O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 7
Uma festa, um constrangimento e um flagra


Notas iniciais do capítulo

Festa! Enfim, a grande noite em que tudo pode acontecer... E vai acontecer...



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Enfim, a grande noite, em que tudo poderia acontecer! O salão de festas estava todo enfeitado com rosas, os convidados começavam a chegar, todos a caráter. Como era uma festa temática – contos de fadas – não faltaram príncipes, princesas, cavaleiros, donzelas, fadas, entre outros personagens de histórias fantásticas.

Com todos os convidados presentes, apareceram os anfitriões, todos a caráter. O Sr. Briefs e a Sra. Briefs estavam fantasiados, respectivamente, de rei e de rainha. Estavam sorridentes, a festa era deles. Era a comemoração do aniversário de casamento. Enquanto o casal da noite cumprimentava os convidados presentes, Bulma apareceu com Yamcha. Ela estava deslumbrante com um longo vestido rosa, os ombros à mostra e luvas brancas que cobriam até os braços. O permanente deu lugar a um penteado que manteve parte dos cachos que caíam como uma cascata azul-turquesa até a altura dos ombros. Para completar o visual, um belo colar de pérolas fazendo conjunto com os brincos.

O ex-ladrão também estava impecável. Uniforme branco com detalhes vermelhos e dourados, e sapatos negros. Parecia mesmo um príncipe. No entanto, ele parecia bastante inseguro ao ver o monte de convidados enquanto fixava seu olhar em um ponto específico.

Bulma continuava desconfiada:

― Yamcha? – perguntou. – Tem alguma coisa errada?

― Ah... Não... Não é nada...! – ele gaguejou.

― Tá bom...

“... Mas você anda agindo muito estranho ultimamente.”, ela pensou.

Sentiu um arrepio ao olhar para o rosto do namorado. Por que tinha a forte impressão de que ele estava se comportando de uma forma tão dissimulada?

No entanto, deixou de lado por um momento as suas suspeitas acerca de Yamcha e viu Vegeta isolado em um dos cantos do salão de festas. Ficou surpresa com o visual do saiyajin. Tinha escolhido bem a roupa para ele. E tinha ficado perfeita. Uniforme azul-marinho com detalhes dourados, vermelhos e brancos.

Ele estava absolutamente perfeito com aquela roupa, ela pensava. Um verdadeiro príncipe. Ainda marrento, verdade, mas era incontestável que Vegeta tinha realmente o porte de alguém proveniente da realeza.

Bulma sorriu. O saiyajin, ao vê-la sorrir daquele jeito, corou muito além de sentir um grande frio na barriga.

Foi quando uma figura se aproximou de Vegeta:

― Você é o hóspede da senhorita Bulma? Não imaginava que fosse tão bonitão!

O saiyajin imediatamente sentiu um gelo percorrer toda a sua espinha. Não era uma mulher quem lhe dirigia aquele elogio. Na hora que viu de onde vinha a voz elogiosa demais, tomou um grande susto: quem o elogiou foi um... HOMEM!

Acabou dando, instintivamente, um passo para trás por conta do susto.

― Não se assuste, bonitão bronzeado! – o sujeito disse. – Eu não mordo!

Vegeta já havia visto aquela figura antes. Primeiro, durante as aulas de dança de Bulma. Depois, pela TV... Outra das experiências mais traumáticas de sua vida: ver o tal cara beijar outro na boca. Aquilo fez com que ele achasse muito estranho. Naquela hora em que viu a imagem na TV ficou um tanto constrangido e desconfortável. Causava-lhe estranheza só de lembrar, pois pelo o que se lembrava dos costumes de sua raça, aquilo jamais seria tolerado.

E era o “dito-cujo” quem estava à sua frente. O tal Le Fleur, o professor de dança. Alto, loiro, cabelos curtos, pinta de galã... Estava fantasiado de príncipe medieval, com direito a capa vermelha e tudo.

― Você é estrangeiro? – o loiro perguntou com um tom de voz sedutor. – Nunca te vi por essas bandas...

Vegeta não articulava nenhuma palavra. Engoliu seco ante a situação embaraçosa em que estava. Mas conseguiu pensar:

“Se esse cara se aproximar mais um milímetro de mim, eu o mando pelos ares!”

― Que tal a gente sair pra se conhecer melhor? – François perguntou.

― TÁ MALUCO?! – o saiyajin, por fim, berrou ao mesmo tempo em que deixou uma parcela de seu ki escapar.

O ki que escapou gerou uma lufada de vento que derrubou Le Fleur em cima de outro homem vestido como bobo da corte. Eles se levantaram, e o professor de dança começou a assediar o coitado, deixando Vegeta de lado. O saiyajin suspirou aliviado, embora ainda bastante constrangido com aquela abordagem.

Enquanto isso Bulma se divertia com toda a cena.

― Nossa, coitado do Vegeta! – ela exclamou entre risos. – Não sabia que ele sofreria um assédio desses! Você não achou engraçado, Yamcha?

Olhou para o lado, a fim de encontrar o namorado. Mas...

― Yamcha? Cadê você?

Ele simplesmente havia evaporado.

Vegeta viu a cena e cerrou os punhos. Não entendia ao certo a razão de ficar com raiva toda vez que as coisas eram relacionadas a Yamcha. E nem por que ficava mais bravo ainda quando aquele verme cometia alguma mancada com Bulma. E pelo tamanho da raiva que ele sentia, pressentia que o lobo do deserto fizera mais uma das suas.

Bulma saiu correndo para fora do salão de festas sob os olhares curiosos de seus pais e dos convidados. O saiyajin simplesmente a seguiu com os olhos.

― Yamcha – ela o chamava. – Cadê você?

Corria, segurando a longa saia do vestido rosa, à procura de Yamcha. Estava com um mau pressentimento e com uma sensação muito, muito ruim em relação ao namorado. Além disso, já se aproximava a hora do anúncio do noivado entre os dois e, em seguida, a valsa.

Onde ele estaria?

Ouviu vozes de duas pessoas. À medida que se aproximava, as vozes eram mais nítidas. Escutou um som de risadas e reconheceu uma das vozes. Era Yamcha. A outra voz era de uma mulher.

Mulher?

Será possível que Yamcha estava aprontando mais uma das suas? Não. Não agora... Não queria pensar nessa possibilidade. Não agora, já perto de um noivado, depois de tantos anos de namoro e enrolação.

Parou alguns passos depois e viu duas pessoas. Uma delas era Yamcha. A outra era, de fato, uma mulher.

― Você tem certeza de que quer ficar comigo assim? – a mulher perguntou. – Como uma amante? Como um “estepe”? – sussurrou a última frase.

A mulher era ruiva e o cabelo cortado tipo Chanel. Estava com uma sensual fantasia de feiticeira e se aproximava perigosamente de Yamcha. Ele disse:

― Não faz isso, Lina... Você sabe que eu fico louco quando você “chega chegando” desse jeito...

Ela fez beicinho:

― Vai me deixar tão tristinha... Não mereço nem mesmo um selinho hoje...?

― Tudo bem, você venceu! Mas vamos ser rápidos porque tenho que aparecer lá pra hora do anúncio do noivado!

Eles se beijaram ardentemente, sem desconfiarem de que estavam sendo observados a alguns metros de distância. Ao terminarem, ouviram o som de alguém batendo palmas.

― Devo reconhecer que seu plano foi quase perfeito, Yamcha! – disse uma voz de mulher carregada de sarcasmo. – Só que eu não sou ingênua como você pensa. Muito pelo contrário, sou um gênio!

Yamcha, surpreso com o flagra, balbuciou:

― Bu... Bulma...?!


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Notas finais do capítulo

Será que Bulma vai perdoar Yamcha mais uma vez? Ou será que tudo acaba entre eles? Aguardem o próximo capítulo...