Bem vou começar meu novo diário. Primeiramente, meu nome é Sophia, tenho 16 anos, sou uma adolescente normal, com poucos amigos. Segundo, escrevo diários porque me ajudam a refletir. E terceiro, estou me mudando. eu explico.

Estava saindo, quando vi minha mãe cantarolando.

—O que aconteceu?

— Bom dia Soph, acordou cedo ein

— To indo pra escola né?

— Pra escola? Seu pai não te avisou?

— O que?

— Estamos de mudança — engasguei com minha saliva

—Como assim?

— Filha, você tem que entender, o seu pai...

— Mãe, ele tem que me entender... ser filha do governador é dureza, não tenho amigos, só o Viktor, o resto são um bando de interesseiros, tenho que ir a reuniões idiotas, e faltar aula frequentemente... — bufei — Vou com uma condição, que eu pare de ir para as reuniões do papai — ela assentiu com a cabeça — Ótimo, vou fazer minhas malas... Ah mãe, pode aumentar minha mesada?

— R$4.800,00, e não se fala mais nisso

— Valeu mãe

Agora, aqui estou eu, indo pro Oregon, começar uma nova vida, fazer novos amigos... Recebi uma mensagem do Viktor, ele vai me visitar em breve, espero que não demore, tenho certeza que não vou me adaptar... Fiquei sonolenta, fechei o diário e me recostei na cadeira, pensei que se dormisse acordaria menos enjoada. Nunca gostei de viajar de avião, então eu dormi.

Acordei com minha irmã me cutucando

— Acorda Sophia, a gente chegou, deixa de ser preguiçosa. — Ela começou a tagarelar algumas coisas. e depois gritou no meu ouvido. —Acorda Logo!

— Caroline, ta louca, nao pode gritar no avião — berrei

— Você não acordava, tive que gritar ué

—Acordei, satisfeita? Anda vamos desembarcar, quero ficar longe desse avião. — Ao desembarcar fomos pegar as malas, esbarrei em um garoto, seus cabelos eram castanhos, castanho médio, seus olhos eram verdes tanto quanto os meus, sua pele era branca, ele não era nem alto, nem baixo, uma estatura média. Ao esbarrar nele, eu cai no chão

—Tudo bem? — Ele disse oferecendo a mão, para me ajudar a levantar.

—S-sim. M-me desculpa, eu sou muito desastrada, não olhei por onde estava indo e...

— Não senhorita — ele pegou minha mala e me entregou— Me desculpe você

— Obrigada

— Sophia, anda logo, papai ta esperando você. Anda logo, eu quero conhecer a casa nova

—Ah claro Carol, é me desculpe novamente. — Peguei minha mala e minha irmã me puxou o ouvi dizendo algo como espero ver você de novo, murmurei um eu também, e sai.

A viagem foi um tédio, minha irmã ficou cantando, minha mãe brigando com meu pai por causa do trânsito, e meu pai reclamando da vida, nosso novo motorista estava assustado, mas ele não queria demonstrar.

Ao chegar em casa quis logo saber onde seria meu espaço pessoal.

— Mãe, qual é meu quarto? — Nao queria falar com meu pai, eu o culpava por muitas coisas

— Esse aqui meu amor

Abri a porta, era muito melhor do que o meu quarto em Londres. Tinha uma cama de casal, uma TV enorme, uma mini cozinha, um banheiro com hidromassagem, um closet enorme, que estava praticamente cheio, minha mãe comprou essas roupas... Pensei ao ver uma mini saia.

Achei o uniforme e fui experimentar, ele era lindo, estava no meio do ano, então pensei em ir com ele no dia seguinte.

O uniforme coube em mim, ficou perfeito. Ele continha uma mini saia preta, uma camisa branca, com um colete preto, uma gravatinha borboleta vermelha, uma meia três por quatro preta, e o sapato eu poderia escolher, vi minhas aulas e percebi que minha mãe tinha me colocado para fazer um teste de vôlei, eu era do time na minha antiga escola, nunca gostei de jogar, nas eu era até que boa, o clima no Oregon não era tão frio, então o uniforme para o teste de vôlei era, um top vermelho uma mini (leve o mini a sério, porque era minúscula) saia e um tênis branco.

O teste era em uma semana, teria tempo de me prepara. Depois de comer alguma coisa, tomei banho e fui dormir, pensando naquele garoto dos olhos verdes, adormeci facilmente.

Acordei com o despertador, tomei um banho, coloquei o uniforme e prendi meus longos cabelos loiros em um coque, afinal eu iria pra escola, então não precisava me arrumar muito, coloquei o uniforme de educação física na mochila, pensando em treinar um pouco depois da saída, conferi minhas coisas. Peguei minha lista de coisas e chequei cada item duas vezes, para ter certeza que não esqueci nada. Depois disso desci

—Bom dia mãe — Falei enquanto pegava bolinhos de morango, e um suco de laranja.

— Bom dia meu amor, o uniforme ficou lindo em você.

— Valeu, o motorista esta me esperando? — perguntei enquanto mordia um bolinho

—Sim filha, anda rápido se não vai se atrasar

— Só vou hoje com o motorista, depois que eu aprender o caminho eu vou a pé, ta? — Ela fez que sim — Ótimo to indo, tchau.

Cheguei na escola, fui até a sala dos representantes m encontrei um garoto loiro mexendo na papelada, imaginei que fosse o representante com quem eu devia falar, segundo minha lista. Já havia ensaiado o que eu falaria, fiz isso enquanto comia bolinhos no carro, então eu respirei fundo e falei:

—É, bom dia, desculpe incomodar... Eu queria falar com o representante.

—Bom dia, aluna nova, certo?

— Sim, meu nome é Sophia Gray, e eu vim lhe pedir a minha ficha de inscrição, quer dizer, vim pedir ao representante, e imagino que seja você — Dei uma risada nervosa.

Nesse instante, alguem bateu na porta

— Aqui Nathaniel, a minha advertência assinada pela minha tia... E... PARA DE ME DAR ADVERTENCIAS SEM MOTIVO. — Eu reconheci aquela voz, olhei para trás e vi, era o garoto dos olhos verdes de ontem.

— Desculpe Kentin, mas ficar de ressaca na aula de ciências, e responder o professor, são motivos

—Mas Nathaniel, eu tenho meus motivos para fazer isso — Ele me olhou e sorriu, piscou o olho, e eu sorri de volta corada — Escuta, tenho aula...

— Você poderia acompanhar essa menina até a sala, ela tem a mesma aula que você agora

— Claro — ele deu um sorriso malicioso

— Aqui sua ficha, Boa sorte no seu primeiro dia, e tome cuidado pro Kentin não te assediar, ele faz isso quando ta de ressaca

— Não bebi ontem, relaxa... — Ele revirou os olhos — Vamos? — ele estendeu a mão, e eu segurei, agradeci ao Nathaniel e sai com Kentin

— V-você tem problemas com bebida? — Ele me olhou com uma cara de que não gostou da pergunta.—Ah me desculpe, não precisa responder... Eu só queria puxar assunto...

— Não chamo de problema, e sim de solução. E você, sua irmã parece que não gostou de mim... Desculpe-me, não me apresentei, sou o Kentin

— Prazer Kentin, Sophia Gray

. — Gray? tipo o governador que se mudou pra cidade? — Corei

— Meu pai....

— Que show, deve ser legal ser filha do governador — Uma expressão triste se formou em seu rosto

— Ta tudo bem?

— Ah claro, vem estamos atrasados — Ele segurou minha mão e me puxou, ao chegarmos na sala era aula de ciencias, o senhor Saltman não estava muito contente em ver Kentin, ele apenas fez careta e se sentou

— Olha, vejo que temos uma aluna nova... Atrasada

— M-me desculpe, eu me perdi e demorei um pouco para achar o representante....

— Nome?

— Sophia Gray

— Coincidência, um governador acaba de se mudar para a cidade, e seu sobrenome também é Gray — Todo mundo sabe? Pensei

— Ah sim, ele é meu pai

— Interessante, mas não pense que porque seu pai é importante, que você possa chegar atrasada

— Me perdoe senhor Saltman, não vai mais acontecer

— Espero... Sente por favor, sente-se com o Kentin, já que vocês são tão próximos. — Corei e fui me sentar onde o professor mandara, no caminho percebi um grupinho interessante.

Uma menina com longos cabelos negros, olhos azuis como piscinas, ela era branca, um tanto pálida, seus lábios eram carnudos e avermelhados, suas bochechas levemente rosadas, baixinha, devia ter 1,57, ela era realmente bonita. Ao seu lado estava um rapaz, sua expressão era de raiva, seus cabelos até o pescoço lisos, e vermelhos (realmente vermelhos, ele pintava o cabelo) seus olhos eram meio acinzentados, ele percebeu que eu o encarava, então deu um sorrisinho sexy, desviei o olhar para um garoto que estava jogando em seu PSP, ele estava atrás do garoto ruivo, seus olhos eram azuis, como os da menina, deduzi que fossem irmãos, do seu lado havia um garoto que se parecia com ele, só que seus olhos eram cor-de-rosa, e seus cabelos azuis. Atrás deles havia um garoto, ele estava sozinho, seus cabelos eram brancos, e as pontas acinzentadas, mas não parecia que ele pintara o cabelo, seus olhos eram diferentes, um verde e o outro amarelo, ele tinha uma doença rara chamada Heterocromia, lembrei-me da minha tia que havia falecido, ela tinha a mesma doença, acho que foi a causa de sua morte, eu comecei a chorar e me sentei, virei o rosto para que Kentin não me visse chorando.

No intervalo eu me sentei próximo ao grupinho, e Kentin estava com eles, e na outra mesa ao lado, estavam três garotas fofocando. Coloquei o fone de ouvido muito alto, e desembrulhei um bolinho, peguei meu suco e beberiquei um pouco. Estranhamente eu conseguia ouvir o que o grupinho conversava. Kentin estava dormindo, o menino de cabelos brancos estava escrevendo, a menina e o ruivo estavam brincando e rindo, e os meninos que pareciam gêmeos estavam discutindo, enquanto o de cabelos pretos jogava.

—Vai lá Terry, você perdeu! — O ruivo falou

— Ah não, você roubou Castiel, não vou falar com aquela humana não, ela estava encarando você, não eu

— Estava te encarando sim, olha — Ele retirou do bolso um caderninho, pera MEU DIÁRIO, eles estavam falando de MIM.