May Singer: De encontro com o amor. escrita por LuPrice


Capítulo 21
Resolvo sair.




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Passei todo o meu dia no salão das mulheres decidindo tudo sobre o casamento. Minha mãe estava lá dando seus palpites mas decoradoras e outras pessoas especificadas em decoração, buffet e tal. A mãe de Pablo também estava lá mas nunca falava muito. Mantive minha cabeça ocupada todo o dia com o casamento sem pensar em nada a não ser o casamento e os comentários da minha mãe sobre responsabilidades de ser rainha esposa e construir uma família. No jantar já estava com a cabeça cheia e o que mais queria era ter aquele momentinho com Pablo. Assim que estava saindo de meu quarto que as lembranças voltaram até mim. Matt. Sentia tanta falta dele que só ao pensar nele uma profunda dor se alastrava por todo o meu peito. Quem sabe se ele estivesse se declarado para mim antes e eu não conhecesse Pablo a gente teria um futuro promissor. Seria ótimo mas eu amo Pablo e tudo nele, com Pablo também será ótimo e perfeito. Enxuguei uma lagrima solitária que escorria pelo meu rosto e ergui a cabeça como Silvia havia me ensinado no palácio de Illea. Illea. Sentia tanta falta de casa. Meu ateliê, meu quarto, America, Maxon, Aspen, as meninas... de todos no palácio e uma nova dor surgiu em mim. Eu iria larga tudo, minha casa minha família para morar com Pablo mas afinal, eu iria ter que fazer isso um dia ou outro certo? Eu ira me casar um dia de qualquer jeito, tentei me convencer mas eu precisava voltar para casa. Segui para o quarto de Pablo mas ele não estava lá. Fui em direção as escadas e lá em baixo estava ele arrumando a gravata.

–Desculpe May estou meio atrasado e enrolado. – ele sorriu e eu ri do jeito que ele estava todo embolado com a gravata. – Não deu para te buscar.

–Tudo bem. – coloquei a mão na gravada e o puxei para um beijo. – Tire a gravata, você e o rei estabeleça suas regras. – ele sorriu e me beijou.

–Nunca estive tão feliz como estou agora.

–É. – olhei para o chão tentando esconder meu rosto de seus olhos.

–May? Tem alguma coisa te incomodand... – fui salva quando minha mãe apareceu nos apressando.

–Vamos logo vocês dois o jantar já está posto. – dei graças e puxei Pablo para a sala de jantar. Entramos e nos sentamos.

–Vocês já decidiram tudo pro casamento? – Pablo perguntou enquanto comíamos.

–Já sim, passamos o dia fazendo isso. – disse minha mãe animada.

–Eu passei o dia no meio do trabalho infelizmente. – Pablo mexeu na comida e depois voltou os olhos pra mim que apenas mexia na comida também. – Está tudo bem com você May? Não está comendo e você sabe que tem que se... – eu o interrompi para não escutar um sermão sobre minha alimentação.

–Sim eu estou bem. – os olhos se voltaram pra mim depois pra comida.

–já ligaram para America e Maxon? – Pablo perguntou.

–Já sim e eles estão muito animados.

–Para quando está marcado?

–Mês que vem.

–Quero ir para casa. – interrompi a conversa entre os dois e todos olharam surpresas para mim.

–Mas aqui e sua casa agora anjo. – Pablo disse com a voz triste.

–O que isso significa May? Você estava tão animada mais cedo, você está desistindo do casamento e isso? – os olhos de Pablo se arregalaram e me apressei o máximo que pude para não fazê-lo sofrer.

–Não mãe. De maneira alguma eu... eu... – gaguejei um pouco mas vi os membros de Pablo se aliviarem. Mas eu... – senti meus pulmões doerem e percebi que estava segurando o ar e o soltei dando uma longa respirada.

–Você o que May? – minha mãe perguntou impaciente.

–Sinto falta de casa. Sinto falta das meninas, do meu ateliê, America, Maxon, de todos. Eu sei que vou ter que me acostumar e tal mas... eu ainda posso ir pra lá e de maneira alguma vou te deixar Pablo só quero passar alguns dias lá.

–É só isso? – ele me perguntou preocupado. Assenti. – Então eu posso arrumar uma passagem para você por uma semana está bom? – assenti sorrindo e ele riu. – Bom ver você sorrindo de novo. – então continuamos todos a comer e conversa sobre os preparativos da viagem e do casamento. No fim fui acompanhada de Pablo para meu quarto. – Você me deu um tremendo susto hoje anjo. – sorri.

–Jamais te deixaria, só senti falta de casa. – entrei para meu quarto e o puxei pelo colarinho.

–Vou adaptar tudo a você. Vou pedir que tragam todas as suas coisas, se preciso redecoramos o palácio igual ao de Illea não importa. Só quero que você fique bem aqui. – sentamos na cama e encostei minha cabeça em seus ombros.

–Eu estou bem aqui, não se preocupe comigo. – ele passou a mão pelos meus cabelos os soltando e me puxou para um beijo. – Você pode dormir aqui se quiser.

–E deixar que sua mãe me mate amanhã? – ele disse sorrindo. – Tudo bem. – ele se levantou e começou tirar a roupa. Sapatos, camisa, calça e ficou só de cueca. Comecei a rir. – Do que você está rindo May? – ele disse sorrindo. – Está adorando ne?!

–Adorei! – disse rindo e o puxei para os meus braços. Dormi sentindo a respiração de Pablo em meu pescoço e seus braços em volta de mim. A melhor posição, o melhor lugar, os melhores braços, o melhor corpo, a melhor pessoa. Adormeci completamente apaixonada por Pablo. Acordei na manhã seguinte sozinha com uma rosa e um cartão escrito te amo no criado mudo. Me levantei e me deparei com Emily no banheiro já preparando tudo. Desci para tomar café e voltei para o ateliê. Meu dia foi calmo e normal até o final da tarde quando estava a hora de pegar o avião para ir para Illea.

–Suas coisas estão todas prontas e postas. Emily está indo com você mas tem certeza que só ela basta? Guardas... 2 guardas. Não, acho que precisamos de mais você não acha que precisa de mais?

–Relaxe Pablo! Vai ocorrer tudo bem e eu estou indo para minha casa! – ele me olhou como se eu estivesse o ofendido. – Minha antiga casa. – tentei corrigir o erro.

–Estou tão nervoso com isso.... Você indo sem mim...

–Minha mãe está indo comigo Pablo, e Emily e os dois guardas.

–Tudo bem. – ele abaixou os olhos dos meus e eu segurei suas mãos.

–Eu vou ficar bem relaxe seu bobo! – ele sorriu levantando o olhar de novo.

–Você vai voltar pra mim certo?

–Claro! – comecei a rir de sua preocupação e suas bochechas deram um leve corado. Ele suspirou e me beijou. – Eu também te amo Pablo. – eu disse rindo das cocegas que seus lábios faziam pela minha pele.

–Eu te amo bem mais do que você imagina. – ele sussurrou mordendo minha orelha.

–Já está na hora. – disse um dos guardas. Pablo gemeu.

–Mas já? Argh, tudo bem. – ele passou os braços em minha volta e me apertou contra ele.

–Chega disso! Eu estou bem aqui será que vocês dois não perceberam? – disse minha mãe a flor da pele.

–Desculpe sogrinha. – disse Pablo rindo e indo dar um abraço em minha mãe. – Também vou sentir sua falta!

–Sem essa melação para o meu lado garoto. – ela disse tentando não rir. Pablo se afastou e olhou pra mim rindo. – Vamos logo May!

–Já estou indo mãe. – eu disse assim que ela se virou para entrar no carro que nos levaria ao aeroporto. – Você nem vai sentir minha falta. Volto logo. Te amo. – Pablo me apertou de novo e o beijei, virei de costas e segui para o carro.


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