por ter ficado com raiva da senhora, por pensar que havia traído meu pai.

Maria: Tudo bem, filho. Te perdôo.

Ângelo: Eu preciso pensar. (Sai correndo para seu quarto).

Estevão: E você Roberta? (A olhando).

Roberta: Aguarda meu pedido de desculpas? Não vai tê-lo nunca. Sempre lhe respeitei, até este momento.

Heitor: Maninha não se deixe levar pelo rancor! (Indo até ela).

Roberta: Cala a boca seu hipócrita. Vocês todos são. Só falta fingir que está tudo bem, e nada ocorreu nesta "família", (faz entre aspas com os dedos). Eu era feliz antes de você regressar Estevão. (Vira-se de costa para sua família).

Estevão: Deseja que me vá desta casa? Pois eu me mudo, se quiser eu sumo da sua vida pequena. (Fala com o coração na mão).

[...]

Hospital.*

Frederico já havia cuidado de seu ferimento na cabeça, e estava ao lado de Acsa junto a Cristina. Acsa estava no soro, por estar fraca. Haviam feito todos os exames adequados, já que ela havia sido atropelada. E por sorte não havia sofrido nenhuma fratura.

Até certo momento Cristina e Frederico se mantinham em silêncio. Apenas olhavam a filha do sofá, que tinha no quarto. Frederico, delicadamente, a puxa para si, a fazendo olhar-lo nos olhos.

Frederico: Eu te amo! (Lhe dando um selinho). E quero lhe pedir perdão, por ter sido um completa idiota. Eu não quero te perder, por favor me dê mais uma chance, nem que seja a última, é a única coisa que lhe peço.

Cristina: (O beija). É claro que eu lhe dou mais está chance, te amo! Fiquei com tanto medo de te perder. (O abraça).

Frederico: Enquanto eu tiver força, jamais te deixarei, nem Acsa e ao nosso Bebezinho. (Sorri).

Cristina: Se não quiser assumir eu entendo.

Frederico: Shhh... É nosso bebê, independente de quem seja o progenitor, o que importa é que serei o pai.

Cristina: (o abraça). Te amo! (Olha para a filha na cama). Vocês sofreram muito nas mãos de Bruno?

Frederico: Não. Mais Acsa tem uma mão pesada, igual a sua, que não tinha noção. (Sorrindo).

Cristina: Ela lhe bateu? (O olhando surpresa).

Frederico: Sim. Bruno é, não era tão burro que a soltou, pensando que ela o ajudaria a me torturar. Assim que ele a soltou, ela lhe agrediu com uma mareta na cabeça.

Cristina: Por isso os respingos de sangue pela face? Ela vai precisar de um psicólogo depois disso.

Frederico: Sim. Concordo. (Suspira). Me sinto muito orgulhoso de tê-lá como filha.

Cristina: (O olha e sorri). Que bom. Me alegra ouvir isso, de sua boca.

Acsa: A mim também! (Com os olhos fechados ainda).

Frederico: Desde quando esta acordada, nos ouvindo?

Acsa: Desde que quebraram o galho, e começaram a conversar. (Se sentando na cama lentamente). Acho que temos uma conversa séria pendente.

Frederico: (Sorri). Temos?

Acsa: Não se faça. Não os perdoei.

Cristina: Filha me perdoe, não queria que soubesse da verdade assim.

Acsa: E como queria que fosse? Olha, não quero ataca-los, nem nada. Mas eu acho que tinha todo o direito de saber a verdade.

Cristina: (Se aproxima junto ao marido, do leito que a filha estava sentada). Lembra de uma vez quando disse, que entendia o lado de seus tios? Então tente entender o nosso, já que sabe de toda a verdade, nos entenda também.

Acsa: Estou tentando, em momento algum, deixei de pensar nos motivos de vocês.

Frederico: Em que conclusão chegou até agora?

Acsa: Que você foi um idiota de forçar minha mãe a ser sua. E que você foi tola de ter nos omitido a verdade. Mais de qualquer forma, ambos cometeram seus erros por amor, e por isso os perdôo. Porque se perdoa-los for um erro, é um erro por amor. E nessa família quem não errou por amor, atire a primeira pedra. (Sorri).

Cristina: Te amo! Pequena.

Acsa: Quando soube da gravidez?
Cristina: A pouco tempo.

Acsa: Espero que seja um menino, não quero perder meu posto de princesinha de vocês.

Frederico: E desde quando é a nossa princesinha? (brinca).

Acsa: Pai. (Manhosa).

Frederico: (A abraça forte). Minha princesinha! (Sorri). Primeira vez que me chama de pai.

Acsa: Primeira de muitas. (Sorri. E puxa a mãe para o abraço). Viu, eu falei que o sótão seria perfeito para as crianças?

Cristina: Crianças? (Sorrindo).

Acsa: Sim, espero que tenha mais depois desse, mamãe e papai podem providenciar mais um. Me senti muito só na infância, não quero que meu irmão ou irmã sofra por isso.

Frederico: Não sofrerá, este bebê terá a melhor irmã do mundo.

Acsa: Exagerado! (Sorrindo).

[...]

Mansão San Roman.*

Roberta se vira para ele. Junto a ele estavam seus irmãos um de cada lado, e Maria ao lado de Heitor. Linda familia, pena que não completa.

Roberta: Não jogue isso sobre mim, se quiser ir embora que se vá. Não me importo.

Estevão: Se está é a sua vontade, eu farei isso. (Morde os lábios inferiores, triste logo levanta a cabeça). Eu te amo, minha pequena.

Roberta: Não. Me chame assim, não sou nada sua.

Maria: Cadê a meninha que eu criei? Onde está? Pois esta a minha frente não é a Roberta, que eu criei e tanto amei.

Roberta: Que dó. (Irônica).

Vai para seu quarto onde chora, feito uma criança. Não suportava mentiras, e ao saber que tinha crescido em meio a tantas mentiras, lhe fez a ficar estérica. Começa a bagunçar todo o seu quarto, pada extravasar sua raiva. Vai até seu toalete, onde tinha seus calmantes, que por causa das provas e estudos, começará a tomar... Em vez de tomar só um, tomará todo o frasco, e vai se deitar, ainda chorando.

Sala de Estar.*

Heitor: (Abraça forte a mãe). Não chore mamãe.

Estrela: O senhor não estava falando sério, não é? Não pode nos deixar papai. Justo agora? (Com os olhos marejados).

Estevão: Eu lutei muito por vocês. (Se senta no sofá, puxa Estrela para seu colo, como se ela ainda fosse uma menininha). E chega uma hora, que nas guerras todo bom soldado pensa se deve continuar lutando, ou se deve dar um tempo. Eu preciso ao menos refletir um pouco, jamais irei desistir de vocês. Mais não sou de ferro querida, preciso reabastecer minhas energias. E talvez seja melhor me afastar um pouco, dá o tempo para vocês respirarem melhor, e para mim esfriar a cabeça.

Heitor: Não papai, eu acho injusto isso, nós necessitamos de ti. Não podemos ficar longe do senhor, não mais, ficamos anos já afastados, não nos afaste mais.

Maria: (Se põe de joelhos em frente a ele). Vamos tentar conversar com um de cada vez? Tentar faze-los entender, que tudo o que fizemos foi para o bem de todos.

Estevão: Não Maria. Eu não irei sumir, eu prometo. Mas realmente preciso descansar. (Suspira).

[...]

Estevão terminava de arrumar suas malas. Consigo leva a foto de cada um de seus filhos de quando eram crianças e de agora, em sua idade atual. Do primeiro casamento com Maria e de seu segundo casamento, com ela. Sai de seu quarto com suas duas malas, não levaria tudo, pretendia voltar, só não sabia quando.

Com certo temor, bate na porta do quarto de Ângelo, o qual olhava para a janela.

Estevão: Como se sente filho? (O olhando). Posso lhe chamar assim?

Ângelo: É meu pai adotivo, não? (Se virá para o pai).

Estevão: Sim, no papel. Não pude cumprir com meu papel.

Ângelo: (Sorri). Com tantas coisas para se preocupar, ainda se preocupa por não ter sido um pai presente, em minha vida. (Com os olhos marejados).

Estevão: É meu  filho Ângelo, o sangue que corre em suas veias nunca contará mais do que o amor e carinho que sinto por ti. O momento que sua mãe, sim sua mãe. Maria lhe criou, e amou como ninguém. Pode não ter o sangue dela também, mais é.o filho dela. É o nosso filho, o momento que ela te pegou no colo, foi o momento que nos sentimos pais novamente, do nosso segundo filho homem. (Sorri).

Ângelo: (O abraça). Me desculpa, pai. Eu estou ainda confuso, mais é bom saber que tenho um pai. (Sorri).

Estevão: Pelo resto de minha visa. (Sorri).

Ângelo: Que ela seja longa.

Estevão: É, bem que eu gostaria. Mais se fosse para morrer amanhã, já morreria feliz, com meu nome limpo, e três dos meus quatro filhos, me chamando de pai.

Ângelo: Não fale bobagens, logo terá os quatro, e mais uns duzentos anos pela frente.

Estevão: Sou lento, mais não chego a ser uma tartaruga. (Sorri). Vou ver se consigo me despedir de sua irmã.

Ângelo: Se despedi? Como assim? Para onde vai? Porquê?

Estevão: Depois pergunte a sua mãe, não quero tocar no assunto.

Ângelo: Está bem.

Estevão vai ao quatro de sua filha menor, bate na porta por diversas vezes, e nada dela abrir, decide entrar sem aguardar mais respostas. Mais ao entrar no quarto se assusta com tudo bagunçado e muitas coisas quebradas, como seu espelho. Vai até a cama, Roberta dormia. Ele a balança de um lado para o outro, sem sucesso em fazê-lá acordar. Em mais uma mexida em seu corpo, faz com que o frasco caia de sua mão. Pega a filha no colo, e caminha o mais rápido possível para sair da mansão com ela, ao chega ao topo da escada já avisa a Maria para pegar as chaves do carro, o mais rápido possível. Maria ao ver Roberta no colo de Estevão daquele jeito pálida, e ao tocar-lá rapidamente na hora de sair pela porta, senti-la fria. Parecia sem vida.

Os três irmãos na sala presente, se olham procurando o menos afetado pela conversa daquela noite. Estrela estava descartada por estar grávida, e nervosa. Ângelo aparentemente estava muito afetado por saber que além de tudo era adotado. Heitor, corre até a mãe lhe tomando as chaves do carro. Nem ela nem seu pai estavam em condições de dirigir um carro.

Estrela: Ângelo chame um táxi, enquanto LIGO para o Greco.

Ângelo: Está bem. (Pegando o telefone).

[...]

No carro, o desespero em todos era notável.
Heitor dirigia o mais rápido possível, o carro. Maria estava nervosa no banco da frente, e chorava. Estevão ia atrás com Roberta, ela estava no seu colo. Acariciava sua face, nervoso.

Maria: O que ela tomou? (Olhando para trás).

Estevão: Uns calmantes, sabia se o frasco, estava pela metade, cheio ou só um pouco? (Com os olhos vidrados na sua filha)

Maria: Tinha a levado ao médico a uma semana, devia estar quase cheio.

[...]

Depois de algum tempo, o médico vai informar sobre o estado de Roberta. Já estava estável, haviam feito uma lavagem estomacal. Eles poderiam entrar.

Logo após eles entrarem, entra Estrela e Greco de mãos dadas, Ângelo ao lado.

Ângelo: Como ela está? (Se aproxima da mãe).

Maria: Bem, os comprimidos eram fracos, mas foi melhor traze-la ao hospital. (Alisando o rosto de sua caçula).

Estrela: Ainda bem. Será que a intenção dela foi... (Estevão a interrompe).

Estevão: Não. Duvido, Roberta é uma menina cheia de sonhos, para ter pensado em suicídio. Acredito, que ela apenas queria "descansar".

Estrela: No momento da raiva, não sei. (Triste por pensar que poderia perder sua irmã).

Maria: Nem assim, foi impensado tomar todos. Mais ela sabia que eram fracos.

Estrela: Sei que é o pior momento, mas o Det. César ligou, avisando que o corpo de Bruno esta todo carbonizado, e é impossível de reconhece-lo.

Heitor: Isso quer dizer que, ele pode estar vivo?

Ângelo: Não, fizeram o exame de DNA e deu compatível. É o Bruno. (Suspira). Nossa família esta livre, enfim. (Sorri fraco).

Estevão: Sim, falta conquistar Roberta como filha, agora.

Estrela: Tenha paciência com ela, como teve com Heitor e comigo.

Estevão: Agora ela sabe da verdade, vocês não sabiam. O que torna a rejeição mais dolorosa.

Maria: Mas agora tem sua família toda ao seu lado. (Segura na mão dele).

Estevão: (Beija a mão da amada). Eu sei amor, e agradeço.


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