Nara Shikamaru era com toda a certeza, o cara mais inteligente daquele prédio, ou até mesmo da cidade. Os Uchihas não poderiam simplesmente dizer que o garoto estava louco por dizer aquelas coisas. Tinham que levar em consideração as suas suspeitas. Mas ficava difícil de acreditar em suas palavras. Todos da agencia pareciam ser de extrema confiança. Então porque alguém os trairia?

Fugaku: O que disse Shikamaru? – perguntou depois de um tempo.

Shikamaru: eu disse que tem grandes probabilidades de ter um espião duplo aqui dentro – disse tranqüilamente.

Mikoto: não é possível, conheço todos que aqui dentro, não tem ninguém que poderia nos trair, isso é impossível.

Shikamaru: sinto muito Mikoto-san, mas não vejo mais nenhuma explicação plausível para Orochimaru saber tanto sobre vocês. O fato de Karin estar aqui comprova tudo. E até mesmo antes, quando sequestraram a Sakura. Tudo se encaixa. Mas agora o que vocês tem que fazer é descobrir quem é esse espião duplo e tirar o máximo de informações que puderem.

Itachi: não sei nem por onde começar.

Shikamaru: mas sugiro que não confiem em ninguém entenderam? Nem em mim – os Uchihas se sobressaltaram com o ultimo aviso dele – não estou querendo dizer nada, é só para a segurança de vocês. Bem eu vou indo, vou deixar vocês a sós. Vou ver o que aqueles malucos estão aprontando com a Sakura – saiu da sala antes que alguém pudesse se recuperar.

Sasuke: quer dizer que tem uma pessoa aqui que está passando informações nossas para o Orochimaru? Isso não é nada bom. Temos que descobrir quem é esse desgraçado antes que seja muito tarde.

Fugaku: fique calmo filho. Nós vamos cuidar disso. Acho melhor você levar a Sakura para casa.

Mikoto: eu também acho. Assim você se distrai um pouco. Nós vamos pensar em alguma coisa – Sasuke assentiu e saiu da sala.

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Lee: agora é a sua vez Suigetsu, tem que acertar a bola sete! – Lee, Suigetsu e Sakura estavam jogando sinuca, enquanto Juugo estava na frente do computador digitando algo em silêncio.

Suigetsu errou a bola sete, tirando uivos de Lee. Sakura riu, pois agora era só ela acertar a bola quinze que ganhava. Preparou-se e com um leve toque, a bola entrou no buraco dando a vitória a Sakura que pulou e riu em comemoração.

Suigetsu: eu não acredito que você nunca tinha jogado sinuca na vida. Aposto que você fugia da escola e ia a um bar para ficar jogando – Sakura deu um leve empurrão em seu braço e voltou a rir.

Sakura: eu nunca tinha jogado, essa é minha primeira vez – riu mais alto ainda em saber que era sua primeira vez e já ganhava de uma pessoa que era quase profissional.

Shikamaru entrou na sala vendo que todos, exceto Juugo, estavam se divertindo. Não disse nada, apenas se sentou no sofá.

Lee: vamos jogar de novo e dessa vez eu quero apostar. E eu aposto 50 reais na Sakura. Vem Shikamaru jogar, você não sabe como a Sakura e boa.

Shikamaru: claro – se levantou e foi arrumar as bolas para jogarem de novo. (N/A: sem malícia pessoas!)

Nessa hora Sasuke entrou na sala com uma cara muito estranha. Era uma mistura de raiva e preocupação. Sakura hesitou antes de perguntar:

Sakura: Sasuke, quer jogar? Descobri que eu sou boa nisso – terminou com um sorriso, mas mesmo assim Sasuke não mudou sua expressão, apenas respondeu:

Sasuke: não obrigado. Vamos embora? – Sakura não queria ir, mas pela cara que ele fez, ela resolveu assentir.

Suigetsu: Ah cara, deixe-me dar uma revanche nela ai vocês vão.

Lee: é Sasuke. Ainda nem mostramos a academia que tem aqui – a verdadeira intenção dele era se exibir na academia para a rosada.

Sasuke: não, já está tarde e seus pais devem estar preocupados, vamos – ela não disse nada, apenas pegou sua mochila e se despediu dos garotos.

Caminharam silenciosamente até o estacionamento do prédio. Sasuke não parava de olhar nos rostos de seus colegas de trabalhos e Sakura não demorou muito para perceber que algo estava incomodando Sasuke, não queria se intrometer, mas sua curiosidade de sempre falou mais alto. Esperou entrarem no carro e colocarem o sinto para começar o interrogatório.

Sakura: Sasuke - ele não se moveu – está acontecendo alguma coisa?

Sasuke: não – seu tom frio que ele costumava usar com as outras pessoas assustou Sakura, pois ele nunca tinha falado assim com ela.

Sakura: me-me desculpe, só achei que pudesse ajudar, porque você parece um pouco nervoso – sua foz era baixa e ela olhava para suas mão.

Sasuke se sentiu um grande idiota, nada daquilo era culpa de Sakura, e ele não queria preocupar a garota. Aquilo não era um problema dela e sim dele. E acabou descontando nela.

Suavemente tocou a bochecha da garota que se sobressaltou no banco e corou olhando para ele. Agora sua expressão havia mudado, estava com um sorriso de canto que fazia o coração da rosada bater mais rápido.

Sasuke: eu é que tenho que me desculpar. E para isso eu te convido para ir conhecer minha casa – a rosada arregalou os olhos com o convite. Era meio inapropriado ela ir à casa de um garoto sozinha – para você assistir algum filme se quiser, ou comer alguma coisa – tratou logo de arrumar o que disse. Não queria distorcer as coisas.

Sakura meio receosa assentiu. Ele ligou o carro e foram em silencio para a casa dele.

Param em frente a uma verdadeira mansão. Era branca e tinha um belo jardim na frente que ia até os fundos da casa.

Sakura: puxa, primeiro eu conheço onde você trabalha e agora a sua casa. Ela é tão bonita – seu humor havia voltado, e Sasuke ficou feliz por ter conseguido trazer o lindo sorriso dela de volta.

Sasuke: vamos entrar – pegou na mão dela e entraram na incrível mansão. Deixaram as mochilas em um canto e ele a conduziu até a cozinha.

Sasuke: eu sei que você não comeu direito lá, então acho melhor eu preparar alguma coisa. – abriu a geladeira, mas esta estava quase sem suprimentos. Fechou rapidamente – ou talvez seja melhor ligar para uma pizzaria.

Enquanto esperavam a pizza chegar, Sasuke resolveu mostrar o restante da casa. A biblioteca, que Sakura ficou encantada com a quantidade de livros, o escritório, o jardim, a piscina, a academia, que fez Sakura morder o lábio inferior ao pensar em Sasuke malhando ali... E por ultimo e não menos importante, o quarto de Sasuke. Por incrível que pareça, tudo estava muito bem organizado. A cama arrumada, e nenhuma roupa no chão. As paredes eram de um azul claro e o tapete de um azul mais escuro.

Sakura: seu quarto tem a sua cara – sorriu. Mas vendo a cara confusa de Sasuke resolveu mudar de assunto. Não queria ter que dizer que era porque os dois eram lindos – aquele era você quando pequeno? Olha que fofinho. – riu de uma foto em que Sasuke estava com uns três anos de idade.

Continuou vendo as fotos na prateleira, parou em uma que estava toda a família unida, e não pôde evitar sorrir. Era uma família de uma beleza única.

Sakura: seus pais são muito legais não é? – se virou para perguntar, mas não tinha percebido que o Uchiha a estava seguindo de perto, então quase se chocou com ele, ficando muito rubra com a aproximação.

Sasuke: são sim, eles são ótimos, estão sempre do meu lado me ajudando – estavam tão perto que a rosada podia sentir o hálito doce e quente dele bater em suas bochechas coradas – Itachi é um pouco na dele, mas também está sempre comigo – aquela voz suave e sexy já estava deixando Sakura tonta, mas fez uma força para prestar atenção ao que ele dizia – eles são pessoas muito especiais para mim – foi se aproximando ainda mais do rosto de Sakura que a essa altura já estava vermelha e arfando – assim como você – faltava poucos centímetros para que seus lábios se encontrassem. Fecharam os olhos e Sasuke colocou uma das mãos na cintura da rosada que permaneceu como uma estátua. A campainha tocou fazendo Sakura se sobressaltar. O Uchiha, à contra-gosto, deixou as mãos caírem ao seu lado e se afastou um pouco – deve ser a pizza – pegou na mão dela e desceram as escadas para receber o entregador.