Um novo The Big Four escrita por Dedinhos Magicos
Notas iniciais do capítulo
ola meus lindos!
decidi não torturar vocês por muito tempo.
então... aqui está o capitulo!
P.V.O. Italian:
– Oh! Então vocês já se conhecem? - disse o meu pai, dando uma risada estilo "papai Noel".
O meu pai ficou falando com a senhora Donovan, mas eu não prestei atenção no que eles diziam! Ainda estava paralisado com fato de ela estar na minha casa.
Ela estava me olhando de cima a baixo! Como se observasse algo.
– Bom! - disse meu pai - já que se conhecem... Ficará mais fácil - ele se aproximou de mim e cochichou: - cuide bem da garota!
Logo após, ele a senhora Donovan entraram pela grande porta de madeira. E ela? Ficou lá, paralisada como eu, na frente do sofá.
Dei um passo a frete, na esperança de me aproximar. Mas ela recuou, cruzou os braços e virou de costas. Eu abri a boca para falar, mas ela foi mais rápida.
– Não diga nada! -falou, ainda de costas - Apenas me mostre o jardim, e não vai precisar "cuidar bem da garota".
"Ela ouviu o que meu pai disse?!" pensei, mais ainda não conseguia entender porque de ela está com raiva!
– Que bicho te mordeu? - dei um passo a frente - o que aconteceu com a Beterraba legal e compreensiva que conheci na semana passada?
– Ela se perdeu! Junto com o Itan sentimental e VERDADEIRO, que conheci na semana passada - ela deu ênfase no "verdadeiro", e por sua voz, dava pra ver que estava com raiva.
– Como assim? Jamais menti pra você!
– Mentir, omitir a verdade, da tudo na mesma! - ela virou pra mim, e pude ver sua cara de "quero matar você, mas não posso".
– Ok. Mas quando foi que "omiti a verdade" pra você? - fiz aspas com os dedos, e ela me olhou incrédula, eu apenas fiz cara de "desculpa, mas não faço à mínima”
– Sempre! - gritou por fim - com seu passado, com o the big four, com a LI-A! - ela disse o nome "Lia" com raiva na voz. Eu congelei, será que ela tinha falado com o the big four sobre a Lia? Ou falado COM a Lia?
– Quer falar sobre a Lia? Vamos falar sobre a Lia! - gritei - Lia foi uma menina extremamente convincente, que me fez acreditar que um ser humano nessa Ilha não se importa com as classes sociais, que me enganou e me iludiu, onde bem lá no fundo... Não era diferente de nem um daqueles que tentava evitar!
Ela olhou pra mim assustada, e só agora vim me tocar... Que estava gritando. As criadas da casa param de trabalhar para olhar pra mim, mas rapidamente voltaram a seus serviços.
Voltei meus olhos para a Beterraba e... CADÊ A BETERRABA?
Ela tinha sumido de vista! Olhei em todas as direções, e a encontrei já do outro lado da porta da frente, vestindo a casaco e seguindo para o carro. Claro que não hesitei em ir atrás dela!
– Hey! - segurei o pulso dela - aonde você pensa que vai?
– Para o carro - ela tentou soltar a minha mão - ler o meu livro - tentou mais uma vez - no qual tenho certeza que não vai gritar comigo! - tentou mais uma vez, e conseguiu.
– Olha, desculpa! Ta legal? Eu tava alterado. Não sou assim! - coloquei a mão na nuca - a Lia mexeu comigo, de verdade.
– Da pra ver que ela ainda mexe - falou de braços cruzados. Olhei para o céu, e vi que estava nublado.
– Vai chover, vamos entrar - falei calmo apontando pra porta, ela olhou pra mim de um modo que só ela sabe fazer! - sim, prometo que não vou gritar com você outra vez - ela arqueou a sobrancelha - e nem me alterar - suspirei - podemos entrar agora? - ela sorriu, e entramos na casa.
– Oh, Italian.! - disse Sári - seu pai mandou avisar que eles vão demorar mais um pouco. Você e sua amiga não querem um chocolate quente? Está frio lá fora - eu ia falar, mas a Beterraba foi mais rápida.
– Seria ótimo! - sorriu. Eu não podia negar, então dei de ombros e fomos para a cozinha.
Eu já tinha percebido que gostava muito da Lia, mas quando estou perto da Bete, tudo parece mais confuso e eu já não tenho certeza de nada. Ela me faz pensar se tudo que já fiz foi realmente o certo, e...
– No que está pensando? - perguntou ela, olhando pra mim com a xícara de chocolate na mão.
– O que? Quem? - perguntei confuso, ela riu.
– Você! Ta no mundo da lua. O que se passa?
– Sei lá, muitas coisas, o passado principalmente.
– Não posso pensar no passado - ela olhou fixamente para a xícara - se não deixo escapar pelos olhos - ela estava cabisbaixa, e eu não sabia o que fazer.
– Se você tem um passado ruim... Temos algo em comum - ri fraco, ela olhou pra mim com aquela cara de "eu sei que você ta doido pra contar a historia, então vá em frente" - quer mesmo saber? - ela consentiu - ok, meu pai conheceu minha mãe em um concerto de violino dela, eles se apaixonaram de imediato, se casaram e se instalaram em Cervia, uma cidade na Itália. Um ano depois, eu nasci. De imediato, meu pai arranjou um emprego, e começou a receber promoções e mais promoções, ficando cada vez mais no trabalho, e cada vez menos em casa... Ainda lembro-me de ver minha mãe brigar com ele por causa disso – fechei os olhos, lembrando da cena – um dia... Eles brigaram pra valer, e foi ai que deu errado! Minha mãe estava com muita raiva, e saiu, indo para a casa da minha tia. Estava escuro, e não dava pra ver dois palmos a frente, era tarde, e todos estavam dormindo. Ela foi para a rua, ainda gritando com meu pai... – senti as lagrimas chegarem, mas as iguinorei – talvez pelas lagrimas, ou só pelo fato de estar escuro... Ela não viu o caminhão. Eu deveria ter avisado, falado algo, ou apenas gritado, EU DEVIA TER FEITO ALGO! – gritei. Mas a Beterraba não ficou com medo, como da outra vez, ela apenas pego minha mão e apertou a mesma.
– Quantos anos você tinha? – perguntou, me olhando singelamente, com um sorriso calmante.
– Oito... – ela me olhou surpresa, mais ainda calma.
– Pense pelo lado positivo... Pelo menos você a conheceu – deu um sorriso forçado e deu um gole em seu chocolate.
– Quer me contar o que aconteceu? – perguntei, ela se escondeu atrás de sua franja e fez que não com a cabeça – pode confiar em mim – sorri e segurei sua mão (como tinha feito comigo). Ela levantou a cabeça, mas rapidamente voltou a olhar para a xícara, como se estivesse pensando na resposta.
– o que se pode dizer de uma menina que só teve o amor de sua mãe depois de um ano de idade? – ela riu pelo nariz ironicamente - minha mãe se apaixonou por um idiota, e engravidou sem querer... Ele não quis me assumir, então ela correu para os braços de minha vó. Cega pela raiva, minha mãe tentou me abortar varias vezes, mas graças a minha vó... Estou aqui hoje – eu pude ver a lagrima escorrendo por sua bochecha, e pingando em sua xícara – quando nasci ela jogou sua raiva em meu nome. Só depois que completei um ano de idade, que ela percebeu que a culpa não era minha. Arrastou-me para longe da França, prometendo que jamais voltaria. Bom – ela enxugou as lagrimas, e voltou a sorrir – depois disso, já rodamos o mundo umas três vezes, graças ao emprego do seu pai.
Olhei pela porta de vidro que dava no jardim de trás, ainda estava nublado, mas acho que dava pra mostrar o que eu queria.
Levantei da cadeira e segurei sua mão, dando sinal que fizesse o mesmo. Nós levantamos e saímos para o jardim. O lugar era como qualquer outro, do lado direito tinha a piscina, mas o que eu queria mostrar estava do lado esquerdo, depois da fonte de cupido, entrando no arco de rosas.
– Pra onde está me levando? – disse ela rindo, e se abaixando de leve, para passar pelo arco.
– Pra cá – falei parando, e esperando ela olhar para a mesa de pedra – é um tipo de altar, em homenagem a minha mãe.
Eu me ajoelhei em frente ao altar, e ela fez o mesmo. Peguei uma das rosas de um buque que tinha lá e coloquei em seu cabelo, escorregando minha mão para o seu maxilar eu me aproximei, ela não se aproximou, mas também não esquivou.
Eu não sabia muito bem o que estava fazendo. Eu não tinha certeza dos meus sentimentos pela Beterraba. Mesmo assim, eu sabia que gostava dela como mais que miga. O problema aqui, é que eu não tenho a mínima idéia dos seus sentimentos por mim!
– Italian! – meus pensamentos (e a aproximação) foram interrompidos pelos gritos de Sári – Italian cadê você?
Olhei para o chão decepcionado. Me levantei e ajudei a Bete a fazer o mesmo. Andando em passos largos e arrastando Beterraba pela mão, andamos até Sári, que estava na porta de vidro.
– Ah, aqui está você! – disse ela, quando nus aproximamos - seu pai solicita sua presença na sala de estar.
Fomos para a sala e encontramos nossos pais sentados conversando.
– Me chamou papai? – falei.
– Sim, claro, queria saber aonde se encontravam os dois – ele sorriu.
– Olha à hora! – disse a Beterraba, correndo para perto de sua mãe – está tarde, temos que ir! Não é mãezinha? – ela olhou para a mãe como um cachorrinho que caio do caminhão.
– Não se preocupem com o horário – disse meu pai – e por falar nisso, não gostariam de ficar para o almoço? – a mãe da Bete sorriu, mas quando foi responder foi interrompida.
– É tentador senhor Lerman! – sorriu forçadamente – mas... Eu e minha mãe temos muito o que fazer!
– Pai, não era hoje que o senhor Layonel viria nos visitar? – perguntei, meu pai parou um pouco para pensar, mas rapidamente abriu seu velho sorriso.
– Tinha me esquecido desse detalhe, mas tenho certeza que as senhoritas não se importariam com mais um cavalheiro a mesa. Estou certo?
– Mais do que certo senhor... – a mãe da Beterraba foi interrompida pela própria.
– Pois é! Pena que estamos de saída – Beterraba sorriu e arrastou a mãe para o carro, sem dar tempo para despedidas.
Apesar de tudo Beterraba é uma garota legal, com um jeito de criança, ela deixa o mundo ao seu redor mais alegre, mesmo que não perceba isso. Não sei ao certo o que sinto por ela, sei que não é a mesma coisa que senti pela Lia, mas é bem melhor!
– Italian? – meu pai chamou minha atenção, sério como de costume – como foi com a garota?
–Tudo bem, senhor – respondi.
– Muito bem. Siga com o plano, e tudo dará certo – ele saiu para seu escritório.
– Tudo bem – falei cabisbaixo, mas ele já tinha saído.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
MUHAHAHAHAHAHAHA
eu sou muito malvada, eu sei!
mas tudo bem. só queria dizer que vou demorar mais um tempo para postar a continuação, mas eu sei que vocês não vão desistir de mim.
ate a proxima!!