O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 39
Shopping, enxoval e nome para o bebê


Notas iniciais do capítulo

Bulma resolve ir ao shopping, mas pensam que o Vegeta escapa?



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― Eu vou voltar a treinar, já perdi tempo demais aqui nesse consultório!

― Não senhor, Príncipe Vegeta! – Bulma protestou. – Você vai me deixar ir sozinha ao shopping, pra depois carregar sacolas pesadas, no estado em que estou? “Vossa Alteza” vai comigo, entendeu?

― O quê? Você pirou? Eu, bancar o animal de carga outra vez? Eu sou um príncipe, não um escravo!

― Ah... – ela assumiu o ar de “garota pura e inocente, mas sedutora” enquanto seus olhos azuis brilhavam intensamente. – Por favor, Vegeta... Me faz esse favorzinho, sim? Se quiser, te dou uma recompensa... Qualquer recompensa!

Vegeta ficou rubro e mudo após receber aquela piscadela, mas ficou ainda mais sem reação ao receber mais um gesto simples, mas carinhoso de Bulma: um abraço e um beijinho na bochecha. Como não poderia ceder a isso? Para ele, parecia que ela era uma espécie de bruxa, feiticeira ou algo do tipo para enfeitiçá-lo daquele modo. No fim das contas, acabou cedendo.

 

*

 

― Eu sabia que isso iria acontecer... – dizia uma voz muito mal-humorada.

― Vamos lá, Vegeta! – dizia uma Bulma extremamente empolgada. – Eu quero entrar nesta loja!

― Eu não vou! – o saiyajin logo protestou mostrando as dezenas de sacolas nos braços.

― E por quê? Posso saber?

O estômago dele se fez ouvir através de um rugido que ecoou pelo shopping inteiro. E fez com que todos que passavam olhassem para ele e para a cientista, em quem surgiu uma expressão de puro constrangimento.

― Isso tudo... É fome, é?

― E você ainda pergunta? – Vegeta respondeu igualmente constrangido.

Os dois se dirigiram à praça de alimentação, onde chamaram o garçom de uma das lanchonetes para anotar os pedidos. Apesar de ter ficado muito impressionado com os pedidos dos dois, dispôs-se a mostrar serviço. O pedido de Vegeta teve a primeira parte entregue: vinte “x-tudos” completos, no capricho. Aquela era a primeira leva de duas, ou seja: nada mais, nada menos do que quarenta lanches!

Não que o pedido de Bulma fosse tão normal assim. Batatas fritas em palitos, que ela mergulhava em... Calda de chocolate! Para completar, uma vitamina de banana depois da refeição. Aquele era apenas mais um de seus loucos desejos de mulher grávida.

Mesmo comendo infinitamente mais que Bulma, Vegeta terminou primeiro a sua refeição. A cientista, mesmo com o tempo de convivência com saiyajins – incluindo Goku – não conseguia deixar de ficar abismada com tamanho apetite. Ficou praticamente paralisada ao ver a voracidade com que ele devorava os 40 lanches.

― Você é lenta mesmo. – ele disse, olhando-a deixar cair na mesa uma das fritas lambuzadas de calda de chocolate.

Foi quando ela acordou do transe e terminou de comer as fritas e beber a vitamina de banana. Em seguida, pagou a (enorme) conta e foi direto a outra loja de enxovais de bebê, largando para trás o príncipe saiyajin e uma montanha de sacolas.

― Eu mereço...! – ele murmurou.

 

*

 

― Vegeta, você tá demorando demais pra subir!

Uma voz abafada grunhia de forma ininteligível enquanto terminava de subir a escada.

― Como é que é? Eu não entendi!

Vegeta grunhiu de novo. Ele estava lotado de sacolas, centenas delas em cada braço. E, para completar a situação constrangedora do príncipe saiyajin, ele segurava umas três ou quatro delas com os dentes. Ele respirou fundo e tentou reunir o resto de paciência que ainda lhe restava. Falou, entre os dentes:

― Eu dixe gue guero xoltar logo exax xacolax idiotax!!

Bulma o empurrou para dentro do quarto dela. Ali, ela teve a paciência de tirar uma sacola de cada vez, deixando o guerreiro todo travado, como se ainda as estivesse carregando.

― Pronto! – ela disse.

Vegeta respirou aliviado, relaxando todo o seu corpo. Definitivamente, ir ao shopping junto com Bulma era muito mais cansativo do que um treinamento com a gravidade em 400G. Isso só significava uma coisa: estava um caco.

Ela sentou-se na cama, também bastante cansada. Sentiu o bebê se mexer outra vez:

― Calminha aí, garotão! – sorriu enquanto colocava a mão na barriga, onde sentia o bebê se mexer. – Só faltam quatro meses e você logo pode sair daí!

Vegeta já ia saindo, decidido a tomar um bom e relaxante banho para descansar. Não iria treinar, pois já havia perdido o dia todo mesmo. Mas...

― Vegeta!

― O que foi? – ele respondeu ao parar na porta do quarto.

― Me dá uma ideia aqui... Que nome você quer dar ao bebê?

― Eu?

― É. Você. Não gostaria de dar um nome pra ele? Não tem algum nome em mente?

― Não.

― Mas... – ela fitou os olhos dele. – Não gostaria que o nosso bebê tivesse, por exemplo, o seu nome?

Vegeta quedou-se pensativo. A verdade é que, apesar de tudo, gostaria de ter um filho que levasse o seu nome, assim como ele levava o de seu pai. Mas era algo bastante pesado até para ele. No fundo, no fundo, ele não queria que o garoto tivesse que carregar o mesmo peso que ele. Achava que um mestiço seria fraco demais para tal.

― É melhor não dar o meu nome. – o saiyajin disse.

― E por quê? – Bulma perguntou atônita.

― Porque meu pai já tinha esse nome. E o garoto pode não suportar o peso dele.

― É... Eu acho que entendo. Mas então... Eu estava pensando em outro nome pro bebê. O que acha de “Trunks”?

― “Trunks”?

― É. Eu acho um nome bonito. Você não acha?

― Tanto faz. – ele respondeu.

― Então posso colocar o nome dele de Trunks?

― Pode ser. – ele disse esboçando um sorriso. – Faça o que quiser.

Mais uma vez o bebê se mexeu dentro da barriga de Bulma, que deu um doce sorriso:

― Acho que ele gostou do nome... Não é, Trunks?

Como resposta, ela sentiu que o bebê se movia mais uma vez. Com isso ficou ainda mais derretida. Diante da cena, Vegeta deixou um breve sorriso passar por seu rosto enquanto saía pra tomar seu banho. Pensava melhor sobre os últimos dias. Estava sentindo que o ki do bebê aumentava a cada dia e isso o fazia começar a reconsiderar sobre ser um futuro pai.

Talvez ser pai de um mestiço tenha as suas vantagens... Se levar em consideração a força do filho do Kakarotto, que também era mestiço.

Sim, isso poderia ter lá suas vantagens...


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Notas finais do capítulo

Continua...