Fragmentos de Lembranças escrita por Yume Celestia


Capítulo 34
Raízes


Notas iniciais do capítulo

Esse é mais um dos capítulos especiais. Hoje vocês irão conhecer a história dos pais de Anabell. Prometo que é uma história interessante o



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Dezembro de 1994. Londres, Inglaterra

Nos bairros pobres de Londres, morava uma criança sonhadora e determinada. Disposta a passar por cima de qualquer obstáculo para conseguir sua meta. A criança de nome Elizabeth Carter, sempre sonhou em ser uma madame da mais alta classe de Londres. Sonhava em ter todos os vestidos, sapatos, bolsas e jóias que vira pela frente, mas vinha de uma família sem condições de ter tudo isso. Sua mãe, Anabell, trabalhava de costureira em uma fábrica velha, e seu pai, infelizmente falecido. Anabell era a única que sustentava a casa com seu pouco salario. Elizabeth porém, era dona de uma beleza sem igual, tinha cabelos ruivos levemente ondulado nas pontas, olhos verdes quase esmeralda, seios fartos e lábios preenchidos. Diziam que ela fora desenhada por um anjo. Por onde passava chamava a atenção, era constantemente elogiada e invejada.

Foi criada com amor e carinho por seus pais, mas Elizabeth era egoísta, só pensava em si mesma. Virava noites pensando em uma forma de subir na vida, de enriquecer com facilidade, sem esforço. A única maneira que encontrou, foi casar com um rapaz rico, e jurou que faria isso nem que fosse um senhor de idade avançada. Não ligava para o famoso amor verdadeiro e eterno, pois sabia que quando o encontrasse, seria pobre, assim como ela. A dona de uma beleza triunfal estava disposta a abrir mão de uma vida feliz com um amor real, para viver um amor falso porém com fartura e luxuria. Mas nem tudo é como se planeja. Elizabeth namorava um rapaz chamado Jhon, com quem teve um filho de nome Henrique. Eram apaixonados um pelo outro. Ela sabia que Jhon era o seu verdadeiro amor, mas como ela já previa, ele também não tinha nenhum tipo de riqueza, e o único bem que ele poderia lhe oferecer, era seu amor.

Certa noite, Elizabeth caminhava pelas ruas gélidas de Londres. Usava um casaco e um cachecol preto. Eram baratos, mas suficientes para aquece-la naquela noite tão fria. Suas bochechas estavam rosadas, e o vapor condessado saia de sua boca pintada com batom. Enquanto ouvia o barulho de seus sapatos se chocando contra o chão, acidentalmente pisou em cima de um papel de cor dourada. Agachou-se e o recolheu do chão. Apesar da pouca luz, conseguiu ler claramente o que dizia no papel. Era o famoso Convite Dourado da família Moore. Aquele convite permitia a entrada de quem o tivesse na mansão dos banqueiros de Londres para festejar com eles quando os negócios estavam em uma boa fase. Era entregue apenas para as famílias mais ricas da Inglaterra.

Elizabeth instantaneamente colocou um sorriso em seu rosto. Sabia que aquela era a oportunidade perfeita de conseguir um rapaz rico. Acreditava que aquilo era obra do destino, que resolveu dar à ela o que ela tanto queria. Mal conseguia conter a felicidade que sentiu em tocar o convite que ela desejava ter em mãos á anos.

Contava os dias e as horas para que chegasse logo sábado às oito horas da noite, quando iria ocorrer a tão famosa festa dos Moore. Até mesmo sua mãe, Anabell, notou a felicidade que estampava o rosto da filha que sempre fora mal humorada com a vida.

– Posso saber o motivo de tanta felicidade, minha filha? Não te vejo assim desde que ganhou mil dólares naquele concurso de beleza. - Anabell disse. Feliz em ver a filha sorridente. Sorria boba também, realçando as rugas de seu rosto que carregava anos de vida.

– Fui convidada para a Festa Dourada dos Moore, mãe. - Mentiu descaradamente Elizabeth. Sabia que sua mãe era contra qualquer tipo de farsa, e que odiaria a ideia de que ela entraria na mansão de um família rica.

– A Festa Dourada? Achei que eles só entregassem convites para a alta classe de Londres, querida. Você não me engana, Elizabeth. Conte-me a verdade.

– Tudo bem. - Elizabeth disse emburrada. - Encontrei um convite na rua.

– Pois eu lhe proíbo de ir a essa festa. Não sabe se vai conseguir entrar, e pior, não sabe o que vai encontrar lá. Não quero que entre para esse mundo onde a riqueza lhe consome por inteiro, levando a parte boa da vida.

– Parte boa da vida? A parte boa da vida é não ter que trabalhar o resto da vida porque se é dona de uma fortuna interminável. É ter todos os sapatos, vestidos e jóias que deseja. É poder tomar chá com a Rainha. Não tem parte boa em ser pobre. - Elizabeth gritou enfurecida. - E sua palavra não significa nada para mim, saiba que irei sim para a festa, quer você queria ou não.

– Elizabeth, se você for a essa festa, não quero que coloque seus pés novamente nessa casa, entendeu bem? - Anabell ameaçou. Não queria fazer aquilo, mas era a última chance de fazer a filha entender o que aquilo causaria.

– Tudo bem. Não ligo para essa casa, eu fico com o Jhon na casa dele. - Elizabeth respondeu sem dar a mínima. Estava confiante de que conseguiria enriquecer naquela festa. - Só não me procura depois que eu ficar rica, dona Anabell. - Concluiu batendo a porta.

Juntou todas as suas coisas em uma mala, e mudou-se para a casa do namorado Jhon. Elizabeth o amava de verdade, e ele a amava da mesma forma. Ela sabia que ele era seu amor verdadeiro, mas seu egoísmo falava mais alto.

Na noite da festa, Elizabeth produzia-se frente a um espelho. Colocou seu melhor vestido. Era vermelho, decotado nos seios e nas costas. Seu comprimento era até o joelho, e fora costurado por sua mãe. Pintou os lábios preenchidos também de vermelho, soltou seus cabelos à altura do ombro, e calçou sapatos dourados. Jhon enciumado com a forma que ela se vestia, perguntou para onde ela iria.

– Vou mudar meu destino, querido. - Ela respondeu.

Jhon não entendeu muito bem o que ela quis dizer com aquilo. Mal sabia o que Elizabeth iria aprontar com ele aquela noite. Sentiu algo no peito. Algo ruim e sem cura.

Ficou nervosa dos pés a cabeça. Entregou o convite ao enorme homem na portão da mansão, e finalmente colocou os pés na mansão. Ficou admirada com o a arquitetura e o exterior da casa. Somente a sala era maior que a casa que ela costumava morar com Anabell. Viu pessoas que ela costumava ver em cartazes. A maioria senhores de bigodes acompanhados de suas esposas também de idade. Raramente enxergava alguém com aproximadamente sua idade. Não demorou muito para que se acostumasse com aquilo tudo. Serviu-se de champagne que os garçons carregavam pela extensa sala preenchida pela alta classe. Ficou quieta em um canto bebericando sua bebida, tentando fisgar com os olhos a vítima de seu golpe. Apesar da variedade, ela tinha em mente um único rapaz, Andrew Moore. O futuro herdeiro do império Moore, e que apesar de tudo, tinha quase sua idade, e uma boa aparência. Elizabeth o vira algumas vezes, e passou a estuda-lo.

Andrew era mulherengo, filho mais velho de Beatrice e Bernad Moore, os atuais donos da empresa de bancos Moore. Sabia que seria fácil chamar a atenção do rapaz com seu charme e beleza, mas que não passaria de uma noite.

Logo avistou o rapaz. Diferente dos outros convidados que usavam ternos, Andrew usava um blazer azul escuro. Seu cabelo castanho estava jogado para trás, e seus olhos escuros brilharam ao ver a moça de vermelho degustando champagne solitária em um canto. Aproximou-se dela, e logo perguntou seu nome.

– Elizabeth Carter, prazer em conhece-lo. - Apresentou-se.

– O prazer é todo meu. - Ele piscou e logo em seguida beijou a mão da moça. - Nunca à vi em uma das festas antes.

– Bom, é realmente a primeira vez que venho a famosa Festa Dourada. É que geralmente estou fora tratando de negócios. Entende? - Mentiu perfeitamente. Mordeu o lábio inferior como resposta a piscadela de Andrew.

– Interessante. E o que acha de conhecer o resto da mansão? - Perguntou Andrew devasso estendendo a mão para a moça. Elizabeth assentiu com a cabeça, encaixando sua mão na de Andrew.

Ela sabia o que aquilo significava, e no aquilo terminaria. Sentiu-se concluída. Seu plano estava funcionando. A dor no peito de trair seu verdadeiro amor tentava impedi-la, mas ela lutava com todas as forças contra a culpa.

Andrew levou-a até seu quarto, trancou a porta e aproximou-se da moça. Beijou seu pescoço e fez com que ela se arrepiasse. Deitou o corpo da moça sobre a cama e encheu-a de beijos seduzentes. Tirou a camisa, e continuou beijando-a como se não houvesse amanhã. Logo, ela tirou o vestido, ficando apenas de roupa íntima. Andrew levantou-se caminhando até uma gaveta.

– Para onde vai? - Perguntou Elizabeth explicita na cama.

– Preservativo. - Ele respondeu mostrando-a o que ele tinha em mãos.

– Não precisa, sou estéril. - Falou tirando o sutiã.

Andrew sem mais nem menos guardou o preservativo, e correu até a cama terminando de despir Elizabeth.

Andrew e Elizabeth passaram a noite juntos. Ao amanhecer, ela deixou a mansão. Sabia que Andrew nunca mais à procuraria. Não foi a primeira vez que ele fez aquilo, ela sabia que aquilo era normal, e que ela não seria a última. Mais uma vez mentiu, disse que era estéril, mas ela sabia muito bem que não era. Tudo aquilo era parte do plano para conseguir fisgar de vez um homem rico. Naquela noite, nenhum dos dois se preveniu, o que poderia resultar em um possível herdeiro para a fortuna dos Moore.

Elizabeth procurou Andrew nos dias seguintes, mas foi ignorada friamente. Ele fez questão de deixar claro que foi apenas uma noite, e que aquilo não se repetiria. Só lhe restava rezar para que seu útero estivesse carregando uma criança. Ela rezava todas as noites para que estivesse gravida, evitava qualquer tipo de coisa que pudesse prevenir, ou que fizesse-a perder a criança que ela nem mesmo sabia se existia. Jhon estranhava, claro. Nem desconfiava da traição, mas sentia que o fim daquele relacionamento estava próximo, só não queria acreditar.

Dois meses depois, Elizabeth descobriu que estava grávida, e assim como ficou feliz quanto tocou o Convite Dourado, também ficou feliz em saber que carregava uma criança em sua barriga. Ela tinha a plena certeza de que aquela criança era fruto de Andrew. E Jhon tinha certeza de que aquilo era fruto de uma traição sem perdão. Ao descobrir da gravidez de Elizabeth, ficou indignado com a mulher de sua vida. Juntou as peças, e sozinho descobriu que foi aquela noite.

– Não acredito que fez isso comigo, Elizabeth. Depois de tudo, depois de todas as promessas, depois de todas as juras. Éramos para ser felizes para sempre, lembra?

– Não dá para ser feliz vivendo de pobreza, Jhon. Eu ainda te amo, eu sempre vou te amar. Meu coração vai pertencer sempre à você. Podemos continuar juntos... - Ela sugeriu.

– O que você fez não tem perdão, Elizabeth. Por favor, junte suas coisas e vá embora da minha casa. Espero que não se arrependa com sua escolha, e que a criança que você carrega seja fonte de alegria em sua vida. - Jhon disse profundamente magoado.

– Mas e o Henrique? O que vai dizer à ele? - Elizabeth perguntou desesperada.

– Não sei. Digo que a mãe dele foi infiel, e incapaz de aceitar as coisas como são. Se não consegue enxergar felicidade nas pequenas coisas, sinto muito, mas você será infeliz para sempre, Elizabeth. Vai viver sempre de amargura e ódio.

Aquele foi o fim do relacionamento de Elizabeth e Jhon. Ela sabia que o que ele disse era verdade, mas ela não voltaria atrás com sua escolha. Ela seguiria em frente com o golpe. Sentiria falta de Jhon, e principalmente, sentiria falta de seu filho, Henrique.

–-XX--

Elizabeth procurou Andrew, e novamente, foi tratada com frieza e arrogância, mas ela jurou que tinha algo importante para tratar com ele. Convencido, ele aceitou conversar com ela. Na sala onde se encontraram pela primeira vez, ela contou sobre a gravidez.

– Estou esperando um filho seu, Andrew. - Confessou.

– O que? - Gritou espantado.

– Veja. - Falou entregando-lhe os documentos que comprovavam a gravidez.

– Não pode ser. Você disse que era estéril e... Você mentiu, sua vadia. - Gritou tentando não avançar no pescoço dela.

– Andrew, eu não menti, eu realmente tinha certeza de que era. Não sei o que aconteceu, é um milagre.. - Ela disse fazendo cara de quem estava sofrendo. Mas aquilo não enganaria Andrew.

– Sei que está mentindo, Elizabeth. Como sou burro, caí nessa conversa fiada novamente..

– Pela segunda vez? Não me diga que você tem...

– Filhos? Não, eu não tenho. E até então eu agradecia por isso. Celina, a mulher que fez o mesmo, disse estar grávida de mim. Mas foi feito um teste de DNA que comprovou que o filho que ela esperava não era meu. E se você está dizendo que está gravida, não será diferente com você. Fará o teste também. - Exclamou Andrew furioso.

Elizabeth aceitou fazer o teste, pois estava certa de que a criança que ela carregava era fruto daquela noite. Aguardou os resultados, e deu positivo, aquele bebê era mesmo filho de Andrew.

–-XX--

Sem escolha, Andrew teve que contar sobre o ocorrido para os pais, que certamente não reagiriam bem com a notícia. Marcou um almoço com seus pais, e Elizabeth, e juntos os dois contaram a verdade para os pais.

– Mãe, pai, está é Elizabeth, e.. infelizmente ela esta gravida, de mim. - Revelou.

– O que? - Os dois gritaram juntos. - Não acredito Andrew, você nem se quer conhece essa moça, aposto que é golpe dela. - Beatrice atacou enfurecida.

– Como pode deixar isso acontecer, Andrew? Já cansei de te alertar sobre esse tipo de moça que seduz para dar o golpe. - Bernard pronunciava-se.

– A culpa não foi minha, ela disse que era estéril e me impediu de usar preservativo..

– E isso não deixava claro que era golpe? Andrew, como você pode ser tão burro? - Bernard encarou-o. - E você moça, quanto quer para sumir da cidade e esquecer que o pai da criança é Andrew? - Beatrice perguntou, disposta a livrar-se de Elizabeth.

– Não vou sumir da cidade, Andrew irá assumir essa criança queria ou não.

– Ah, mas não vai mesmo. Isso vai acabar com nossa reputação. - Bernard declarou. - Vamos, diga seu preço..

– Não tem preço. Quero que Andrew assuma essa criança. Caso contrário, esse caso irá parar na justiça, e vocês devem saber que os juízes adoram mães com carinha de coitada, não é mesmo? - Provocou Elizabeth.

– Você não faria isso. - Beatrice duvidou.

– Você não tem ideia do que eu sou capaz. - Elizabeth cerrou os olhos encarando Beatrice. As duas encaravam-se transmitindo ódio uma pela outra.

– Elizabeth, se nos permite, iremos conversar sobre o caso. Quando decidirmos, ligaremos. - Bernard disse calmo.

– Está pedindo para que eu me retire? - Elizabeth perguntou.

– Não, estamos te expulsando de nossa casa. Saia logo daqui sua vadia sem classe. - Beatrice gritou. - Allen, leve a moça sem sal até a porta. - Pediu Beatrice para o mordomo.

Com a saída de Elizabeth, Andrew levou a maior bronca de sua vida. Ouviu por quase uma hora o que aquilo causaria, e como aquilo prejudicaria a reputação tão zelada dos Moore. E é claro, não deixaram de xinga-lo por tanta burrice. Depois de tanto discutirem, decidiram que Andrew iria assumir a criança, e pegaria a pensão que Elizabeth desejasse para evitar briga na justiça.

Mas isso não bastava para Elizabeth, ela queria mais e mais. Nada estava bom, e o dinheiro que eles ofereceram pela pensão ainda era pouco. Foi aí que ela usou sua cartada final. Ameaçou inventar uma história de que foi abusada sexualmente por Andrew, e que isso resultou na gravidez indesejada, caso Andrew não cassasse com ela.

Sem ter outra saída, Andrew foi obrigado a casar-se com Elizabeth. E isso ocorreu antes mesmo que a barriga começasse a crescer. Finalmente ela conseguiu o que tanto almejou: agora era casada com um homem rico. E sabia que seria assim o resto de sua vida amargurada.

Elizabeth não queria ter mais filhos, para ela bastava Henrique, que foi afastado dela justamente. E para piorar, Andrew também não. Nunca foi do tipo que planejava ter esposa, filhos e netos. Ele detestava essa ideia, mas teria que aturar.

–-XX--

Logo acostumou-se em fazer parte da nobreza, e carregar o sobrenome Moore. Matou seu desejo de comprar tudo o que queria, de esbanjar riquezas, se sentia realizada. A amargura tomava conta dela. Acabou se tornando uma pessoa egocêntrica e arrogante. Tratava mal todos os empregados e inferiores. Não ligava para ninguém além de si mesma.

Sete meses depois, Elizabeth deu a luz a uma menina, e lhe deu o nome de Anabell em homenagem a sua mãe que havia morrido de um ataque cardíaco ao descobrir que a filha casou-se com um homem rico e abandonou o namorado e o filho. Elizabeth tinha esperanças de que carregar o nome de sua falecida mãe, a menina traria de volta suas raízes. Mas como sua mãe dizia, a riqueza vai consumir a parte boa. E foi exatamente isso que aconteceu com Elizabeth, a riqueza lhe consumiu e ela já não era a mesma de antes. Esqueceu quando era Elizabeth Carter e tinha um namorado que a amava, e um filho que ela amava tão intensamente. Esqueceu que um dia ela também foi pobre. Esqueceu o duro que sua mãe dava para sustenta-la, e o quanto Anabell à amava.


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Notas finais do capítulo

Não sei se expliquei ainda, mas esses capítulos são importantes para entender algumas coisas. Desculpem qualquer erro, e espero vê-los aqui em breve!
xoxo, YC



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